O Advogado da Vida

O Advogado da Vida Jean Postai




Resenhas - O Advogado da Vida


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Luh 08/04/2013

Uma fábula sobre um dos maiores tabus brasileiros.
A Trama: David está no aniversário de sua noiva quando recebe a inusitada ligação de um parente distante, o Dr. Arthur Galanidel. Arthur foi preso por cometer uma série de abortos em sua clínica, e desde então está em todos os jornais da cidade. Quando David aceita defendê-lo perante o júri é que começa a história: de um lado está Arthur, médico idealista que defende o direito de escolha da mulher, do outro, o Ministério Público e a Igreja, requerendo a condenação do acusado, e no meio, o júri, que tem o poder de absolver ou condenar o réu.

Os Protagonistas: Arthur é um médico obstetra renomado, dono de uma clínica de alto padrão. Extremamente idealista, o médico defende o direito da mulher de escolher levar adiante uma gestação ou não. Gostei bastante do personagem, achei ele um velhinho carismático. Mesmo nos momentos em que David se revolta, o chamando de “mentiroso e manipulador”, na minha opinião, é um senhor muito sincero, que não deixa de lado aquilo que acredita nem para defender sua própria liberdade.
David, um advogado de 25 anos em início de carreira, não me conquistou muito. Não sei, em alguns momentos achei ele influenciável demais por aqueles ao seu redor. Mas no todo, é um bom personagem, e claro, fundamental para o desenvolvimento da história.

Os Personagens Secundários: Morgana é uma promotora durona, responsável pela acusação do Dr. Arthur. E só isso fez com que eu não gostasse dela (imparcial eu, só que ao contrário, haha).
Teo é estagiário de David, gostei bastante do personagem. Mesmo não tendo parentesco algum com Arthur, em vários trechos do livro, me vi imaginando-o como uma versão mais nova do médico.
Elaine, secretária de David e mãe de Teo, é uma senhora muito religiosa, que fica meio dividida quando o advogado assume o caso. Ao mesmo tempo em que é contra o aborto, ela quer ver o sucesso do filho e do chefe, a quem quer muito bem.

Capa, Diagramação e Escrita: Ah gente, eu sou suspeita pra falar da capa. Acho a estátua da justiça linda, então é claro que só tenho elogios sobre isso. A diagramação é bem simples e a fonte um pouco maior que o normal, fazendo com você leia várias páginas sem nem se dar conta.
Apesar dos termos jurídicos utilizados, achei a escrita tranquila, e em minha opinião, isso não dificultará em nada o entendimento dos mais leigos.
Por fim, o livro é narrado em terceira pessoa, o que achei importante, assim a narrativa não fica contaminada pelas opiniões do personagem a respeito do tema central: o aborto.

Concluindo: Não há como falar do livro sem compará-lo a uma fábula. Muito mais do que a história do Doutor Arthur e de David, vemos aqui uma discussão sobre a legalização ou não do aborto no Brasil, com personagens que representam os argumentos contra e a favor. 
Todos sabem que o aborto acontece, mesmo sendo ilegal. Porém, é um tabu muito forte, e por isso pouco falado. E Jean Postai ousa ao tratar abertamente sobre ele na história. Volta e meia leio algo sobre isso, por ser um assunto que me chama muita atenção, então é claro que gostei. 
Quem se interessa sobre o tema, mesmo que não esteja acostumado com o vocabulário jurídico, com certeza gostará bastante do livro. Porém, não indico para quem busca uma leitura apenas para passar o tempo. Afinal, você querendo ou não, ele vai te fazer refletir sobre o assunto. Fora isso, é um livro que merece ser lido. Ele te traz conhecimento de uma forma bem mais leve que reportagens e notícias. Mas, a pessoa tem que ter a mente aberta para aceitar argumentos e opiniões contrários aos seus. Aqueles mais radicais, nem percam tempo.

Quotes:

"Ou seja, a lei que proibia o aborto, de modo geral, era quebrada diariamente por milhares de mulheres anônimas que, por algum motivo, desejam retirar de seus corpos uma vida que acreditavam não poder dar amor, carinho, ou uma vida digna. Será que realizar o desejo dessas mulheres era realmente ir contra a lei? Ou o melhor seria permitir que tudo ocorresse às escondidas, de forma perigosa e terrível, causando muito mais sofrimento a todos simplesmente porque o Estado diz que não se pode abortar e ponto final?"

