Filhos do Fim do Mundo

Filhos do Fim do Mundo Fábio M. Barreto




Resenhas - Filhos do Fim do Mundo


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Raquel Moritz 05/02/2014

Eletrizante e inteligente!
Filhos do Fim do Mundo é uma história eletrizante, com um ritmo de emergência desencadeado já nas primeiras linhas, o que deixa o leitor sempre ansioso, vivendo com os personagens no meio do caos.

Me envolvi muito com o livro, porque ele é magistralmente escrito e tem um ritmo frenético que cai como uma luva para a história. Além disso, a situação caótica foi retratada com tanto esmero, que não é difícil ver aplicabilidade naquilo. O instinto de sobrevivência do ser humano pode nos levar a fazer coisas impensáveis.

Fiz um post no Pipoca Musical falando mais sobre o livro e até sobre o curta que o escritor dirigiu, que é bem bacana:

site: http://pipocamusical.com.br/2013/03/14/filhos-do-fim-do-mundo-livro-ficcao-fabio-barreto/
Fábio M. Barreto 26/03/2013minha estante
\o/


Mari | Triplo Books 13/02/2014minha estante
Só sei que eu quero *0*


Andrei 25/02/2014minha estante
Eu quero ler.


Aniole Lopes 26/02/2014minha estante
Lerei. :3




Fernanda 14/05/2013

LINK DA RESENHA NO BLOG SEGREDOS EM LIVROS:

http://www.segredosemlivros.com/2013/05/resenha-filhos-do-fim-do-mundo-fabio-m.html

Resenha: A leitura de “Filhos do fim do mundo” pode ser considerada uma grande surpresa para mim. Digo isso, pois comecei lendo de uma maneira despretensiosa, e logo nas primeiras páginas, já fiquei fascinada pela história. A maneira como o autor introduz os acontecimentos se torna arrebatadora sobre aspectos de total entendimento ao leitor. A iniciar pelo prólogo, que a meu ver, deu um ar de engrandecimento a trama, enfatizando o que viria a seguir, de uma maneira intensa e misteriosa. Outro detalhe relevante é sobre os personagens, que são apresentados como o Repórter, o Diretor, o Capitão, a Esposa, o Blogueiro, entre outros, e não com nomes específicos, dando um ar mais impessoal e atípico. A trama nos apresenta muitos personagens, e de modo dinâmico e irreverente, o autor desafia o leitor a conhecer os vários ângulos de cada personalidade. E de outro lado, podemos conhecer e refletir acerca dos valores que nos são repassados diante de uma situação difícil e surreal.

“Todas as crianças da maternidade estavam mortas. Todas. Atrás dele, o relógio marcava meia-noite e cinco minutos. A luz verde do calendário eletrônico brilhava com ar fúnebre. Eram os primeiros minutos do fim do mundo.” Pg.14

Imagine acontecer uma tragédia ao qual as crianças – bebês recém nascidos – estão envolvidas. Se parasse por aqui, tudo bem, mas essas mesmas crianças estão morrendo e aparentemente não há uma solução que defina o ocorrido. Todos estavam assustados e a situação só piorava diante do caos que estava se instalando, já que plantas e animais também estavam sendo vítimas do ocorrido. Neste cenário, as pessoas se viam cada vez mais fragilizadas, diante das perdas e de tantas incógnitas. Quando um Repórter é chamado para cobrir esse acontecimento, ele nunca esperava o que viria a seguir. Na verdade, ele já havia estado diante de casos onde as pessoas realmente acreditavam no fim do mundo, porém ele, assim como diversas outras pessoas, sempre falavam que tudo não passava de uma loucura. Será mesmo? O caso é que ele precisa encontrar, urgentemente uma solução, já que sua esposa está grávida e também corre o risco de perder o bebê assim que nascer. Inevitavelmente, ele vai se ver em uma situação duvidosa e contraditória, sem saber qual caminho seguir, diante de tantas revelações que lhe serão impostas. Por esse motivo, acredito que uma das grandes imposições retratadas será referente a ética, diante de um profissional perdido, onde a sua vida pessoal é posta em risco a todo tempo.

“Sentiu o pesar retornando ao seu coração. Odiava desligar sem declarar seu amor eterno aos pais. Nunca se sabe quando é a última vez; nunca esperamos pelo pior.” Pg. 43

A narrativa é simples e ao mesmo tempo ágil, e o enredo é repleto de ação e momentos tensos do começo ao fim, já que o futuro de toda a humanidade estava em jogo e todas as perspectivas que o envolvia. No meio de tanto sofrimento e desespero, as pessoas buscavam pelo menos algum resquício de esperança e resultados positivos e animadores. O autor conseguiu criar uma história inovadora, apesar de haver tantas outras com referencias a temas apocalípticos. Além de que, fez uma interação com o leitor pelo fator envolvimento e emoção, porque praticamente nos colocamos diante das situações narradas, e imaginar todas essas coisas acontecendo, é um fato estranho e sofrido. E é justamente esse detalhe que faz com que a trama seja mais realista. Essa obra, mesmo sendo focada ao gênero da ficção cientifica, nos direciona a refletir também sobre nossa atual sociedade e do quanto podemos ser egoístas diante de situações criticas. O mundo reflete nossas ações e você já imaginou como seria a vida se algo de extrema importância deixasse de existir de uma hora para outra?

