Discurso do Método

Discurso do Método Descartes




Resenhas - Discurso do Método


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Bruno 18/01/2013

Manual da racionalidade
O texto mais bonito e lógico a respeito do pensamento racional. É o manual do cientista e a base do método científico, além de ser o guia para a descoberta pessoal do poder da racionalidade. Devia ser uma das primeiras leituras de todos, obrigatória inclusive em todo tipo de curso e estudo sério.
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Tiago Sales 30/09/2012

Esse livro se tornou minha cartilha pessoal!
Bruno Oliveira 21/11/2012minha estante
haha, que bacana!




Ronan.Azarias 01/08/2012

Não tem os apêndices do Original
Nesta edição o L&PM deixou de lado os apêndices mais importantes da história: "la dioptriqve", "les meteores" e "La Geometrie", sendo este último o texto onde René apresenta ao mundo o seu método cartesiano que mudou profundamente os rumos da ciência.

Para quem estuda filosofia, tudo bem, o apêndices nada tem de interessante.

Contudo é uma falta de consideração com a obra e a história omitir tão importantes páginas.

Para pessoas como eu que gostam de livros matemáticos, uma edição de Discurso do método de René sem seus apêndices é simplesmente inaceitável.

Bruno Oliveira 09/09/2012minha estante
Só algumas informações:

Esses "apêndices" (não é exatamente isso, pois o discurso é um tipo de introdução e os outros textos o livro propriamente) não estão traduzidos para o português em nenhuma edição. Uma pena.

Outra coisa é que para a Filosofia a parte matemática de Descartes tem uma importância tremenda, afinal, para Descartes a matemática "está no mundo", isto é, faz parte da estrutura dele, de modo que a relação entre matemática e filosofia é bem importante para entendê-lo.


Flavio 09/02/2017minha estante
Caros Ronan e Bruno: há uma excelente edição da editora Perspectiva com tais textos. apesar de não não ter ''La dioptriquea'' consta a geometria...




