Juninh4 14/01/2024
O bom absoluto não está separado do mal absoluto, pois constituem-se partes amalgamadas de um mesmo objeto.
"Temos que entender a conduta deles a fim de poder combatê-los", p.10.
Em junho de 1944, a antropóloga cultural Ruth Benedict recebeu a incumbência de estudar o Japão. América e Japão estavam em guerra. O objetivo de Benedict era entender os padrões de pensamento e emoção japoneses, explorando as sanções por trás de seus hábitos, utilizando todas as técnicas para tentar esclarecer como eles agiam e porquê.
Por conta da tensão da guerra, inevitavelmente, Ruth foi privada da técnica essencial do antropólogo cultural: o trabalho de campo. Apesar do contexto e motivação que a levou escrever este livro, apreciei bastante a leitura, principalmente no que se refere a exploração aprofundada sobre as "culturas de culpa" versus "culturas de vergonha".
Mas por que Ruth Benedict intitulou sua obra como "O Crisântemo e a Espada"? Além de serem dois elementos bastante presentes no livro, acredito que ela tenha escolhido esse título para simbolizar as "contradições" presentes nos padrões culturais japoneses. Em suas palavras, "os japoneses são, no mais alto grau, agressivos e amáveis, militaristas e estetas, insolentes e corteses, rígidos e maleáveis, submissos e rancorosos, leais e traiçoeiros, valentes e tímidos, conservadores e abertos aos novos costumes. Preocupam-se muito com o que os outros possam pensar de sua conduta, sendo também acometidos de sentimento de culpa quando os demais nada sabem do seu deslize".
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