“Quantas vezes ainda se machucaria por culpa dessa doença incurável que o inspirava diariamente, mas que era responsável por tanto pesar? Quem conhece as verdades em primeira mão, nunca diz que “a verdade dói”. Isso é algo que se sente e não se deseja a ninguém. Ilusões constroem verdades mais tênues e aceitáveis, desprovidas da natureza crua e irrefutável do fato em si.” Pg.93

LINK DA RESENHA NO BLOG SEGREDOS EM LIVROS:

http://www.segredosemlivros.com/2013/05/resenha-filhos-do-fim-do-mundo-fabio-m.html
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Camis 02/04/2013

Imagine um cenário assustador, surpreendedor e incompreensível. É assim que o Mundo é nos apresentado em Filhos do Fim do Mundo: da noite para o dia todos os bebês com menos de um ano de idade morrem sem nenhuma explicação. No meio do caos as pessoas choram por seus filhos, netos, sobrinhos e conhecidos, enquanto acreditam que realmente este é o fim do mundo.

O problema não está somente nos bebês já nascidos, mas também naqueles que ainda irão nascer. Após a meia-noite daquele dia fatídico todas as crianças que nasciam, após seu primeiro suspiro, faleciam. Plantas, animais, insetos, todas as espécies ao redor do mundo inteiro sofrem com o desequilíbrio que nem o governo e nem os cientistas conseguem explicar. Tudo o que se sabe é que tudo aquilo que nasceu ou foi criado ou foi plantado 365 dias antes daquela noite simplesmente não vive mais.

Para buscarem uma solução e salvarem a humanidade, a imprensa, a Igreja, os médicos, o governo e toda a população e outros profissionais se unem para irem em busca de uma ‘cura’. Neste momento tudo está ao chão: não existe mais segurança pública, apenas um exército que protege os governantes e os pontos de distribuição de alimento; com as plantações inteiras secando as pessoas passam a estocar alimento; oportunistas tentam se aproveitar da situação para aumentar o caos; e ainda existem aqueles fúteis que não entendem o tamanho do problema e só se preocupam em ir contra as medidas tomadas pelo governo, como, por exemplo, a extinção da internet.

Um fato interessante sobre o livro é a impessoalidade atribuída aos personagens pelo autor. Nenhum deles possui um nome ou sobrenome, apenas são apresentados ao leitor pela sua profissão ou parentesco com um dos personagens: o Governador, a Esposa, a Primeira-Dama, o Coronel, o Piloto, o Diretor, a Secretária, etc. No início eu sentia falta de ter um nome pra identificar o personagem, mas depois acabei sentindo que essa impessoalidade do personagem dada pelo autor só deixou a coisa ainda mais pessoal, afinal, poderia ser qualquer um de nós.

Em meio a todo esse terror surge o Repórter, que dias antes do fenômeno havia entrevistado alguns refúgios criados por pessoas desesperadas que acreditavam no fim dos tempos. Durante sua entrevista ele achava graça da ingenuidade daquelas pessoas e em como eram ridículas em gastar tamanha quantia de dinheiro criando postos isolados, subterrâneos e protegidos, afinal, o mundo não ia acabar. Mas agora as coisas mudaram. O Repórter vai, com o auxilio do governo, procurar a salvação e a explicação em cada um destes locais, assim, quem antes era motivo de sua piada, agora serão os únicos capazes de lhe dar a chance de salvar a vida de seu filho que irá nascer dentro de poucos dias. Se ao menos uma única criança menor de 1 ano tiver sobrevivido, então ainda há esperança.

Fábio Barreto fez de Filhos do Fim do Mundo uma narrativa surpreendente e eletrizante. Com uma riqueza de detalhes e uma narrativa muito bem desenvolvida, o autor fez do leitor o seu refém. Em muitos momentos eu ficava intrigada e angustiada, você passa a se sentir dentro da estória e ansioso para descobrir o que é que está causando tudo isso. A forma como o autor descreve os acontecimentos em terceira pessoa não deixa em nenhum momento alguma pista sobre qual será o final do livro, se a cura será ou não encontrada, fazendo do final algo surpreendente pra qualquer um.

Só encontrei um ponto negativo no livro, que foram algumas cenas de ação. Já vi gente mencionando o mesmo fato que eu, então sei que não sou a única chata, mas a verdade é que eu gostei tanto da narrativa em todos os outros momentos que eu esperava mais emoção e reviravoltas das cenas de ação. No entanto, como este é o único ponto a ser ressaltado, e tendo sido impecável o trabalho de capa, de diagramação e de revisão da Fantasy, não posso dizer nada além de: LEIAM!

"O que os olhos não veem, o coração não sente, mas a mente não deixa ir embora. (Página 83)"

http://nolimitedaleitura.blogspot.com.br/2013/04/filhos-do-fim-do-mundo.html
Nadia 10/04/2013minha estante
Estou louca por esse livro! Adoro o tema e pela resenha parece ser ótimo com bastante ação e suspense e personagens bem construídos.