“E lembrem-se, existem três verdades: a minha, a de vocês e a correta.”
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Aline 05/04/2013

Recomendo mesmo!
É com muita alegria e orgulho que escrevo esta resenha hoje. Alegria por ter lido um livro tão emocionante e interessante e orgulho por saber que temos escritores sim em Joinville, e de qualidade.

O livro a que me refiro é “O Advogado da Vida”, do escritor e advogado joinvillense Jean Postai, publicado pela Editora Novo Século, que é um thriller jurídico com um tema bastante polêmico nos dias de hoje: o aborto. Admito que não é muito fácil agradar esta leitora aqui que é aficionada por John Grisham e Michael Connelly, porém o livro conseguiu me prender do início ao fim. Primeiro pelo tema, que me interessa bastante e segundo pelo enredo, que foi muito bem pensado e desenvolvido ao longo do livro. Sempre me interessei muito por Direito, creio que se não tivesse escolhido a carreira de professora de Línguas, teria enveredado pelos caminhos da justiça, e é por isso que sempre estou lendo thillers jurídicos ou assistindo a filmes com a mesma temática.

“O Advogado da Vida” conta a história de Arthur Galanidel, um médico obstetra, proprietário de uma clínica luxuosa, onde descobre-se que abortos estão sendo realizados. Dr. Arthur foi pego numa armadilha e da noite para o dia a sua vida é transformada num inferno. Sem querer dar muitos detalhes – no spoilers intended, o Ministério Público recebe uma denúncia e assim, Dr. Arthur é preso pela prática de abortos, o que na Lei brasileira é considerado ilegal, pois constitui crime contra a vida. As esperanças do médico são depositadas num sobrinho distante, o qual não via há muito tempo, mas que sabia ser advogado de defesa. Sua única ligação de direito na delegacia foi para David Puska, advogado jovem e em início de carreira, dono de um escritório pequeno, onde também trabalham um estagiário, Teo e sua secretária, Elaine.

O enredo gira em torno de todo o desenrolar do caso, desde a busca por testemunhas, investigações, coletas de provas, desafios, surpresas desagradáveis e muita ação até culminar no momento final e mais aguardado (por mim, pelo menos): o grande júri. Depois de um difícil e longo percurso, é no júri que David terá que realmente mostrar todo o seu talento e persistência para defender o seu cliente, tarefa difícil pelo fato de ser um tema extremamente polêmico e de grande apelo popular, e também por ter como “rival” no caso e no tribunal, a inescrupulosa promotora de Justiça Morgana Corbani, que não medirá esforços para tentar vencer o caso e galgar mais um nível em sua já prestigiosa carreira no Ministério Público.

Jean consegue manter a atenção do leitor o tempo todo, instigando e ao mesmo tempo mostrando de forma muito clara todos os passos e procedimentos de um processo e de um julgamento de verdade. Percebe-se que o autor fez muita pesquisa para escrever o livro e tudo é muito bem fundamentado. É preciso coragem para escrever um livro, e é preciso coragem em dobro para escrever sobre um tema tão forte e polêmico quanto o aborto. Com certeza há muitas opiniões divididas sobre a questão do aborto no nosso país, e haverá ainda muito a se discutir e é bom saber que este tema está presente na literatura também, trazendo assim um pouco mais de conhecimento e esclarecimento para muitas pessoas a respeito do assunto e das leis do nosso país.

Bem, não quero acabar falando demais, e sem querer dar com a língua nos dentes e revelar algo que não devo, deixo que cada um descubra um pouco mais por si próprio e que forme suas próprias opiniões a respeito do livro, pois é certo que cada um já deve ter sua própria opinião sobre a legalização do aborto.

Recomendo muito este livro, vale a pena mesmo, principalmente se você se interessar por ação, mistério e assuntos polêmicos.
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Samantha @degraudeletras 27/03/2013

Samantha M. - Word in my bag - http://wordinmybag.blogspot.com
ean Postai, advogado e escritor, lançou seu primeiro romance, O Advogado da Vida, em 2012 pela editora Novo Século através do selo Novos Talentos da Literatura Brasileira. Sua obra traz uma análise sob diferentes perspectivas sobre um assunto polêmico, o aborto.