William 19/07/2012

ANÁLISE DA OBRA O "DISCURSO DO MÉTODO" DE RENÉ DESCARTES (www.paginadowill.com)
Introdução
Vida e Obra por Denis Lerrer Rosenfield
(P. 05) Descartes acreditava que colégios e Universidades não ensinavam propriamente a verdade das coisas, mas contentavam-se com a repetição dos ensinamentos dos antigos, principalmente de sua recepção no transcurso da Idade Média. Por isso Descartes fez sua carreira à margem da universidade. (...)
(P. 06) Havia uma profunda inquietação com as formas da filosofia e da ciência reinantes naquela época. Para ele a ciência e a filosofia estavam esclerosadas, pois tinham como ponto de referencia indubitável e verdadeiro a filosofia escolástica[1], de cunho tomista-aristotélico[2], como se não mais coubesse a pergunta pela verdade de algo, de uma preposição, mas tão somente uma disputa dobre a interpretação de “verdades” tidas como eternas.
Para Descartes era necessário resgatar o princípio da filosofia, isso implicava um pensamento autônomo, livre de quaisquer amarras e, sobretudo, livre de toda espécie de preconceito.
Se cada um de nós almeja ter uma idéia verdadeira, devemos preliminarmente afastar todo pré-conceito e pré-conhecimento, sedimentado no senso comum.
O senso comum de uma época, qualquer que seja, não é nem pode ser critério de verdade.
Aventura e filosofia.
(P. 07) Seu propósito central, ao viajar, consistia em nada reconhecer como verdadeiro sem que, antes, tivesse passado previamente pela sua razão, pelo crivo de um procedimento metódico, baseado na dúvida e na hiperbolização dessa.
Nenhuma idéia merece o qualificativo de verdadeira, senão for objeto de um questionamento radical que permita chegar a princípios, proposições primeiras, que sejam, de fato indubitáveis[3].
O diagnóstico de Descartes sobre o conhecimento de seu tempo era que este tinha sido desordenadamente construído, sem um principio condutor.
(P. 08) Para ele o conhecimento e a ciência exigem trabalho, questionamentos sistemáticos e métodos. O dogmatismo é o pior companheiro da filosofia.
Um novo edifício seria necessário, construído a partir de sólidos alicerces, que só seriam alcançadas pela elaboração de novos princípios, primeiras proposições indubitáveis. De posse deste novo método, os homens poderiam seguir os passos de uma sabedoria teórica e prática.
(P. 11). Obras.
Em 1637, publica Discurso do Método, obra inaugural da filosofia moderna, escrita em língua vulgar (francês). Naquela época, as obras filosóficas eram escritas em latim e estavam voltadas para um público “douto”.
Descartes tinha o propósito de alcançar um amplo público, de tal maneira que os assuntos humanos estivessem ao alcance de cada um. Até mesmo as mulheres, que não eram consideradas seres racionais no sentido completo da palavra.
(P. 12) E como se tratava de um “discurso do método” a sua preocupação central residia no como conhecemos, no como podemos ter acesso a idéias verdadeiras, que fossem imunes ao erro.
Ele se voltava contra todo pré-conhecimento, todo pré-conceito, pois a maneira mediante a qual pensamos nos induz freqüentemente ao erro, à falsidade, à mera aceitação do senso comum, daquelas idéias que foram sedimentadas no nosso modo habitual de pensar.
Descartes propugnava por um pensamento jovem, aberto à crítica e aos questionamentos, capaz de exercer uma dúvida cética e de resistir à mesma dúvida graças a uma razão aberta ao questionamento de seus próprios princípios.
Ele lutava, por um mundo onde a fé não ordenasse as relações humanas, mas ficasse confinada a um lugar específico, ao do culto de cada um, não invadindo as esferas dos costumes, da política, da filosofia e da ciência em geral.
Moderno, ele defende a idéia de que a razão deveria permear todos os domínios da vida humana, numa atividade libertadora, voltada contra as mais diversas formas de dogmatismo.
Em 1641, aparece o livro “Meditações Metafísicas”. Agora ele escreve em latim para conquistar outro ramo da sociedade. E assim ser admitido nos meios letrados.
(P. 13) Nesse livro, ele vai se defrontar com as grandes questões da filosofia primeira. Aplicando seu método ao conhecimento de Deus e à demonstração da imortalidade da alma mediante a separação desta como diferente do corpo. Se o pensamento é uma propriedade essencial da alma, enquanto a extensão é do corpo, então um pode existir sem o outro. Para ele, mente, espírito, alma e razão são sinônimos. O corpo é extensão, sendo que essa propriedade não poderá ser aplicada a alma.
(P. 14) Nesta obra, Descartes aprofunda as suas provas da existência de Deus, explorando-o racionalmente. Com isso a razão já não admite limites, senão aqueles que ela mesma se dá. Essa disciplina chamar-se-á teologia natural ou filosofia primeira. Nada mais é considerado sagrado.
(P. 15) “Paixões da Alma” tem como objeto as paixões, os sentimentos, aquilo que o homem sente e pensa na sua condição de estar no mundo. Coloca-se a questão de como deve agir o homem virtuoso respondendo as paixões do corpo.
(P. 16) Em “Princípios da Filosofia” expõe toda sua filosofia, visando torná-la um manual para ser utilizado nos colégios jesuítas. Aqui temos um outro Descartes, preocupado com seu sucesso. Ele pensava que com esse livro, os manuais aristotélico-tomista seriam substituídos. O que não aconteceu.
O Fim.
O seu renome é grande. A filosofia cartesiana impõe-se como a nova filosofia, inaugurando o pensamento moderno. O racionalismo encontra em Descartes uma de suas grandes expressões.
