O Que Não Diz A Lenda

O Que Não Diz A Lenda Chris Melo




Resenhas - O Que Não Diz A Lenda


10 encontrados | exibindo 1 a 10


SemAria.Freire 16/10/2023

Posso dizer que foi um livro interessante de se ler no caso ouvir mas que não achei surpreendente e em alguns momento achei ele confuso. Recomendo a leitura mas não foi a minha distopia favorita.
Mas vale a pena tenta.
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Leonardo Drozino 02/01/2013

Tenho um trauma pessoal com o nome da protagonista, mas isso de fato não atrapalha a leitura do livro em nada.


Fiquei feliz por ter pegado o livro e visto aquela capa pessoalmente. Que capa linda, gente! O acabamento é muito bom, e além disso, os detalhes florais das páginas são realmente agradáveis e bonitos. Um dos livros mais caprichados da Underworld, desde o quesito qualidade de texto, até o trabalho gráfico. Muito bom MESMO!


A autora se embarcou em uma distopia beeem apocalíptica, e bem tocante. O mundo é algo "criado", planejado. OQNDAL caiu em uma boa hora para mim, pois li alguma teoria científica de como seria o mundo se tudo fosse criado artificialmente e comandado por poucos, fazendo da humanidade de bonecos.


Uma coisa que reparei no livro e achei bem incomum e interessante no livro: mistura de culturas de outros países, dando um perspectiva mais ampla de como as pessoas se viram no caos. Brasil, Rússia... Ian. Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah. Sem palavras para ele!

rs

O livro é cheio dos velhos clichês que adoramos (que estão estampados na sinopse), mas é muito mais do que isso: é um romance distópico e arrasador de primeira.


OQNDAL possui uma continuação, formando uma duologia, e pelo que espiei no twitter da autora, não é bem uma continuação, e sim, livros que podem ser lidos em ordem diferente.

O livro é curto e cumpre a proposta que um livro tem que ter: contar a sua história da maneira mais envolvente o possível.

E mais um livro da Christine M.. Não sei como essa mulher consegue me fazer ler compulsivamente o que escreve, sinceramente. rs
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Mika.Chan 01/08/2022

Um caos e uma revolução
Eu gostei demais desse livro, ele já começa dando uma chuva de informações, e acompanhar a vida e a reviravolta da vida da Alice é bem legal.
É muito interessante como a contrução da história é tao atual e assustadoramente semelhante com o que o mundo está passando Coincidência ou não, vale cada página.
E a pitada de romance é muito boa, sem perder o foco do tema principal.
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Giuliana.Susini 26/08/2023

Um bom livro pra te tirar da vida real
Bem, adoro distopias. E claro que quando li a sinopse no storytel, fiquei super curiosa.

É envolvente, tem alguns furos na história e coisas deixadas sem explicação, mas talvez seja meu lado ranzinza falando.

Foi um ótimo passatempo pra descansar minha mente durante o trânsito, recomendo.
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Luciana Silva 09/01/2013