Jamilly Mayara 10/04/2013minha estante
Olhe parabéns pela resenha viu, deu pra sentir a história. Ainda não li livro assim desse gênero, mais gostei muito. Aaaaaa e agora fiquei curiosa pra saber o final, se tem cura ou não! kkkkkk. Que coisa acontecer isso com os bebezinhos em ;s


Camila 12/04/2013minha estante
Não tinha lido sinopses e resenhas sobre esse livro ainda, e nossa, bem o tipo que eu gosto!! Me interessei muito! Ótima sua resenha xará, parabéns! ;]


Ritielly Gripa 17/04/2013minha estante
Essa resenha fez eu querer ainda mais o livro. *-*


Ritielly Gripa 17/04/2013minha estante
Essa resenha fez eu querer ainda mais o livro. *-*


Ana 17/04/2013minha estante
Bom como havia falado já lá no blog.Eu sou totalmente fascinada por livro que tenha misterio.Gosto disso,porque nos prende do começo ao fim.Fora outros fatores que nos levam ate a roer nossas unhas(hahahaha).
Espero muito ter a oportunidade de prestigiar mais esta leitura.
Parabéns pela resenha.Adorei a forma de você se expressar e ate mesmo nos dar o detalhe que não lhe agradou muito.

Beijokas Ana Zuky


Aline Cristina 29/04/2013minha estante
Ainda não tinha lido nenhuma resenha desse livro..
Parece ser muito bom a trama é bem interessante, cheio de mistérios.


DomDom 01/05/2013minha estante
Achei essa história demais. Esse clima de tensão constante em busca da cura, e explicações para o ocorrido me deixam super curioso pelo desenrolar dos fatos. Espero ter a oportunidade de ler em breve.


Marliane 07/05/2013minha estante
Parabéns ótima resenha,a historia é muito interessante,espero ler em breve.




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Dom Quixote 21/04/2014

Livro de Estreia do Autor
Bom, diz-se por aí que não devemos jamais julgar um livro pela capa, máxima com a qual concordo veementemente. Contudo, por vezes a capa de um livro (e seu título nela contido) é que nos levam a experimentá-lo. Comigo, foi este o caso ao ler "Filhos do Fim do Mundo". Antes de ler resenhas, resumos, sinopses, opiniões etc., já me encantei pelo título e capa, que mostra um cenário pós-apocalíptico, e melhor, escrito por um brasileiro.

Apesar da temática já saturada do pós-apocalipse, a verdade é que todos que curtem ou já curtiram algum clássico nessa temática sentem-se inexoravelmente atraídos por outros livros, filmes ou séries a ela relacionados. Pois bem, foi este o motivo que me levou a pegar este livro e iniciar sua leitura.

Contudo, logo nas primeiras páginas a decepção foi gritante, muito mais aguda do que o esperado. Não tenho preconceito algum com relação a escritores brasileiros, os meus preferidos são, sem dúvida, os tupiniquins. Contudo, gosto de escritores brasileiros que escrevam como escritores brasileiros, não é o caso de Fábio Barreto. Ao não especificar o cenário e as personagens (não há nomes próprios para nenhum personagem, tampouco para a cidade em que se passa a ação), imediatamente a narrativa assume traços americanizados, o que, em minha opinião, fere de morte qualquer escrito nacional.

A meu ver, igualmente, nomes são característica importante - a primeira delas - para se desenvolver empatia com os personagens. A ausência de nomes próprios na obra de Barreto dificulta a empatia com aqueles que fazem a história acontecer. Torna-se extremamente desagradável e cansativo, a partir do meio do livro, tratar os personagens de forma tão impessoal como "O Reporter", "A Esposa", "O Padre", "O Diretor" etc., de modo que, mesmo durante o clímax da história, a empatia com os personagens principais era praticamente zero. Era como estar vendo uma encenação de bonecos sem fisionomia.

A narrativa em si, é pobre e mecanizada. Barreto não escreve bem. Para a contemporaneidade, talvez o texto enxuto e "cru" apresentado pelo autor seja o ideal, já que todos temos pouco tempo para "desperdiçar" em elucubrações filosóficas aparentemente supérfluas dentro das obras que lemos (embora eu discorde disso), contudo, Barreto enxuga tanto o texto que o torna pobre, repetitivo, repleto de clichês (algo que, inexoravelmente, trouxe de sua experiência jornalística, visto que o jornalismo é a ciência dos clichês), com personagens demasiado estereotipados (e utópicos!) e diálogos extremamente fora da realidade, ao menos a brasileira. Este último fato, contudo, levando-se em conta que, provavelmente, a ação se passa em uma cidade fictícia, é perdoável. De todo modo, não deixa de ser uma cidade utópica, para abrigar tantas figuras utópicas.

Todavia, nem só de defeitos se faz uma obra. Por mais imperfeita que seja, toda obra literária tem seus pontos fortes e a de Fábio Barreto não foge dessa regra. A temática em si - pós-apocalipse - já é bem batida, apesar de ser o tema da moda, creio eu. Contudo, o braço de tema que Fábio Barreto utiliza - a morte de recém-nascidos - é bastante original para mim. Ao menos, é o primeiro livro que vejo com essa ideia central. Logo nas primeiras páginas vemo-nos envoltos nesse mistério, e o que nos conduz até o final é, basicamente, a curiosidade por tentar vê-lo solvido.

