Um Estranho numa Terra Estranha

Um Estranho numa Terra Estranha Robert A. Heinlein




Resenhas - Um estranho numa terra estranha


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Felipe 03/09/2022

Como um espécie madura e plena enxergaria a Terra? O que teriam a dizer sobre nós seres de uma moral elevadíssima, racionais e pacientes? Heinlein escreveu seu romance na década de 50! Não é sobre a viagem à marte ou uma leitura de como seriam biologicamente os marcianos, muito menos sobre como seria a tecnologia da nave que os levou até lá (Lembre-se que o homem ainda não havia pisado na lua). Isso não importa, pois a história é sobre nós, os terráqueos.
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Kevin 24/08/2022

Um ícone da contracultura!
É um livro AME ou ODEIE. Um Estranho Numa Terra Estranha combina num mesmo caldeirão elementos de ficcção científica, religião, preconceitos, sexo... É uma junção de tópicos que o autor, Robert Heinlein consegue estruturar de forma única. A ideia central do livro (um ser humano nascido e criado em Marte que depois é trazido para a Terra) por si só já atrai a atenção do leitor. Os personagens são interessantes, principalmente o Jubal Harshaw!! O livro talvez não tenha envelhecido bem, pelo menos para mim, por passagens bem desnecessárias, com diversos diálogos misóginos e homofóbicos. Tirando isso, a história é muito boa, uma verdadeira sátira à sociedade americana daqueles anos 60.

Por fim, esta edição da Aleph é excelente!
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pistouvi 13/07/2020

As primeiras partes me fisgaram, indo contra a expectativa que eu tinha. É uma ficção científica um pouco diferente do que geralmente se espera, um tanto mais filosófica. O desenvolvimento inicial, focando em política e linguagem, me deixou com uma opinião bem positiva.

Mas, mais ou menos na metade, a minha experiência começou a ir ladeira abaixo. A história começa a explicitar bem mais sua relação com seu contexto histórico e a comunidade hippie, só que de um jeito que não me agradou. A sensação é que os personagens mudam drasticamente, e eu não os reconhecia mais. Se a intenção era mostrar um desenvolvimento deles diante da nova doutrina libertadora, achei mal feito. Desperdiçou os personagens que vinha construindo, e todos exceto Jubal e Mike poderiam tranquilamente ser trocados por personagens totalmente novos sem problema nenhum.

Pra mim, de forma resumida, na primeira metade do livro temos um Mike (o Homem de Marte) ainda "criança", tentando entender o mundo onde tinha ido parar. Na segunda metade, Mike parece um adolescente que descobriu o sexo e acha que ele é a resposta pra tudo, e como bom adolescente acha também que sua verdade é a única e ele tem que contaminar todos com ela. Ele se torna basicamente um Light Yagami, prepotente em sua verdade a ponto de distorcer seu conceito inicial de erroneidade para passar a fazer o que bem entender sem problema algum, uma vez que ele é Deus. (Todos são Deus, mas ele um pouco mais Deus que os outros. Falsa igualdade.)

Apesar de todo liberalismo com o sexo, o que se vê aqui é o típico liberalismo conservador. As mulheres são tratadas de forma questionável em toda a obra, mas em algumas partes se torna completamente impossível ignorar o machismo (como quando uma personagem feminina diz que a culpa dos abusos é quase sempre das próprias mulheres, sendo esse só um exemplo). Homossexualidade também é tratada como aberração. Uma fala de Mike na página 525 (e isso não é um spoiler) resume bem o que incomoda nesse livro: "A dicotomia homem-mulher é a nossa maior dádiva". A história acaba parecendo uma grande ode à liberdade (hetero)sexual, contanto que essa liberdade mantenha intacto os papéis de gênero e os padrões de beleza. Agora, terminada a leitura, entendo porque Neil Gaiman alerta sobre o mundo desse livro ser "fundamentalmente o dos anos 1950", e que por isso "as relações entre homens e mulheres são as mesmas de muito tempo atrás". De fato, não podemos descolar o livro de seu tempo, mas nem por isso se deve deixar de apontar os problemas.

Mesmo assim, se fosse ignorar as questões citadas acima, eu particularmente não gostei mesmo do rumo que a história toma da parte III em diante. Me agradava mais o tom da segunda parte, que embora não fosse perfeita, me deixava curiosa pra saber no que aquilo tudo iria dar.

