Os bruzundangas

Os bruzundangas Lima Barreto




Resenhas - Os Bruzundangas


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Alice Campos 18/12/2021

A escrita é bem fluida, o Lima explica cada coisa da Bruzungudanga muito bem, além de fazer excelentes críticas de maneira muito inteligente. Ademais, é triste como mesmo depois de muitos anos o Brasil continua semelhante em muitos aspectos, seja na desvalorização da cultura nacional, seja nas questões econômicas e políticas.
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Taci.Souza 13/12/2021

Qualquer semelhança da Bruzundanga com nosso Brasil, não é mera coincidência. Lima Barreto foi cirúrgico ao usar uma nação fictícia para expor as mazelas da própria pátria. O alvo do escritor era a velha república, mas ele descortina uma gama de aspectos controversos da sociedade de sua época. O que mais surpreende é o fato de que o retrato pintado da sociedade da época, em pouco difere do nosso contemporâneo.
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Paulo Augusto 13/12/2021

Um bom livro
Não é uma leitura fácil, mas mostra que o país sempre foi bagunçado. Nunca houve governo técnico, somente indicações políticas a fazer asneiras.
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Fernanda Sleiman 30/07/2021

Lima Barreto
mesmo depois de tanto tempo, o Brasil muito se parece com esse país fictício que Lima Barreto nos apresentou.
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Krishnamurti 07/05/2021

A BRUZUNDANDA QUE SE ETERNIZA
ESCREVI ESTE TEXTO HOJE. 07/05/ 2021
Um sujeito atira a esposa do quarto andar de um prédio e leva 3 anos para ir a julgamento, em Salvador dois sujeitos (quase pretos), roubam carne em um supermercado, são flagrados e entregues no mesmo dia a traficantes que matam os dois e atiram os corpos no meio da rua, caixas eletrônicos são explodidos país afora, a criminalidade não conhece limites, segue incólume estabelecendo verdadeiros Estados paralelos.

As grandes cidades do país não passam de tristes cenários invertidos de nosso passado. Casa Grandes cercadas por favelas de todos os lados, que terminam reproduzindo infindáveis chacinas como a de ontem no Jacarezinho (Rio de Janeiro), que deixou um saldo de 25 pessoas mortas. O país vive hoje uma miséria generalizada a níveis nunca vistos com desemprego ou subemprego à larga, a espera que o cidadão seja “empreendedor”.

Enquanto isto, um ex-presidente da República que foi acusado de todo tipo de roubalheira, é preso, julgado, condenado e cumpre pena, para mais adiante, a mesma justiça (que tem vários desembargadores presos por corrupção), anular o julgamento (?). Em Brasília os excelentíssimos senhores senadores da república discutem acaloradamente sobre o sexo dos anjos no caso da CPI da Covid, pandemia que já matou 400.000 brasileiros. Tudo isto nos leva a enlaces entre ficção e a realidade.

Para quem não sabe, Os Bruzundangas são os habitantes de um país imaginário criado pelo escritor Lima Barreto em obra publicada em 1922. Naquela sociedade, “Tendo crescido imensamente o número de doutores, eles, seus pais, sogros etc. trataram de reservar o maior número de lugares do Estado para si.” “A primeira cousa que um político de lá pensa, quando se guinda às altas posições, é supor que é de carne e sangue diferente do resto da população. O valo de separação entre ele e a população que tem de dirigir faz-se cada vez mais profundo.” “Tratam, no poder, não de atender as necessidades da população, não de lhes resolver os problemas vitais, mas de enriquecer e firmar a situação dos seus descendentes e colaterais.”

Ninguém tem muito amor pela própria terra. “O ideal de todo e qualquer natural da Bruzundanga é viver fora do país.” O líder nacional, conhecido como “mandachuva”, “É escolhido entre os advogados, mas não julguem que ele venha dos mais notáveis, dos mais ilustrados, não: ele surge e é indicado dentre os mais néscios e os mais medíocres. Quase sempre, é um leguleio da roça”. Escreve ainda Lima Barreto: “Os preponderantes e influentes têm todo o interesse em não fazer subir os inteligentes, os ilustrados, os que entendem de qualquer cousa; e tratam logo de colocar em destaque um medíocre razoável que tenha mais ambição de subsídios do que mesmo a vaidade do poder.”, e aquela república imaginária: “Pode ser definida a feição geral da sociedade da Bruzundanga com uma palavra – medíocre.”

Eis a nossa belíssima democracia, a nossa política safada, a nossa eficientíssima justiça, o nosso degredo moral que nos coloca na rabeira das nações do planeta! O pior é que ao longo do tempo, estamos nos tonando uns medíocres violentos... violentíssimos.
Madu 07/05/2021minha estante
Não conhecia esse livro e depois dessa resenha quero ler agora mesmo


Krishnamurti 07/05/2021minha estante
Leia. Você vai gostar. Abração.