Oi pessoal! Grande surpresa do ano, se que será difícil ser batida.
“Cada uma delas tinha alegria e, quem sabe, até felicidade. Um ideal, grande ou pequeno, transforma a vida em algo útil.”
O livro de hoje é O Que Não Diz A Lenda, terceiro livro da querida escritora brasileira Chris M. Conheci essa autora ao ler Sob a Luz dos Seus Olhos (clique aqui para ver a resenha), um romance incrível que eu indico com veemência. Seus livros são publicações da Editora Underworld e tenho certeza de que esse será um dos grandes sucessos do ano. A escrita é, mais uma vez, de tirar o fôlego e entorpecer.
Estamos num mundo pós-apocalíptico. Os recursos são escassos e poucos os detêm. Isso tudo aconteceu porque uma nova e grandiosa arma foi criada, o mundo é gerido por grandes antenas espalhadas e estas controlam o clima, interferindo no evento dos desastres naturais. Essas antenas, quando convenientemente direcionadas, dizimam populações através das grandes catástrofes como furacões, tsunamis e terremotos.
Três grandes nações dividem o poderio dessas antenas e, por sua vez, causam guerras intermináveis pelo controle mundial, causando o equilíbrio ou não de determinada parte do globo terrestre. Isso interfere não só na manutenção das terras, como na produção de alimentos e geração de energia. Estas nações são fortes e contam com inúmeros militares que juraram lealdade e serviço. E, de outro lado, estão os guerrilheiros revoltosos, que vivem com a cota de comida servida pelo governo e aprisionados por uma ditadura que lhes tira a liberdade. Esses homens e mulheres lutam por um mundo melhor e arriscam sua vida e conforto pelo bem de todos.
Em meio a tudo isso vive Alice, uma moça que perdeu a mãe quando tinha apenas três dias de vida. Seu pai que, por ser um militar muito consciente de seus afazeres, não pode cuidar dos filhos Henry e Alice, decide então pagar uma família para que cuide deles até que se tornem adultos. Assim é feito e ele nunca mais os vê. Hoje, Alice é uma artista plástica, especialista em história da arte, e possui um emprego em uma base militar que é responsável por tentar recuperar mentalmente os soldados que ficam perturbados durante os conflitos. Henry, irmão mais velho de Alice é um dos revoltosos e, quando a vê muito raramente, preocupa-se com o futuro da irmã ao lado do inimigo.
“A parte que eu escolho não dizer em voz alta é a parte mais importante do que eu sinto.”
Alice vive uma vida normal para os padrões. De casa para o trabalho, ela sente-se só, vazia e sem rumo. Mesmo estando noiva do Coronel Hawk, prestes a se casar, sente que o ama muito, mas não vê retorno em seus olhares frios e ações premeditadas. Então um dia, chega à Unidade Militar um capitão com ares de boa gente, que está com a incumbência de verificar como as coisas funcionam para que uma nova unidade seja instalada. Acontece que esse homem tão legal, começa a arrancar risos e boas histórias do convívio com Alice, até o dia em que desaparece e deixa um bilhete duvidoso para que ela tente entender o que houve com ele.
Ela se casa com o coronel e num belo dia, depois de muito pensar do que era feito de seu amigo, resolve ir atrás das pistas deixadas. Mal sabe ela que desencadeará um destino cruel e sem volta, será torturada para que fale o que não sabe e, depois disso, nada mais será como era antes. Mas, em compensação, fará amizades que mexerão com seus sentimentos e pensamentos a respeito do outro e terá de volta em sua vida um amor da infância, Ian, um russo que não mede esforços para lhe ajudar. Sua vida será preenchida pelo que jamais pudesse imaginar que fosse possível.
“Eu não estava pronta para nada daquilo, mesmo desejando acreditar que sim.”
O livro é uma pérola rara. Desde Jogos Vorazes eu não sentia esse sentimento de preservação, piedade... Nem sei nomear direito. Alice mexe com o nosso âmago, com nosso mais profundo entender do que quer dizer “humano”, do que sabemos sobre amor, amigos, família... Vive conflitos possíveis e nos faz pensar sobre o nosso futuro como humanidade. O que ela vive, o modo como vive e encara os problemas e as paixões, que não são poucas. Ela é cercada por homens maravilhosos e ficamos sempre em dúvida com qual deles ela deve ficar. E nem estou falando do Coronel, que só a faz sofrer.
Veja o final acessando: http://www.sobrelivros.com.br/resenha-o-que-nao-diz-a-lenda-christine-m/
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Mari 30/01/2013

"A gente leva a vida protegida pelo que acredita ser, e quando suas certezas escorrem pelo ralo,você se perde na escuridão que é não conhecer."

Suspense, ação e romance são os três principais elementos do novo livro de Christine M. Dessa vez Chris nos apresenta à Alice, uma das personagens mais marcantes e destemidas que conheci. Ela vive uma vida normal de acordo com os padrões do mundo pós-apocalíptico que agora é regido por antenas que controlam absolutamente tudo. Filha de americanos, Alice é noiva do Coronel Hawk. Sua mãe faleceu três dias depois de seu nascimento e seu pai, um militar que não queria ver seus dois filhos - Alice e seu irmão mais velho Henry - no meio de mais confusão, decide pagar uma família para que cuidem de seus filhos até que possam cuidar de si mesmos. Alice se torna uma artista plástica que trabalha em uma base militar responsável por recuperar a mente de soldados que ficaram perturbados após lutar, já Henry, mesmo preocupando-se com sua irmã e o emprego dela, a vê raramente e acabou se tornando parte de um grupo de revoltosos.

Pouco antes de seu casamento, um rapaz um pouco mais novo que ela e totalmente simpático passa a fazer parte de sua vida. Natan é um rapaz que consegue lhe fazer rir como a muito tempo não conseguia, e a faz muito bem no seu dia-a-dia ao contrário de seu noivo que mal lhe olha nos olhos e lhe demonstra algum tipo de afeto, mas algo fará com que Natan se afaste dela por um tempo, deixando-a no meio de vários questionamentos.

Novas pessoas entrarão na vida de Alice e outras retornarão de seu passado para melhorar ou talvez piorar sua situação. Mas afinal, onde estava Natan? Por que ele havia sumido? E por que ele a deixa com pistas de algo que ela nem imagina o que possa ser?

