1933 Foi um Ano Ruim

1933 Foi um Ano Ruim John Fante




Resenhas - 1933 Foi Um Ano Ruim


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Larissa 27/01/2015

“Fante was my god”
1933 foi um ano ruim. Eu não estava lá, foi o que Dominic Molise me contou.

John Fante conta de forma autobiográfica a história de um jovem de 17 anos em busca do sonho americano: ser um grande jogador de beisebol.

De uma família muito humilde, Dom sonha em alcançar a fama e a fortuna com o seu “braço”. Ele sabe que só assim poderá ajudar sua família. O pai é um pedreiro que está há 7 meses sem trabalho, a mãe vive rezando para que Nossa Senhora possa mudar os rumos da família, a avó é um senhora ranzinza que acredita que a América será a grande responsável pela destruição do mundo e os irmãos têm, cada um, seus próprios sonhos. A família vive a beira da miséria e o que resta a todos é a esperança de tempos melhores.

Aliás, o livro fala, acima de tudo, de esperança.

“Finalmente aqui está um homem que não tem medo da emoção”, é o que diz Bukowski a respeito de Fante e não tem como discordar! O livro todo me encheu de esperanças. Eu realmente coloquei fé nos sonhos do Dom e torci muito para que tudo ocorresse conforme planejado. Quando Dom tomava atitudes desesperadas, eu me desesperava junto! E ficava pensando comigo “não faz isso, não faz isso”, e então ele se arrependia, como se ouvindo o conselho, e voltava atrás tomando atitudes mais dignas.

Acho que falta na vida mais livros como esse. Livros que me fazem acreditar na história, que me levem junto.

E quando chega ao fim, simplesmente não dá pra acreditar! Parece um fim brusco demais. Eu estava completamente envolvida na história, então foi muito difícil simplesmente não ter mais notícias do Dom. Queria realmente que as últimas páginas estivem rasgadas pra saber “fica calma, não acaba aqui, tem mais…”, ou ter a notícia de que Fante poderia ter escrito um “1934 foi um ano bom”, mas não. Todo livro precisa ter um fim, e pra mim esse foi de perder o fôlego. Fica aquela sensação, no que você quer acreditar?

No fim, acredito que todos os apaixonados por Bukowski podem compreender sua admiração ao ponto de dizer: “Fante was my god”.

site: https://literaturapessoal.wordpress.com/
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jota 22/01/2012

Belo pequeno livro
Livro fino que se lê rapidamente (138 páginas lidas em cerca de duas horas), com um final absolutamente comovente e muitos trechos divertidos - um deles é a cena em que Dom tenta seduzir a irmã do melhor amigo. Hilariante.

Romance de formação, em muito lembra o exemplar mais famoso, O Apanhador no Campo de Centeio. Ao conhecermos Dom, ou Dominic Molise, 17 anos, é impossível não pensar no Holden Caulfield de J. D. Salinger. Embora o personagem-chave de John Fante seja mesmo Arturo Bandini, de Espere a Primavera, Bandini e de Pergunte ao Pó. Este último é considerado sua obra-prima.

Carregada de traços autobiográficos, 1933 Foi Um Ano Ruim (não apenas por conta das consequências da crise econômica de 1929) é uma história bastante masculina, com mais chance de agradar aos leitores do que às mulheres propriamente (mas posso estar enganado).

O livro de Fante trata da vida em família (uma família católica, com ascendência italiana, como a dele), escola, esportes, sexo, diferenças de classes sociais e conflito de gerações.

Este livro de John Fante me surpreendeu positivamente. Cinco estrelas, pois!
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Val Alves 23/11/2019