Murilo.Garcia 04/03/2023minha estante
O livro é mais atual do se imagina.

E percebe-se que nao avançamos muito na política (se é que avançamos).





Thalita 02/05/2021

Os Bruzundangas é um texto imperdível de crítica social.
Apesar de ser uma obra curta, apenas 150 páginas, foi difícil terminar, pois é um conteúdo denso, que não flui bem para entretenimento, mas para reflexão e crítica. É uma leitura muito necessária, o autor faz uma sátira feroz a sociedade brasileira. Publicação de 1923 e, infelizmente, achei que continua atualizadissima para o cenário presente do país.
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Gabriel 10/04/2021

Trata-se de uma sátira divertidíssima a respeito do Brasil nos tempos de Lima Barreto. Talvez seja possível estender a maior parte das críticas também aos nossos tempos. Isto é um fato desabonador para o país, porque "Os Bruzundangas" foi publicado em 1922, significando que no ano que vem completaremos 100 anos desde que o Lima constatou todo o opróbrio da sociedade brasileira -- e aparentemente pouca coisa mudou.

Foi especialmente importante lê-lo neste momento porque, em paralelo, estou a ler "Sobrados e mucambos", do Gilberto Freyre, publicado como continuação de "Casa-grande e senzala" (1933), onde primeiro se abordou com tanto afinco a ideia de um orgulho mestiço, se podemos dizer assim.

Em "Os Bruzundangas", há um momento em que o Lima realça justamente o caráter discriminatório da época que era movido aos mulatos e aos mestiços, conforme trecho que se aponta:

"Uma das suas quizílias era com os feios e, sobretudo, com os bruzundanguenses de origem javanesa -- coisa que equivale aqui aos nossos mulatos.
Constituíam o seu pesadelo, o seu desgosto e não julgava os indivíduos dessas duas espécies apresentáveis aos estrangeiros, constituindo eles a vergonha da Bruzundanga, no seu secreto entender".

Assim, a leitura desta fina sátira que exalta o que há de melhor no Lima Barreto -- o estilo simultaneamente leve e sofisticado de sua pena -- serve também para ajudar a entender as transformações ocorridas no Brasil do século passado.
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Jhoelious 15/03/2021

Tragicomico
"Os bruzundangas" de Lima Barreto é um clássico atemporal. Narrado através de notas sobre o país Bruzundanga, Lima Barreto tece críticas em relação a forma como se organiza o Brasil. Apesar de ter sido escrito nos anos 20. Há diversos acontecimentos e críticas que valeram para todo o século XX e valem até hoje.
Um importante trecho, relevante até hoje, dessa obra é: "Quando às eleições, os bruzundangalenses tem como objetivo eleger os candidatos menos aptos para o cargo."

Além disso, há críticas aos parnasianos, medidas econômicas, transferência da capital gerando gastos desnecessários e muito mais...
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Daniel.Malaquias 23/12/2020

O retrato irônico do Brasil
Não havia lido nada de Lima Barreto, falha minha, confesso. Porém ao ler seu: "Os Bruzundangas", confesso que me identifiquei de imediato com o autor e sua escrita. Esse livro de crônicas, narra através de sua bem humorada narrativa, o retrato fiel e sarcástico do Brasil, através da República dos Estados Unidos da Bruzundanga. Leitura prazerosa, de fácil e simples assimilação e muito bem humorada. Lima Barreto é um autor impar e sua obra é sem dúvidas uma crítica ao nosso país.
Recomendo, uma obra atemporal e pujante.
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Paula 13/10/2020

Atual...
O livro é assustador de tão atual, possui diversas criticas a sociedade de Bruzundanga que podem ser incorporadas ao Brasil.
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Leticia 19/09/2020

Os Bruzundangas, um relato tragicômico do Brasil. Lima Barreto apresenta através de Bruzundanga, um país fictício, críticas ácidas ao Brasil nos seus primeiros anos de República, e suas críticas permanecem extremamente atuais. Em cada capítulo o autor descreve alguma característica de Bruzundanga, tais como a sociedade, a religião, o sistema eleitoral, a constituição, etc.

" A constituição da Bruzundanga era sábia no que tocava às condições para a elegibilidade do Mandachuva, isto é o Presidente. Estabelecia que devia unicamente saber ler e escrever; que nunca tivesse mostrado ou procurado mostrar que tinha alguma inteligência; que não tivesse vontade própria; que fosse, enfim, uma mediocridade total."

