Resenhas - Réquiem por um Sonho

Adenir 20/02/2012

No começo estranhei um pouco a linguagem, mas com o passar da leitura me senti envolvido e não consegui parar. É um drama chocante sobre vidas aprisionadas nesta grande selva de concreto.

WicCaesar 28/12/2012

Um caso raro
Sou um dos defensores da literatura quando o assunto é adaptação para o cinema, mas nesse caso, o filme consegue prender visualmente o espectador, mostrar a história e chocar de verdade.

Assisti ao filme antes de ler o livro, então já sabia o que iria acontecer; talvez isso tenha amenizado as sensações, mas de qualquer forma, o filme Requiem For A Dream (Réquiem Para um Sonho na tradução do título da obra cinematográfica) só vem a acrescentar à experiência para qualquer um que tenha lido sem assisti-lo antes.

Sargleben 29/04/2010

Caraio, essaé federal bicho. Tô falânu da pe sa da. É cosa dotro mundo mundo memo.
No começo do livro é meio dificil compreende-lo. Na primeira visão dele lembra um pouco aquela edição definitiva de 'On the Road' do Kerouac pela ausência de paragrafos, travessões e etc. Mas mesmo assim comecei a le-lo.

O começo é de fato um pouco maçante mas lá pela página 50 já estava preso ao livro, já havia me habituado aos personagens, seu estilo de vida e acompanhando suas trajetórias como se os conhecesse a bastante tempo. Toda aquela parte meio que entediante de anteriormente ficou para trás.

Conforme vai passando as páginas ele fica mais e mais e mais profundo ainda. Isso misturada a forma com a qual ele é escrito dá algo a mais no livro. Apesar de ser grande parte voltado para as drogas, vícios e vidas destruídas, não é apenas isso.

Enfim, não sou bom em descrições e tudo o mais mas realmente recomendo esse livro.

Tamires99 30/08/2016

O amargo e doce sabor de "Réquiem por um sonho"
De início, as marcas da oralidade de "Réquiem por um sonho" incomodaram. Mas logo fui me adaptando ao enredo, que é recheado de gírias e não possui pausas ou capítulos, o que possibilita uma experiência totalmente nova com relação à leitura.
A obra, desenhada por Hubert Selby Jr., lançada em 1978, traz temáticas que me deixaram extremamente atenta, a cada página com a qual me deparava: a busca dos personagens para fugir de uma realidade tortuosa, nos guetos de Nova Iorque; os tratamentos desumanos em hospitais e manicômios; o uso de substâncias psicoativas; os preconceitos e suas diversas faces.
O livro é um murro no estômago do início ao fim e encanta justamente pelo realismo, pelas angústias dos personagens que se materializam no próprio leitor.

zizica 23/06/2013

A leitura não fluiu muito bem. Acho que o que mais estraga o livro é a tentativa de reproduzir no papel a forma de falar das pessoas, a linguagem oral, as gírias. Acabou nem sendo apenas uma mera transcrição da linguagem coloquial ou algo do tipo, mas um dialeto cansativo, em que às vezes era preciso insistir na releitura para poder entender a mensagem. A parte mais interessante do livro são as páginas finais, os relatos de negação, ansiedade e fissura.

Lindsey 18/03/2017

Clássico
Com uma narrativa bem diferente, recheada de gírias e sem pausas (sim, sem capítulos) pode deixar os desavisados bem confusos. Mas isso faz parte da experiência, que acredito que seja algo perto de deixar o leitor se sentido um usuário de algum tipo de alucinógeno. O autor, que nos faz encarar com realismo personagens densos, trata aqui sobre a busca de sonhos, ao mesmo tempo em que fala sobre formas de fugir da realidade e sobre vícios. Depois que passa o susto da forma de escrita, você é sugado para dentro dessa história que fala de Harry, que quer ser rico, de Sara, mãe de Harry, que quer aparecer no seu programa de TV favorito, e de Marion, namorada de Harry, que quer ter uma grife de sucesso. Só que entre 'querer' e 'poder' existe um grande caminho que eles não estão sabendo trilhar. Parece confuso e é, até certo ponto, mas vale a pena, por ser uma narrativa única. Lembrando que você também pode conferir o filme de mesmo nome, que é estrelado por Jared Leto.
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vivi431 16/11/2023

Tão traumatizante quanto o filme
Tive meu primeiro contato com a história através do filme do aronofsky e como ele o livro também é pesado e aterrorizante, não só pelos vícios, pelas tragédias e pelo sofrimento mas pela realidade de tudo, pq eu sei q por aí existe um harry, uma sara, uma marion, um tyrone, uma pessoa apegado a ilusões q rapidamente destroem tudo oq é real, humano e digno, o livro não é apenas uma história de vidas destruídas pelos vícios mas uma história de pessoas negligenciadas, esquecidas, marginalizadas q se vêem em um limbo de solidão, abandono, de pressões, da procura de um ideal, que encontram nas drogas uma forma de externalizar e "realizar" seus sonhos já q elas criam a ilusão de saciamento q procuram e q a realidade não fornece, enfim um livro q funciona bem demais como um método proerd já q não tenta esconder em nada as consequências do uso de drogas mas isso não é oq define a obra, oq define ela é o quanto nós, seres humanos somos somos frágeis, como somos suscetíveis a tudo, seja bom ou ruim, e como podemos ser os nossos próprios inimigos.