Stranger in a Strange Land

Stranger in a Strange Land Robert A. Heinlein




Resenhas - Um estranho numa terra estranha


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Gustavo.Campello 23/08/2017

Eu Grokei
Primeiro ponto principal de leitura é não levar o livro tão a sério. Se ler assim vai ver o quão maravilhoso ele é, exatamente por quebrar paradigmas e barreiras de coisas que não são o foco do livro. Esqueçam o lance sexual que ficam martelando, o livro é muito mais denso que isto. O final não poderia ser melhor.

A primeira e a segunda parte são ótimas, de longe Jubal é o melhor personagem de todos. A terceira parte achei bem meia boca, quase parei de ler o livro:
"Nove em cada dez vezes, se uma garota é estuprada, é parcialmente culpa dela" Mas que bosta, quase parei de ler o livro aí... mas como faltava só um quarto decidi terminar, mas fiquei com nojo. Ps: e tudo bem que o livro é de 61 e tem o pensamento da época, mas não deixa de me dar asco

A quarta parte melhora consideravelmente, não sou a mesma pessoa de quando comecei a ler o livro, não que virei um libidinoso, muito pelo contrário, consigo agora me entender muito mais, minhas neuroses, meus paradigmas, e principalmente que sou Deus.
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l. r. Silva 04/08/2017

Os personagens vomitam machismos, ao ponto de uma personagem feminina dizer que "Nove entre dez violações são, em parte, culpa das mulheres".

Embora isso, o livro é bom em outros aspectos. Heinlein faz fortes críticas à religião, ao consumismo, ao modo das pessoas julgarem os outros, ao amor pregado em nossa sociedade e termina de um jeito bem curioso, mas isso (sobre abuso sexual) realmente me incomodou. Foi meio desnecessário no contexto geral da história.
Ari Phanie 28/08/2017minha estante
Bom saber, Luciano. Vou passar longe.


l. r. Silva 29/08/2017minha estante
Ari, o livro é bom em muitos aspectos. Ele faz fortes críticas à religião, ao consumismo, ao modo das pessoas julgarem os outros, ao amor pregado em nossa sociedade e termina de um jeito bem curioso, mas isso realmente me incomodou. Foi bastante desnecessário a ponto de me fazer quase parar a leitura. Acho que se vc puder abstrair isso, tente lê-lo sim. Tanto que refiz minha resenha, mas mantenho essa opinião.


Jéssica 07/11/2017minha estante
O livro é de 1961. Não é de se surpreender que contenha o pensamento da época. Acho que isso não deveria interferir na avaliação do mesmo.


Agnaldo Alexandre 24/02/2018minha estante
Não é uma personagem feminina que diz, mas um meio do autor que é homem falar por meio de uma voz feminina.

Quanto a Ari, se não compreender que na época se pensava assim, só cai ler livros modernos quase.

Já pensaram que os ideias que temos hoje serão julgados como inaceitáveis amanhã?




Delirium Nerd 21/07/2017

Um Estranho Numa Terra Estranha: A construção mútua de conhecimento
"Um Estranho Numa Terra Estranha (1961), lançado pela editora Aleph neste ano, foi uma das obras mais importantes para o gênero da ficção científica, juntamente com Tropas Estelares, do mesmo autor, Robert A. Heinlein. Neil Gaiman, responsável pelo prefácio do livro, comenta que a obra “conseguiu questionar o status quo (da época) e contribuir para mudá-lo”, vindo a ser um dos símbolos do movimento hippie nos anos finais da década de 60.

Pontos positivos da obra:

A primeira parte do livro, contando acerca das expedições americanas em busca de conhecer Marte, e o que o planeta os reservava, é, no mínimo, muito interessante, e deixa a leitora curiosa sobre o desenrolar da trama e do mistério que ronda Valentine Michael Smith, o homem de Marte.

Este personagem, por sua vez, possui grande destaque e é inevitável não sentir empatia por sua condição de alheio aos costumes terrestres; mesmo já sendo um homem maduro, Valentine se comporta como uma criança que, aos poucos, precisa aprender e grokar – palavra marciana para “entender” – o mundo que o cerca em toda a sua complexidade.