O Advogado da Vida conta a estória de Arthur Galanidel, obstetra conceituado conhecido por celebridades e pessoas de classe alta e média alta por realizar abortos com o mais absoluto sigilo. O médico não esperava que sua vida fosse virar de cabeça para baixo após atender um simples casal, como era rotina em sua clínica. Tal casal era, na verdade, uma dupla de jornalistas com uma câmera escondida prestes a revelar as práticas ilegais que Arthur realizava sem cerimônias.

Ao ser preso, o médico contacta seu sobrinho que é advogado recém formado, David, que tenta colocar pra frente sua pequena empresa de advocacia constituída por poucos funcionários e ainda desconhecida. Por que o famoso obstetra contrataria um inexperiente advogado para o caso de maior escândalo na mídia ?

Logo que conheci o livro, fiquei muito interessada em lê-lo, pois Jean Postai me lembrou bastante Corban Addison, autor de Cruzando o Caminho do Sol, por ambos os autores serem advogados, aparentemente apaixonados pela profissão, e escreverem um romance embasado em assuntos que sempre geram discussão em qualquer roda de conversa. O autor brasileiro escreveu sobre aborto, enquanto que o americano, sobre o tráfico ilegal de seres humanos.

O ponto mais forte de O Advogado da Vida é a maestria em abordar um mesmo assunto sob perspectivas diferentes sem perder seu propósito. As opiniões sobre aborto no Brasil giram em torno de embasamentos teológicos ou legais, uma vez que o país, apesar de laico, tem forte influência dos preceitos religiosos e sua legislação permite o aborto apenas em alguns casos específicos. Mas... Quando começa o direito à vida?

Alguns pontos do livro são pobres de conhecimento, como quando Arthur vai consultar o casal de repórteres e não demostra nenhum conhecimento palpável, apenas fala sobre a doença do feto como "essa doença", sem dar nenhum suporte de conhecimento verídico para enriquecer a obra. Tudo bem que o autor não é da área de saúde, mas não custava nada ter pesquisado um pouquinho mais sobre o assunto, não?! Outro ponto que me deixou um pouco desanimada durante a leitura, foi me deparar com uma frase de email/ facebook que é repassada há anos:

"- Então me diga, jovem, se você conhecesse uma mulher que está grávida e já tem nascidos oito filhos, dos quais três são surdos, dois são cegos, um é deficiente mental e ela tem sífilis... recomendaria que ela fizesse um aborto caso estivesse novamente grávida, desta vez do nono filho? - Perguntou.
- Neste caso, bem... depende... - disse Teo - Acho que recomendaria que talvez abortar o novo filho, afinal, há uma grande chance de que nasça com dificuldades físicas e psicológicas.
- Então você acaba de matar Beethoven! - Respondeu o homem. "
P. 130

Mas em outros pontos, o autor fundamentou os diferentes pontos de vistas de forma mais convincente, ao usar dados mais sérios (não sendo frases de email coletivo) como pode ser ser visto no discurso de David, que apresenta os países que têm altos índices de desenvolvimento humano e que dão à mulher o direito de escolher se querem ou não ter seus filhos.

Como o próprio autor menciona ao final do livro, esta obra não tem a finalidade de conduzir opiniões sobre o assunto, mas apenas de mostrar as diferentes vertentes legais dentro e fora do país.

"E lembrem-se, existem três verdades: a minha, a de vocês e a correta."
P.410

O livro cresce gradativamente, tanto nos argumentos quanto na trama, mas não deixa de ser uma leitura fácil e agradável, mesmo com uso de jargões da área jurídica. A obra me fez refletir sobre o aborto, mas não chegou a mudar meu ponto de vista em relação ao assunto. Jean Postai, apensar de iniciante no ramo da Literatura, é um escritor que sabe conduzir o leitor e fazê-lo pensar.
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TeLa 05/03/2013

Resenha do Blog Penseira Literária - http://penseiraliteraria.blogspot.com.br
Quando peguei o livro de Jean Postai pra ler não sabia muito bem o que esperar dele, pois, como a maioria, não tenho uma opinião definida sobre o aborto. Então resolvi abrir o coração e a mente e ir sem nenhum preceito à leitura. O "Advogado da Vida" é um livro que faz o leitor refletir sobre o assunto, questionar esta questão tão presente na sociedade. Perguntas como "Quando começa o direito à vida?" sempre surgem, mas nunca pensamos a fundo sobre o assunto.

