A Tenda Vermelha

A Tenda Vermelha Anita Diamant




Resenhas - A tenda vermelha


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cibele 25/01/2024

A tenda vermelha
Preciso falar sobre este livro!
Foi o livro de Julho do Clube de Leitura de mulheres que participo, tivemos nosso encontro no dia 15 e foi maravilhoso e terapêutico, como sempre.

"A tenda vermelha" fala sobre as mulheres da antiguidade, como viviam num tempo onde não podiam sequer compartilhar a mesa com os homens, fala das tradições, rituais, espiritualidade, sororidase, amor, ciúme e perdão. A tenda era o local onde as mulheres passavam juntas seus ciclos menstruais, onde aconteciam os nascimentos e onde travam suas doenças. Era um local permeado de mistérios e segredos e a entrada dos homens era proibida, bem como tudo o que acontecia lá era de conhecimento exclusivo das mulheres. Era um momento de paz e descanso esperado por todas.

A história é vibrante e emocionante.É contada sob o ponto de vista de Dinah, filha de Jacó que tem uma breve passagem no antigo testamento no livro de Gênesis.

Fala sobre o culto a Deusa sendo aos poucos esquecido por novas gerações de mulheres fortemente influenciadas pela religiosidade patriarcal dominante com seu Deus sem rosto masculino e punitivo.

Recheado de histórias que permeiam a jornada de Dinah, do convívio e a influência de suas quatro mães (esposas de Jacó) na infância, até sua vida adulta envolvendo paixão, descobertas, crueldade, sofrimento, perdas, rompimentos, alegrias, transformações e serenidade.

A autora, Anita Diamant, nos transporta para aquele mundo ancestral, onde as mulheres mesmo silenciadas e subjugadas encontravam formas de terem momentos felizes e únicos junto de suas "irmãs".

Não há como não se emocionar e mergulhar fundo nas histórias ricas, envolventes e femininas deste livro.
É um presente para todas as mulheres e homens que sonham com um mundo mais colaborativo e equilibrado! ?

Você já leu? Me conta o que achou!
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Gisele 05/01/2024

Esse não é o meu primeiro contato com Anita Diamant, já havia lido ?Dia após noite? e lembro ter gostado muito da leitura. Então, fui com grande expectativa para ler A tenda vermelha.
Anita Diamant tomou por base o livro de Gêneses e sua intensão foi fazer algo totalmente diferente da história bíblica, o que não funcionou para mim.
O livro conta a trajetória da família de Jacó através dos olhos de Diná. A narrativa é incrível, bem descritiva, daquelas que conseguem fazer você ficar completamente imersa na leitura. Amei a escrita, ela realmente te prende do início ao fim.
Se você estiver procurando uma ficção com conformidade bíblica, definitivamente não irá encontrar nesse livro. A autora construiu algo novo, modificou e acrescentou muitas coisas, o objetivo dela foi escrever sob uma perspectiva nova, recontar a história do ponto de vista de Diná. Ela é bem focada no místico, no culto aos deuses e tradições vindas de Lia e suas irmãs.
Agora, caso goste de uma narrativa descritiva e poética e esteja buscando um livro que se volta para a cultura, história, rituais e tradições, para o cotidiano das mulheres da antiguidade e como o conhecimento delas era passado entre as gerações, possivelmente irá apreciar a leitura.
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fernandaugusta 02/12/2023

A Tenda Vermelha - @sabe.aquele.livro
Jacó, após roubar o direito de primogenitura de seu irmão Esaú, foi mandado para longe pela mãe, Rebeca. Ao chegar próximo do acampamento de seu tio, Labão, conheceu e se apaixonou por sua filha, Raquel, que tirava água de um poço.

Abrigado pelo ambicioso tio, Jacó logo começou a trabalhar para cumprir o dote de noiva da bela Raquel. Labão tinha outras filhas. Sua primogênita foi Lia, que também se enamorou de Jacó. No dia do casamento de Jacó e Raquel, Lia tomou seu lugar durante as núpcias. A relação das irmãs azedou por causa da disputa por Jacó, e também porque Lia lhe deu muitos filhos, enquanto Raquel sofria por ser estéril. Neste meio tempo, Jacó tomou por esposas as duas criadas das irmãs, Zilpah e Bilah. As mulheres, em seus períodos menstruais, nos nascimentos e doenças se recolhiam na tenda vermelha, e ali vivenciavam momentos de alegria e perda juntas.

Quem conta a dinâmica entre as quatro esposas de Jacó, chamando-as de suas quatro mães é Dinah, única e última filha de Lia. Todos os outros filhos de Jacó foram homens e Dinah logo foi incluída na rotina feminina da tenda vermelha pelas mães, o que lhe conferiu uma observação única dos acontecimentos. As mudanças e o crescimento de Dinah a levam ao próprio casamento, que desencadeia fatos trágicos que mudam sua vida, fazendo-a migrar para o Egito e ser "esquecida" entre os seus, ao ser dada como morta.