Conheci a escrita de Chistine através do seu romance de estréia - Sob a Luz dos Seus Olhos -, depois li seu segundo livro - Meus Melhores Rascunhos - e tenho que dizer que dessa vez Chris me impressionou ainda mais. Chris já havia me dito que gostava de escrever ação, mas até então eu não havia imaginado como seria um livro de suspense e ação escrito por ela, mas acreditem, é melhor do que eu poderia imaginar. O romance também está presente, mas o foco deste livro são os conflitos políticos e elementos futuristas.

Em um primeiro momento me perguntei se a narrativa em primeira pessoa não afetaria as cenas de ação, mas pelo contrário, acho que foi isso que ajudou ainda mais. Mesmo que uma narrativa em terceira pessoa possa nos dar mais detalhes. Pela primeira vez gostei de ler um livro de ação em primeira pessoa, porque Alice nos passa toda a aflição do momento e todos os detalhes necessários.

Alice é uma personagem que de inicio me deixou um pouco, digamos, confusa. Na maioria das vezes, já estamos acostumados a conhecer personagens que logo de cara você já sabe que personalidade tem, mas o que tornou o livro ainda mais proveitoso, foi o fato de irmos conhecendo Alice com o tempo.

CONTINUE LENDO EM: http://magia--literaria.blogspot.com.br/2013/01/o-que-nao-diz-lenda-christine-m.html#more
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ida 25/03/2013

Perfeitamente incrível!
Levei uma semana para lê-lo, para eu que costumo devorar os livros que leio é muito tempo, mas tenho explicação para ter levado mais tempo com ele. O Que Não Diz a Lenda é um livro um pouco mais complexo, que faz parar e pensar no que acabou de ler, um livro pra ser degustado e não simplesmente engolido.

Muito bem estruturado, quem nos conta a história é Alice, uma garota que pouco sabe sobre seu passado, sabe apenas que é filha de militar e que foi enviada ao Brasil junto com seu irmão Henry para ter uma vida normal. Mas como estava em seu sangue se relacionou com um militar e trabalhava ajudando pessoas dentro de uma base.
O mundo nesta época era todo manipulado por antenas, que tinham o intuito de colocar pensamentos padronizados nas mentes das pessoas.

Alice se via numa vida pacata, sem muitos acontecimentos, até que durante uma crise em seu casamento tudo começa a mudar. Ela reencontra Henry e Ian, seu antigo vizinho de infância e o amor de sua vida, eles fazem parte de uma guerrilha, que quer derrubar o controle militar sobre o mundo.

Com isso e se aprofundando cada vez mais em seu passado, Alice começa a nos mostrar uma aventura cheia de reviravoltas, suspiros e acessos de raiva.
Momentos de luta, de gloria e de tristeza.

O livro me deixou atordoada em certos momentos, pois a história contada por Alice me trouxe uma visão tão clara de sua vida, que me senti parte dela, pude visualizar o que ela via, pude sentir o que ela sentia.
Mais uma vez um livro da Chris me levou aos extremos, sofri acessos de amor e ódio com os personagens, mas pude enxergar perfeitamente o mundo de Alice.
E ela sabe como ninguém finalizar uma história sem que não falte nada, uma finalização perfeita para um livro perfeito.
Recomendo este que para eu é mais um livro cinco estrelas e o mais novo na lista de favoritos.


Dessa vez separei muitos trechos, então eles ficarão aqui no final da resenha.

"Você pode tentar ignorar o passado, imaginar o seu futuro de maneira despretensiosa ou até mesmo acreditar que a vida é apenas uma sequência de dias. Você pode tentar fazer tudo isso para calar a sua própria voz, para sufocar tudo o que você pensa e sente. Mas Isso que lateja dentro de ti e que você não conhece o nome, um dia virá à tona e não há como escapar. Porque não se foge da própria história. Não se pode fugir de si mesmo. Nunca!" Texto antes do prólogo

"Era como um brinco pequeno sem o par, escondido no fundo da caixa de joias, aquele do qual você não se dá conta ao vê-lo misturado aos outros. Eu sei que brinco sem par não tem serventia alguma, ele só fica ali ocupando espaço e te fazendo lamentar o fato de não poder mais usá-lo, mas o que fazer se ele continua sendo o seu preferido." pág 22

"Um segundo pode durar muito quando se tem um algoz de olhos flamejantes bem na sua frente louco para te cortar e, acredite, pode durar muito mais quando a lâmina finalmente atravessa a sua pele." pág 65