O livro deixa claro desde o início que o objetivo não é formar opiniões e sim discutir, o que o autor soube fazer com maestria, mostrando não somente a vertente jurídica como também a ética e religiosa. O livro segue a linha do direito e conta com certos termos da linguagem jurídica, o que não comprometeu em nada a leitura, bem ao contrário, só instigou mais.

Jean Postai soube escolher e caracterizar bem seus personagens, me fez torcer e vibrar com David as suas conquistas e compartilhar com o personagem suas dúvidas também, afinal, imagine você, que não tem uma opinião formada para o aborto ter que de uma hora para outra defender uma pessoa que o pratica. Me coloquei no lugar do personagem, também ficaria confusa. O estagiário Teo me deixou apreensiva, mas vibrei com o sucesso de suas intervenções (sem spoilers!!! hehe). Até o Dr. Arthur conquistou parte da minha simpatia, talvez por imaginá-lo em diversas passagens como um velho ranzinza... Minha raiva ficou por conta da promotora Morgana e seu comparsa Frank, falso religioso. O que posso dizer pra vocês é que o livro é muito sensitivo.

Confesso que a história começou devagar, mostrando o Dr. Arthur caindo em uma armadilha de jornalistas que forçaram uma situação para denunciá-lo. Em poucos dias ele vê sua carreira brilhante indo pelo ralo. Porém, quando David Puskas, o jovem advogado sobrinho do acusado entra na história para fazer sua defesa, o livro se transforma realmente em um thriller alucinante, cheio de suspense, mistério e um toque de ação. A partir daí, o leitor é tomado por uma grande ansiedade e já não consegue parar de ler até o tão aguardado dia do júri final.

O "Advogado da Vida" é narrado em terceira pessoa, o que achei importante para termos conhecimento das buscas não só de David como de Teo nas provas da defesa. Os capítulos finais, onde o júri acontece são bem detalhados, tão incríveis de se ler que eu já me imaginava sentada na plateia, vendo tudo ali, na minha frente. E as performances tanto da acusação como principalmente da defesa fazem com que troquemos de lado várias vezes. O livro termina com a sensação de quem quem é jurado é você leitor, e cabe a você pensar, pensar e pensar sobre a questão do aborto e condenar ou não o Dr. Arthur Galanidel.

Por fim, posso dizer que "O Advogado da Vida" é um livro com um propósito, não um livro qualquer. Além de muito bem escrito, trata deste assunto que por si só, já é polêmico demais. E por isso, não poderia ser diferente, ganhou minhas 5 estrelas e minha admiração. É aquele livro que verdadeiramente a gente deve RECOMENDAR.
Jean Postai 08/03/2013minha estante
Olá Tela, que resenha maravilhosa!
Muito obrigado pelos seus elogios, e pretendo continuar levando o Thriller Jurídico a todos. Um abraço!




Juh 01/03/2013

Pontos de vista relevantes sobre um tema tão complexo
Autores brasileiros e às vezes a gente fica ressabiada, vamos pagar para ver. O que me deixou muito satisfeita em ter apostado, pois presenciei uma discussão totalmente compreensível sobre um tema que abrange a sociedade, a Igreja e o próprio direito, tema este que traz à tona muita discussão em nossa sociedade atualmente. Me senti satisfeita porque, além desses fatores, foi uma discussão saudável e inteligente, que me fez repensar vários aspectos, bem construída, que verdadeiramente te conduz em um tema que nem todos gostam de discutir, pois envolve muitas questões éticas e humanas.

A narrativa do livro é em terceira pessoa, o que nos mostra a "desvilanização" de uns, além de mostrar pessoas comuns, inteligentes, outras nem tanto, mas que estão envolvidas nesse processo. Eu gostei de ter percebido tantos pontos de vista diferentes, inclusive a geração de duas teorias centrais, aqueles "a favor" e os "contra" o aborto.

