A Mãe

A Mãe Maksim Górki




Resenhas - A Mãe


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Alessandra 28/12/2009

Pelageya é uma mulher simples, ingênua e de origem humilde, através de seu filho revolucionário ela toma conhecimento de questões sociais e políticas do meio em que vivem, aderindo ao movimento, esta mulher sensível e inteligente, até então submissa e ingênua, aos poucos vai despertando (acordando) para a sua dura realidade, numa sociedade machista e autocrata. Traz a tona questionamentos sobre a vida, especialmente a vida das mulheres em geral, bem como de toda a sociedade, dos trabalhadores, se tornando uma revolucionária que junto com seus “camaradas” lutam pelos direitos dos trabalhadores, pelo direito dos cidadãos a uma vida digna.
Escrito em 1905 me faz lembra das histórias sobre o período da ditadura militar no Brasil. Em diversas passagens, penso que é absurdamente atual, apesar das grandes transformações políticas, das diferenças de época e diferenças culturais. Quantas Pelageyas ainda existem na Rússia, na China, no México e no Brasil e em varias partes do mundo, muitas das quais não despertaram ou não podem despertar.
Apesar do tema o livro de forma alguma é entediante pelo contrário, é instigante; a mediada que demonstra a força e obstinação de uma mulher simples, sofrida, de pouca instrução, uma mulher do povo, em frente a injustiças sociais e políticas de sua época, e trazendo uma carga de humanidade, uma garra de superar os próprios limites, de aprender, de ser melhor, fazer melhor enquanto mulher e cidadã. Como muitos dos escritos de M. Gorki é uma lição comovente de humanismo e obstinação.
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Cringe Literário 31/12/2021

Uma mãe revolucionária
Resenha ?????
A Mãe: Máximo Górki
@novafronteira

Romance Russo sobre consciência de classe, relatos de pobreza, propaganda da movimentação da revolução socialista russa.

Com descrições dos abusos sofridos pela classe suburbana dos operários das fábricas que viviam nas cidades e dos trabalhadores do campo.

E o mais importante, narra a trajetória de uma mãe ao se tornar uma revolucionária.

A personagem principal, a mãe: Pélagué, representa o papel de muitas mulheres referenciadas nesse período histórico e nesse contexto político-social, geralmente como esposas, não letradas, com função social limitada, com casamentos por conveniência sofrendo violência doméstica.

Somente após a morte do marido que essa mãe/mulher consegue ter tempo para ocupar seus pensamentos com filho e com seus próprios sentimentos, antes sua preocupação era não apanhar desse marido alcoólatra.

Com o pai falecido, Pavel filho de Pélagué, junto com seus novos amigos se torna um revolucionário engajado na luta dos trabalhadores.

Mas a mensagem mais impactante dessa obra é o crescimento da personalidade da personagem que representa não só uma mulher e não só uma mãe, Pélagué.

Uma mulher velha, submissa, refém de seus medos, que se torna uma
Ativista na causa do povo, liderada por seu filho que está agora preso.

Ela ocupa pouco a pouco o lugar do filho, ela leva a mensagem da "verdade" em seu coração para os oprimidos.

Eles lutam por uma vida digna e o sistema não quer proporcionar isso.

Apesar de ser uma ficção, um romance russo, essa narrativa tem um fato histórico como pano de fundo:

*1902: uma manifestação de estudantes russos que pedem melhores condições de vida, melhores condições de trabalho e junto a eles havia uma senhora, uma mãe. Foi um marco histórico importante contra o Czar e para a história da Rússia.

Eles buscam uma utopia...e deveríamos buscar essa utopia também???