(P. 17) Depois de sua morte, a sua correspondência começou a ser publicada. Nela, ele falava mais livremente sobre as grandes questões filosóficas e teológicas, sem a preocupação com a censura da igreja.
Nela a razão entrava, mas profundamente, na análise de dogmas religiosos como o da eucaristia e o da criação do mundo segundo a Bíblia.
No ano de 1663, uma parte de seus livros entra no índex da Igreja. Sob a alegação de exercícios metafísicos em assuntos religiosos e teológicos.
Argumentos Filosóficos.
O bom senso ou a razão.
(P. 18) Descartes considerava o bom senso ou a razão a coisa mais bem compartilhada entre os homens. A capacidade de discernir o verdadeiro do falso era igual em todos os homens. O que os distingue é a sua aplicação, pois essa deriva dos costumes, da religião, dos conhecimentos adquiridos, daquilo que ganhou o estatuto de verdade, embora não o seja. A razão iguala, as opiniões diferenciam os homens.O problema consiste, porém , em que essas opiniões podem impossibilitar a ciência, a filosofia e o próprio convívio regrado e pacífico entre os homens.
Descartes procura estabelecer um método que possa ser seguido por todo e qualquer homem, independentemente da época, opinião, crença, costumes ou sexo.
Um método que poderia ser utilizado por qualquer indivíduo sempre e quando estivesse disposto a fazer uso de sua razão e abandonar meras opiniões que não teriam nenhum fundamento sólido de sustentação.
Um método que permitiria que o edifício do conhecimento se construísse sobre bases sólidas, que não poderiam ser demolidas por opiniões impertinentes.
(P. 19) Um método voltado, para a busca da verdade e não da verossimilhança. E quando dizemos busca da verdade, referimo-nos a um livre exercício da razão, que pode ser publicamente reproduzido por qualquer um, de tal modo que desse exame público, coletivo, possa surgir um conhecimento indubitável.
O encontro com a verdade não tem nada de dogmático, ele significa somente um encontro da razão consigo mesmo num procedimento livre e metódico.
A Reforma do Pensamento.
(P. 20) Descartes sabia que não se poderia aplicar esse procedimento a uma revolução abrupta dos costumes e das relações sociais e políticas. Não teríamos um acordo metódico, consensual, mas a força invadindo todos os espaços de vida. Em lugar, ter-se-ia apenas o império da violência.
O questionamento deveria proceder por etapas, com conquistas graduais, ocorrendo, primeiro, no nível das idéias, para depois ganharem os outros campos da vida, onde os costumes seriam mudados, sociedades desenvolvidas e Estados aprimorados.
Descartes afirma que seu propósito consiste em apresentar uma experiência individual que poderia ser adotada por outros. Se bem sucedida nesse nível individual, ela poderia ser considerada um caminho seguro de conhecimento, que tornaria viável o progresso de toda uma coletividade, de toda a humanidade.
Uma humanidade avança se empreende a reforma do pensamento, e essa começa por indivíduos que procuram retomar as próprias bases do conhecimento em geral. Nisso encontra-se os grandes homens da história.
(P. 21) Regras do Método.
Descartes propõe quatro regras do método, que de tão simples pode ser adotada por qualquer um livre de preconceito.
1º “Não aceitar nada como verdadeiro sem antes ter passado pelo crivo da razão”. Para que o pensamento não seja tomado por paixões ou se deixe guiar por preconceitos.
2º “Tudo o que aparece como complexo deve ser dividido em tantas partes simples quanto possível”. Pois a razão, ao focar um problema perfeitamente delimitado, tem mais condições de resolvê-lo do que se encarar algo composto de várias maneiras.
3º “Uma vez feito esse processo de simplificação, ele deve seguir um ordenamento, de modo que a remontagem para o composto possa ser feita sem desvios, que prejudicariam a verdade almejada”. Trata-se do estabelecimento de uma ordem lógica, necessária entre esses elementos simples. A busca da verdade pressupõe o descobrimento de nexos necessários.
(P. 22) 4º “Como esse procedimento pode ser retomado e repetido por qualquer um, ele deve dar lugar a tantas revisões quanto necessárias”. De modo que as contribuições e objeções de todos possam ser levadas em consideração, pois ela é a condição mesma de estabelecimento da verdade.
A Moral Provisória.
Enquanto os pensamentos estão em ebulição, a vida continua. Por isso torna-se necessário uma moral provisória, que permita a quem se dedica à filosofia viver segundo o mais provável, enquanto o pensamento segue o seu próprio percurso.
(P. 23) 1º A primeira estipula seguir as regras existentes em cada país, de modo que os costumes e as leis sejam observados. Não se trata de uma obediência cega, mas decorrente das necessidades de uma razão, seguindo uma espécie de termo-médio, capaz de orientar as ações de uma forma adequada. Enquanto o exame corre solto no nível do pensamento.
2º Devemos ser resolutos e firmes em nossas ações, pois por maior incerteza que tenhamos devemos agir de modo que cheguemos a algum lugar, mesmo que cheguemos a um lugar errado. (P. 24) Pessoas que hesitam constantemente não chegam a lugar nenhum, como se andassem em círculos. Uma decisão uma vez tomada deve ser assumida com firmeza, tal como uma hipótese cientifica que deve ser verificada. Se ela for demonstrada falsa, pelo menos saberemos com certeza que esse caminho não deverá ser novamente trilhado.