Primeiramente, não vou expressar minha opinião a respeito dessa questão, pois não é o objetivo aqui e eu poderia soltar algum spoiler do livro e da decisão final. Em segundo lugar, fiquei muito orgulhosa por ser um livro tão bom e ser brasileiro, pois agora continuo acreditando mais que os autores desse nosso país também são bons e têm muito potencial, só falta que as pessoas acreditem mais neles.

O livro se inicia com um médico que, por fortes ideologias, pratica abortos em sua clínica. Ele cai em uma armadilha jornalística muito bem preparada que o leva a confessar que pratica esses abortos em uma gravação. O médico vai preso e aí a verdadeira história se inicia, onde ele tem que buscar um advogado que aceite defendê-lo e onde ainda precisa responder a outra acusação mais séria ainda.

David Puskas é o advogado escolhido e que representou brilhantemente seu papel. Ele não é o tipo de mocinho chato e nem se pode chamá-lo verdadeiramente de mocinho, menciono essa caracterização pois é o personagem que mantemos mais contato no decorrer da história. Morgana representa a acusação e é incrivelmente um pouco insuportável.

A história se passa ao melhor estilo John Grisham. Devo confessar que há alguns livros do John que eu não gosto, pois são muito burocráticos e tal. Jean, em seu livro de estréia, conseguiu superar esses lances mais complicados do direito o trazendo de uma forma mais simples e compreensível, além do nosso total envolvimento com a trama. Nunca gostei muito de partes que traziam pura e simplesmente o tribunal, mas dessa vez, confesso, ansiei por essas partes. Queria muito saber o desfecho e foi ótimo!

Como nem tudo são flores, fiquei em dúvida sobre algumas questões relacionadas às leis, porém na declaração final do autor achei uma explicação para algumas coisas. Percebi um ou dois erros na revisão, mas nada que prejudicasse o entendimento ou algo do tipo.

É um livro que agrega informação e que merece ser lido, pois trata de questões que interferem na nossa vida, direta ou indiretamente - o aborto é uma decisão da mãe ou do Estado?

Bom, como minha última cartada, recomendo, não só porque adorei o David e suas convicções e dúvidas, mas porque me apaixonei seriamente pela beleza dessa profissão e passei a entendê-la melhor, aplicada realmente ao que se vê aqui.
Jean Postai 08/03/2013minha estante
Que bom que gostou! Quem sabe não se torna advogada? rsrsrs
Mas eu realmente fiquei curioso para saber sua opinião sobre o tema hein! heheh
Um abraço!




Fernanda 27/02/2013

Resenha completa aqui:

http://segredosemlivros.blogspot.com.br/2013/02/resenha-o-advogado-da-vida-jean-postai.html

Resenha:

“O Advogado da Vida” é um livro que meche com os leitores, tanto por apresentar uma leitura forte e reflexiva. Para mim também posso dizer que foi uma leitura diferente as quais estou acostumada a ler, e confesso que gostei bastante da narrativa e da história em si. A trama foca em um assunto bem polêmico em nossa sociedade e no livro é abordado de maneira descritiva e ao mesmo tempo simples. Ao lermos a história nos deparamos com perguntas sem respostas e que merecem uma boa reflexão: Onde começa realmente a vida e por onde finaliza? O que é certo e o que é errado?
Não pretendo declarar minha opinião quando ao aborto em si, mas quero apenas mostrar os principais pontos do livro. Realmente é algo bem complicado de ser explorado, porém o autor conseguiu explorar bem o assunto e todos os personagens envolvidos. É uma leitura que nos prende do início ao fim, deixando um ar de suspense e tensão em todas as páginas.

Foram usados muitos termos jurídicos nesta trama e não acredito que isso tenha dificultado a minha leitura, pelo contrário achei ainda mais interessante o modo como Jean Postai colocou esses termos em cena. Sem falar que nós, leitores, somos agraciados com um pouco de conhecimento da área de direito, mesmo não sendo minha area achei super empolgante e dinâmico. É uma história que querendo ou não, nos faz pensar muito sobre esse assunto e nos ensina muitos fatos importantes. Com certeza é um ótimo método para que o tema em questão chegue aos leitores e que tenha mais repercussão.