* UTOPIA: substantivo feminino
1. lugar ou estado ideal, de completa felicidade e harmonia entre os indivíduos.
2. qualquer descrição imaginativa de uma sociedade ideal, fundamentada em leis justas e em instituições político-econômicas verdadeiramente comprometidas com o bem-estar da coletividade.
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Peleteiro 01/07/2022

Poderia ser mais curto, mas não deixa de ser brilhante
Um pouco prolixo, mas encantador. Uma narrativa brilhante! Cada palavra bem medida e posta no lugar certo. Um final brilhantemente arquitetado. Um livro de encher o coração.
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Lima Neto 15/03/2009

um livro simplesmente perfeito
uma história perfeita, fascinante e impactante, que mostra, na dura vida da personagem, o real significado mais do que é ser humano, mulher, mas ser mãe.
infelizmente, pouco conhecido pela grande massa de leitores, Gorki é um dos maiores gênios da literatura russa e mundial, não só de sua época, mas sim de história da literatura, e esse livro, "A Mãe", é uma das suas mais importantes obras.
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Lian 02/11/2009

Comovente... realista
Maximo Gorki (pseudônimo de Alekseï Maksimovitch Pechkov)
A mãe,1907

Um belo romance, comovente! Seguindo um estilo realista Gorki apresenta a história de uma família Russa (da cidade de Sormovo), composta por Pavel (Piotr Zalomov) operário, e de sua mãe Nilovna (Anna Zaomova).
Nesse romance, observamos o processo de transformação de Pavel em um líder revolucionário, sob a ótica de sua mãe. Mulher simples, sem instrução, sofrida, à medida que (ela) se envolve com as lutas do filho, “ganha” consciência de classe e acaba se engajando também na luta socialista.
Um ótimo livro!
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Pseudokane3 06/09/2010

Quando a realidade é mais urgente...
Um dia, eu estava a ler este livro numa praia, enquanto aguardava a chegada de alguns amigos e fui parado por um senhor, que ficara admirado por encontrar alguém lendo ali. Perguntou de que livro se tratava e, quando eu mostrei, calhou de ele ser justamente um professor de literatura russa do Rio de Janeiro, em férias na cidade de Aracaju, onde eu moro. Conversamos. Foi bonito!

É mais ou menos assim que se desenvolvem as relações humanas neste livro fabuloso: como se o acaso mandasse, mas, na verdade, levando-se em consideração os clamores hodiernos e cotidianos da interação social. Maravilha de livro. Passei a valorizar e respeitar ainda mais as diferenças culturais entre eu e minha mãe 39 anos mais velha depois de lê-lo...

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Izabelly52 22/04/2023

Amor de mãe!
? Não se mata uma alma ressuscitada?

Provavelmente um dos melhores livros que já li em minha vida, a atualidade dele é ao mesmo tempo envolvente e avassaladora, escrito a mais de 100 anos atrás ?a mãe? continua sendo um retrato sobre o espírito do homem, suas dores, amarguras e as prisões que ele mesmo criou para si.
Pélagué é uma protagonista feminina forte e com tantas camadas, o seu reencontro com o seu próprio espírito é doloroso e libertador, e a forma como Gorki consegue dialogar todos os seus questionamentos mais subjetivos com as estruturas sociais Russas é simplesmente fantástico!! A cada página podemos ver a transformação dessa mulher, o seu estranhamento com a causa revolucionária do filho e sua busca por compreender as dores dele, a sua libertação da figura opressora do seu marido, o seu encontro com si mesma e com o mundo a sua volta, e por fim o seu encontro com a sua fé, a sua fé na verdade e na construção de um novo mundo.
São tantas pontes entre esse livro e a minha própria existência que é impossível não se deixar conduzir intimamente pela narrativa. As dores da ?mãe? dialogam com as dores de cada sujeito que ainda tem fé em um mundo ideal, um mundo humano, de nós para nós! Indico esse livro para qualquer pessoa que acredita na libertação do espírito humano e na construção de um mundo justo e igualitário.

? A defesa de seu poderio, senhores, exige uma constante tensão de espírito; e, na realidade, os senhores, que se julgam nossos proprietários, são mais escravos do que nós, porque são os seus espíritos que jazem na opressão, ao passo que nós só fisicamente somos oprimidos. Não podem se libertar do jugo dos preconceitos e dos hábitos, e isso os mata moralmente; enquanto a nós, nada nos impede que sejamos intimamente livres!?
madumave 22/04/2023minha estante
Que perfeição de resenha ?


nathalie54 22/04/2023minha estante
MEU DEUS!! Preciso ler esse livro urgentemente.