"- É preciso aprender a construir boas memórias para suportar os dias difíceis. Se você não comer quando tiver uma mesa farta, se não sorrir quando estiver entre amigos e não aquietar o espírito em dias de paz, jamais suportará a fome, a solidão nem tampouco a guerra." pág 88

"Não adianta tentar explicar o que ninguém consegue entender, o que nem eu sou capaz de entender. A Parte que eu escolho não dizer em voz alta é a parte mais importante do que eu sinto. Tudo o que não consegue virar palavra é porque é grande demais para ganhar um nome." Pág 219

"Essa é a constatação de que não adianta decidir viver um dia de cada vez quando o assunto é amor, pois cada dia é pouco e você sempre desejará um dia a mais, muito mais. Se a vida permitisse rascunhos, certamente esta cena mereceria ser refeita." Pág 241
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Ceile.Dutra 30/03/2013

Resenha retirada do meu blog - www.estejali.com
Termino mais um livro da Christine M. e algo me assombra novamente: como pode existir algo melhor do que isso?

E se todas estas catástrofes que julgamos naturais fossem provocadas por uma grande potência a fim de repreender países contrários aos interesses dela? No início, eram boatos e especulações, até que a China e a Rússia começaram a investir em pesquisas e instalaram antenas a centenas de metros em direção ao centro da Terra. Pequenas cidades foram devastadas - tsunamis, terremotos, tufões. Não eram fatos aleatórios, eram testes dessa nova arma geofísica. Até que um dia, o imperador Chinês se pronunciou e elencou todos os desastres de autoria americana - era o início da Terceira Guerra Mundial. O caos só teve fim quando a Rússia ameaçou se juntar à China - o que forçou os Estados Unidos a propor um acordo e assim o mundo ficou dividido entre os três países em regime de ditadura. A repressão e a miséria eram a forma de manter o poder absoluto nas mãos dos militares governantes. As estações de antenas são protegidas por um campo magnético desde que a guerrilha destruiu uma parte delas.

"Desde então, há a guerra entre as três nações mais poderosas, a guerra da resistência contra os ditadores e a guerra da população, que luta para sobreviver."

Alice nasceu quando a divisão já estava estabelecida e, por ser filha de um militar americano, foi enviada para o Brasil ainda criança junto com seu irmão Henry, com novas identidades para viver com a família Martins em uma fazenda. Hoje, adulta e formada, ela trabalha na U.M.T.A. (Unidade Militar de Terapia Alternativa), onde dá aula de Artes para militares que estão "presos dentro de si" (provavelmente traumatizados pela guerra). Está prestes a se casar com o Coronel Hawk e sabe exatamente como será sua vida: dias no atelier, noites com seu esposo pouco afetuoso. Porém, toda esta vida regrada e previsível está prestes a se tornar um caos - ou, como a própria Alice constatou, a situação ficará clara e ela vai, finalmente, enxergar a verdade e tirar a névoa que paira sob seus olhos e pensamentos. Ela está mais envolvida com a guerrilha do que poderia imaginar.

"Quem dera a vida fosse feita de fotografias, porque jamais gravamos o que nos entristece, nos constrange ou machuca. Quem dera a vida não fosse exatamente o que não expomos nos álbuns de recordações."

Cara, como é difícil conseguir fazer uma sinopse de uma história que tanto tem para contar. Isso tudo que eu contei, não é metade do que temos até o capítulo V - e olha que O Que Não Diz a Lenda tem XXVI!

Como sempre, estou embasbacada com o poder de escrita da Christine M. Ela poderia tornar desastroso o simples fato de um copo caindo no chão - e poderia escrever um livro sobre isso que deixaria muitos leitores satisfeitos e encantados com suas palavras. Acontece que ela vai além. Ela cria uma história complexa, comovente e dolorida. Nunca poderia imaginar que uma mulher que pode me fazer chorar com uma história de amor tão intensa, pudesse me prender tanto nas páginas de uma distopia. E, se você acha que é uma história superficial, pode se desfazer das incertezas e acredite: esta história é muito bem desenvolvida - todos os pontos são ligados, todos os personagens têm alguma função no enredo e tudo, mas tudo mesmo, faz sentido.

Esse é o tipo de livro que eu não gostaria que acabasse. Senti raiva, afeto, fiquei com medo e tive esperanças - tudo isso graças à Alice, a protagonista, que compartilha todos os seus sentimentos tornando-os quase palpáveis. Alice é guerreira e sensível - diria que ela é desta nova leva de mocinhas que não se escondem atrás de um príncipe ou embaixo de um cobertor. Ela, tão pequena, diante de um mundo tão grandioso, se torna a esperança de liberdade de um povo que vive em buracos - se escondendo ou traçando novas estratégias de ataque ao governo.

