O Homem Duplo

O Homem Duplo Philip K. Dick




Resenhas - O Homem Duplo


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Mah 02/04/2021

O livro em si é uma excelente história, cheia de metáforas e analogias entre os personagens e a realidade. Algo que nos imerge profundamente em uma realidade que desconhecemos. O final me decepcionou um pouco, mas deixa claro o funcionamento do sistema. Quem produz nossos problemas e quem vende nossas soluções.
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Rafa569 13/03/2021

PROERD?
Meu segundo contato com K. Dick e ao término, ficou essa impressão do título kkkk
Mas mais do que falar sobre o abuso das drogas, esse livro me falou muito sobre a perda da identidade e mexeu demais comigo, me lembrando o filme Um Estranho no Ninho, me deixando triste e reflexivo, muito além daquela sensação de órfão quando a história acaba e todos os personagens se vão. Por vezes os diálogos ficam sem sentido, apenas uma conversa sem noção, entre chapados e viciados, mas a história me prendeu e foi bem densa em outras partes. O questionamento de Dick sobre a realidade está presente e aquela sensação de que a história vai bem além do que você leu na sinopse. Acho que foi o primeiro livro que eu li todos os extras, após a conclusão da história. Ler aquela lista dos amigos que ele teve e seus respectivos desfechos com o abuso das drogas foi bem pesado e trouxe uma outra dimensão ao livro.
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Gilberto 05/06/2020

Uma verdadeira viagem de ácido!

Segundo livro do K. Dick e mais uma vez termino com aquela sensação de que jogou elementos mas não teve uma finalização adequada.

Mas, se pararmos pra pensar, o que é a vida, senão apenas a gente vivendo a nossa versão dos fatos, muitas vezes sem saber o desfecho das coisas?
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Ximena.Taurino 13/04/2021

Uma história pesada sobre abuso de drogas e com uma reviravolta interessante.
O livro fica ainda mais pesado, quando você descobre, ao fim da leitura, que o autor se inspirou em sua vida e na de amigos. A dedicatória dele aos amigos é de partir o coração.
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@bibliotecagrimoria 25/08/2021

O mundo visto através de um espelho
A frase do apóstolo Paulo em 1 coríntios 13:12 é a base da ideia de Philip K. Dick nesse livro.
Como o autor mesmo diz, esse livro é mais uma de suas tentativas de teorizar e questionar a realidade que muitos tem como algo certo e palpável e colocá-la em perspectiva, no sentido de que, ao ser interpretada passando por cada intelecto, tal realidade pode ser vista como só entendida, compreendida, de forma parcial por cada um, e que qualquer tentativa de objetivá-la seria uma infundada necessidade de estabilidade que não passaria de uma ilusão auto imposta.
Trazendo diálogos profundos que envolvem conceitos complexos de ciências psiquiátricas, o livro de P.K. Dick é ainda carregado de sentimentalismo (abordado de forma sombria) ao ser dedicado aos problemas que enfrentam as pessoas viciadas. Problemas que o próprio autor enfrentou durante a vida e que teve sorte de sobreviver; sorte essa que não tiveram alguns de seus amigos, aos quais o livro é dedicado.
Há um frase no livro que resume bem essa situação onde pessoas viciadas não tem ninguém por elas, no máximo outros viciados com quem dividem a sarjeta, a exclusão social: "Os cérebros de todos eles estão derretidos e interagindo mutuamente desse jeito zoado. É gente derretida tomando conta de gente derretida. Bem no caminho certo para a destruição." (pag. 218).
Isso ilustra bem a situação em que vivem aqueles que não conseguem sair do mundo das drogas. Pessoas que, segundo P. K. Dick, pagaram um preço desproporcionalmente alto pela simples vontade que tiveram de se divertir em um mundo tão caótico e cheio de incertezas. Preço alto este que ele também alega ter pagado.
No mais, o livro leva o debate das drogas para além daquele debate que encara o problema dos viciados como um problema de saúde, ou de indisciplina, ou de pura marginalidade. Na medida em que o protagonista Bob/Fred Arctor utiliza a substância D que sequela a sua mente, duplicando sua personalidade e fazendo com que duas consciências (ou semi consciências) dividam o mesmo corpo, o seu corpo (ou corpo deles... Bob e Fred), P. K. Dick nos faz refletir, através de uma gama de situações perturbadoras e um clima sombrio, como é estar na pele do outro cara, na pele de um drogado.
camila 31/08/2021minha estante
Interessante seu ponto de vista a respeito da obra.