Uma agradável surpresa
"1933 Foi Um Ano Ruim" é um daqueles livrinhos fininhos, que você não dá nada por ele no início e lá na metade se pega pensando sobre a sua vida.
Dominic Molise é um jovem sonhador de 17 anos, membro de uma humilde família de imigrantes italianos que vivem no oeste dos Estados Unidos. A estória se passa durante o inverno rigoroso de 1933 no difícil período da Grande Depressão.
Entre o desejo de se tornar um grande e famoso arremessador de beisebol na Califórnia e todas as limitações externas em alcançar esse sonho (inclusive pela resistência do pai que deseja que ele siga seus passos e se torne um pedreiro) Dom vai nos apresentando a complexidade de sua relação familiar e também a relação com seu melhor amigo- e incentivador- Ken e o amor não correspondido pela irmã do melhor amigo. Toda sua existência está ali de forma aberta e honesta: seus desejos, medos, paixões , conflitos, sentimentos , pensamentos sobre vida e morte... desde os aspectos mais rasos aos mais profundos.
É muito fácil se envolver e se identificar com a história de Dom e, por isso, a experiência, de uma forma geral, pode ser bastante comovente. E foi, inclusive.
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Lua 14/04/2020

Bukowski tinha razão.
Após começar a procurar mais sobre Bukowski, descobri que um dos escritores favoritos dele era John Fante, e logo resolvi procurar alguns livros dele para ler. No fim, baixei alguns livros dele, e optei por começar com este, sem fazer idéia de que acabaria de baixar um dos melhores livros que eu havia lido até então.
John Fante é um filho da puta que te prende na sua escrita; ele te coloca na pele do personagem, você sente a dificuldade da vida das famílias imigrantes daquela época, sente a dificuldade de uma família desestruturada e também sente a angústia de ter seus sonhos indo embora como a água correndo em um rio.
Afinal, Bukowski tinha razão quando elogiava John Fante.
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Bi Bueno 27/02/2021

Releitura necessária de tempos em tempos
John Fante é sempre uma delícia de ler! Esse, especialmente, é a história de um menino que sonha em jogar basebol numa família que luta pra por comida na mesa na época da grande depressão americana. É um relato cru, mas sensível da relação entre um pai e um filho, do embate entre ter os pés no chão e seguir um sonho. É muito bonito!
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Victória 16/05/2021

Leitura rápida e leve, é bem fácil se identificar com o personagem principal e com a situação que ele se encontra.
Gostaria de saber o que aconteceu com Dom.
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Rafael 07/01/2013

Pesado
1933 foi um péssimo ano para Dom Molise e 'Seu Braço Esquerdo'...
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Ale 28/06/2015

1933 foi um ano ruim(1985) - John Fante(Editora L&PM)
No fundo do estado norte-americano do Colorado, Dominic Molise, 17 anos, filho de um pedreiro e uma dona-de-casa temente a Deus, ambos imigrantes italianos, sonha em fugir do frio, ir para a Califórnia e tornar-se um grande arremessador de baseball, graças ao seu vigoroso braço esquerdo - dádiva concedida à miséria da sua vida. Enquanto isso não acontece, ele atura a avó ranzinza, os irmãos e o pai, que trai a sua mãe, pede segredo ao filho e ainda por cima desdenha dos seus sonhos esportivos, querendo transformá-lo em pedreiro como ele. Dominic freqüenta a casa de Kenny, filho de um dos homens mais ricos da cidade, e apaixona-se por Dorothy, a refinada irmã do amigo. 1933 é um ano ruim porque Dominic depara-se com as impossibilidades da vida humana e tem de escolher entre seu sonho dourado e a pequena existência que lhe é insuportável.

1933 foi um ano ruim é, como grande parte da literatura de John Fante, baseado em fatos autobiográficos: filho de emigrantes italianos pobres (ele um pedreiro, ela, uma dona-de-casa devota), Fante fugiu da sua cidade natal para tornar-se escritor na Califórnia. Como todos os textos do autor, 1933 foi um ano ruim está imbuído de um sentimento de compaixão para com as fraquezas e misérias humanas: fraquezas e compaixão tais que pintam o homem no seu estado mais nu e indefeso ao mesmo tempo em que lhe devolvem a honra e a dignidade de um ser sofredor.

O manuscrito do romance permaneceu inédito durante anos e veio à luz devido ao esforço de Charles Bukowski de resgatar a obra de Fante, sobre quem dizia: "Finalmente aqui está um homem que não tem medo da emoção".

Esta edição de 1933 foi um ano ruim faz parte de um esforço do mercado editorial brasileiro de resgatar e tornar novamente acessível ao público a obra de um dos maiores escritores norte-americanos.