"- Acho que eles amam as possibilidades. É fácil amar o que a pessoa é capaz de vir a ser, a parte difícil é se contentar com o que ela é, como o que ela consegue ser naquele momento.
- E você não teme decepcioná-los?
- O tempo todo.
E esse era o maior de todos os medos que eu carregava."

Em meio a tanta guerra, violência, miséria, mortes (e tantos contrastes), há também espaço para o romance - novamente um romance sensível que só a Chris consegue desenvolver. Aliás, sensibilidade é uma das armas da autora: ela escolhe, cuidadosamente, as palavras que formarão não só a frase, mas também a sensação de que o leitor está dentro da história.

"Se boas lembranças eram necessárias para suportar períodos difíceis, estava certa de que não precisaria mais de um estoque, aquela única cena seria capaz de me salvar de muitos dias sombrios."

E assim são os livros da Christine M: eles te abraçam - ora te acarinham, ora te apertam, mas sempre vão te trazer a garantia de uma ótima história.
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andersonvbranco 02/10/2013

Depois de ter lido Sob a Luz dos Seus Olhos e de ter tido uma enorme surpresa com tal, não pude esperar e logo peguei o segundo livro da autora Christine M. e comecei a ler. Ao contrário de Sob, que é um romance, eu estava super seguro quanto a este, eu simplesmente amo distopias e estava com as expectativas lá em cima, e novamente Christine me surpreendeu!

Em "O Que Não Diz a Lenda" conhecemos a personagem Alice, uma personagem determinada e destemida, que envolta de seu novo mundo vive sua vida como esposa do respeitado Coronel Hawk. Sua história é bem complicada, ela é filha de americanos, sua mãe morreu três dias após seu nascimento, seu pai que não queria ver os seus filhos em meio à guerra, os mandou para o Brasil e seu irmão, Henry, quem ela não vê já a algum tempo, é parte de um grupo de revoltosos. Hoje, Alice é artista plástica e trabalha em uma base militar, ela levava uma vida normal, na medida do possível.

Porém toda esta normalidade pode ruir quando a personagem conhece Natan, um rapaz que era capaz de a fazer coisas que ela já não estava mais habituada a fazer, consegue fazê-la sorrir, se alegrar e tudos os momentos passados com ele eram muito importantes para ela. Acontece que, de repente, o rapaz desaparece sem aviso prévio, deixando apenas um bilhete com uma mensagem duvidosa.

Nesta nova era pós apocalíptica o mundo está em um caos, o que antes eram forças comandadas pela natureza, - como tempestades, terremotos, tsunamis - são agora armas usadas em guerras, inicialmente pelos Estados Unidos, mas agora também pela China e Rússia. As três potências iniciaram a terceira grande guerra, que em seu início parecia mais ser consequências do efeito estufa, porém mais tarde foi revelado tal manipulação das forças naturais, e a partir deste momento há a guerra entre os três países, a guerra da resitência contra os ditadores e a guerra da população, que luta para sobreviver em meio ao caos.

O Que Não Diz a Lenda me surpreendeu, e muito, Christine M. soube bem como montar uma nova ordem mundial bem diferente da nossa e, ainda assim, manter o foco do livro na história das suas personagens e não do cenário. Há momentos no livro que fazem passar raiva, se apaixonar, chorar e até ter medo do que possa acontecer, Chris teve uma habilidade incrível para estruturar e desenvolver a trama sem que ela ficasse cansativa em nenhum momento, novamente ela pegou minhas expectativas e fez com que elas ficassem lá em baixo em comparação com o que de fato o livro é, aliás, ele foi muito melhor do que eu esperava.

Os personagens foram todos muito bem criados, suas características e atitudes distintas ajudaram na hora de fazer esta história virar realidade em minha mente, e nem preciso falar sobre a narrativa, Christine arrasa! É elétrica, chocante, forte e ao mesmo tempo poética.

Se eu recomendo? Com toda certeza do mundo, afinal, foi depois de ter lido este livro que passei a chamar Christine M. de minha autora nacional preferida.

TRECHO-----------------------------------------------------------
"Quais palavras são as certas? Quais são as que destroem a profundidade do que se sente e deixa tudo com ar de piegas, frívolo e nevolesco? Não adianta tentar explicar o que ninguém é capaz de entender, o que nem eu sou capaz de entender. A parte que eu escolho não dizer em voz alta é a parte mais importante do que eu sinto. Tudo o que não consegue virar palavra é porque é grande demais para ganhar um nome."


site: http://www.hookedforbooks.com/2013/03/O-Que-Nao-Diz-a-Lenda.html
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