Demais disso, Barreto possui boas imagens cotidianas em seu texto. Pequenos detalhes do dia-a-dia, que todos vemos, tornam sua escrita mecanizada um pouco mais próxima do próprio mecanicismo que, fatalmente, aflige alguns dos leitores que. De igual modo, há algumas críticas sociais na obra, embora de forma tímida e sem um direcionamento mais específico. Contudo, utilizando aqui um bom clichê, "para bom entendedor, meia palavra basta".

Concluindo, "Filhos do Fim do Mundo" é um livro que provavelmente jamais lerei novamente. Em um plano geral, não me agradou de forma alguma, mas possui suas virtudes. Não sou preconceituoso em relação à literatura, portanto, caso o autor lance novos livros, lê-los-ei sem ressalvas, apesar de não ter "curtido" sua narrativa nessa obra inicial. De toda forma, indico sempre a leitura, afinal de contas, creio que proporcionará boas horas de diversão, mesmo para aqueles que, como eu, sejam um pouco mais críticos em relação à obra.

Vale dizer, para encerrar, que o final do livro é bastante interessante e, de certa forma, "paga" pela pobreza apresentada durante 90% da obra.
VanVento 22/04/2014minha estante
A queda da mentalidade pseudo patriota para a falta de qualidade critica.

Basicamente você julgou um livro em bases pessoais, o que é seu direito, mas expor uma resenha negativa em público apenas com pontos pessoais que se referem a uma falsa ideia de "Americanização" não é apenas idiota, é também falta de ética. Criticas negativas são bem vindas sempre, falo por qualquer escritor, desde que ela seja feita em cima das propostas certas. Você pegou uma ideia, a pre julgou e construiu em sua mente, depois criou um produto fantasma e ainda ficou bravo porque ele não correspondia ao real?

Quanto ao não uso de nomes, isso não é uma criação americana, é um molde de escrita que pode e é usado no mundo inteiro, não sei quais referencias você conhece, mas posso garantir que não pesquisou o suficiente antes de apresentar tal opinião. Nosso território é gigante e nossa produção literária vai do cordel ao sci-fi, sendo um dos maiores países do mundo em extensão você realmente acredita que algo produzido por nós em nossa linguá e para nosso mercado em uma era globalizada pode ser considerado Americano de mais?

Entendi, você deve defender a patente alemã que é dona da Rapadura também, afinal, eles tem a marca.

Abraços,

Van Vento


Patrick 25/09/2016minha estante
Senti o mesmo que você no início do livro. Talvez, se eu não soubesse que o escritor é brasileiro, eu não me incomodaria tanto com o fato do livro parecer um roteiro de filme de hollywood.
Também, achei muito original a ideia de um fim do mundo dessa forma tão lenta e melancólica.
O livro tinha muitos clichês e já estava preparado para um final clichê. Mas gostei do final, foi um final justo.




Vinícius 05/03/2014

Premissa excelente
Começo essa resenha dizendo que fiquei triste lendo Filhos do Fim do Mundo. Não triste pelo fato de que, de uma hora para outra, todos os bebês do mundo morrem; mas porque me decepcionei.

Quando pego um livro de algum autor brasileiro contemporâneo, começo a lê-lo com muita vontade de gostar. Acho que por solidariedade, talvez. Além disso, a premissa do livro me fisgou. O prólogo me conquistou e... só.
Logo no início da narrativa, percebi que não sentia a mínima empatia pelo Repórter, que é o personagem principal, mas continuei lendo com boa vontade.
Conforme fui avançando na leitura, comecei a me incomodar com os diálogos. Alguns deles me pareceram vazios e sem muito propósito. Mas, mesmo assim, continuei positivo.
Depois de alguns capítulos, percebi que não me interessava tanto pelas cenas do Repórter e torcia para poder acompanhar cenas de outros personagens (quaisquer fossem eles!) - aliás, falando nas cenas, achei que algumas foram descritas de maneira um tanto quanto confusas.
Foi nesse momento que comecei a achar a leitura enfadonha. Pois apesar de ter uma premissa interessante (mas nada original), o porquê/como tudo aconteceu já não me despertava tanto interesse. Eu só queria acabar o livro.

Devo salientar que gostei do final - no caso as três últimas páginas e o epílogo ; achei bastante surpreendente.
Espero poder ler mais coisas do autor e mudar de opinião.
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Tiago 18/09/2013

Para Pais e Filhos
Fabio Barreto consegue nos dar uma história cativante e que prende, além de nos momentos certos criar a tensão necessária. Tanto que algumas páginas eu ia pulando linhas enquanto lia, perto do clímax.

Vale 5 estrelas pela estreia, por mais que eu não tenha entendido certos desenvolvimentos no momento de ação.

Mas é literatura de qualidade. Agora, é esperar pelas próximas palavras. Leia você também. :)
Gabrovsk 16/02/2013minha estante
Eu gostei demais! Vendo o seu comentário pensei, é realmente necessário entender o que aconteceu no 2º Bunker ?!


