A mãe

A mãe Maksim Górki




Resenhas - A Mãe


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Jardim de histórias 10/06/2024

Denso, político, crítico e Incrivelmente revolucionário!
Acredito que o desejo de qualquer leitor é encontrar em sua leitura uma obra que o arrebata e alimente sua alma leitora, com a satisfação necessária e prazerosa, tornando cada capítulo, um abraço acalentador. E esse efeito literário os escritores russos sabem muito bem-fazer. Historicamente, são comparados a heróis do povo russo, um povo sofrido, porém, perseverante. Os escritores russos têm um papel fundamental na literatura, dando uma dinâmica apaixonada e sentimental em seus trabalhos. Com uma escrita forte, detalhada e capaz de encantar e influenciar por séculos o universo literário. 


A Mãe Pélagué, que vivia uma vida humilde, com seu filho Pavel e seu marido Vlassof, desde cedo conheceu a violência imposta por seu marido, um serralheiro bruto, que descarregava toda a raiva contida em sua esposa. Após a morte de Vlassof, Pélagué viu a transformação do introspectivo Pavel, em jovem idealista e revolucionário que, cansado de ver os operários trabalhadores, assim como ele, serem explorados, se exporem e adoecerem, deixou de tanto trabalhar para enriquecer somente uma classe composta por burgueses. O jovem Pavel se torna o autor intelectual de movimentos revolucionários muito inspirados nos eventos de 1? de maio, manifestações dos operários e a de 9 de janeiro de 1905 também conhecido como domingo sangrento, evento esse, que contou com a participação do autor da obra Máximo Górky, ocasionando sua prisão e consequentemente a criação deste livro. O que defendiam os revolucionários descritos na história? Eles entendem a força de trabalho como a força vital, idealizando a paralisação das atividades, fazendo com que a classe patronal refletisse sobre as condições salariais e de qualidade de vida dos trabalhadores. Então, ele e alguns afins, alinhados com a causa, são responsáveis por divulgar essa exploração dos tomadores de serviço, utilizando folhetins, que eram entregues clandestinamente aos trabalhadores. Esse movimento despertará a atenção da aristocracia, culminando, como ao longo da história, na perseguição e prisão dos revolucionários. Conforme as suas ideologias, proletários sem a liderança burguesa funcionavam como uma cooperativa e uma liderança burguesa sem uma frente de trabalho não poderia existir. Eles acreditavam que a aristocracia não gerava recursos, os recursos que possuíam eram adquiridos mediante impostos e exploração. A mãe, Pélagué, uma mãe humilde e protetora, ao acompanhar toda a luta revolucionária, passa do temor que nutria pela integridade do filho à admiração, se envolvendo diretamente na revolução. 


Os eventos narrados no livro, são inspirados nas manifestações que ocorrem sempre em 1? de maio e também, no levante de 1905 "domingo sangrento", porém, é impossível não traçar um paralelo com a Revolução de 1917, muito presente nos livros de história, principalmente no que se refere a luta de classes, aplicada pelo bolchevismo durante a revolução de 1917. Os bolcheviques eram liderados por. Vladimir Ilyich Ulianov, também conhecido por Lenin. Sua luta era pautada nas teses de abril, onde Lenin defendia paz, terra e pão. A retirada das tropas russas da 1ª guerra mundial, a reforma agrária e alimento a todos.
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Didi 11/04/2024

Caras... tô revoltada com o final, mas é lindo ver ela se tornando uma revolucionária, amo ela. tô mal.

"Sim, mãezinha! ? exclamou ele. ? O mundo é nosso! O mundo é dos operários! Para nós não há nações, nem raças! Há somente companheiros e... inimigos. Todos os operários são nossos amigos; todos os ricos, todos os que têm autoridade, são nossos inimigos. Quando se olha para a terra com bons olhos, quando se vê quanto nós, os operários, somos numerosos, que poder espiritual representamos, sente-se o coração invadido pela alegria e pela felicidade, como na celebração de uma festa solene."
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Leonardo 02/03/2024

Um bom livro, é preciso paciência ao lê-lo
Eu acho que o livro poderia ter mais enredo e menos discursos ideológicos. Há quem diga que a obra tem um tom exageradamente panfletário, nisso sou obrigado a concordar. Achei a introdução do livro uma das melhores que já li na vida.

