Os Carbonários

Os Carbonários Alfredo Sirkis




Resenhas - Os carbonários


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Bolena 02/08/2023

É complexo avaliar uma biografia, especialmente de alguém que lutou e arriscou sua vida pelo país. Temos um livro que conta um período muito importante e doloroso, o autor por várias vezes esteve na linha de frente correndo imensos riscos e sofreu com a perda de inúmeros conhecidos e amigos. Ainda assim fiquei bastante incomodada em algumas passagens, diversas vezes o autor usa alguns termos racistas, como chamar o cabelo de um companheiro de "pixaim" ou se referir a vizinha como uma "negrinha curiosa", além de todo sutil elitismo na forma como se referia a população ou chamar um orador de "favelado que estava dando um toque popular na manifestação". Isso tudo me incomodou muito. Apesar disso é um livro que vale a pena ser lido. O autor militou no movimento estudantil, depois na VPR, esteve no centro ou próximo do centro em vários acontecimentos importantes e algumas figuras que se tornaram famosas na luta contra a ditadura como Carlos Lamarca, Stuart Angel e Juarez Brito estão presentes. Um livro importante para se conhecer esse momento da nossa história.

obs: li a versão de 86, sei que houve algumas mudanças depois disso, talvez algumas partes tenham sido editadas, mas não tenho certeza.
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Christiane.Leite 02/05/2023

Livro escrito por Alfredo Sirkis em torno de 10 anos após o início de seu exílio voluntário: Ele fugiu do Brasil e da organização que tanto dizia prezar. Sirkis se dá mais importância do que realmente teve (no episódio do sequestro, por exemplo, diz que foi escolhido para não participar da ação, para "tomar conta do aparelho", mas algumas entrevistas com outros membros disseram que ele NUNCA era escalado para ações e que gerava desconfiança em alguns membros -o que se fez compreensível quando ele fugiu sem avisar à cúpula da organização). Portanto, é um livro para ser lido dando-se mais relevância aos fatos que narra do que às impressões pessoais do autor sobre si mesmo.
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Samira 20/01/2022

Excelente!
Um livro muito bem escrito, não atoa ganhador do prêmio Jabuti, que narra de certa forma os bastidores dos chamados aparelhos e aponta assim como muitas obras os horrores da ditadura no Brasil. Recomendo. Muito bom mesmo!!
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BanjoCore 16/09/2020

Caminhando e cantando..
Pessoas com 18 anos em 1968: Mãe, não me espere para o jantar, preciso ir lutar contra um governo ditatorial.

Pessoas com 30 anos em 2020: Manheeeeeee, cadê o meu toddy?!?
Raquel.Santos 08/02/2022minha estante
Minha filha tem 17 anos e pergunta pelo Toddy dela. ??




Roberto Petrúcio 27/08/2014

A história da ditadura civil-militar
Bom livro que conta, do ponto de vista de um esquerdista, a história da ditadura civil-militar surgida no Brasil com o golpe de 1964.
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Afonso74 23/09/2011

Os Carbonários - Prêmio Jabuti 1981
Livro escrito por Alfredo Sirkis em torno de 10 anos após o início de seu exílio voluntário, decisão tomada quando tinha 21 anos após se convencer, um tanto tardiamente, que a organização da esquerda armada não os levaria a atingir o dito sonho de um Brasil mais justo. É justo que se diga que fugiu antes de ser morto ou preso.

É um relato pessoal sobre as angústias e sonhos de um jovem de 20 anos, sem deixar de ser informativo ao descrever a rotina, ou falta dela, de alguém que vive constantemente no limiar de ser preso, torturado e possivelmente morto.

Assim sendo, é notável a coragem do autor ao também expor os aspectos quixotescos daquela luta inglória nos anos seguintes à Anistia, uma vez que o ambiente político, e em especial entre as esquerdas, era de exaltar aqueles que resistiram à ditadura.

Definir essa obra não é fácil mas ambiciono chegar perto dizendo tratar-se de um thriller político de não ficção narrado em primeira pessoa. E que, além de excelentes passagens de ação, não deixa de ser denso ao expor os efeitos da ideologia comunista sobre o indivíduo e o falso purismo dos companheiros, que em qualquer deslize viam um traço "pequeno burguês" naquele que o cometeu.

E além de tudo o que foi descrito acima, o livro tem algumas passagens extremamente engraçadas.

No posfácio, escrito 28 anos depois do livro em si, Sirkis confessa se sentir perplexo quando um jovem lhe diz que gostaria de ter vivido aquela época para lutar contra a ditadura, e sua reação é de tentar minimizar a aura de heroísmo, tão cultivado pelo cinema nacional recentemente. Comportamento diametralmente oposto ao de muitos que participaram daquela resistência armada, como José Dirceu, Franklin Martins e outros que parecem viver para enaltecer seus feitos, políticos ou não, no passado.

Difícil imaginar um livro melhor sobre o período.
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Luis 13/12/2009

A luta armada transformada em um genial romance de aventura.
Poucas vezes li um relato tâo contundente e maravilhosamente bem escrito quanto "Os Carbonários". Sirkis traça de forma vertiginosa a loucura da luta armada nos anos de chumbo. Parece um romance de aventura e, de fato, é. Você se sente parte integrante daquele grupo de secundaristas sonhadores que lutavam contra os gorilas militares. Muito me espanta que , a exemplo de "O que é isso companheiro ?", "Os Carbonários" nâo tenha ainda sido levado às telas. Tenho poucas dúvidas que de que seria um filme 5 estrelas, como já é o livro.
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Bruno T. 23/08/2009

Excelente livro
O relato de Sirkis sobre seu envolvimento pessoal com o movimento estudantil e com a resistência armada constitui-se num testemunho verdadeiro, fiél e sensível dos anos de chumbo, mais especificamente no período de 1967 a 1971.
Extremamente bem escrito, mantendo o "tom" característico dos "jovens guerrilheiros urbanos" da época (quase todos estudantes secundaristas e universitários, entre 16 e 23 anos de idade), o livro prende a atenção do início ao fim.
A se destacar, na recente edição da BestBolso (2008), um novo posfácio, assinado pelo autor, e uma interessantíssima seção de "Notas", contendo informações atualizadas sobre fatos e pessoas citadas no livro.
Imperdível para quem quer conhecer (ou lembrar) os anos de chumbo.
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Zuca 23/04/2009

Amei, principalmente quando ele vai ao psiquiatra, porque acha que está com mania de perseguição e o médico o alerta para a possibilidade de ele estar mesmo sendo seguido.Logo ele parte para um exílio voluntário...sorte sua!
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