Fobia

Fobia Graham Masterton (pseudônimo: Thomas Luke)




Resenhas - Fobia


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@fabio_entre.livros 12/05/2019

Um precursor de "Jogos Mortais"?

“Viver ou morrer: faça sua escolha”: essa sentença é a marca registrada de Jigsaw – serial killer que protagoniza os filmes da franquia “Jogos mortais” – e também pode ser aplicada às vítimas de “Fobia”, que precisam enfrentar seus medos mais profundos ou morrer através deles. Na trama, o psiquiatra Peter Ross, que carrega um trauma de infância, desenvolve uma forma de terapia “inovadora” para lidar com seus pacientes que sofrem de fobias. O procedimento, chamado terapia de implosão, consiste em isolar os pacientes durante as sessões e expô-los a simulações visuais de suas fobias projetadas como filmes, de modo a forçá-los a superá-las. Essa terapia não é vista com bons olhos pelos colegas de trabalho de Peter (que duvidam da sua eficácia) e nem pelas autoridades policiais – visto que as “cobaias” do tratamento são prisioneiros homicidas que se voluntariaram para barganhar sua liberdade condicional. Ainda assim, aos trancos e barrancos, o psiquiatra leva seu projeto adiante, até que as coisas desandam e os pacientes dele começam a morrer de formas brutais e aparentemente inexplicáveis.
Pelo título, sinopse e até pela capa bizarra, esse livro pode enganar quem espera uma história de terror no molde de Stephen King. Na verdade trata-se de um thriller focado principalmente na investigação das mortes daqueles pacientes e na busca pelo responsável. Isso não é tarefa simples, visto que à exceção de um assassinato causado por uma bomba e outro por asfixia e afogamento, as mortes parecem tão acidentais quanto as da franquia “Premonição” – inclusive no quesito violência extrema. O principal responsável pelas investigações é o rigoroso Capitão Barnes (personagem mais escroto nunca se viu), o qual insiste que o assassino deve ser um dos outros pacientes do Dr. Ross ou algum familiar de uma das vítimas daqueles pacientes. O próprio médico está acima de qualquer suspeita, já que sempre que uma morte acontece ele está convenientemente ausente do local do crime, tendo álibis irrefutáveis. A propósito, vale ressaltar aqui uma curiosidade: a adaptação cinematográfica deste livro recebeu o título nacional “Os cinco álibis” (referência ao número de mortes).
“Fobia” é um bom livro, mas acredito que o potencial sobre a temática que lhe dá título poderia ser mais bem explorada se se concentrasse no efeito psicológico que as fobias exercem sobre os personagens. Naturalmente, isso acontece no livro, mas de forma superficial, limitando-se a associá-las às mortes dos personagens, sendo que em alguns casos a conexão é um tanto forçada. Talvez um autor mais hábil pudesse tratar o tema com mais profundidade; ou talvez a intenção tenha sido mesmo usar as fobias simplesmente como ponto de partida para uma trama simples, mas instigante.
Finalizo chamando a atenção para o autor, do qual nunca ouvi falar. A única informação disponível na orelha do livro é que Thomas Luke é pseudônimo de um dos autores americanos mais populares. Desconfio disso. Vamos pensar racionalmente: se o autor é mesmo tão popular, por que usaria pseudônimo, correndo o risco de não receber o reconhecimento devido ao seu nome? Por outro lado, na folha de rosto o livro apresenta os nomes de cinco indivíduos (além do tradutor): os dois criadores da história e os três roteiristas do filme. E nenhum deles se chama Thomas Luke!
Flávia 12/05/2019minha estante
vai saber né lipe, ops, fabio!


@fabio_entre.livros 12/05/2019minha estante
Com essa história de pseudônimos, estou quase adotando esse Felipe: facilitaria, né? Haha!