3º As mudanças devem ser feitas na consciência de cada um, para que o exercício da razão se torne uma maneira habitual de pensar, sem preconceitos. O mundo, pelo menos por enquanto, deve permanecer tal como é, pois uma transformação abrupta não estaria seguindo nenhum preceito de razão. Cada homem, já no ato de seu nascimento, está inserido no mundo, num contexto de costumes e regras. Impõe-se como uma necessidade, o controle dos desejos e das paixões, pois todo descontrole termina repercutindo sobre aquele que desta forma age.
(P. 25) 4º A moral implica, uma escolha de vida. Ele opta por um fim não provisório, a saber, o contentamento advindo de um bem maior, o da verdade enquanto fruto de uma razão questionadora, metódica e aberta. A verdadeira felicidade, o bem supremo consiste principalmente, na conquista da verdade, o que pressupõe a escolha de determinadas condições que possibilitem que esse fim seja alcançado. A filosofia para Descartes é uma opção pela vida contemplativa, aquela que o dispôs a ser “mais espectador do que ator” nas comédias do mundo.
Penso, logo existo.
A metafísica é o conhecimento das coisas que se encontram acima da physis, acima do mundo físico. O conhecimento, as idéias, o ser perfeito e infinito, liberdade.
(P. 26) Entre os objetos que a metafísica do séc. XVII colocava como seu domínio de estudo estavam Deus e a imortalidade.
Mas para que a filosofia pudesse alçar-se com certeza ao conhecimento desses objetos, era necessário que ela estivesse em possessão de princípios de validade universal. Era necessário que ela efetuasse um novo começo, onde tudo passasse preliminarmente pelo exame da razão.
Nesse contexto Descartes vai elaborar a célebre proposição “Penso, logo existo”. Ela é resultado de todo um trabalho de questionamento radical das coisas passiveis de serem conhecidas. Dentre elas, aquelas que se originaram no conhecimento sensível ao em atos de imaginação.
Na 1ª, temos a experiência de que o conhecimento oriundo das sensações freqüentemente nos engana, de modo que ele não pode ser uma orientação segura.
Na 2ª, muitas vezes criamos objetos quiméricos, que não possuem nenhuma correspondência com o real.
Assim, Descartes optou por considerar que todo conhecimento seria falso, por não serem seus fundamentos estabelecidos com clareza e distinção.
Sobrou-lhe deste ato a generalização da dúvida apenas uma certeza, a de que o sujeito que duvida radicalmente não pode duvidar de duvidar. (P. 27) E como o ato de que a proposição “Penso, logo existo” era verdadeira, construindo o ponto de partida de sua filosofia.
A razão se encontra consigo neste ato puro de pensamento, livre de qualquer condicionamento físico, sensível ou imaginativo.
Deus.
(P. 28) Quando dizemos algo como imperfeito, estamos aplicando a idéia de perfeição sob a forma de falta de alguma coisa. Ao demonstrar que a idéia de perfeição não se origina nos sentidos mas na razão, não sendo uma construção imaginária, Descartes abre o caminho para uma prova racional da existência de Deus.
Perguntando-se sobre a origem dessa idéia, Descartes se depara com o problema de que ela não se pode originar do nada, pois do nada, nada provém.
Um ser imperfeito não pode ser a causa da criação de um ser perfeito, pois o menos não pode ser a causa do mais.
Resta, portanto, a opção de que a idéia de perfeição, tenha sido posta na razão por um ser perfeito. Só um ser sumamente perfeito pode ser causa de si mesmo.
Uma vez que a razão não se origina da criatura, torna-se necessário que ela tenha uma origem e essa origem esta num ser que é a sua causa. E esse ser perfeito não pode ser inexistente, pois isso seria contraditório.
Homem-Maquina
(P. 29) Descartes parte para o conhecimento do mundo físico em particular o corpo humano: A física dos corpos humanos.
Uma vez demonstrada à imortalidade da alma, onde a sua existência é distinta da existência sensível, o corpo humano aparece como sendo do mesmo tipo do corpo dos animais, funcionando de uma forma mecânica como se fosse uma maquina.
Descartes, junto com o médico inglês Harvey, está na origem da anatomia, em particular do descobrimento do modo de funcionamento da circulação sanguínea.
(P. 30) O bem-estar.
A filosofia tem um fim prático, o de propiciar o bem-estar de todos os homens, bem-estar físico em relação ao corpo, bem-estar material em relação aos ganhos oriundos da aplicação da ciência e da tecnologia. A saúde é considerada como um dos bens mais prezados pelos homens, assim como as comodidades da vida que possibilitam ema existência mais fácil e prazerosa.
O conhecimento visa ao bem coletivo, de modo que possamos nos tornar “mestres e possuidores da natureza”.
A ciência não é, entretanto, o resultado de esforços apenas individuais, é principalmente um empreendimento coletivo, baseado na divisão do trabalho.
(P. 31) Descartes defende vigorosamente a divisão do trabalho como principio do progresso das sociedades, pois muitos pesquisando coletivamente e seguindo os mesmos princípios, podem produzir resultados muito melhores e mais abrangentes do que aqueles que seriam conseguidos por um indivíduo isolado.
Na medida em que há um avanço no conhecimento da natureza, tendo como procedimento essa divisão do trabalho intelectual, o bem coletivo, se torna acessível a um número cada vez maior de seres humanos, fazendo com que a vida de todos se torne muito melhor.
O bem dos homens, eis o alvo da filosofia.
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prof.vinic 27/06/2012

