Ioná 19/10/2022Superação e perseverançaNão lembro se quando li esse livro pela primeira vez, lá atrás, no início da adolescência, eu achei tão difícil. Mas garanto que desta vez eu achei.
A leitura não fluía, achei o personagem enfadonho a maior parte do tempo e o texto denso e cansativo. Porém o que se aprende com esse náufrago solitário é maravilhoso!
A história é ótima. Tudo que Crusoé experiencia é incrível e não resta dúvida que o livro é cheio de lições sobre recomeços, superação, planejamento e trabalho. O fato de eu não ter simpatizado com o personagem não desmerece a singularidade e relevância da história. A obra proporciona reflexões importantes sobre o sentido da vida e, principalmente, sobre o que é essencial.
É um clássico, escrito no início do século XVIII, que encantou os leitores da época pela qualidade literária, pela criatividade do autor e pela narrativa rica em descrições e detalhes das aventuras vividas pelo personagem, tanto em terra quanto em mar.
Defoe se esmerou tanto em escrever sobre a rotina do náufrago nos 28 anos em que ficou na ilha inabitada e quase nada contou sobre a vida de Robinson Crusoé depois da ilha. Talvez a intenção tenha sido exatamente esta. Talvez o autor quisesse deixar espaço para as inquietações.
Nunca assisti aos filmes baseados nessa história. Não tinha despertado meu interesse em fazê-lo. Desta vez a vontade surgiu.
Avaliação: 3 estrelas.
Citação: “Resumindo, depois de sérias reflexões, a natureza e a experiência, me ensinaram que todas as coisas boas do mundo deixam de ser boas para nós quando não nos são mais úteis; e que tudo o que podemos acumular, e um dia deixar para os outros, só nos dá prazer na medida em que podemos usar, e não mais do que isso”.