Charles Bukowski

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Resenhas - Charles Bukowski


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Adriano 15/03/2017

Uma grata surpresa
Após ter lido praticamente toda a obra em prosa de Charles Bukowski, eu não sabia o que esperar dessa biografia. No entanto, apesar da obra de Bukowski ser muito autobiográfica, o trabalho de Howard Sounes precisa ser aplaudido. Como era de se esperar, há toda uma ordem cronológica, muito bem desenvolvida, acerca da vida de Bukowski. O livro foi muito bem escrito, de forma imparcial, não há julgamentos morais, apenas fatos. Deve-se também ressaltar a quantidade de detalhes do autor; a grande galeria de fotos; o cuidado em colocar todos os livros escritos por Charles Bukowski no fim do livro; há um desenho feito por Bukowski no início de cada capítulo; além do grande trabalho do autor em selecionar alguns poemas e colocá-los durante a obra (a tradução manteve os poemas originais em inglês e em baixo, uma tradução para o português). Por essas e outras, recomendo imensamente esse livro a todos os fãs de Charles Bukowski.
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Sally.Rosalin 17/01/2017

Biografia de um velho safado
O autor (Howard Sounes) teve como base para elaboração da biografia do poeta Charles Bukowski, entrevistas de amigos próximos, amantes, parceiros de copo, colegas de trabalho, escritores, editores e membros da família. Também contou com cartas do poeta, ainda inéditas, e entrevistas filmadas e impressas. Óbvio, seus mais de quarenta e cinco livros de poesias e prosas, sem mencionar as centenas de revistas onde seu trabalho apareceu. Eis a biografia do escritor profano, vadio e bêbado. Quando sóbrio, calmo, educado e respeitoso. Porém, quando bêbado, transformava-se em "Bukowski, o Maldito": malicioso, polêmico e até mesmo violento. Tímido, afirmava que a bebida não era uma muleta, e sim uma necessidade.
O livro relata nas primeiras páginas eventos importantes na vida do poeta, como por exemplo: o casamento dos pais na Alemanha; a ida para América em 1923 pelo colapso da economia alemã; as várias surras que levou do pai, também por causa da dislexia (odiou seu pai sempre); as piadas por causa da sua aparência dos amigos da escola (teve tanta acne, que chegou a ficar um semestre sem aula para tratar). Ao ser expulso de casa, fez várias viagens e teve moradas em locais inóspitos (casos que ele escreveu em seus poemas).
Dissecando um pouco do poeta e da biografia:
Charles fez a escolha pela poesia, pois para ele "é a maneira mais curta, bonita e explosiva" de dizer o que queria. O relacionamento (primeiro) com Jane Cooney Baker (personagens: Betty, Laura e Wanda no filme Barfly). Esse relacionamento desastroso e movido a muito álcool levou Charles a hostilizar suas amantes várias vezes (fora a noção de feiura que perseguia desde a infância). Jane que apresentou o outro vício que ele levaria por toda a vida, corrida de cavalos.
Casamento com Barbara Frye (a personagem Joyce, de Cartas na Rua), que o persuadiu a se matricular em um curso de Artes. Ele não ficou. Ela não conseguia entender como um homem que havia sido publicado em uma revista com Jean-Paul Sartre podia vadiar pela casa bebendo cerveja e lendo folhetos de corridas. Ele voltou a trabalhar no correio como trainee de encarregado de distribuição. Após o aborto, sua esposa arrumou um amante e deu entrada no divórcio, acusando de crueldade mental. A morte da mãe de câncer e anos depois do pai, de ataque cardíaco. Primeiro livro publicado em 1960.
FrancyEye engravida de Bukowski e ela nega o pedido inesperado de casamento da parte dele. Moraram juntos, mas incompatíveis desde o início. Nascimento de Marina e logo a separação. Bukowski sempre ajudaria sua ex e única filha. Publicação do segundo livro. Ironia (umas das...) da carreira de Bukowski é que seu sucesso final deveu-se, em grande parte, ao trabalho árduo de um cientista cristão que não bebia nada além de chá gelado (seu empresário). Bukowski começar a alcançar o estilo perseguido desdes os vinte anos, inspirado pelo estilo de prosa direta de John Fante e pela poesia de Pablo Neruda. Com o nascimento da coluna semanal no jornal O Open City de John Bryan nascia também o personagem "O velho safado".
Havia uma diferença entre o Bukowski das cartas e o de carne e osso. Blazek afirmava que, nas cartas, Bukowski se permitia ficar vulnerável porque estava distante e seguro. Seu antagonismo e agressividade afloravam quando ficava frente a frente com as pessoas. Os pequenos livros de Black Sparrow Press e a coluna no Open City o transforam em uma celebridade local, e algumas pessoas no correio ressentiram-se disso. A administração chegou a mandar investigar sua vida, até que chegaram a conclusão que ele não era um comunista. Bukowski arrisca-se ao sair do emprego para se lançar à literatura.
Depois de Jane Baker, o grande amor da vida do poeta foi a escultora Linda King, que ele conheceu em 1970. Era morena e tinha 30 anos e logo após o seu casamento teve um sério colapso mental. O romance dela com Bukowski se deu por causa da escultura da cabeça dele, pois ela não tinha interesse nele, a princípio. Fez com que ele parasse de beber, mando-o parar de tomar Valium e o fez entrar em uma dieta e praticar exercícios. Ela ficou desconcertada com a intensidade dos sentimentos dele... e ciúmes. De tal maneira que chegou a golpeá-la, a ponto de quebrar o seu nariz. O relacionamento acabou em 1972, depois de idas e vindas.
Bukowski ficando famoso: seus livros vendiam bem, sua personalidade chamava a atenção e sua obra também. Vale ressaltar que Bukowski usava uma linguagem baixa para se referir a mulheres e relação sexual. Já no seu romance Factotum, não há 'putas'. São todas mulheres com quem ele tenta se relacionar. Ele as admira de longe e acha que não está à altura delas. Em suas obras, o poeta descrevia os seus passos, amores e desamores. A biografia relata seu sucesso na Europa, as filmagens sobre sua vida (em vida deu vários palpites). Finaliza, obviamente, com sua luta contra um câncer e várias fotos. Para os apaixonados, muito indicado.