O que dizer de um clássico? Apenas que é um clássico ... Este é um dos livros que eu sempre quis ler, afinal aqui foram lançadas as bases para a ciência atual!

"Je pense, alor j'exise." nada mais claro que e direto do que esta frase, o pensamento moderno se baseia nisso, a evolução da ciência só tem sido possível devido a este pensamento simples e direto. A maneira de como Descartes verbaliza suas ideias sobre o mundo é única ... claro que vale ressaltar suas desculpas por não publicar algumas informações que iriam contra a Sagrada Igreja! Um lado humano que geralmente esquecemos que existe em todas as grandes personalidades da humanidade.

Altamente recomendado para quem gosta de pensar em ciência, e quer entender melhor o tal método cartesiano, isto é, dividir em partes menores e entende-las para compreender o todo.
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loro 21/06/2012

Informações Perdidas
Caramba, dá para ver como o texto dele está adaptado pelo medo de virar churrasquinho. Fico pensando quanta informação morreu com ele e não publicou por medo da Inquisição. Triste!

Esse livro foi citando por muitos outros que já li, mas só após a citação no "E o cérebro criou o homem" do Antônio Damásio que fui ler. Sem contar a indicação da Fernanda da lista filosofandos.
Ronan.Azarias 01/08/2012minha estante
Em seus estudos sobre a trajetória das balas de canhão no cerco de La Rochele René aparentemente já tinha uma noção de que a Terra não era o centro do universo. Isso era um problema, ele foi muito cauteloso ao redigir o Discurso. Para saber mais sobre René e como ele desenvolveu suas teorias e como concebeu o Discurso, sugiro que leia O caderno secreto de Descartes de Amir D. Aczel, que além de ser uma rápida biografia de Descartes oferece uma visão complementar de sua obra, além de uma pequena surpresa no final (uma pequena grande coisa)


loro 17/08/2012minha estante
Obrigado Ronan pela indicação do livro do Aczel, já adicionei na lista.


Bruno Oliveira 21/02/2013minha estante
Bom, que eu lembre, acho que uns dois ou três livros do Descartes se perderam, mas por outros motivo que não a inquisição. Um foi um tratado de esgrima, por exemplo.

O problema do medo na filosofia dele é que isso acabou mascarando coisas, de modo que certos aspectos os quais não tem muita clareza ficam sem esclarecimento adequado, já que é impossível saber se ele escreveu de certo modo por cautela ou por uma escolha simples e deliberada.