Valentine também é o fio condutor para que discussões acerca de fé, religião, alteridade e amor livre sejam elencadas e explanadas. E, mesmo vendo as regras sociais da Terra como algo completamente diferente do que estava acostumado a vivenciar em seu país natal, ele sutilmente ensina conceitos de fraternidade e de boa convivência entre aqueles que o cerca, colocando-os a refletir sobre suas condutas, boas ou más.

A edição da Aleph é belíssima, e a capa colorida da obra remonta ao período mais psicodélico ao qual pertenceu após o ano em que foi lançada. A linguagem do livro é acessível e, apesar de ter como plano de fundo um período futurista e tecnologia avançada, traz consigo termos que só poderiam ser encontrados nas décadas de 60 e 70. Ponto positivo para o cuidado com a tradução, feita por Edmo Suassuna.

Pontos negativos da obra:

Mesmo a sinopse transparecendo que o enredo é fidedigno às problematizações presentes em tantas questões sociais, como a própria questão do amor livre, um ponto que atrapalha a leitura é o tratamento dado às mulheres. Ben Caxton e Jubal Harshaw são dois personagens extremamente misóginos que, em quase todas as falas, procuram menosprezar e constranger as mulheres da história. "

Leia na íntegra:

site: http://deliriumnerd.com/2017/07/20/um-estranho-numa-terra-estranha/
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euzebio 02/09/2015

Bom mas nem tanto.
O livro é interessante até o seu meio, daí vira apenas uma espécie de critica religiosa. Não gosto muito de livros que abortam este tipo de assunto.
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Alex 01/08/2015

Romance hippie
Esse é um dos livros mais pretensiosos que já li. Quem se identificou com a bizarrice toda da história desse livro transformou ele numa bíblia e deu no que deu: um clássico da ficção científica. Mas, cadê a ficção científica? Tirando a parte das viagens Terra-Marte, Terra-Lua, de FC esse livro não tem nada.
Você passa quase 500 páginas e as únicas coisas boas são alguns diálogos entre o Homem de Marte e Jubal Harshaw, seu tutor. No começo até que é interessante, surgem alguns questionamentos da parte do marciano (que na verdade é um humano que nasceu e cresceu em Marte, sem nunca ter tido contato com os terráqueos), ele estranha quase tudo aqui na Terra e algumas perguntas dele são interessantes mas quase todas as respostas são falaciosas e incompletas.
É um livro bem datado. E isso fica bem evidente quando Michael, o Homem de Marte, começa a praticar o que ele acha que todos deveriam fazer. Amor livre, comunismo e toda essa besteira riponga. Então você percebe que a finalidade do livro é essa apenas. Fez sucesso porque caiu como uma luva no movimento hippie e só. Com certeza, se tivesse sido lançado nessa década seria um fracasso.
Esse livro definitivamente não é de ficção científica.
Gustavo.Campello 28/06/2017minha estante
Well... O livro foi lançado em 1961... O movimento hippie começou em 1966... Ou seja, o livro é um antecessor em meia década de um movimento social e tu pergunta onde está a ficção científica?

Estranho tmb é chamar o Heinlein de comunista, já q suas posições políticas passassem bem longe do comunismo... Era praticamente um coxinha dos anos 60.


Felipe 03/09/2022minha estante
Na versão que tenho, tem uma introdução de Neil Gaiman onde ele diz: "O aparato pode ser de ficção científica, mas, em seu cerne, "Estranho" é uma fantasia sobrenatural"




Fabi 03/01/2014

Um livro filosófico
O autor nos faz ver o mundo sob a ótica de um adulto que está em contato com a humanidade pela primeira vez. Ao ensinar Mike sobre nossos costumes, os demais personagens são obrigados a refletir sobre o verdadeiro significado da condição humana, sobre nossa sociedade, o modo como lidamos com nossos sentimentos e relacionamentos, nossas religiões e política, enfim, tudo. A princípio Mike apenas tenta entender as coisas como são. O livro fica bem bizarro quando ele resolve compartilhar suas ideias de como as coisas DEVERIAM ser...