A obra segue o caso de Arthur Galanidel, é um médico renomado que vê sua carreira indo por agua abaixo por causa de um escândalo. O obstetra foi preso e acusado de realizar abortos ilegais em sua clínica e isso inclui menores de idade.
O escândalo estava lançado e Arthur optou por contratar um advogado não tão conhecido, porém o médico deve ter total confiança nele para pôr sua carreira em risco. David Puskas aparentou ter certo receio no início, sendo que não era tão conhecido e nem tinha uma lista extensa de casos em seu currículo. Mas ele sabia que estava tendo uma oportunidade única e iria pesquisar e ir ao fundo nesta história. Em contrapartida, o Ministério Público também utilizará todas as armas possíveis contra esse caso, e com certeza isso também inclui todo o drama e apelação da imprensa que estará presente no começo ao fim desta trama.

(...)

Resenha completa aqui:

http://segredosemlivros.blogspot.com.br/2013/02/resenha-o-advogado-da-vida-jean-postai.html
Jean Postai 08/03/2013minha estante
Oi Fernanda!
Gostou dos termos jurídicos? São bem poucos, olha que daria para colocar bem mais! rsrrs
Fiz este livro justamente para ser simples - e empolgante.
Obrigado pela resenha, um abraço!


Fernanda 08/03/2013minha estante
Oi Jean, sim adorei. Você conseguiu fazer a união desses termos. parabéns. Abraços.




Marcia Lopes 23/02/2013

O Advogado da Vida
O Advogado da vida te envolve, te empolga a cada virar de páginas, não encontrei pontos baixos, o livro tem como cenário o mundo jurídico desde a decisão de pegar o caso até às alegações finais dos advogados.
Para mim foi uma leitura diferente, excitante, reflexiva e enriquecedora
O aborto não é assunto fácil, o autor nesse livro não coloca o aborto como certo ou errado, mas sim no direito de escolher. Cada ser humano e nesse caso... a mulher, tem sua crença pessoal e age de acordo com sua consciência espiritual e etc, mas nem todos têm a mesma crença e a lei não pode determinar que uma decisão sua possa ser crime apenas por questões morais.Deixo bem claro que o livro não faz apologia ao aborto e sim nos mostra pós e contra dentro da realidade social.


David, um jovem advogado, está no começo de sua carreira e recebe a proposta do próprio acusado para defendê-lo. Trata-se de um médico acusado de realizar abortos em sua clínica, inclusive em menores de idade. Na verdade David, advogado, fora meio seduzido por Arthur, acusado, que também é seu parente, mas nunca procurou saber do sobrinho.
Por ser um caso de grande repercussão na sociedade, devido sua gravidade e ainda, por ser o acusado, médico de celebridades, alvo da imprensa, essa seria a chance para David ver deslanchar sua carreira, caso viesse a ganhar o caso.
Morgana, a promotora, era brilhante, mas nada confiável e tinha mais anos de experiência na área, do que David de idade. À medida que ele buscava provas para inocentar Arthur, percebia que não tinha uma ideia formada sobre o assunto.
Durante a preparação do caso, ele foi se conscientizando e se fortalecendo e nem preciso dizer que ele foi massacrado pela mídia, agredido por lunáticos religiosos que quase o fizeram desistir.

Arthur era um idealista, não realizava abortos por dinheiro e sim porque acreditava que a mulher tinha o direito de querer ter ou não um filho, e sabia que se não fosse em sua clínica, elas procurariam outras clandestinas, sujeitando-se a infecções e à morte. Sabia também que o que fazia era crime prescrito em lei, ele mesmo admitiu, deixando claro que todos tem direito à vida e a vida nesse contexto – é a integridade física, mental e social da mulher. Todo o tempo que eu lia, pensava em como a justiça é cega rs , o que o médico fazia era crime, fora excomungado da igreja, massacrado pela mídia e etc., mas e as mulheres que o procuraram ?
Bom eu me emocionei tanto com as alegações finais de David quanto as de Morgana. Torci bastante durante o julgamento, muito embora tivesse certeza do veredito.
O livro é o máximo e já está na minha lista de melhores que li em 2013
http://mundoliterando.blogspot.com.br/

site: https://www.mundoliterando.com.br/
Jean Postai 08/03/2013minha estante
Uau, entre os melhores?
Que bacana! E gostou das alegações finais? São muito parecidas com a vida real da profissão.
Um abraço!