Na Bíblia, o destino de Dinah é resumido em poucas linhas. Já neste livro, uma releitura primorosa da história de Jacó contada pelo ponto de vista feminino, vemos que o casamento de Dinah levou a derrocada da casa de Jacó. Mas principalmente, temos a humanização (como provavelmente eram) dos homens brutos e rudes do Antigo Testamento, e até a demonstração de sua ignorância frente à intrincada teia doméstica tecida pelas mulheres, que podiam parecer submissas, porém manipulavam regiamente o destino de suas tendas, filhos e filhas.

É muito bonito acompanhar o relacionamento das quatro esposas de Jacó, suas competições e suas tréguas. Mais uma vez temos personagens muito humanas e falhas, que nos permitem amar e odiar ao mesmo tempo Lia e Raquel, por exemplo. Vemos, com a passagem dos conhecimentos da parteira Inna para Raquel, e depois, para Dinah, o surgimento de uma linhagem de parteiras. Deuses e ídolos, ciclos da lua, presságios, sonhos, o ciclo da vida todo interligado à terra e sua posse.

Muito me agradou também saber que aqui não temos viés religioso principal. O Deus de Jacó tem um papel secundário na história, e suas mulheres ainda se apegam a ídolos domésticos - polarização que gera discórdia posterior. O foco vai se concentrando na história de Dinah, e, a partir de seu casamento e do massacre promovido por seus irmãos, temos um terço final do livro que se passa no Egito, com o fechamento do ciclo de Dinah culminando com o final de sua história e de todos seus célebres personagens, incluindo José, filho de Raquel.

O grande apelo de "A Tenda Vermelha" é a imersão cultural na ancestralidade feminina, com personagens arrebatadoras e narrativa que desmistifica os "grandes homens" da Bíblia, colocando-os, ao invés de heróis audaciosos, como criaturas muitas vezes covardes e omissas (Jacó), ambiciosos e violentos (Simão e Levi), vingativos (José), longe da perfeição piedosa dos escritos cristãos.

Um ponto de vista que prende, emociona e apaixona o leitor. Um romance épico que, desde 1997, vem encantando leitores e que agora me encantou também, tornando-se um favorito.
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Fran 05/07/2023

Infelizmente esse livro me decepcionou muito!
Eu esperava que a autora ia ser fiel as partes que aparecem na bíblia e no demais iria acrescentar, mas infelizmente não foi o caso. Uma pena porque a escrita é boa e a história era interessante.
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Tatiana427 02/07/2023

A Tenda Vermelha
Pensa num livro emocionalmente de ler. Onde elos do passado ainda estão presentes no universo feminino. Ritos de passagens, a abertura do caminho da vida, trazido pelas parteiras, também são os lamentos e fechamentos da morte.
Nossos ciclos, nosso sangue menstrual sagrado, nossas desavenças com nossas irmãs e familiares. E um carinho especial que temos por todas as mães, curandeiras e feiticeiras.
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JuPenoni 17/06/2023

Li esse livro em um grupo de leitura com algumas amigas e ele é baseado em uma passagem do Velho Testamento, em que se conta que uma mulher chamada Diná foi violentada por um príncipe cananeu, o que levou dois de seus irmãos a promover um massacre com o objetivo de vingá-la.

O nome dela só aparece em Gênesis 34 e, pelo texto bíblico, apenas sabemos que é filha de Jacó e que foi vítima dessa aludida violência.

O romance de Anita extrapola os dizeres bíblicos e dá voz a Diná, que nos conta a sua história dividida em 3 partes: a história de suas mães (explico esse ponto a seguir), a sua história e a sua vida no Egito.

Segundo a narrativa, Diná seria a única filha mulher de Jacó e teria por mãe Lea, embora também considerasse suas tias, que também são esposas de Jacó, como mães.

O livro conta ao leitor como se deu cada um dos casamentos de Jacó, narrando também as circunstâncias que levaram a família a abandonar as terras de Labão, o avô materno de Diná. O nome do romance, ?Tenda Vermelha?, refere-se à tenda em que as mulheres se recolhiam a cada lua nova, quando vinha a menstruação e deviam se afastar dos homens. Como única filha, a Diná era permitida a permanência na tenda mesmo antes de menstruar e ali ela aprenderia as histórias de suas mães e das mulheres que vieram antes dela. Além disso, também ali ela aprenderia o ofício de parteira, que mais tarde lhe permitiria ganhar a amizade de Meryt, quando de sua fuga para o Egito.

A narrativa dá também uma outra leitura sobre o encontro de Diná com Shalém, que seria, no texto bíblico, o príncipe cananeu que a teria violentado. No romance, o encontro de Diná e Shalém teria resultado em um amor verdadeiro e o assassinato do príncipe e de todos os seus homens, por dois dos irmãos da protagonista, decorreria antes da ambição destes que de uma suposta vingança pela irmã desonrada.