Agora vou fazer uma análise que abarca a conjuntura histórica: uma pena que o povo russo tenha saído de uma condição de opressão por parte da monarquia para ser oprimido pelo Estado. Na obra, a questão da exploração por parte do patronato poderia ser também melhor desenvolvida.

Enfim, no livro o enfoque do autor foi direcionado para o surgimento de um início de consciência da classe trabalhadora. Nisso ele explorou muito a paixão dos jovens e seus desejos de mudança e rompimento com a ordem estabelecida. Nesse discurso jovem há muito idealismo, por vezes uma certa poesia e lirismo.

É um discurso por vezes ingênuo, principalmente para nós que sabemos bem como se deu o desenvolvimento da história da Rússia posteriormente (principalmente com Stalin). É uma pena, mas as ideologias são todas muito bonitas na teoria, mas na prática é que ocorrem as distorções.

De literatura russa eu já havia lido Gogol, Dostoiévski, Tolstói, Tchekhov, Ivan Turguêniev e Mikhail Bulgákov. De qualquer forma, valeu a leitura, pois eu queria ler esse autor e já havia fracassado uma outra vezes ao tentar fazê-lo.
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Bruna 07/01/2024

Um verdadeiro manifesto
Me senti envolvida inicialmente pelo livro, as tensões, a apresentação de cada personagem, as lutas e os discursos comoventes e reflexivos iniciais foram o que me prenderam, no entanto, no meio do livro achei um pouco maçante, mas continuei mesmo assim e uma grata surpresa com a mãe e a forma como ela trilhou pelo livro até o seu fim, fim triste e doloroso, mas que todos que buscam pela verdade e vivem nesse sistema entendem bem. Livro muito bom, Gorki fica na minha lista de escritos russos favoritos. ?
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Rosane 31/12/2023

A mãe
Li esse livro muitos anos atrás e resolvi reler agora. Os anos passam e nossa visão da vida também. Hoje sou mãe de 3 rapazes e ler o livro agora me trouxe sensações e emoções muito diferentes de antes. Além a ideia revolucionária do livro, tem o relacionamento, por muitas vezes difícil, entre duas gerações muito diferentes (pais e filhos). A mudança do modo de pensar e ver a vida causada pela convivência de uma geração com outra é algo essencial e é mostrada nesta trama com toques especiais.
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Caroline Vital 29/10/2023

Lido em 2018
Que tiro foi esse!? Um romance de revolução escrito por um revolucionário. Talvez o melhor livro lido nesse ano. Sensacional.
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isa.dantas 26/08/2023

Livro de importância histórica, escrito num período pré revolução russa, em que a personagem principal, a Mãe, representa o povo russo. A linguagem dessa tradução é antiga, mas ainda assim a leitura flui muito bem. Apesar de compreender a importância desse livro, achei panfletário até demais, ainda assim, é um clássico da literatura proletária.
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Luiz 04/08/2023

Minha mãe virou comunista e olha no que deu
O livro é muito bem escrito, e é muito necessário a existência da literatura de cunho socialista, longe de termos técnicos e de fácil compreensão.

10/10
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Izabelly52 22/04/2023

Amor de mãe!
? Não se mata uma alma ressuscitada?