A leitura é fluída e fácil, em algumas partes me peguei rindo, e são inevitáveis os paralelos com o governo atual, uma verdadeira Bruzundanga. Ao todo achei uma leitura bastante interessante, excetuando algumas "barrigas" que o livro apresenta, alguns capítulos são bem maçantes.
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naoomi 27/08/2020

por que o lima barreto é assim
a leitura não é nem difícil, só tenho que fazer um esforço tremendo pra me interessar. pena
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Nemec 29/07/2020

Uma irônica releitura do Brasil
A ideia da obra é fazer críticas ao Brasil recém republicano, através do fictício pais de Bruzundanga.
Em muitos aspectos ainda temos esse país "exótico" como um reflexo do que ainda somos.

Apesar de reconhecer a qualidade da obra, não curti muito a leitura. Diria que comecei com empolgação nas primeiras páginas e estava ansioso para que acabasse logo, arrastando-me pelas páginas.
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Davi 18/07/2020

Retrato tragicômico do que não podemos ser
Lima Barreto, aqui, registra suas visitas e obervações acerca da caricata Bruzundanga, lugar fictício e extremamente provinciano. As críticas e olhar ácido e sarcástico retratam uma terra onde impera burocracia mal utilizada, políticos ocupados com bobagens, povo inculto e despreparado, elite fútil, vazia, vaidosa. E permeando todas essas anomalias expoentes, inteligentes e artistas de valor, calados, postos à margem.

Claro, é um retrato cômico e trágico que pode ser considerado um futuro possível (mas não provável) se continuarmos com a síndrome do vira-lata, com a super-simplificação de que o problema do Brasil é nossa "gentilidade" ou "jeitinho brasileiro", como bem apontou Jessé Souza. Não podemos esquecer as palavras de Machado de Assis quando separa o Brasil real do Brasil oficial. É uma extrapolação, claro, mas, antes, um alerta do que devemos evitar. E isso, Lima Barreto também o faz. Com seu conhecimento enciclopédico (que ora cita filósofos gregos, ora cita Newton) e criativo nos propõe uma sociedade e modelo de Estado que devemos evitar. É um grito de alerta, com linguagem pré-moderna, do que devemos evitar, do que não somos e do que não seremos. Mas é preciso estar atento para não cairmos em tais armadilhas.

Livro extremamente relevante, clássico da literatura brasileira. Não se engane em achar que está lendo sobre o Brasil: estás lendo sobre Bruzundanga, sobre o recado de alerta. O Brasil real tem Jorge amado, Castro Alves, Lima Barreto, Belchior, César Lattes, Quintana, Leminski, Aleijadinho, Portinari, Suassuna, Veríssimo, Machado de Assis, Adélia Prado, Graciliano Ramos, Drummond, Cruz e Souza, Bertha Lutz, Carlos Chagas, Darcy Ribeiro, Paulo Freire, Milton Santos, Florestan Fernandes, Cora Coralina, Vital Brazil, Matias Aires, Tarsila do Amaral, Milton Nascimento, Villa-Lobos, Noel Rosa, Cartola, Pixinguinha, Aracy de Almeida, Chiquinha Gonzaga, Beth Carvalho, Maria Mouzinho, Vinícius de Moraes e mais algumas centenas.
Daniel.Malaquias 23/12/2020minha estante
Excelente crítica, porém não pude evitar de relacionar a República da Bruzundanga com o Brasil.




Sâmya Mesquita 16/07/2020

Os Bruzundangas: o Brasil não mudou
Os Bruzundangas, de Lima Barreto, é um livro escrito no começo do século XX e nos apresenta a República dos Estados Unidos da Bruzundanga, uma país tropical "ao sul" que muito se parece com o Brasil.
Originalmente publicado como folhetim, Os Bruzundangas retrata, com ironia e humor ácido, todos os paradoxos e hipocrisias político-sociais que nos são tão comuns. A nobreza que vive da exploração do pobre, o nepotismo dos altos cargos, a corrupção em favorecimento próprio, a desigualdade social... Bem, todo o sistema falho da República Velha!
Mas se olharmos de perto, é evidente que o Brasil não mudou, apesar de ter passado mais de um século. O nosso povo ainda sofre, enquanto a nobreza nos chicoteia.
Vale lembrar também que Lima Barreto era preto, pobre e periférico. Mesmo sendo funcionário público, foi internado duas vezes em sanatórios por problemas com o álcool. E a julgar pelo momento que a cidade do Rio de Janeiro vivia, de desocupação dos cortiços, era um autor plenamente consciente de sua cor e de sua classe.
Bruzundanga é o Brasil de ontem e de hoje. E enquanto nada for feito, seremos sempre a Bruzundanga. Leia Lima Barreto pra entender o Brasil!

site: https://www.instagram.com/p/CCbzvlrF94O/
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