spoiler visualizarCekcis 28/10/2023
O tema "zumbi" ainda pode ser interessante
Essa obra é desesperadora, eu devo escutar esse livro umas 3 vezes por ano. É clichê? É clichê, mas que clichê bem escrito, que clichê gostoso, que clichê bem executado.
Eu simplesmente amo o fato de ser ambientado no Brasil, e como ele conseguiu fotografar o cenário perfeito, pareceu a esquina aqui de casa. Também não é tão fácil assim pegar um contexto tão simples e trabalhar de forma detalhada desse jeito, sem falar dos momentos de agonia.
Você sente a sede do personagem, sente os conflitos internos, sente ele cedendo a loucura. Sem falar do início do livro, que começa de forma quase que fantasiosa numa pegada meio "A noite dos mortos-vivos", não existe PIOR cenário para se estar do que num necrotério no início do apocalipse.
"É engraçado como agora, pela primeira vez na vida, eu percebo meu próprio cheiro. Não estou me referindo ao mau cheiro, que aliás está muito forte. É o meu cheiro de gente, sabe? Se eu tivesse como explicar como é que ele é, eu diria que ele é bem semelhante ao de pele morta, pele morta esfregada até esquentar e chamuscar."
E preciso admitir que acho o áudio drama melhor que a versão escrita, mas assim, Guilherme Briggs, né? Também vale ressaltar que o livro é só a versão escrita do áudio drama, então são só diálogos soltos, isso pode ser confuso pra quem conheceu o livro antes do áudio.
Um prato cheio para os que gostam do tema numa historinha bem rapidinha, ouvir no almoço comendo uma batatinha frita.