sabrina sexton 24/05/2010
Esse livro é lindo, lindo, lindo, mil vezes lindo!
Sabem aquele livro que lemos uma única vez e fica marcado de verdade, e a cada releitura ele só acrescenta mais?
Vestígios do Passado é repleto de amor, ternura e paixão, ainda que não seja um livro sensual, absolutamente. E isso não faz a menor falta, porque o amor desse casal é tão imenso e intenso, que nos prende de tal forma que sofremos com eles durante toda a leitura, que acreditem... é carregada de emoção!
Esse casal se ama demais... Christina conhece o Varek ainda quando uma criança desengonçada, e o seguia por toda a parte. Essa amizade foi se transformando no mais puro sentimento de amor. Eles deveriam se casar apenas quando ela tivesse maioridade, mas eles se amavam tanto que ela engravidou na adolescência, culminando num casamento adiantado e no primeiro aborto de uma série de outros, consecutivos e inexplicáveis.
O fato da duquesa não conseguir levar uma gravidez até o fim não era bom augúrio, porque era obrigação e dever de Varek prover um herdeiro ao seu ducado, que para piorar estava às votas com ameaças de uma guerra civil.
Após o sétimo aborto consecutivo, mesmo com o coração destruído por ser forçado a tomar uma segunda esposa para que possa ter o tal herdeiro, Varek implora para que Cristina o espere, dizendo que depois de ter um filho, ele voltaria para ela... Claro que ela não aceita a sugestão, que mulher aceitaria? Então ela foge de Varek, do ducado, do país, dos sentimentos, de seus sonhos, de tudo! Sergei, fiel amigo do casal, tornou-se seu protetor e acompanhou-a naquela fuga sem rumo.
Varek fica desesperado à procura da esposa, mas nada encontra.
Anos depois, Christina é volta ao ducado, em companhia de seu marido...
SIM! Ela se casou, mas não a culpem! No livro é lindamente explicado como ela foi levada a isso, e a culpa que ela sentia por não amar realmente ao marido:
“— Sei que nunca amarei outro homem tanto quanto amei Varek. De certa forma, ele está comigo. Quando aprecio as estrelas, quando saboreio um bom vinho, sempre que olho para Eddie... Ele está nas árvores, nas flores, na neve, na luz do fogo. Simplesmente Varek é parte de mim. E minha maior fraqueza.”
Rever o ex-marido e ainda seu grande amor foi um choque sem tamanho... e não só para ela! Os sentimentos se exaltam e ao amor vem à tona, tendo que ser fortemente reprimido. Leiam que trecho magnífico, logo no início, com o Varek cheio de saudades e ciúmes de Christina:
“— Eu sou seu marido. Diga-me que não vê meu rosto quando ele a possui. Com que freqüência você precisa se convencer de que o ama? Que está feliz nesse seu mundinho seguro e entediante? Diga-me, cotovia, a quem está se es forçando para convencer, a mim, ou a você própria?”
Varek fica verdadeiramente alucinado quando revê a esposa, e os dois invariavelmente acabam se encontrando em inúmeras situações. Christina fica sabendo que agora ele é um viúvo, e teve uma filha. A linda e meiga garotinha que tem o nome da única amada do pai...
Mas enfim... Christina se vê num impasse: E agora? Que fazer? Seu passado voltava a toda carga para atormentá-la e lembrá-la de um amor que ela nunca deixou de sentir, mas ela estava casada com Robert! Estava casada e isso era um fato irremediável, e ela sentia muito carinho e gratidão pelo lorde que era um bom marido e pai, e...
SIM! Ela teve um filho perfeito e saudável! ... E escrevendo essa resenha estou me arrepiando apenas por recordar do trecho em que narra o nascimento do filho dela; mas o trecho em que Varek sabe a criança também é de extrema sensibilidade...
Apenas para terminar: “Vestígios do Passado” deveria ser leitura obrigatória para todos os amantes de livros de romances...
Para quem ainda não faz parte desse universo de leitores, eu os desafio a ler esse livro, e logo assinar carteirinha de fã de romances, ou não me chamo Sabrina!
Mas atentem para uma dica: deixem a postos umas duas caixas de lenços, porque esse livro faz chorar, e muito!
Mais que recomendado, nota mais que mil!
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