(gente, desculpa pela resenha enorme kk mas é muita coisa que esse livro me deixou com vontade de comentar)
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livrodebolso 14/10/2019

Quase um romance de formação (transformação, eu diria), acompanhamos aqui o menino Valentine Michael Smith, nascido fora do Planeta, em uma missão de reconhecimento em Marte. Criado por marcianos, herdeiro de uma inimaginável quantia, e totalmente alheio aos costumes da Terra, Mike é resgatado e mantido sob custódia do governo.
Até então, ele jamais havia visto uma mulher, e teve a sorte de ter seu primeiro contato com a mais certa delas, a enfermeira Jill, com quem se conectou em um "ritual de água", algo como um casamento em sua cultura.
A primeira metade do livro é maravilhosa; isto se dá, quase completamente, pelo carisma do protagonista e seu relacionamento com a coadjuvante, que sente um amor maternal, ensinando a ele tudo que precisa saber. A estranheza que Smith sente em relação aos seres humanos nos faz refletir a respeito de nossa própria raça, algo comum neste tipo de enredo, como em O Homem que Caiu na Terra, que foi um dos melhores livros que li em toda a minha vida (e supera este em um milhão de aspectos! ?).
Contudo, a segunda metade é um sacoooo!
Mike se torna um humano poderoso. Combinação perigosa.
Acaba fundando uma espécie de igreja marciana pornográfica recheada de ritualística e frescuras trancedentais, e todos os personagens que eram legais mudam sua essência, ficando encantados com a nova personalidade, o Homem de Marte. O assunto me chateia, a insistência descritiva (mais uma vez me atrapalhando) e os diálogos ridiculamente vagos e desnecessários baixaram o nível da obra o suficiente para me fazer desgostar.
A última página surpreende, chega a assustar, mas ainda trata-se apenas de um livro cansativo...
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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 01/09/2019

Preconceituoso
Depois de ler dois absurdos seguidos, abandonei a leitura.
Primeiro absurdo: todo um diálogo sobre como a homossexualidade é asquerosa.
Segundo absurdo: "nove entre dez casos de estupro, a culpa é da mulher "
Mais um escritor de ficção científica que, independente da época em que viveu, não merece meu tempo.
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Janaina 08/08/2023

Envelheceu mal.
Uma premissa ótima, que acabou sendo uma obra machista pra kraleo e, do meio para o final, quase um manifesto religioso. Só valeu a pena pelo caráter histórico dentro da ficção científica.
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Rodrigo 06/12/2020

Eu ainda estou ponderando o quanto gostei desse livro. Então, não se enganem, essa resenha pode ser confusa e contraditória em alguns momentos.

Eu fui conquistado pelo livro logo no começo, eu amo qualquer livro que envolve a "colonização" de marte e todas as consequências para a Terra e para as pessoas envolvidas. É um tema muito interessante e autores, como Ray Bradbury e Philip K Dick, já criaram histórias incríveis desse tema. O livro é muito bem escrito (em grande parte dele) e é muito visível toda a influência da época, tudo o que a humanidade sonhava que ir a Lua traria um avanço tão grande para a humanidade e para a corrida espacial. E eu gosto bastante de toda essa pegada filosófica e contemplativa que o livro tem, característica bem comum aos livros de Scifi, de certa forma, mas nesse livro é muito inerente à sua proposta e à história do livro.

Só um parênteses antes de começar a falar sobre a história em si: a edição desse livro é impecável! Eu sou apaixonado pela Aleph e acredito que é a editora brasileira que mais se importa com cada história, cada aspecto do livro, cada linha, cada detalhe da publicação. A capa é incrível e representa muito o que o livro é, toda essa loucura psicodélica colorida e cheia de nuances do livro. Os extras são incríveis, descrevem e informam bastante sobre os detalhes do livro, alguns aspectos da história, a publicação e o autor. Única coisa que não faz sentido nenhum para mim é o código de barras na lombada, não sei se é o conceito mas tudo bem, apenas um detalhe.

Bom, o livro conta a história de Valentine Michael Smith que é um humano criado em Marte e que foi trazido à Terra. É possível dividir o livro em três partes: 1) o Mike aprendendo sobre a humanidade e descobrindo quem é, feliz por ser marciano e por ter a oportunidade de conhecer a Terra; 2) o Mike tentando entender de verdade a humanidade e o que ele estava fazendo ali, tentando se encaixar, conhecer o mundo; 3) o Mike pós grokar a plenitude de sua messionidade.

As primeiras partes do livro são incríveis! Os personagens são incríveis e muito bem desenvolvidos. Toda a trama política é muito bem escrita e desenvolvida também. Até que o Mike entende finalmente a humanidade e aí para mim começa a ser tão tedioso e parece que os personagens se perderam. A Jill do começo não é a mesma do final. Os únicos personagens que continuam a mesma coisa é o Mike e o Jubal. Das três partes que eu dividi o livro, as duas primeiras são sensacionais e eu li muito rápido, devorei a história e apaixonei pelos personagens. A terceira parte é incrivelmente tediosa e parece que os personagens se perderam. E não é que eu detestei a terceira parte, eu gostei bastante mas, de certa forma, não gostei da forma que as coisas se deram.

