Suicídios exemplares

Suicídios exemplares Enrique Vila-Matas




Resenhas - Suicídios Exemplares


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Fer . 14/02/2022

Pequenas doses
Várias pequenas histórias sobre a possibilidade de findar a própria vida. Um tema difícil, mas que em pequenas doses se tornou uma leitura não só possível, mas prazerosa.
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@wesleisalgado 29/03/2021

Homem morre quando se preparava para o suícidio.
O suicídio aqui, nunca alcançado e idealizado pelos personagens dos contos, não é um sinal de fraqueza ou derrota, ao contrário, é o que dá vida e impulso as pessoas para continuarem. Indo de situações estapafúrdias e totalmente fantasiosas como o colecionador de tempestades até a melancolia de uma dona de casa, que trabalha de vigia em um museu, e leva com conformismo bucólico a infelicidade em seus ombros. E sendo em uma situação ou em outra, a escrita de Enrique Vila-Matas trânsita de modo muito tocante, seja ela dramática ou tragicômica, além do deslumbre do cenário espanhol que acompanha todos os contos. O seguimento “A hora dos cansados” é fantástico. Recomendo!
OBS: Resenha nº 32 do desafio Skoob 2021.
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Sara @desanuvie 15/02/2021

Acho que nunca li um livro que tratasse desse tema de uma forma tão leve. Apesar de todo o peso dessa contradição, saí dele vendo a vida e a morte de uma forma muito mais tranquila (Porque hoje se está e amanhã não sabemos).
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Luiz.Antonio 10/04/2020

Bom livro
Várias histórias, vários dramas tendo como pano de fundo a ideia do suicídio.

Em algumas dessas histórias dele há quem realmente se suicide, mas não é o personagem principal.
Gostei, particularmente, de quatro delas: Morte por Saudade, Rosa Schwarzenegger volta à vida, A arte de desaparecer e As noites da íris negra.

O livro, ao contrário do que parece sugerir o título, não é negativista. Pelo contrário, é escrito com bastante humor (fiquei vários momentos rindo muito).

Boa leitura!
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Oswaldo 06/04/2019

Tema suicídio.
O autor é espanhol. São contos, todos vinculados ao tema suicídio. O livro faz parte da coleção Folha, Literatura Ibero-americana (número 6). Gostei muito do livro. Foi meu primeiro contato com o autor. Embora alguns dos contos tenham me deixado deprimido, são eles, mesmo "fantásticos", vinculados à saga humana, às relações dos homens, com outros homens e com o mundo.
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jota 03/12/2018

Resumindo Vila-Matas: Suicídios Exemplares
Epígono: discípulo de um grande mestre, conforme o dicionário. Com sua escrita lúdica, inventiva e por vezes enciclopédica, é isso que o espanhol Vilas-Matas é. Ou se esforça para ser: um epígono do argentino Jorge Luis Borges. Já teve seu nome lembrado para o Nobel de literatura, prêmio para o qual JLB também foi lembrado, mas nunca ganhou. EVM já homenageou igualmente outros autores conhecidos, como Melville, Kafka, Walser, Salinger, Pynchon etc., tanto que uma das características de seu trabalho é a utilização de escritos alheios.

O Nobel de literatura vem perdendo um pouco sua importância nos últimos anos e a culpa não é de Bob Dylan, claro. Em 2018, por conta de um escândalo interno não foi atribuído a escritor algum; resta aguardar o que os acadêmicos suecos vão aprontar em 2019. É bom lembrar que Philip Roth também nunca levou o seu para casa (ou para o banco, pensando melhor: a grana ofertada ao laureado não é pouca). E olha que para certas pessoas as obras de PR são muito melhores do que as de JLB e EVM...

Suicídios Exemplares contempla doze textos no total: dez histórias sobre tentativas fracassadas de se acabar com a vida, mais uma espécie de prólogo, intitulado Viajar, Perder Países, e no final o trecho de uma carta de despedida (talvez a derradeira ou uma das derradeiras, não sei bem) do escritor e poeta português Mário de Sá-Carneiro para o amigo Fernando Pessoa, datada de 31 de março de 1916. Ano em que se matou em Paris com apenas vinte e seis.

Algumas das histórias inventadas por Vila-Matas tem trechos interessantes. Uma delas, O Colecionador de Tempestades, trata de um conde italiano, personagem conhecido como Mestre, uma espécie de inventor ou cientista. O nobre preparava sua morte através de uma parafernália que incluía tempestades e raios (e assim se juntar a sua amada morta), mas morre do coração antes de poder se matar usando seu invento. Outra narrativa, Os Amores Que Duram Por Toda Uma Vida, começa muito bem:

"Ser professora de escola não é um trabalho apaixonante – eu diria inclusive que ser bedel é mais –, mas tem a vantagem de que se fica em permanente e alucinante contato com a mediocridade humana (assim nunca se esquece onde realmente se está, e em que mundo se vive) e, além disso, pode-se desfrutar de muitos meses de férias."