Fábio M. Barreto 26/03/2013minha estante
Eu concordo com o Gabrovsk! hahahah




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Tomaz 13/07/2013

Expectativa frustrada
Comecei a ler este livro com grande expectativa. Parecia que ia ser muito bom e que surgiria um novo autor de gênero no Brasil. Fui até a metade bem e depois o livro trava. Ficou parecendo que faltou edição, comentários. O livro fica chato, chato, chato. Sofri para terminar pois achei que poderia ter uma luz no fim do túnel. Acaba rápido, sem explicação e mais frustante ainda. Parece que a editora pensou em lanar rápido pois não tinha nada no gênero no Brasil mas esqueceu de que para um livro fazer sucesso, os leitores tem que gostar até o fim. Uma pena. O autor mostra potencial, mas tiraria o livro do mercado e reescreveria.
Chede 25/07/2013minha estante
É evidente que esse não é um leitor de literatura de ficção, afinal, 'Filhos do Fim do Mundo' é uma obra intrigante e instigante. Tem começo, meio e fim. E, claramente, é um romance autoexplicativo. Esse leitor precisa buscar poutros gêneros da literatura, senão ficará sempre frustado.


Tomaz 28/07/2013minha estante
Chede:
Não apenas sou um leitor apaixonado de ficção mas já li mais de 10.000 livros por prazer além de por profissão. Fui até o fim do livro pois acredito que o autor tem potencial e provavelmente lerei outros livros dele. Mas este deixou a desejar, talvez sim por minha expectativa ser alta por ter lido bons livros de ficção demais, o que talvez não seja o seu caso, mas não posso dizer que é "evidente" que não é o seu caso pois não te conheço assim como você não me conhece e equivocadamente fez uma colocação inverídica. O livro podia ser muito bom e talvez o seja para leitores iniciantes.


Edy 10/10/2013minha estante
Tomaz, eu não li o livro, mas me solidarizo com você, que colocou a cara a bater, em vez de uma pessoa que usa um perfil falso para comentar, sem embasamento nenhum, que mais se parece com uma resposta de candidata a miss em concurso.
Se você realmente leu mais de 10 mil livros, com certeza devem ter passado por você os clássicos, os quais, por si só, já desautorizam a qualidade de 99% dos livros que fazem sucesso nos dias atuais.
Só dou uma dica: quando for comentar, principalmente as vedetes atuais das livrarias, relativize, o coloque no lugar que é dele. Por que, se levarmos em consideração que James Joyce, Machado de Assis forem 05 estrelas, então Spohr será 1,5 estrelas, que a sensação do momento.


Jessica 17/09/2014minha estante
Pensei que só eu tinha achado esse livro chato com tantas resenhas positivas aqui.
Achei o livro extremamente enfadonho, desenvolvimento confuso em certos momentos e, o pior na minha opinião, foi o personagem Repórter. Há tempos eu não via um personagem tão sem carisma como esse. Precisei de força de vontade pra não abandonar esse livro.




Gislaine Caprioli 29/09/2013

Próximos do fim
Imagine-se em um cenário apocalíptico. Ao contrário do que esperávamos, não houve estrelas de fogo caindo do céu, nem mesmo trombetas sendo tocadas por anjos indicando o fim. Você acorda em um dia normal. Digamos que seja uma quarta-feira. Ao olhar pela janela, não vê nada diferente, mas é o início de dias de caos. Qual a posição e que tipo de pessoa você será quando perceber que o mundo que conhece pode estar chegando ao fim?

O livro inicia em uma noite que há pouco foi tomada por uma grande tempestade. As primeiras notícias das mortes apavoram. As outras, mesmo que esperadas, não causam menos dor, raiva e incompreensão. Somos apresentados então às visões de diferentes pessoas a respeito do caos que está se instaurando no país, logo depois, no mundo. Fábio M. Barreto usou uma ideia inovadora para indicar o fim do mundo. Quem nunca ouviu que o futuro é as crianças? Quando os bebês com menos de um ano de idade morrem, assim como as plantas e animais, e ainda mais, quando a esperança de um futuro morre, o que fazer?Que posição você tomará?

Ao nos apresentar personagens sem nomes, nos vemos torcendo pelo Repórter e a Esposa, além de acompanhar a batalha travada inicialmente pelo Coronel, sentir a dor do Diretor e solidarizar com o Padre. São muitas as personagens que nos são apresentadas. Trechos de vidas que poderiam se encaixas nas nossas se estivéssemos na mesma situação.

A escrita do autor é muito bem elaborada. Na descrição bem detalhada de alguns assuntos, percebe-se que o mesmo tem muita informação guardada, mostrando que se parece muito com o protagonista. É visível que podemos usar grupos de pessoas da vida real e classificá-las de acordo com cada personagem descrita pelo autor. Creio ser bem possível encontrarmos conhecidos que seriam o Blogueiro ou as meninas preocupadas com a queda da Internet que impediria a comemoração do “níver da diva”.