A parte "perigosa" da filosofia dele acabou sendo publicada postumamente, o livro "O mundo".




CaWal 21/04/2012

Abandonei, mas volto quando ele for homem formado!
Triste colocar um livro tão bom como "Abandonei": parece que achei-o sem valor enquanto na verdade considero-o um ótimo livro e só parei por falta de tempo de lê-lo com calma. Logo voltarei!
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Aline 12/02/2012

O DISCURSO DO MÉTODO COMO REGRA SOCIAL
René Descartes nasceu em La Haye en Tauraine na França no ano de 1596 e morreu em Estocolmo em 1650, era um filósofo, matemático e físico. Seu estudo contribuiu para a área de filosofia e da ciência, mas também, destacou-se na área da matemática unindo a álgebra e a geometria. Entre suas obras encontra-se: Regra para a direção do espírito (1628), Geometria (1637) e o Discurso do método (1637). Esta última é a que estará no estudo em questão.
O Discurso do Método é um tratado sobre filosofia e foi publicado em 1637 na França, é um livro que possui a estrutura dividida em seis partes. Trata-se do método tomado por Descartes para discutir sobre as direções que o espírito do homem deve tomar em relação a sua existência. A primeira parte, intitulada para bem dirigir a própria razão e buscar a verdade nas ciências, trata da razão ou bom senso está ligado diretamente ao poder da escolha, ou seja, a sabedoria de julgar o que é verdadeiro ou falso cabe a todos os homens de igual razão. A diversidade é dada pela racionalidade de conduzir os pensamentos por diferentes caminhos, pois o que importa é a aplicação do bom espírito as coisas essenciais. A segunda parte destina-se as principais regras sugeridas por ele para a prática científica. O autor cita uma cadeia de razões, nas quais alguns cientistas costumam servir-se para chegar as suas conclusões, neste sentido é feita uma abordagem em relação as leis adotadas por ele, a primeira consistia em não aceitar como verdadeira nenhuma coisa que não conhecesse evidentemente, o próximo passo estava na análise da totalidade das coisas, o terceiro preocupava-se em conduzir o pensamento numa ordem, em que o estudo dos objetos mais simples eram os primeiros a serem analisados e só gradativamente o estudo tomaria uma proporção mais complexa. A próxima sugestão de Descartes está ligada a algumas das justificativas do método. A formação de uma moral provisória é essencial na ociosidade das ações, por isso este processo tem que se constituir em três desejos que possam garantir o conhecimento. São atitudes que consiste em obedecer às leis e os costumes do país, em ser firme e resoluto nas ações e procurar sempre vencer a si próprio de seu destino. Para tal efeito, é sugerido um longo período de meditação, pois estas são atitudes que implica numa nova educação existencial. A quarta parte do livro faz menção às provas da existência de Deus e da alma humana como fundamentos da metafísica. Segundo Descartes, tudo que em nós existe provém de um ser perfeito e infinito, pois com base desse conhecimento, torna-se fácil saber que o sonho tem a mesma credibilidade de quando estamos acordados, mas só se deve procurar sua veracidade em um estado consciente, pois existem exceções para a imaginação do estado inconsciente. É postulado também, um método em relação à questão física que é relativa à medicina e sobre a alma, em que esta é alegada como independente do corpo, ela não morre com ele, neste sentido, subentende-se que a alma é imortal. Por ultima, mas não menos importante é nos apresentada a sexta parte da obra, é o momento que Descartes explica as razões que o levou a escrever o tratado e o que ele acredita ser essencial para o conhecimento, pois ele afirma que essa divulgação deu-se principalmente por certa prestação de contas para com o público e de fazer com que este também participasse de seus interesses, uma vez que, ele expressa necessitar do auxílio do próximo, porém isto era algo que o próprio não esperava retorno.
Em um estilo simples e direto o presente autor expõe suas ideias de forma concisa, diferente de alguns escritos filosóficos este possui uma particularidade para com o público, lembrando que, Descartes passou pela faculdade de Direito, ou seja, a um certo teor legislativo implícito, seu método consiste em regras a serem seguidas, em que o indivíduo para possuir um bem estar espiritual e intelectual precisa agir com bom senso e não esquecer a parte que o torna tão especial que é a ligação com o ser perfeito. Este é um caminho a seguir, porém não é o único. Descarte faz seu caminho de raciocínio baseado na subjetividade de algo supremo, no entanto, usa a racionalidade como resposta. Ora como ter algo racional das coisas abstratas? O que fica claro neste discurso é a aproximação das pessoas com as coisas divinas, pois estas tornariam as pessoas dependentes de regras e seguiriam uma moral imposta, ou seja, seria o caminho viável para o bom entendimento entre as pessoas na sociedade e entre o conhecimento. É um tipo de informação obtida através de uma experiência unitária, vemos relatados discursos de uma vida, que teve as suas particularidades e suas dificuldades, contudo poderiam se aplicar a uma experiência coletiva, recordando que, cada indivíduo enquanto ser social possui suas instabilidades emocionais, neste sentido, as aplicações dessas regras tomariam rumos diferentes, pois é esta diversidade que as torna particulares de cada um.
É um bom livro, a edição da editora Martin Claret nos traz um auxílio para o melhor entendimento da obra, nos dando assim uma melhor abrangência na construção de nossa própria interpretação. Indico para estudantes de ensino superior, abrangendo assim toda a academia e para professores que possui um maior contato com estudantes de ensino médio, é um ótimo livro para promover um debate em sala, desde quando o professor saiba conduzi-lo.
Aline 12/02/2012minha estante
Recomendo!