Xandy Xandy 08/12/2016

Você toparia enfrentar seu medo mais terrível com...ele mesmo?
Dr. Peter Ross resolve aplicar uma terapia de choque em 5 pacientes homicidas e o resultado será algo inesperado!!!
Quer ler a resenha inteira? Visite o meu blog então:
https://lendomuito.wordpress.com/2016/12/08/fobia-thomas-luke/

site: https://lendomuito.wordpress.com/2016/12/08/fobia-thomas-luke/
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Flavio Assunção 21/08/2010

Lançado na década de 80, "Fobia" é um daqueles livros que possuem uma premissa bem interessante, uma trama original e fatores essenciais para a criação de uma narrativa intensa e perturbadora. Nos dias de hoje poderia até ser lembrado como um clássico. Mas o autor Thomas Luke perdeu uma chance de ouro.

O livro fala sobre o Dr. Peter Ross, que quando criança viu sua irmã caçula morrer afogada. Sentindo-se culpado por ter ficado paralisado e incapaz de pedir ajuda quando ela caiu na piscina, adquiriu uma fobia de água, agravada ainda mais quando seu pai, querendo ensiná-lo a nadar, anos mais tarde, o jogou no lugar mais fundo da piscina. Quando cresceu e se tornou um conceituado psicoterapeuta, apostou todas suas fichas em um projeto experimental intitulado "Teoria da Implosão". O ponto chave do programa era fazer com que pessoas detentoras de determinada fobia passassem pelas situações referentes a ela para que assim conseguissem a libertação plena do seu problema interior.

A questão central da trama é que as "cobaias" de Dr. Ross são criminosos que, curiosamente, cometeram assassinados justamente por serem colocados em situações relacionadas a sua fobia. São eles: Barbara, que sofria de agorafobia; Laura, que fora violentada na adolescência e que adquiriu medo de homens; Henry, que preferiu matar um policial do que pular de uma altura de três metros para escapar de um assalto; Bubba, que espancou uma velhinha até a morte por pensar que as jóias que ela deixara cair eram na verdade cobras; e Johnny, que era trancado por sua mãe dentro de um armário enquanto ela se prostituía.

Lutando contra a opinião pública, contrários ao projeto, e a polícia, que quer apenas um único motivo para suspender o programa, Dr. Ross luta diariamente para ter resultados importantes com seus pacientes. Mas tudo acaba rolando ladeira abaixo quando eles começam a morrer um a um.

Como já citei, trata-se de uma obra um tanto instigante, que tinha tudo para envolver até a chegada a um final surpreedente. Talvez essa fosse a idéia de Thomas Luke, mas um pouco mal executada. A começar pelas inúmeras dicas que o autor deixa durante a narrativa sobre o assassino. A intenção, julgo eu, era para que fosse algo bem sucinto. Porém, o leitor mais atento já começará a desconfiar na metade da trama. Isso faz com que já não se sinta tão envolvido, e a tentar ligar as fichas por si só e continuar a leitura para confirmar se era aquilo mesmo que imagina.

De qualquer forma, "Fobia" é um bom livro de um modo geral. É curto e tem capítulos rápidos, o que não cansa o leitor. Claro, é fato que poderia ser uma obra mais intensa, com doses de tensão, mas o autor preferiu não aproveitar esse lado do suspense.

O maior problema do livro é mesmo a rapidez. Tudo é muito veloz. Não há um texto mais trabalhado ou algo que crie expectativas. As coisas simplesmente acontecem. Isso fica claro na revelação final, por exemplo, que é frustrante em todos os sentidos. Não só por ser previsível nessa altura, mas pela superficialidade com o qual as coisas se desenvolvem a partir dalí.

E é isso. "Fobia" seria um ótimo livro de suspense se o autor não houvesse se perdido na história e deixado de lado as técnicas de criar expectativa e tensão. Fora isso, é um livro interessante, que pode agradar algumas pessoas, embora os leitores mais exigentes possam acabar ignorando ainda na metade.
Mari Zombie 21/08/2010minha estante
Otima resenha! Fiquei interessada demais nesse livro! \o/




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