Provavelmente um dos melhores livros que já li em minha vida, a atualidade dele é ao mesmo tempo envolvente e avassaladora, escrito a mais de 100 anos atrás ?a mãe? continua sendo um retrato sobre o espírito do homem, suas dores, amarguras e as prisões que ele mesmo criou para si.
Pélagué é uma protagonista feminina forte e com tantas camadas, o seu reencontro com o seu próprio espírito é doloroso e libertador, e a forma como Gorki consegue dialogar todos os seus questionamentos mais subjetivos com as estruturas sociais Russas é simplesmente fantástico!! A cada página podemos ver a transformação dessa mulher, o seu estranhamento com a causa revolucionária do filho e sua busca por compreender as dores dele, a sua libertação da figura opressora do seu marido, o seu encontro com si mesma e com o mundo a sua volta, e por fim o seu encontro com a sua fé, a sua fé na verdade e na construção de um novo mundo.
São tantas pontes entre esse livro e a minha própria existência que é impossível não se deixar conduzir intimamente pela narrativa. As dores da ?mãe? dialogam com as dores de cada sujeito que ainda tem fé em um mundo ideal, um mundo humano, de nós para nós! Indico esse livro para qualquer pessoa que acredita na libertação do espírito humano e na construção de um mundo justo e igualitário.

? A defesa de seu poderio, senhores, exige uma constante tensão de espírito; e, na realidade, os senhores, que se julgam nossos proprietários, são mais escravos do que nós, porque são os seus espíritos que jazem na opressão, ao passo que nós só fisicamente somos oprimidos. Não podem se libertar do jugo dos preconceitos e dos hábitos, e isso os mata moralmente; enquanto a nós, nada nos impede que sejamos intimamente livres!?
madumave 22/04/2023minha estante
Que perfeição de resenha ?


nathalie54 22/04/2023minha estante
MEU DEUS!! Preciso ler esse livro urgentemente.




Cintia295 20/02/2023

Esse livro não acabava nuncaaaaa kkkk
Não gostei da escrita, não gostei de quase nada.
Achei muito arrastado, repetitivo.
Só conclui pois li como livro extra de uma leitura conjunta, por pouco quase abandonei.
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Fernanda 19/01/2023

Belíssimo!
Um dos livros mais lindos, emocionantes e sensíveis que já li. Facilmente de se devorar em um feriado prolongado. O enredo prende a atenção e você quer continuar até entender tudo o que acontece. É incrível!
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Talvanes.Faustino 12/12/2022

O texto é muito forte a prosa de Gorki é um Máximo. O sofrimento humano é retratado de forma crua. Lerei mais uma vez, com certeza.
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Ale 11/12/2022

Uma surpresa quase agradável
Escolhi comprar esse livro completamente a esmo; nunca eu havia sequer ouvido falar em Gorki. Mas o preço atrativo, atrelado a uma estética agradável (sim, escolho livros pela capa), fizeram com que eu comprasse de qualquer maneira. Isso resultou numa surpresa quase agradável...

"Mãe", tido como a primeira obra do realismo soviético, é um romance político ambientado na pré revolução russa. O título é clarividente; o enredo gira integralmente na trajetória de uma mãe (Nilovna) que se envolve nas atividades revolucionárias do filho (Pavel). Apesar do caráter exageradamente panfletário presente na obra - é uma tarefa realmente difícil levar o idealismo soviético de Gorki a sério - a obra me agradou muito com as descrições dos bairros operários e do campesinato repleto de mujiques injustiçados. Esse aspecto descritivo, e apenas ele, foi o que me fez não largar o livro na metade e começar a ler outro. O enredo é muito maçante. A única parte que realmente prendeu minha atenção foi a parte do julgamento de Pavel (filho de Nilovna, a mãe), tratasse de uma parte realmente muito bonita e com belos discursos.

Conhecer um pouco da amarga (gorki) biografia de Máksim Gorki (pseudônimo), que passa por uma tentativa de svicídio e diversas prisões - tendo o auxílio do próprio Tolstoi para sair de uma delas! - foi o que mais compensou na minha leitura. Tamanha foi a superação e notoriedade que Gorki alcançou em vida, que o próprio Stalin batizou uma cidade em sua homenagem (tenho minhas duvidas se isso pode ser considerado algo positivo).

Se o leitor tem interesse em revolução russa, acho que vale muito a pena ler o livro, mas se estiver procurando um romance indispensável, não recomendo. Mesmo assim pretendo ler mais obras do autor.
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