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Bloging 01/08/2011

Ao ler o Discurso do Método, é comum deparar-se com os seguintes questionamentos: Como um pensamento tão moderno poderia ter aflorado imediatamente ao nascimento do Iluminismo? Como esta filosofia, que trouxe à tona conhecimentos tão concretos, pôde desenvolver-se apesar da renúncia dos métodos antigos, e da construção de várias dúvidas sobre absolutamente tudo o que existe no Universo – inclusive a existência de Deus e da própria existência?

Estes e outros questionamentos são expostos por René Descartes ao longo de sua obra prima. E obviamente não cabe ao mero resenhista expor as idéias do filósofo aqui, já que na última parte do discurso, o próprio Descartes fala que ninguém é melhor que ele mesmo para explicar seu pensamento, uma vez que quem tomou conhecimento do método pode explicá-lo de uma forma modificada.

A verdade é que, esta obra que inaugurou a filosofia moderna, foi escrita originalmente em língua vulgar (o francês ao invés do latim, idioma adotado pelos intelectuais da época) visando o objetivo de que toda a humanidade deveria ter acesso ao uso da razão.
Evitando assim, ações e conclusões cegas e precipitadas sobre a vida; e evitando também uma postura individual passiva sobre a mesma, passividade esta, que oprimia e dogmatizava a visão do homem sobre o mundo.

Em suma: O Discurso do Método é um manual prático, um “modo de usar” da razão. Que de forma alguma deve ser vista com preconceito por aqueles de pensamento mais obsoleto.

PS: Livro de linguagem um pouco difícil. Para ser lido mais de uma vez.
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Maurino 04/03/2011

Uma fábula filosófica.
Falar do filósofo francês René Descartes, ainda mais do “Discurso do Método”, uma de suas obras fundamentais, na qual ele anuncia “o primeiro princípio da filosofia que buscava”, pode soar como chover no molhado. Muitas vezes tomado injusta e maliciosamente como o “filósofo das certezas” por quem nunca o leu e desconhece o vigor de seu pensamento, este autor genial tem recorrentemente servido de alvo para aqueles que, tentando justificar a originalidade de suas supostas “filosofias da diferença” o elegem como o contraponto vil. Todavia, a diferença está no cerne do seu pensamento. O implícito do “ergo cogito, ergo sum sive existo” é justamente a dúvida metódica, a partir da qual ele constrói o seu arcabouço teórico. Como conceito tripartido o cogito anuncia, na dúvida, o impensado do pensamento de Descartes; o que permite que ele possa ser lido diferentemente por cada um que queira resgatar a sua potência. Seu pensamento o ultrapassou,como acontece com todos grandes autores, está vivo e quem quer que tenda a fixar, nas coisas conhecidas, os modos de seus próprios pensamentos poderá encontrar, na dúvida, uma terapia para o seu sono dogmático. Afinal, como ele mesmo diz, "o bom senso é a coisa mais bem distribuída do mundo".
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Camille Ramos 10/08/2009

Depende do ponto de vista...
Li esse livro hoje mesmo, mas confesso que não realizei uma análise bem feita da obra.