site: http://sallybarroso.blogspot.com.br/2017/01/biografia-de-charles-bukowski-howard.html
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Luciano Luíz 09/05/2015

A não ser que eu esteja redondamente enganado, CHARLES BUKOWSKI - VIDA E LOUCURAS DE UM VELHO SAFADO de HOWARD SOUNES é a única biografia disponível no mercado brasileiro.
Lançado pela Editora Conrad em 2000, hoje é um livro raro (mas vez ou outra tem exemplares na Estante Virtual e Mercado Livre).
No entanto, o conteúdo em si, varia de leitor para leitor, pois quem leu praticamente tudo o que já foi publicado do autor, está aqui. É como reler um resumão dos contos, poemas e romances.
Mas o biógrafo em verdade quis esclarecer diversos pontos, como tentar desvendar o que era mentira e verdade nas palavras do velho Buk. Já que ele afirmava que 95% (ou 93) do escrevia era autobiográfico. Algumas passagens eram apenas incrementações, melhorias, outras, mentiras, como bons comentários de outros autores acerca de sua obra.
O livro contém muitas fotos, mas todas já espalhadas pela Internet (mas quando o livro foi lançado, eram realmente raras).
Não há muito o que falar, pois mesmo não tendo (muitas) informações inéditas, ainda vale a pena percorrer as páginas, como se fosse um novo acompanhamento pela vida desse escritor que nunca morreu.

Nota: 10

L. L. Santos

site: https://www.facebook.com/pages/L-L-Santos/254579094626804?fref=ts
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André LDC 19/04/2010

O começo do fim do encanto.
Trata-se de um admirável trabalho investigar a vida do outsider Bukowski e saber o quanto havia de autobiográfico em seus livros, o quanto era exagero e o quanto era pura invenção (seja boa ou má). Com muitas fontes de pesquisa, depoimentos preciosos, ótimas fotos e um índice remissivo exemplar me faz pensar que toda biografia deveria ter a obrigação de seguir "Charles Bukowski: Vida e Loucuras de um Velho Safado" como modelo.
Dito isso, vamos ao biografado. Bukowski foi o primeiro escritor a me fazer procurar por tudo que tivesse seu nome na capa. Justo quando a maioria das suas obras encontrava-se fora de catálogo. "Hollywood" foi o primeiro romance que li e reli na vida. Seus contos me inspiraram a cometer bobagens literárias, já que não me levaram a viver bukowskianamente. Porém, ler esta biografia me fez olhar para sua obra com cada vez menos interesse. A ponto de, hoje, o mercado editorial ter lançado e relançado muitos livros seus, a maioria facilmente encontráveis, e eu não querer nenhum deles. Desfiz-me dos que eu tinha, até mesmo de "Pulp", que considero seu trabalho mais bem acabado, além de ser o último que lançou. Esta biografia foi a pá de cal numa paixão literária que me trouxe muita satisfação e, ao mesmo tempo, me afastou de outros prazeres literários. Prazeres que, embora mais complexos e sutis, não me causaram, salvo raras exceções, aquele mesmo frêmito de um moleque de quatorze anos a descobrir a literatura.
Recomendo este livro com gosto e com cautela. Quem gosta de Bukoswski e ainda não leu sua biografia poderá não manter o mesmo gosto após fazê-lo.

LidoLendo 21/05/2012minha estante
Oi André! Tudo bem? Gostaria de saber se essa biografia de Buk começa falando desde sua infancia e vai até a idade adulta...


Paulo Tonon 09/07/2013minha estante
Fala André, blz?
Poderia explicar melhor o porque "desencantou" com Bukowski após ler sua biografia? Estou procurando para comprar e gostaria de saber se vale a pena, já que sou fã do velho. Obrigado.


Wilza 23/08/2013minha estante
André, se separarmos a obra do autor fica mais fácil analisar o quanto é melhor ficarmos com a obra. Buk nunca teve a vida que alguém em sã consciência gostaria de ter. Sofrido, alcoólatra, vivendo a margem de uma sociedade que nunca foi justa, ele vivia seus poemas e romances. Nos deixou a obra que me encantou até hoje. Li os livros e essa biografia. A mim não fez nenhuma diferença saber como ele levava a vida dele, já que ele tinha algo que eu nunca admiti. O machismo incorrigível. E nem por isso comprometeu outros poemas e tiradas que o velho safado fazia....


João Ricardo 19/10/2015minha estante
Vou seguir seu conselho.


Moreira 12/09/2020minha estante
Você falou, falou e não disse o pq se desencantou com o velho Buka após ler esse livro.




seufuviu 19/02/2010

Fragmentos
"as histórias, os pensamentos, o anarquismo, o espírito crítico, a solidão, a genialidade' a sexualidade... tudo e mais um monte de elogios para o mestre Hanks..."
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