AlessandraD. 11/03/2021

A paranoia e o questionamento sobre o que é real ou não, a relação com o uso e abuso de drogas e as consequências disso. É ainda mais perturbador pensar que foi parcialmente baseado em experiencias reais dele e de amigos envolvidos com substâncias psicoativas
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vee 04/06/2022

triste
doideira total? adorei esse livro, além da edição ser muito bonita. muito boa a forma como os personagens são abordados, faz vc realmente entender quem é cada um sem se confundir com os nomes.
muito triste o fim, mas é de se esperar levando em conta o decorrer da história
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Cheile.Silva 28/03/2022

Quem é você?
Esse foi um livro não muito fácil de ler, me peguei voltando páginas e relendo trechos. A história é profunda, confusa como a mente dos usuários da Substância D. A confusão entre ser Fred e Bob é interessantíssima assim como seus colegas. Eu amo PKD e esse livro, como os demais que eu já li, não me decepcionou em nada.
@vidaliterata 18/05/2022minha estante
Oi, moça. Tô super interessado em ler esse livro. Como vc já leu, vc recomenda que comece por ele?


Cheile.Silva 21/05/2022minha estante
Se for começar a ler PKD, recomendo começar com os clássicos, como Blade Runner (Androides sonham com ovelhas elétricas?) ou com o livro de contos Sonhos Elétricos. Achei esse um pouco difícil de ler, e talvez frustre o gosto por PKD.


@vidaliterata 24/05/2022minha estante
Obrigado pelas dicas




Maikel.Rosa 11/03/2022

Saber o quão autobiográfico é este livro fez toda a diferença pro entendimento da história, porém não me impediu de perguntar o tempo inteiro: "mas que diabos tá acontecendo aqui?"

Pelo jeito Philip queria mesmo que a gente se sentisse na pele de um noiado, enxergando o mundo como ele e sofrendo da mesma deterioração cognitiva causada pelas drogas.

Conversas muito doidas, paranoias de fundir a cuca e teorias de lógica duvidosa são constantes neste romance que faz a gente duvidar até da própria sanidade, salvo pelas explicações sobre os efeitos da Substância D no cérebro, esclarecendo muito do que presenciamos através do protagonista.

A dissociação progressiva experimentada por Fred/Bob me fez lembrar bastante de "Flores para Algernon", e acho que não por acaso; a obra de Keyes é citada por PKD em uma entrevista dada pouco antes do lançamento do livro.

Pra resumir, "O homem duplo" é como uma grande viagem de ácido: provavelmente você vá longe com ela, mas ninguém garante que consiga voltar.
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Luizinho 13/04/2020

Paranoia ou Realidade?
Um bando de viciados vivendo em uma sociedade futurista ensandecida pelo uso de narcóticos,

Em meio a tudo isso um personagem hora disfarçado de policial e hora disfarçado de traficante.

Confesso que inserido nesse contexto e acompanhando o decorrer da vida de alguns desses personagens viciados, apesar de muito bem construídos, o livro, por incrível que pareça acabou se tornando um pouco monótono

Porém a dualidade entre as vidas secretas e os disfarces deste policial/traficante acaba se tornando algo tão extremo que chega um momento que ele nao tem ciência de que está se alto investigando.

E após muita investigação, muito uso de entorpecentes, muita conversa entre drogados e grandes reviravoltas mais uma vez Philip K. Dick não nos decepciona.

*Quote: "Estranho como a paranoia pode se vincular à realidade de vez em quando."

**Resenha editada a partir do histórico de leitura no skoob.
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Pietra 26/05/2023

Como sempre, uma viagem
O mundo de Philip K. Dick provou-se, mais uma vez, ser de outro universo ?e o autor não falha em te levar nessa viagem nem por um segundo.