Após o massacre, Diná, grávida de Shalém, é levada pela mãe do príncipe para viver no Egito. Nas relações com a sogra, assume posição de serva e vê seu filho ser criado pela avó paterna, acompanhando de longe o seu crescimento. Conquista o status de principal parteira da região, o que lhe dá uma ocupação. Com o passar do tempo, os traumas e a dor das violências sofridas se tornam menos presentes e Diná se permite viver um novo amor com Benia, ao mesmo tempo em que redescobre, no contato com a família de Meryt, a alegria de uma convivência fraterna. Seu passado, no entanto, ressurge de uma maneira que eu não posso comentar para não dar spoilers.

Mas devo dizer que achei que a autora consegue costurar as histórias da tribo de Jacó de forma formidável. Eu, criada em lar espírita, tendo estudado em escola presbiteriana, com aulas semanais sobre religião, conhecia essas histórias, e adorei lê-las sob o olhar feminino. Acho que Anita consegue construir um livro envolvente e interessante, que rendeu boas discussões em nossas reuniões.

?Tenda Vermelha? foi o segundo livro que li que é inspirado em uma história bíblica, trazendo uma narrativa que parte do olhar feminino. O outro livro foi O Livro dos Anseios, de Sue Monk Kidd (que pretendo reler com as meninas). Gostei muito dessa temática, dessa ambientação e da construção ficcional dessas histórias.
Ana Cibelle 22/06/2023minha estante
Que gostoso ler sua resenha! Foi passando um filme na minha mente, lembrando da história ??




skuser02844 10/06/2023

Um Lugar de fala feminina que não tem na Bíblia. Diná passa pelo casamento de Jacó com Lia e Raquel; pela caminhada até Canaã, pelo seu casamento e assassinato de seu marido, até a história de José no Egito, sem dar a narrativa a importância demasiada a esses fatos, contando tudo sob a perspectiva dela, e de suas vivências. Uma história bonita e triste.
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Sol 62 29/05/2023

A Tenda Vermelha de Anita Diamant, é um livro que reli depois de quatro anos da primeira leitura.

É uma obra de ficção, forte e ao mesmo tempo delicada. Narrada em primeira pessoa por Dinah - filha de Jacó e Lia. Jacó filho de Isaac e Rebeca, neto de Abraão desposou as quatro filhas de Labão.

Dinah considerava as quatro irmãs como suas mães: "Lia deu-me a vida e sua esplêndida arrogância; Raquel mostrou-me onde colocar os tijolos da parteira e como arrumar meus cabelos; Zilpah fez-me pensar e Bilah me escutou"

Como dito anteriormente, é uma obra de ficção que, na contramão da perspectiva patriarcal, concede voz às mulheres silenciadas na Bíblia. Dinah é citada na Bíblia apenas como a filha de Jacó que foi estuprada por um príncipe e vingada por seus irmãos. Anita Diamant, por meio da narrativa de Dinah, mostra uma possível versão - feminina dessa história!
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Paula 23/02/2023

Maravilhoso!
A autora recria,maravilhosamente, a história de Dinah, filha de Jacó, personagens bíblicos descritos em Gênese. Ela nos transporta para a vida do povo hebreu, seus costumes, suas lendas e cotidiano, principalmente das mulheres daquele tempo. Vale a pena a leitura.
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Michaela M 03/02/2023

Mixed feelings
O livro é bem interessante, contando a história por mulheres dos descendentes de Jacob - na Biblia. As alusões históricas pra mim são de qualidade.
Porém, faltou algo. Os personagens são aprofundados, mas falta o carisma por eles.

É um livro excelente pra quem gosta de história.
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Jéssica Silvestre 31/12/2022

A histórico é forte mas ao mesmo tempo delicada. Surpreende o desdobramento ficcional para além da conhecida narrativa bíblica.
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Daniele.Melo 30/05/2022

A tenda vermelha conta a história de Dinah, uma personagem secundária no livro do Gênesis. O breve episódio em que ela aparece é chamado "o estupro de Dinah".Uma passagem dificil para comentaristas bíblicos ao longo dos séculos, por causa do comportamento assassino dos filhos de Jacó. Dinah não diz uma única palavra no texto bíblico; o que acontece com ela é relatado e caracterizado como estupro por seus irmãos. Neste livro, Dinah ganha voz. A tenda vermelha é narrado inteiramente sob sua perspectiva e pelo ponto de vista das mulheres que convivem com ela.
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Susan.Kelle 27/05/2022

Gostei muito de ver a história de Dinah contada pelo ponto de vista dela. Gostei de ver a história de Jacó contada de maneira diferente, com menos idealização deste homem. Gostei inclusive de ver a complicada relação entre as mulheres, tanto como irmãs quanto como esposas. De defeitos preciso citar que Dinah parecia q não ia crescer nunca, e quando finalmente aconteceu a paixão dela e Shalem e os dois na cama ocorreu numa velocidade recorde. Depois de ver a saga dela no Egito esperando Re-mose crescer, foi um bálsamo finalmente vê-la seguindo em frente. Mas então o final corrido e com a menina contando a história me pareceu uma maneira x9xa de finalizar essa parte do enredo. Enfim, foi uma leitura curiosa, cheia de fortes emoções e novas perspectivas da motivação de personagens que pensamos conhecer tão bem.
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