Concordo com Descartes em alguns pontos, mas vou contra em tantos outros. Acho que é muito fácil para ele "colocar tudo nas mãos" de Deus.

Eu discordo dessa busca da verdade, ou da razão, que ele coloca. E se Deus é o ser perfeito, que dá razão à nossa existência, o que dá razão à existência de Deus??

Bem, foi isso que eu entendi, do que ele diz. Se estiver errada, perdoe-me.

É claro que ele não fala somente sobre isso, e em alguns outros pontos eu concordo com ele.

Mas enfim, é um bom ponto de vista o dele, apesar de me parecer muitas vezes, talvez pela incontável maneira que ele diz que não iria escrever e tal e coisa, que ele só escreveu para publicar e ser lembrado (fato que ele nega o livro inteiro).

Para quem gosta!
Mariana 04/12/2010minha estante
Descartes cai no que é chamado de Círculo Cartesiano: Deus existe porque existimos e existimos porque Deus existe. Afinal, o que justifica a existência de Deus é a idéia inata de perfeição que temos. Mas existimos porque formos criados por ele.
O pensamento cartesiano é baseado na noção da existência de Deus. Se esta é refutada, cai tudo por terra.

Muitas partes falhas em sua obra podem ser encontradas e apontadas facilmente.


Bruno Oliveira 09/09/2012minha estante
Descartes não dá justificativa para a existência de deus, ele apenas fornece provas de que ele exista.



Yuri 21/08/2014minha estante
Ele inicia o trabalho alertando o leitor que se trata de um método que funcionou para ELE e que, TALVEZ, poderia auxilar outros na busca da verdade - a verdade aqui tratada como uso da Razão em busca do conhecimento e não da reutilização de velhas formas e dogmas.

Ele não tem interesse de discutir a existência ou não de Deus (embora discuta), é um mero objeto utilizado para aplicar o seu Método - objetivo da obra.

Descartes abre, com o Método, uma nova forma de pensar o Mundo. Critica o conhecimento inquestionável e imutável fazendo as pessoas pensarem sobre as origens daquele postulado tido como "verdade". Tanto que um de seus trabalhos foi parar no Index da Igreja Católica. Aliás, ler a obra e contextualizar é sempre bom. O livro foi escrito em 1637... Lembrou da Inquisição?

Agora, resumir que a proposta da obra foi a de querer "ser lembrado" é de uma profundidade semelhante a uma poça de água numa chapa de metal.


Rafael.Silva 11/02/2017minha estante
Creio eu, na minha pequenice, que Descartes cai no Círculo Cartesiano: Que deus existe por causa da nossa existência e vice versa.


RS 22/05/2017minha estante
Deus existe por si mesmo, é por isso que você mesmo disse "razão à nossa existência", o segredo tá no "nossa", e não dEle.

De toda forma, posso dizer que não concordo com o método de Descartes e acho que o seu maior erro foi ter jogado a filosofia escolástica na lata do lixo usando argumentos pueris (como o da cidade projetada por um homem vs a por vários ao longo dos anos).


Léo 07/07/2017minha estante
Nunca cometa o mesmo erro, não ache nada, você não fez um análise bem feita. Não se pode discordar do que não entende, isso é ignorância.




thi 10/01/2009

Tradução
Não comprem a tradução da L&PM! Quem quiser ler (e entender) o livro seriamente compre a tradução da coleção Os Pensadores (tradução de J. Guinsburg e Bento Prado Júnior).
Oldack 14/01/2009minha estante
O que há de tão grave nessa tradução? Estou terminando a leitura, mas gostaria de saber...


camila 14/02/2010minha estante
também fiquei curiosa...qual o problema da tradução da l&pm?


Rodrigo 27/10/2010minha estante
o meu é o da Martin Claret, será que também esta mal traduzido?


Mari 04/11/2010minha estante
vai ver é esse meu problema com o livro.




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