“Naquele momento, quando começava a sentir o cheiro da morte por todos os lados, e com horas de atraso em relação ao resto do mundo, o Repórter uniu-se à humanidade e encontrou seu fim.” (BARRETO, 2013, p. 94). Apesar de ser um bom livro, é curto e a história é cortada subitamente, deixando no ar algumas perguntas sem respostas. Cabe para a imaginação e reflexão a compreensão dos fins: do mundo e do livro. E você: como se imagina perto do fim, quando o primeiro item que se torna artigo de luxo é a esperança?
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Danny 11/03/2013

Para o começo do caos, o fim!
Quando a continuidade de todas as espécies vivas do planeta parece simplesmente ter chegado ao fim, qual o caminho mais rápido para o caos completo? Ocultar ou divulgar a verdade? E ainda, a verdade seria encarada como algo real, seria aceita?
Essas e outras perguntas acabam surgindo a cada página de "Filhos do Fim do Mundo", em uma história que vai ganhando seu clima de tensão de forma gradativa e seus personagens nos levam para mais próximo dos acontecimentos por justamente serem pessoas comuns, onde nomes, sobrenomes, nacionalidades não tem importância.
Seja na busca imersa em desespero e esperança de um pai, ou pela sede de reconhecimento de um blogueiro, vemos um mundo corroído pela dor e incerteza de um futuro.
Fábio M. Barreto em sua primeira experiência literária, nos entrega sua versão, nada polida e por isso mesmo tão crível, da luta da humanidade por sua existência e continuidade. Recomendo!
Fábio M. Barreto 26/03/2013minha estante
Valeu, Danny! :D É bem por aí mesmo, as perguntas são muito importantes! É através delas que podemos nos conhecer melhor. :p




Luis Humberto Beltrão 28/03/2013

Simplesmente fantástico.
O Barreto soube escrever uma história surpreendente e extremamente detalhada.
Além do mais, fez os leitores se apaixonarem por personagens que não tem um nome, e o motivo disso é a proximidade que sentimos ao descobrir um pouco da história de cada um deles. São personagens comuns, pessoas como você e eu, que anseiam desesperadamente por respostas no decorrer da história, assim como quem lê.
Se você gosta de literatura brasileira, leia. Se gosta de ficção científica, também leia. Mas, principalmente, se deseja desvendar os mistérios por trás de uma catástrofe de proporções globais, repleta de suspense e emoção, aí sim, esse livro merece ser seu companheiro durante alguns dias.
O meu exemplar não sai do meu canto de leitura por nada. E, quando posso, o levo para onde vou, sempre para divulgar aos amigos essa grande história.
Mais do que admiração, sinto orgulho e gratidão pelo Barreto, por nos presentear com tão fantástica obra de literatura fantástica.
Mais que recomendado!
Rogério 05/09/2013minha estante
É um livro ousado que só entrega alguma conclusão no final. Em um momento em que os best-sellers tem uma ação bombástica a cada 3 páginas, e que não deixa pensar, "Filhos do fim do mundo" tem duas virtudes que aprecio muito:
1) É uma metáfora antropológica sem ser pedante: Quem diria que a verdadeira tragédia não é uma invasão alienígena, zumbi, dinossauros, meteoros ou demônios? A verdadeira tragédia começa pelo homem e seus medos.
2) Traz um arejamento na literatura fantástica brasileira sem ser cópia da literatura fantástica hispano-americana (essa eu conheço bem).




Vitória 26/03/2013

Filhos do Fim do Mundo - Recomendo
Finalmente terminei de ler o livro, teria terminado antes, submersa na história apresentada, mas infelizmente o tempo não me permitiu. Intrigantes personagens tão diversos existem nesse livro, implantados ao meu ver de forma decisiva, com objetivos definidos para tocar a alma do leitor.
Posso dizer que não, não sou uma pessoa que lê a última página do livro primeiro. Tenho vontade de fazê-lo a cada página virada, com esse livro não foi diferente, porém ao ler página por página e compartilhar da angustiante história do protagonista me deparei com um desfecho tão curioso e impensável, que já estou ansiando por uma continuação! A leitura eletrizante do livro faz com que as palavras transbordem do papel e criem vida própria, novos cenários, conflitos e emocionantes reencontros. (Definitivamente chorei no final.)
A história passa valores representados por cada personagem: fama, esperança, força, entre muitos outros. Barreto aborda um tema tão discutido de um modo tão diferente que prende o leitor instintivamente a suas palavras. Acredito que ao não planejar nomes para os personagens ele deu mais liberdade para que seus leitores se identificassem com tais, o repórter, o blogueiro, o padre, a esposa, o filho, etc.
É realmente muito animador ver que atualmente existem tantas pessoas apaixonadas pela ficção e que aos poucos isso vem se tornando um grande mercado no Brasil! É incentivante e motivador. Barreto, Raphael Draccon, Eduardo Spohr, Carolina Munhoz, e mais alguns, tem realmente um dom raro de fazer com que o leitor navegue por entre as palavras e descubra um novo mundo cheio de mistérios a serem desvendados. Quem sabe um dia eu não terei o prazer de estar ao lado deles com meu livro também.
Adorei a história, recomendo!
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Jacque 18/04/2013