Cintia295 20/02/2023

Esse livro não acabava nuncaaaaa kkkk
Não gostei da escrita, não gostei de quase nada.
Achei muito arrastado, repetitivo.
Só conclui pois li como livro extra de uma leitura conjunta, por pouco quase abandonei.
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triz.machado 28/10/2022

Panfletário? Sim, mas há contexto e ele deve ser levado em consideração
Para entender o livro, o porquê dele ser um pouco panfletário, é preciso entender quem é Máximo Górki.

O autor teve uma vida muito difícil. Foi sapateiro, desenhista, lavador de pratos, vigia em um teatro porque não conseguiu entrar na universidade, depois pescador, vendedor de frutas e etc. Sua vida melhorava nunca, ao ponto de já ter tentado suic1dio.

Em virtude da tentativa, ele engajou-se na política porque era quase um operário (quase porque ele era descendente de camponeses, logo não era um operário de nascença), membro de uma classe altamente explorada pelo regime tsarista. Górki passou a ler Marx. Não obstante, ele passou a seguir os passos do revolucionário Lênin, que sequer ainda tinha tentando uma revolução no momento. Nesse tempinho, ele foi preso, mas o auge da situação foi em 1905, período pré-revolucionário, onde houve a tentativa de derrubar o último tsar, o Nicolau II.

O livro se passa justamente nesse período. O romance inspira-se em um acontecimento real onde em 1ª de maio de 1902, na cidade de Sormovo, as tropas de Nicolau II atacaram massas operárias e reprimiram fortemente as manifestações na cidade mencionada. Diante dessa repressão política e exploração econômica sofrida pela classe operária pelo regime imperial tsarista, Górki escreveu "A mãe".

Pélagué Nilovna é a mãe, e Pável, seu filho. Ambos membros da classe operária que mais tarde derrubaria Nicolau II com a Revolução Russa de 1917, causando ascensão de Lênin. Pável, que aqui é quase um Lênin, vai ser muitas vezes preso com a sua tentativa de tumultuar a classe trabalhadora com a finalidade de derrubar o tsar, mencionando os trabalhados forçados e as parcas horas de descanso. A sra. Pélague, na sua fragilidade, assume muitas vezes o papel do próprio filho, ao ponto de irradiar seus sentimentos também aos operários enquanto seu filho fica em cárcere. Desse modo, Pélagué leva panfletos às indústrias, responde mal as tropas do tsar, ajuda amigos do Pável que também são revolucionários e etc.

Aqui, "A Mãe" mostra a revolta do próprio autor, que era comunista, na imagem de Pélagué e Pável e seus compatriotas. Portanto, o fato de ser "panfletário" condiz com a situação histórica. Quanto a nota que eu dei (3/5), muitas vezes o livro se torna cansativo, talvez até prolixo, o que me incomodou um pouco. De toda forma, é um livro bastante rico, principalmente quanto ao contexto histórico.


site: https://www.instagram.com/readstriz/
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Carol 19/03/2020

O livro nos apresenta a dura realidade dos trabalhadores e a luta dos revolucionária dos cidadãos em busca de seus direitos e de uma vida digna.
É muito interessante também acompanhar as mudanças da mãe, mulher tão simples, que através de seu filho, começa a conhecer e se interessar pelas questões sociais e políticas em que vivem.
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Luiz 04/08/2023

Minha mãe virou comunista e olha no que deu
O livro é muito bem escrito, e é muito necessário a existência da literatura de cunho socialista, longe de termos técnicos e de fácil compreensão.

10/10
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Nica 14/05/2011

Possuo este livro, A Mãe, de Máximo Gorki, há algum tempo e sempre ficava adiando a hora de lê-lo, exatamente para que o momento de nosso encontro fosse para quando eu estivesse preparada, sem muitas obrigações de leitura ou de trabalho. Sempre faço isso com alguns livros, espero o momento certo para aproveitá-lo melhor. Assim, deixei nosso encontro para este mês de maio por ser o mês das mães, da mulher e principalmente do trabalhador, e foi confortante saber que fiz a escolha certa.
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Fiz a resenha completa deste livro no blog http://lereomelhorlazer.blogspot.com/2011/05/mae.html#more
Agnes 17/02/2017minha estante
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Cristiano.Vituri 08/08/2015

Russia 1907 X Paraná 2015


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