Minha opinião:

Um livro verdadeiro, cheio de vida e sonho. O mentor e ídolo de Bukowski exibe todo o seu talento. O genial Charles Bukowski que resgatou do limbo o escritor John Fante.
Fante escreve de forma diferente, menos sexual que Bukowski. Seu personagem central neste livro o garoto Dominic tem 17 anos e um único sonho. O baseball e sua canhota são a sua única chance de sair da pobreza. Um paralelo com os milhões de jovens brasileiros que sonham tornarem-se jogadores de futebol e com isso alcançarem a fama e fortuna.
Este livro lembra o "apanhador do campo de centeio" de J.D.Salinger. Um livro com um frescor juvenil, um tempo em que todos sonhamos e achamos qualquer desejo possível.
Li em uma única noite de supetão e me arrependi. Senti uma falta das aventuras de Dominic e uma curiosidade em saber qual foi o seu destino.

site: http://www.marcellivros.com.br
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Amanda 29/10/2015

Mostra uma forte crítica de John Fante em relação ao molde da família tradicional norte-americana, sob a narração em primeira pessoa de Dominic Molise, 17 anos. A figura da avó Bettina critica a ideologia tradicional do sonho americano e a luta contra a moral tradicional são um dos pontos principais do livro juntamente com o esporte - característico deste sonho - que, no caso dos Estados Unidos dos anos 1930, era o beisebol.

É tudo muito fascinante, eu não costumo ler os livros rápidos, mas este foi uma exceção.
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Air 11/08/2011

Não esperava nada pela descrição que li atrás, mas me surpreendeu bastante. Gostei muito, mesmo que a tradução não tenha sido das melhores (já que a tradutora traduziu muito ao pé da letra, e algumas expressões tipicamente americanas traduzidas pro português acabam ficando meio esquisitas). Mas John Fante sabe escolher as palavras para sua prosa de forma poética e bonita.
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Fogui 10/10/2011

Uma Fagulha de Esperança

1933: Foi Um Ano Ruim.
John Fante.

Cada um vê o mundo da forma que lhe agrada, ou da perspectiva que lhe é permitido, ou pela escasso conhecimento que se tem.

Entendo que este livro seja o retrato de uma geração que tinha passado pela pior crise econômica da história dos Estados Unidos. Apesar disto, não vejo o livro com o pessimismo que a maioria o vê.

Penso que o pai faz algo para mudar o ciclo de acontecimentos, ele quebra a corrente. Agora cabe a Dom construir um futuro diferente.

4 estrelas, quase 5 estrelas faltou muito pouco para tal.

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Fillipe Jardim 28/09/2010

À flor da pele
Quando Bukowski afirmou sobre Fante "está aí um homem que não tem medo da emoção", ele, como cânone da literatura porralouca e gênio, acertou em cheio.

"1933 foi um ano ruim" é um livro para se ler duma só estilingada: seco (sem ser superficial), conciso, forte.

O que Dominic Molise tem em comum com Fante, Bandini, eu, você e quem mais vir a ler esse livro é a convicção de que tem um talento. Uma coisa única, valorosa, inigualável. Neste caso estamos falando do "Braço", o braço esquerdo e seus arremessos, como em Bandini é a sua escrita; e em cada um de nós é qualquer coisa: algo que talvez possa parecer efêmero à vista alheia ou a um primeiro contato, mas que, no fundo das nossas pobres almas, pensamos que seria a nossa glória se recebesse o devido valor - o qual não é pouco.

Este livro é uma exaltação e uma ode à efeméride, à esperança. Uma elegia ao ser humano, travestido de Dominic Molise (pelo menos alguma vez na vida), ao sentimento de força e superioridade que o impulsiona a seguir em busca da glória, aos sonhos, a um futuro sempre melhor e mais brilhante que o presente, pesado, estafante, assassino.

Um esquadrinhamento da esperança na alma de cada ser humano.

Recomendado.
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Paulo 06/04/2010

1933 deu um livro bom
http://beneficio-da-duvida.blogspot.com/2009/03/1933-deu-um-livro-bom.html
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dio 01/06/2009

O que não se pode fazer neste livro com a filosofia do martelo... talvez seja o melhor do Fante.
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