Filhos do Fim do Mundo, uma grata surpresa
Há muitas histórias, seja na literatura ou no cinema, que trazem diversas versões de um possível apocalipse. O fim das coisas é e sempre foi objeto de curiosidade para o ser humano, ainda que esse marco tenha causa, desenvolvimento e desfecho diferentes, individuais até certo ponto, a ideia de finamento, de término, é consequência da visão linear que se têm da vida.
E é justamente sobre essa curiosidade e esse receio que se lê em Filhos do Fim do Mundo, primeiro romance (salvo engano) de Fábio Barreto.
A história aqui trata de um evento inesperado, inexplicável e chocante: a morte simultânea de todas as crianças, filhotes e espécimes vegetais com menos de um ano (ou na primeira fase do ciclo de vida, no caso de algumas plantas e animais). A partir daí se desenvolve um caos total e uma busca desesperada por uma causa e uma cura. A incerteza de um futuro ronda até o mais otimista dos seres humanos.
O texto de Barreto é bastante fluído e limpo. O teor mais adulto do texto bem como vários recursos estílisticos escolhidos pelo autor são alguns dos principais atrativos do livro. Excetuando-se poucas passagens em que a narrativa se torna levemente arrastada, a história transcorre com bastante vivacidade. Certos trechos são recheados de descrições e termos específicos e que, de certa forma, nos impacientam, noss causam sensação de atraso na descoberta do que nos angustia e preocupa tanto, no objeto de curiosidade dos personagens e nosso também. Mas nada diminui a imersão na história e o envolvimento com os destinos e dramas dos personagens.
Logo de início, temos a sensação de estar acompanhando, como de camarote, a saga de um homem em especial: o Repórter. As razões deste personagem para buscar entender e reverter esse fenômeno nos cativam de primeira, mesmo que sua personalidade soe arrogante e quase irritante em certas passagens, o caráter, bem como a motivação, é seu principal carisma e sobrepuja seu instinto profissional, no que se refere a relação leitor-personagem, durante toda a história.
Ao redor do Repórter surgem outros personagens de personalidade e presença também bastante marcantes. Todos afetados em maior ou menor grau pela tragédia e encarando a mesma de forma bastante particular.
Mas, além do próprio evento fatídico, quem é o grande vilão de "Filhos do Fim do Mundo"? A psique humana? Deus? Ou não há um vilão? Essas respostas, assim como a ideia de "fim do mundo" é bastante pessoal. O romance traz visões distintas através da personalidade de seus personagens. Crentes, descrentes, duvidosos, questionadores, cientistas... Todos são confrontados pela sua fé (ou falta dela) diante do cenário de caos e falta de esperança que toma conta do mundo.
Com um final que foge ao clichê e nos dá a impressão (e o desejo) de que haja uma continuação, este livro é uma esperiência deliciosamente surpreendente, produtiva e divertida. Salvo alguns erros de revisão e a sensação de que há ainda muito a ser contado sobre este FIM, não há de que se queixar. Diagramação boa, bela capa e escolha de papel e, mais que isso, páginas rechedas de conteúdo, com uma história que não vai lhe sair da cabeça!
Mais que recomendado, Filhos do Fim do Mundo é OBRIGATÓRIO.
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Leitora Viciada 27/04/2013

Esta é mais uma publicação nacional da Fantasy - Casa da Palavra. Além do belo trabalho gráfico e capa inquietante (uma rua de classe média tipicamente estadunidense vazia), o livro atrai pelo tema de apocalipse. Uma Ficção Científica nacional que aborda um tema delicado e o recicla de modo bastante humano, realista e abrangente.

Mesmo possuindo uma premissa já muito utilizada, Fábio M. Barreto consegue ser original, pois escreve Ficção Científica sem o peso que o gênero costuma trazer ao texto. Não se perde em descrições cientificamente pomposas nem em explicações excessivamente entediantes. O autor possui uma escrita simples, direta e cheia de ação.
A história é feita tanto para os fãs do gênero que buscam por uma boa e leve Ficção Científica ou para leitores que costumam deixar de ler esse tipo de história por medo de se perder em detalhes chatos. O livro não possui a intenção de tentar fazer a história ser cientificamente correta demais, didática demais. E ao ignorar certos floreios literários característicos da Ficção Científica o livro torna-se acessível para qualquer tipo de leitor; acaba apresentando uma trama realista e humana, pois o foco está nas reações e emoções das pessoas, no desenvolvimento psicológico que o problema avassalador de fim do mundo eminente e irrefreável causa à todos.
É tentando não ser explicativo demais que o autor consegue trazer realismo no desenrolar no enredo, uma grande (e excelente) ironia.

O livro é narrado em terceira pessoa e dividido em longos capítulos. Eu os considero mais partes que capítulos. No entanto existem diversas pausas entre uma cena e outra. Além disso, existe um prefácio e um epílogo.
A narrativa é direta, linear e repleta de ação. A principal característica do livro é certamente a impessoalidade dada às personagens. Sinceramente, adorei completamente essa estratégia. A tática deu certo, está perfeita.
Não existem nomes, mas existem representações profundas. No entanto as personalidades não deixam de existir. O que aparentemente poderia ser perigoso, ou seja, tornar as personagens meros símbolos caricatos e sem graça é a melhor parte do livro, porque traz diversas interpretações. O autor não erra.
Embora cada uma das pessoas nos seja apresentada segundo sua profissão, aparência ou qualquer outra característica explícita, percebi a clara intenção de não criar uma caracterização robótica. Interpretei como o modo de mostrar ao leitor que mesmo as ações sofridas por cada uma daquelas personagens, mesmo o foco estando naquelas pessoas, os fatos poderiam estar acontecendo com qualquer um; na verdade, o fim do mundo está afetando a todos. As reações são diversas, porém o medo, desespero e dúvida são os mesmos enfrentados por cada ser humano. Por isso as personagens não possuem nome, nem o protagonista.