O Homem Duplo conta a história de um agente de narcóticos infiltrado a fim de descobrir a fonte de uma das drogas mais destrutivas da atualidade, a Substância D. Vivendo com viciados e, eventualmente, se tornando um, o agente secreto Fred (sob o nome de Robert Arctor) investiga seus colegas de moradia e suas fontes por meio de um aparelho de gravação 3D.
Ao se ver no aparelho, Fred não se reconhece, e fica se perguntando qual deles seria ele.

A história, quase autobiografica, nos leva até os cantos mais profundos do mundo das drogas, e nos convida a pensar em neuropsicologia e psicose enquanto acompanhamos a derradeira recaída de Fred ao passar de páginas. Uma nova perspectiva não só da vida como um viciado, dos problemas, dos medos e preocupações, mas também das grandes corporações envolvidas nisso.

Uma crítica social das melhores formatadas, um estudo baseado em ciência factual sobre psicose e um exemplo nato de até onde se pode ir quando, como o autor mesmo disse, "brincamos demais".

O livro é pesado e em momentos difícil de ler, ele não tem uma moral final, e muito menos (mas muito mesmo) um final feliz. A carta do autor traz a clareza necessária para fecharmos o livro com um aperto no coração e um nó na garganta.

O estudo adicionado nessa versão da Aleph faz com que percebamos a genialidade de Dick, e o quanto a Ficção Científica é um gênero de extrema importância.

Uma leitura fluida, inteligente, e reflexiva. Difícil por tratar de temas os quais nós geralmente não queremos saber sobre, mas de absoluta necessidade.
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Freitras 08/06/2011

Talvez a Obra-Prima do Philip Dick (mas ainda não li VALIS)
Um dos meus livros favoritos repleto de momentos dos quais eu costumo me lembrar com certa freqüência. A maneira como PKD escreve impressiona sobretudo por criar cenas facilmente visualizáveis, cenas que ficam na sua memória por anos; não é a toa que seus livros frequentemente geram adaptações para o cinema.

Um dos meus momentos favoritos em O HOMEM DUPLO envolve um pressentimento de discussão e a súbita necessidade de cair fora, de "sair dali", em que um dos personagens, após sentir um clima estranho entre seus amigos, entra em seu carro e volta para sua casa ao som de "All Is Loneliness" da Janis Joplin, pensando em como as coisas estão diferentes do que costumavam ser. Não é um momento significante para o desenvolvimento da trama, se me recordo bem, mas é um momento especial (sobretudo para quem já teve a mesma sensação do personagem em questão).

O HOMEM DUPLO é um livro com humor e por vezes melancólico que usufrui da ficção científica para contar a história de um momento específico de uma geração, o momento em que Philip K. Dick viu diversos de seus amigos serem punidos (pela polícia, pela loucura, pela fragilidade da saúde humana etc.) por terem abusado do uso de drogas.
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Ghuyer 14/01/2021

Ideias interessantes, trama nem tanto
Faz anos que sou fascinado por Philip K. Dick, mesmo sem jamais ter lido qualquer coisa dele. Vários dos filmes adaptados de obras do norte-americano trazem conceitos fascinantes e tramas intrincadas cheias de reviravoltas (Minority Report, O Vingador do Futuro, Os Agentes do Destino são provavelmente os meus preferidos). Em 2006, deixei de ver O Homem Duplo no cinema para ler o livro antes, e acabei não lendo nunca. Até agora. E preciso dizer que estou um tanto… desapontado? Eu não sabia o que esperar, e tinha acabado de sair de uma leitura bastante rasa (O Livro dos Espelhos), então talvez qualquer coisa um pouco mais complexa ou fora da casa seria um pequeno choque. O Homem Duplo, no entanto, me pareceu muito mais claro e óbvio do que eu imaginava. Sim, é muito mais denso que minha leitura anterior, e tem passagens bem instigantes. Mas a trama em si é muito básica. E o que mais me impressionava nos trabalhos de Philip K. Dick, ainda que adaptados, era a trama. Sempre bem construída e misteriosa, com o bônus de apresentar ideias e discussões interessantes na bagagem. O Homem Duplo tem a segunda parte, mas fica devendo na primeira. Agora fico curioso para finalmente conferir a adaptação de Richard Linklater e ver como ele lidou com esse material...
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