Adriana1161 29/03/2020So-nho, hum!Esse livro foi escrito antes da abolição dos servos na Rússia.
Havia circulação de de ideias europeias, e uma aristocracia decadente, na verdade, decadência da nobreza ocidentalista.
A primeira história, O sonho do Titio, tem um narrador, que fala em primeira pessoa, e que aparentemente não faz parte da história, apesar de saber de tudo!
É uma história divertida, diferente dos outros livros até agora lidos em ordem cronológica. Como sempre, em cada livro parece ser um autor diferente.
É quase uma novela, tem um ar de peça teatral.
Personagens conversando com seus pensamentos, personagem principal ardilosa, ladina; e o príncipe, mulherengo, um Casanova!
É uma obra pós romântica.
Comparação com Napoleão, tema presente sempre na literatura russa, um anseio de dominação sem punição.
Já na segunda parte do livro, Sonhos de Petesburgo, o autor explica o ofício de folhetinista, a dificuldade de imaginar histórias originais quando todos falam do mesmo assunto.
Fala de São Petesburgo e faz referências a personagens de Gogol e de outros escritores.
Aborda a crônica de província, com um narrador local provinciano, sendo um pouco autobiográfico, quem ri de si mesmo, pode rir de qualquer um. Reforça a importância do folhetim, que nessa época era importante para o seu sustento.
Essa segunda parte fica um pouco fora de contexto e tb foge um pouco da ordem cronológica, pq na verdade foi escrita depois da Aldeia de Stepántchikovo, que será o próximo livro que lerei para o projeto #dostôesselindo do @lidolendo, sempre com a maravilhosa aula da professora @ratoledo