Ele é o Repórter encarregado de buscar uma resposta para o fato de todas as crianças nascidas nos últimos doze meses terem falecido exatamente ao mesmo tempo, sem explicação alguma. Não apenas os bebês, mas todos os seres vivos, pois o mesmo aconteceu com plantas e animais. Nada mais parece conseguir nascer e sobreviver. O Repórter possui, além da motivação profissional e humana, outra pessoal: sua Esposa está grávida e seu primogênito próximo do nascimento. O mundo está por um fio e o Repórter se desespera por respostas, guiado pelo instinto e responsabilidade da profissão e desejo de manter a família intacta e salvar seu filho.
O Repórter não esperaria acabar se envolvendo mais ainda nesse caos. Ele acaba descobrindo revelações bombásticas e fica dividido entre divulgar ou não tais descobertas. Ele sofre um dilema pessoal e ético.

As principais personagens são representações da sociedade bastante profundas.
O Governador e a Primeira Dama simbolizam claramente como os chefes de Estado poderiam estar agindo perante o fim do mundo e confusão épica causada pelo apocalipse.
Como a elite do governo reage, como tenta apaziguar a catástrofe, como chega ao ponto onde a ética entra em conflito com a segurança de toda uma nação.
A ética é constantemente questionada no livro, em vários momentos e em diversos setores. Seja o Repórter refletindo se deve ou não publicar descobertas e ideias, os governantes e militares escondendo informações para não causar maior alarde público... Ou integrantes do povo que não sabem se devem pensar cada um em si ou na sobrevivência de todo o povo.
O Padre representa a questão da fé, outro tema muito bem explorado pelo autor. Ele mostra as pessoas que conseguem em sã consciência manter o foco através da fé em Deus e se mostram calmas e seguras diante do implacável problema. Outros infelizmente seguem a fé de modo desenfreado e exagerado, beirando a loucura e fanatismo. Existem também os que perdem sua fé por causa da situação irreversível, além dos que nunca tiveram fé. Com fé ou não o autor mostra diferentes pontos de vista.

Os militares estão bem representados, acho que ocupando até um espaço grande demais na história, com exemplos diferentes como o Major e o Comandante. Porém é justificável, eles são a proteção da população, logo ganham destaque nesse momento do mais alto risco.
A mídia informal e a população curiosa e não apenas espectadora estão representadas por pessoas como o Blogueiro e o Radialista, que em meio a tanto caos possuem diferentes preocupações e reações. Através deles é introduzido o povo revoltado, perdido e despreparado. Outro assunto delicado que o autor aborda é a censura e seu oposto: O excesso de informações e seu uso descuidado, assim como notícias duvidosas e fantasiosas.
Temos ainda o exemplo de um breve ponto de vista infantil, que eu acho que poderia ter sido mais explorado pelo autor, que é a Filha do Governador. A menina não compreende o que de tão terrível está acontecendo, sendo logo superprotegida pelas pessoas próximas.
O Diretor do jornal onde o Repórter trabalha também possui seu papel na história, mostrando um profissional que não desiste, mesmo sendo abalado pessoalmente.
O Médico e a Senhora (sua esposa) fecham o núcleo principal de personagens, trazendo a incansável crença médica de que algo sempre pode ser feito, uma solução concreta pode existir - com certeza uma explicação plausível.
Diversas vidas, opiniões e pessoas.
Gostei do final, é tão inquietante quanto a premissa e talvez mais complexo. As últimas páginas talvez não sejam tão simples para todos.

Recomendo o livro para diversos tipos de leitores. Como citado anteriormente, qualquer um pode lê-lo, mesmo quem não gosta de Ficção Científica. Eu recomendo para quem gosta de histórias que possuem variadas interpretações, todas ligadas à humanidade, à civilidade, ao papel do ser humano e da existência da vida.
Um livro de linguagem simples, capaz de introduzir qualquer pessoa à reflexões profundas, caso ela se deixe mergulhar na história. No entanto, também cumpre seu papel de objeto de entretenimento para os leitores que buscam por uma história interessante. Isso depende de quem lê. O autor não força ninguém a se aprofundar, mas convida.
Algo que não costumamos parar para refletir é trazido à tona: Por que de fato existimos? Com teorias científicas ou religiosas, pensem bem: Por que existimos? Por que existe a vida? E o que aconteceria a cada ser vivo se simplesmente, de uma hora para outra, nenhum novo ser pudesse existir e tudo fosse deixando de ser renovado? Uma reflexão de como pensamos apenas no "eu" e nos esquecemos do "nós"; no "presente" e não imaginamos o futuro à longo prazo.
A vida é o maior mistério que existe e ela é frágil.

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