Gostei muito do livro porque ele leva a questionamentos muito interessantes, mesmo quando você não concorda com nada que o personagem diz. Mas é meio difícil de se acostumar com a linguagem utilizada, um português meio antigo (na versão que eu li, bem antiga, da Editora Europa-América).

Plot: a primeira nave enviada a Marte nunca retornou. Seus tripulantes morreram todos, exceto o bebê que nasceu durante a viagem até lá. A criança, Valentine Michael Smith, foi criada pelos marcianos. Muitos anos depois, uma nova nave é enviada, deixando uma pequena colônia no planeta e trazendo Mike de volta. A cultura marciana é radicalmente diferente da nossa, e apesar de Mike ter um corpo humano, em tudo o mais ele é marciano. O problema é que Mike é o único herdeiro de uma fortuna em ações de empresas que atuam em serviços estratégicos para o governo, o que o envolve em complicadas questões políticas e coloca sua liberdade em risco.
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Nalí 12/12/2013

Misto de interessante e irritante. Começa de maneira sensacional, faz pensar sobre o que é ser humano de fato e como poderia um ser completamente alheio à humanidade compreender a estrutura da sociedade, os protocolos, o uso da linguagem ou a mera construção do conhecimento com base nas experiências que se pode ter no nosso meio - a Terra. O livro propõe-se a quebrar paradigmas sociais, religiosos e sexuais, mas para os dias atuais é limitado por conter sexismo e homofobia. Como se Heinlein estivesse a frente do seu tempo mas só conseguisse dar o passo no que lhe dizia respeito, sem sair realmente da bolha.

Creio que a leitura pode despertar algumas pessoas para as questões levantadas pelas ações e conversas dos personagens. Porém, as respostas dadas pelo autor na boca de Mike, o humano-marciano, e seu tutor Jubar, não são necessariamente as melhores: a grokkação de Mike sobre religião e maldade é pseudo-filosófica, cheia de falácias.

Um Estranho Numa Terra Estranha fez muito sucesso também entre os hippies nos anos 60 e o verbo to grok passou a fazer parte do Oxford English Dictionary. Provavelmente você terminará o livro tentando encaixar grokar numa conversa [nerd].
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Alessandro 06/12/2013

Um dos livros mais famosos da história Scy-fi
OBSERVAÇÃO: Esta resenha é sobre outra edição do livro, em português de Portugal.

Um Estranho Numa Terra Estranha é um dos livros de ficção científica mais famosos, escrito por Robert A. Heinlein e publicado pela primeira vez em 1961.
Ele conta a história de Valentine Michael Smith, um humano que vem para a Terra após ter nascido em Marte e ter sido criado por marcianos.
O autor inspirou-se na ideia de O Livro da Selva, de Rudyard Kipling, onde um humano é criado por marcianos, no lugar de lobos.
O livro tornou-se um sucesso absoluto, e algumas cenas polêmicas apenas aumentaram as vendas dele, elevando-o ao status de livro cult da contracultura dos fins da década de 60, que adotou os temas de liberdade, auto-responsabilidade, liberdade sexual e adoção de religião organizada na cultura e governo, utilizando livro como uma espécie de manifesto.