Infelizmente a história da professora Ana María não prossegue tão interessante assim. O mesmo ocorre com os demais textos: em muitos trechos a leitura chega a causar algo próximo do tédio. Mas não é por conta dele, tédio (que o italiano Alberto Moravia explorou muito bem em suas histórias), que os potenciais suicidas de EVM tentam a morte. E sim por desespero, loucura, doença, inutilidade da vida cotidiana etc. Mesmo com essa variedade de motivos, nenhuma das narrativas me interessou inteiramente.

Essa foi minha terceira tentativa de continuar lendo EVM sem reservas (as outras duas foram com Bartleby e Companhia e Doutor Pasavento), mas minha relação com sua literatura continua pouco sólida, e menos cristalizada ainda com a de JLB. Acredito que quando EVM tratasse de temas mórbidos, ainda que aqui ele tenha procurado tratar o suicídio com humor, ficaria mais palatável se elegesse como modelo, por exemplo, o genial austríaco Thomas Bernhard. Que não ganhou o Nobel nem se matou: morreu de ataque cardíaco aos 58 anos.

Lido entre 25/11 e 02/12/2018.
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wesley.moreiradeandrade 11/01/2017

O suicídio é um tema espinhoso, porém muito caro à literatura. Muitos escritores exploraram este assunto polêmico em maior ou menor grau de apuro. O principal risco de se abordar sobre o suicídio é cair no sentimentalismo e na autopiedade, afinal são diversas as razões, radicais e passionais, que levam a pessoa a cometer ato tão extremo: o de decidir quando morrer, o de por fim a sua própria vida. Enrique Vila-Matas, um dos grandes escritores espanhóis da atualidade, com este “Suicídios Exemplares” desenvolveu de forma brilhante contos que versam sobre o suicídio com uma precisão e um olhar distanciado de quem se solidariza, demonstra empatia, porém não toma o partido de suas personagens. Pessoas comuns são as protagonistas das envolventes narrativas: uma dupla de amigos, em que um deles tem um histórico de homens na família que praticam o suicídio e esta tensão percorre nas preocupações de ambos até à vida adulta; um ator fracassado em busca de uma dupla para reerguer a carreira; uma dona de casa influenciada por um quadro de Klee que tem diversas oportunidades de se matar no dia de seu aniversário; um homem que em toda sua vida tentou não chamar a atenção das pessoas e cuja participação como escritor numa publicação local traz o foco para outros escritos que ele tem guardado e sente-se seduzido pela notoriedade que, sem querer, conquistou; um jogador de futebol aposentado às voltas com uma espécie de clube do suicídio, do qual participou o pai de sua atual namorada (que possui uma doença terminal), entre outras estórias. Poderiam ser contos sanguinários, cheios de detalhes grotescos ou carregados de emoção desnecessária. Na verdade, são textos cujas elegantes descrições nos dão um painel de casos exemplares (como o próprio título adianta) de que também há dignidade em escolher morrer, basta a coragem e as motivações necessárias, é o livre arbítrio, misturado a uma série de fatores, o que conta nestes casos.


site: https://escritoswesleymoreira.blogspot.com.br/2013/08/na-estante-10-suicidios-exemplares.html
Tiziana Petter 26/07/2017minha estante
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Wagner 03/11/2016

CANSADO...

(...) sempre estou cansado, cansado dessa cidade lamentável,cansado do mundo e da estupidez humana,, cansado de tanta injustiça (...)

in: VILA-MATAS, Enrique. Suicídios Exemplares. São Paulo: Mediafashion, 2012. pp 112
Tiziana Petter 26/07/2017minha estante
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Exusiaco 15/05/2016

Com a impossibilidade de absorver a vida no todo, na consciência, pairamos sempre abaixo dela, na sub-vida, dependemos da intermediação da linguagem, etc, o catalão E. Vila-Matas (Satam Alive, lido de trás para frente), reflete sobre a condição humana e a vida a partir do suicídio, sendo este a única forma de intervenção nesta de fato, o que não são exatamente efetivados nos dez contos. São suicídios construídos com esmero, graça, militância, ironia e bom humor sendo que o do último conto é um suicídio psicodélico.
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Cheruti 25/05/2014

Mais um livro 5 estrelas. Mais um escritor favorito. Sao 10 contos fantasticos. Algumas coisas que voce vai encontrar: "Um cemiterio de suicidas", "A solidão é impossível, pois está povoada de fantasmas", "Tentativa de suicidio do 1o andar", "Mau gosto de morrer antes do suicidio", é tanta coisa boa escrita no conto, que a tentativa do suicidio é apenas um detalhe final. ou não!
Tiziana Petter 26/07/2017minha estante
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Arsenio Meira 18/08/2013

SOBRE HEROIS, MUROS E DESESPERO

Sempre tive a convicção de que heroi é o sujeito que supera a si mesmo, que faz sua própria travessia.

É uma coisa além dos curriculuns, das medalhas, das taças, premiações. Cada um sabe os momentos na vida em que foi heroi de si.