Tudo bem que essa terceira parte é realmente o que fez o livro se tornar um clássico da contracultura hippie e se tornou um símbolo tão grande para o Scifi e a literatura americana. E foi aí que comecei a ver diversas características do livro tais como: a inferioridade da mulher em toda a obra (principalmente quando uma das personagens fala: "nove entre dez casos de estupro, a culpa é da mulher", é mole?!) e a liberdade sexual que só valoriza o homem heterossexual. Bom, o livro é isso: um livro de sua época que representa tudo o que sua época defendia e procurava.

Fico imaginando como o livro seria se não tivessem deixado toda a questão marciana como plano de fundo. Talvez teria sido um dos meus livros favoritos.

Alguns destaques:
- É genial como Heinlein retratou os marcianos, figuras que estavam tão a frente da humanidade e do tempo e que, de certa forma, mostrou que a humanidade pode chegar a isso.
- A trama política é incrível.
- No começo, eu realmente achei que a Jill seria uma das melhores personagens femininas de Scifi. Me enganei. Heinlein cag*u no desenvolvimento dela.
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Leonardo 16/10/2022

Um grande clássico
Gostei muito do livro, é o tipo de livro que merece algumas releituras para ser grokado em plenitude. Na primeira metade do livro achei chato, arrastado, vi erroneidade; mas a partir da metade para o fim... vi que a espera preencheu! Há muitas reflexões sobre religião, monogamia, sexo, paixão, arte, filosofia, amor, moral, ética, desapego etc. Este é um livro que te faz pensar muito. Tem toques de humor, surrealismo! Questões polêmicas como algum preconceito aqui e ali devem ser vistas como algo fruto da época em que o livro foi escrito. De forma alguma ofuscam a obra. O livro é um verdadeiro manual de como montar uma religião para enganar incautos (nesse sentido a obra é muito honesta, porém, perigosa rsrs). É engraçado como o protagonista nos mostra que religião, política ou circo têm muito em comum em se tratando de algo que tem um potencial muito grande para induzir ao engano. Tudo requer um líder carismático que saiba fazer uns truques e, acima de tudo, uma boa encenação. Na obra, o narrador disseca muito bem uma religião (o culto fosterista). Essa religião fictícia (ou nem tanto) é uma crítica satírica a muitas religiões ou seitas americanas que tem em um líder charlatão a imagem de um messias enviado por Deus. O autor usa muito bem e de forma muito bem contextualizada algumas poucas palavras da língua e pensamento marcianos. É engraçado como gradativamente todos os humanos que são “irmãos de água” de Mike vão, aos poucos, de forma hesitante, se apossando dessas palavras e pensamentos. Por sua vez, é engraçado e comovente como Mike, com muito esforço, vai tentando se apropriar da lógica humana. Esse é mais um grande clássico que representou, para mim, um desafio a ser vencido. Bom, acho que falei direitamente sobre a obra. Ah, e não se esqueça: tu és Deus! rsrs
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Mell 17/04/2021

Clube do Livro Secreto 🐍 - Eu groco. Tu grocas. Nós grocamos.
Mais um livro do Clube, e confesso não foi uma leitura inteiramente agradável. O livro tem alguns pontos que me deixaram bastante incomodada. Como o machismo forte em muitas passagens, mas relevando-se pela época em que foi escrito dá pra se apreciar o conteúdo. Ele conta a história desse chamado Homem de Marte, e sua jornada de aprendizado entre os humanos. O final me doeu o coração e ta dificil de grocar. até agora, apesar de tudo. Uma leitura recomendada, com ressalvas.
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etsilvio 01/11/2018

Superestimado
Um dos piores livros que li em 2018! Chato, diálogos bobos (alguns se salvam, mas poucos), lenga-lenga o tempo todo. Sinceramente não entendo esse valor todo que as pessoas deram a esse livro.
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Lucas Canabarro 25/09/2017

Peguei o livro com o pensamento de ler uma ficção científica, e fui pego na surpresa: o livro é muito além disso. Eu poderia me alongar aqui, falar dos personagens marcantes que Heinlein criou (eu me conheço bem, sei que falarei de Jubal e Mike e Jill por muito tempo), mas a maravilha aqui criada fala sobre filosofia, religião, arte. Fala sobre a humanidade, sobre nossos defeitos e fraquezas. E tudo é escrito com franqueza, sem temores. Esse livro, do começo ao fim mexeu comigo e, embora na metade a lentidão tenha tomado conta, a obra como um todo é maravilhosa e louvável.
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Aribra 17/04/2012

Há muito tempo queria ler. É muito interessante, porém a estranheza da terra estranha acaba por água abaixo quando o Estranho Kroca a própria essência da existência. Um final um pouco Deux Machine, sabe, tipo: "se não tem tu vai tu mesmo".
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Clari.Monise 09/03/2021

O livro trata de forma bastante filosófica a religião, até se pode fazer um comparativo com o Messias mais no final. Sobre a monogamia tbm se fala bastante e qual o sentido de coisas como ciúme.

Eu gostei bastante desse livro mas pra mim o começo é muito mais divertido enquanto o final é muito mais profundo e deixa a gente bem pensativo.
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