Lina DC 12/12/2012

Antes de começar a falar sobre o livro em si, quero deixar algumas observações. Primeiramente, o livro trata de um tema polêmico, o aborto, assunto que divide opiniões e que tem diversas ramificações (culturais, políticas, religiosas). A minha resenha irá discutir a ideia central do livro, então caso queiram fazer comentários ou até mesmo defender os seus pontos de vista nos comentários, eu acho ótimo, desde que respeitem o próximo e a sua opinião, ok? Então vamos ao livro.
O dr. Arthur é um médico que tem uma clínica de alto nível, atendendo principalmente celebridades e pessoas com um poder aquisitivo alto. Certo dia, um casal recomendado por uma pessoa poderosa é atendido pelo médico e alega que seu filho tem uma doença rara, descobrindo que não irá viver muito após o nascimento. Conversa vai, conversa vem, e eles conversam sobre a possibilidade de realizar um aborto, sendo que o médico se prontifica a realizar na própria clínica o procedimento. O que ele não esperava é que a dupla está com uma câmera escondida e nãose trata de um casal, e sim uma dupla de jornalistas. O médico é preso e a história começa por assim dizer, a partir desse ponto. O médico contrata David, um advogado recém-formado de 25 anos. O motivo da escolha de David é explicada no livro e foi bem interessante ver como o jovem advogado reagiu durante as situações que foram impostas a ele. A equipe de David é formada por Elaine, sua secretaria de meia idade e o seu estagiário Teo, um novato idealista, além de estar noivo de Joana.
O dr. Arthur defende o lado a favor do aborto no livro, dizendo que é um direito da mãe decidir ou não dar a luz. Ele ainda defende a legalização do procedimento, pois se sabe que existem clínicas clandestinas que realizam tais procedimentos sem o mínimo possível de higienização ou treinamento, podendo levar a mãe ao óbito.
Nós ainda temos Matias, um personagem meio misterioso no livro. Ele conhece o dr. Arthur há muitos anos, e durante o julgamento, vai tentando auxiliar David, entregando algumas pistas ou revelando alguns acontecimentos.
Em contrapartida, temos a promotora Morgana, um tubarão nos tribunais. Bem sucedida em seus casos, algumas vezes ela “torce” a lei para conseguir cumprir o seu objetivo. Nesse caso, ela entra em contato com Frank Wolf, líder de uma organização que luta contra o aborto, que às vezes é um pouco extremista.
“Morgana crescera acompanhando as decisões de seu pai, que fora um juiz por muitos anos e desembargador de um dos mais importantes tribunais do país. Após se formar numa universidade de ponta e fazer especialização em Direito Penal na Alemanha e na França, passou no concurso para promotora de Justiça, com apenas 25 anos. Passados mais de vinte anos de carreira, contabilizava a fama de durona e implacável no Ministério Público, uma dedicação tão grande que já lhe custara dois casamentos e algumas acusações de calúnia e injúria por parte de assistentes e de ex-companheiros de trabalho”. (p.117)
O livro irá discutir de modo bem embasado os dois pontos de vista, além da visão religiosa sobre o assunto.
O que eu achei do livro? Maravilhoso. Adoro livros que permitem uma reflexão de temas polêmicos, principalmente quando o autor sabe defender os pontos de vista (nesse caso, foram dois: contra e a favor do aborto). O livro é repleto de personagens fortes, idealistas, imperfeitos, ou seja, simplesmente humanos. Adorei! O autor deixa claro seu conhecimento na área jurídica, explicando de forma concisa, porém informativa, os detalhes de um julgamento tumultuado.
A revisão está de parabéns, assim como a diagramação. Espero ansiosamente pelos próximos livros do autor.
“E lembrem-se, existem três verdades: a minha, a de vocês e a correta”. (p.410)

Jean Postai 08/03/2013minha estante
Obrigado pela resenha Carolina! Curti demais!




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