Este é um livro que fala das nossas linhas de chegada emocionais, cheias de cãibras; daqueles instantes em que reinventar-se não é mais possível, sempre um muro que se ergue, silêncio e solidão. Sobre heróis e a impossibilidade de continuarem lutando uma luta que já não lhes faz sentido.

No Ocidente , o suicídio é visto como um assunto proibido. Pecado na religião católica, um ato capaz de despertar vergonhas, dores e incompreensão entre os que sofrem a perda.

Com olhar atento para comportamentos estranhos à sociedade, o espanhol Enrique Vila-Matas teve extrema sensibilidade para enxergar esse tabu através de uma perspectiva artística em "Suicídios exemplares", livro de contos escrito em 1991 e somente publicado no Brasil pela Cosac Naify no ano de 2009.

Nele, Vila-Matas demonstra certa inclinação pela narrativa fantasiosa, a metalinguagem e uma sutil tendência para catalogar comportamentos estranhos, misturando ficção com realidade.

Em "Suicídios exemplares", essa relação com o real ainda é discreta, aparecendo apenas com o trecho de uma carta do poeta português Mário de Sá Carneiro a Fernando Pessoa, que consiste no último conto "Mas não façamos literatura."

A ligação dos contos de "Suicídios exemplares" se dá apenas pelo tema da morte. Nas 10 histórias presentes na edição, Vila-Matas deixa de lado a culpa religiosa e o sensacionalismo que rondam o suicídio para abordá-lo sob a ótica das pessoas que resolveram deixar de viver antes da hora imposta pela natureza.

Uma escolha que dá ao escritor espanhol a possibilidade de criar personagens bastante humanos, cujos dramas pessoais revelam a delicadeza existente na angústia das despedidas. Apesar do tema sombrio, as histórias se mostram leves nas mãos de Vila-Matas, que as suaviza por meio do pitoresco e do humor irônico.

Nos contos "Em busca do parceiro eletrizante" e "Pedem que eu diga quem eu sou" , o autor explora o misticismo e os costumes bizarros de povos desconhecidos.

Mas o talento do espanhol aflora mesmo nos momentos mais delicados, quando o humor soaria como piada de mau gosto. Diante desse dilema, Vila-Matas mostra maturidade narrativa ao optar por uma linguagem mais elegante como ponte para dialogar com os sentimentos das personagens.

Um recurso que lapida as sensações da alma humana para traduzi-la em beleza, por meio da escolha das palavras. A sutileza do autor se evidencia, por exemplo, na abordagem que ele imprime ao texto, ao descrever a depressão da protagonista em "Rosa Schwazer volta à vida"; na dosagem equilibrada de ação com riqueza descritiva da perseguição de "A hora dos cansados" e na melancolia do narrador de "A noite da íris negra" (este, um dos contos mais pungentes e belos que li.)

Mesmo nesse último conto – que é ambientado no cemitério e fala sobre um grupo de amigos suicidas - a preocupação de Vila-Matas parece ir além da morte.

O suicídio é apenas um ponto de partida agregador das histórias, um fio condutor que se desenrola em nostalgia, amor e diversão. Uma situação limite usada para revelar a loucura humana, exposta por olhares diferenciados como o do pintor que protagoniza a estória de "Pedem que eu diga quem eu sou" (ele decide sumir após se deparar com os equívocos de sua obra) e do escritor de outro belo conto "A arte de desaparecer".

Em "A arte de desaparecer", o autor se desespera ante o dilema de publicar sua obra, e os muros que negam acesso à realização se erguem implacáveis.

Após a leitura de "Suicídios exemplares", o que fica não é a relação das personagens com a morte, mas em como o fim da existência é necessária para a vida.
Carlos Patricio 27/08/2013minha estante
Resenha genial


@livreirofabio 06/09/2013minha estante
Muito boa resenha, Arsenio!
Melhor atrativo e provocação pra mergulhar de cabeça nesse apanhado sombrio de mortes em execução ;)




Dose Literária 28/07/2013

Suicídios Exemplares
Suicídios Exemplares é uma antologia com 10 contos sobre tentativas de suicídios, pessoas (personagens) que em algum momento optam por tirar a própria vida, mas por algum motivo desistem ou algo dá errado. Diferentes contos, diferentes irônicas maneiras de mostrar a Morte que esteve muito próxima.
Acho que o comentário que pode resumir tudo isso é do escritor Joca Reiners: “Os personagens fracassam até na hora de fracassar”...

Continue lendo em...

site: http://www.doseliteraria.com.br/2012/09/suicidios-exemplares.html
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fsamanta (@sam_leitora) 29/03/2013

A verdade é que este livro foi decepcionante para mim. O título é ótimo e por ser este o escritor, causa ainda mais expectativa, mas, para mim, ficou devendo. Gostei do estilo do Vila-Matas - é o meu primeiro livro dele - é cativante, flue muito bem, o clima angustiante e perturbador permeia os contos, mas as histórias não empolgam ou encantam. O único conto que eu realmente gostei foi "A arte de desaparecer".
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Marina Hion 19/02/2013

Leia esse livro.
Fantástico.
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