O Orgasmo e o Ocidente

O Orgasmo e o Ocidente Robert Muchembled




Resenhas - O Orgasmo e o Ocidente


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Jocélia 14/06/2016

O prazer que dizemos carnal...
Analisando o período que vai do Renascimento ao Contemporâneo, o autor ao revelar aspectos antes desconhecidos na vida em sociedade promove uma reflexão sobre a história do prazer e dos ditos desejos proibidos
Contribuindo significativamente para a história dos tempos modernos, realizando um estudo comparativo entre franceses e ingleses, o autor observa que apesar das diferenças na economia, na política e na religião, ambos possuem uma profunda unidade ao que se refere ao orgasmo e que ambos foram impulsionados a sublimação dos impulsos eróticos resultando na elaboração dos mecanismos de controle dos desejos e das paixões individuais.
Abordando os discursos e as alterações que acontecerem durante os séculos, o autor identifica as modificações, a construção dos discursos, do controle sobre os corpos, da sexualidade e das interferências religiosas que desde os primeiros séculos sempre foi alvo de grande importância, uma vez que a igreja ao se aliar com a família e a medicina, passa a ter forte domínio no papel social.
Com a mudança de discurso, o individuo, também muda de lugar na sociedade, pois a modificação das relações entre corpo e alma, desloca-o das margens para o centro. Com isso, as regras religiosas e políticas são substituídas por uma moral pessoal onde a sexualidade passa a ser uma decisão refletida unida a busca pela felicidade.

Entre vários discursos, o autor aborda a mudança erótica do século XVIII, aonde com a invasão da pornografia, que vem para contestar as regras estabelecidas, afeta diretamente a igreja gerando um enfraquecimento do conceito de pecado e assim promovendo uma revolução dos desejos.
Para Muchembled , o atual afastamento da religião dá à mulher e ao homem a escolha de utilizar o corpo conforme a sua vontade, entretanto, as coisas não são simples, pois o livre arbítrio é limitado pela opressão social e cultural , e com isso torna-se necessário a compreensão do que representa o indivíduo na tradição Ocidental para só assim poder definir sua relação com o gozo.
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