Considerações sobre o livro

Apesar de ser considerado um ícone da ficção científica, não gostei nem um pouco de Um Estranho Numa Terra Estranha.
Smith sem dúvida é estranho, um humano com habilidades psíquicas e super inteligência, mas ao mesmo tempo é tão ingênuo e infantil que chega a irritar.
O foco na religião também desaponta quem espera um pouco mais de aventura ou tecnologia, e na verdade Smith pode ser considerado uma espécie de anjo messiânico, que insiste no amor irrestrito até por quem demonstra apenas ódio à ele quando está sendo apedrejado, mutilado ou queimado.
O autor criou um vocábulo novo, e apenas um, para os marcianos: Grokar, que significa uma forma intuitiva de compreender algo, de forma mais elevada, além da empatia ou da intimidade. E ele repete esse verbo insistentemente, como se a única coisa importante na cultura marciana fosse isso, de forma irritante, no livro inteiro. Achei totalmente desnecessário e estúpido o conceito de ‘grokar‘ algo.
Enfim, pode ser que eu tenha detestado tanto o livro porque li uma versão em português de Portugal, e odeio as expressões e o vocabulário que eles usam. Tenho que consultar o dicionário mais vezes quando leio em português de Portugal do que quando leio em inglês.
Não recomendo para ninguém que espere algo além de analogias com religiões, anjos e messias. O pano de fundo marciano serve apenas para despistar e criar falsas expectativas. Vejam só! Odiei uma das maiores obras da ficção científica do século XX!



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Adriana 17/10/2012

Comedia Social
Um divertido questionamento sobre nossa sociedade e seus valores.
Profundo e ao mesmo tempo divertido.
Nosso amigo marciano nos leva a uma serie de desventuras e aventuras onde questionar é fundamental.
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Aribra 17/04/2012

Há muito tempo queria ler. É muito interessante, porém a estranheza da terra estranha acaba por água abaixo quando o Estranho Kroca a própria essência da existência. Um final um pouco Deux Machine, sabe, tipo: "se não tem tu vai tu mesmo".
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Luis Mauro 21/09/2010

Comentários sobre a tradução ???
Olá,

Esta não é uma resenha, mas uma pergunta.
Alguém leu (esta mesma edição da Record) e tem comentários sobre a tradução?
Comecei a ler outro dia e já peguei várias passagens estranhas e aparentemente mal traduzidas. A ponto de julgar que a leitura pode ficar muito prejudicada.
Aparentemente "inhabited" foi traduzido por "desabitado" já na quarta página da história. Não é preciso entender inglês pra saber que está errado, basta ler mais duas páginas do livro.
Estou enganado, ou a tradução é muito ruim?

Obrigado,
Luis Mauro
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cid 14/09/2009

Não grokei (termo marciano que significa entender profundamente)
O livro é uma reflexão sobre a sociedade, a religião e os valores humanos. Valentine Michael Smith não groka a nossa sociedade. Um humano que nasceu em Marte, e foi criado por Marcianos. Após 20 anos é trazido pra a terra e precisa aprender sobre a nossa sociedade. Grokar no sentido marciano, ou seja compreender profundamente. Michael funda uma nova religião, com aqueles com quem partilhou a água, seus irmãos de agua. Mas, Michael será espião dos marcianos? Qual é a sua verdadeira intenção? Não grokei muito o livro, principalmente o destino de Michael .Vale como critica da sociedade de consumo,principalmente das religiões. O livro reflete os anos 60, mas eu esperava mais ficcão cientifica.

Nalí 14/12/2012minha estante
Tive a mesma impressão, cid. "O livro reflete os anos 60, mas eu esperava mais ficcão cientifica"


Alex 01/08/2015minha estante
Esse livro não tem quase nada de FC. Frustrante pra quem espera ler um clássico da FC.




Jumpin J. Flash 24/08/2009

Muito ruim!
Esse livro deve ser só para fanáticos por ficção científica. É inverossímil, arrastado, pseudo-filosófico e incrivelmente chato. Li até o fim só para ficar mais nervoso (às vezes faço isso também com filmes ruins).

Corra disso!
Nell 15/06/2017minha estante
Não pode ser possível estarmos falando do mesmo livro, porque além dos envólucros e estereótipos destruídos pela inocência atacada, o livro seria um thriller fascinante sob qualquer ângulo em que um diretor o possa usar.
Ainda não compreendo porque Spielberg não o imortalizou sobre o seu franco olhar de embaixador dos extras terrestres, e nesse caso, um corpo humano em uma mente marciano, sendo dono do planeta Marte, essa é a ironia da história, onde tudo o mais nos constrói melhor do que somos ou julgamos ser.
Simplesmente eterno e fantástico.




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