A voragem

A voragem José Eustasio Rivera




Resenhas - A voragem


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z..... 12/07/2021

Duas observações...
Vale registro também que as traduções conservam várias palavras em castelhano, ou seja lá que língua nativa for, conforme o uso rotineiro no contexto (pelo menos na edição que li é assim), por isso há o anexo de um interessante vocabulário.

A obra tem três partes, sem títulos, e cabe destaque também para os parágrafos iniciais da segunda e terceira parte. Textos impressionantes, daqueles que poderiam ser publicados de maneira independente em livros de sociologia, história, geografia, entre outros. Apresentam certa poesia narrativa, onde o autor introduz as personagens e leitor em dramas viscerais. Daria para por títulos como "A selva", na segunda parte, e "O seringueiro", na terceira.
Você pode até não ler o livro, mas vale demais a conferida nos cerca de 15 a 20 parágrafos iniciais de tais partes.

Leitura em Macapá. nos idos das campanhas de vacinação pioneira contra a covid....
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z..... 12/07/2021

Edição da Francisco Alves Editora (1982)
A obra é relato de uma travessia na Amazônia, especificamente na Colômbia, por Arturo Covas, o protagonista, que vive caso amoroso não aceito pela família da jovem Alícia. Devido a fuga na busca de novas perspectivas e oportunidades, passam por vilarejos e gradativamente adentram a floresta, sofrendo impactos de realidades desconhecidas.

Esse é o principal aspecto do livro, com as personagens encontrando-se e desencontrando-se, até sumariamente terem destino desconhecido pelo narrador, como se fossem tragadas pela floresta, termo que justifica a "voragem" do título, que alcança não apenas as personagens mas os homens em vários sentidos. Na real, Arturo e Alícia são apenas pretexto para apresentação da Amazônia.
O livro tem concepção naturalista e a floresta, no avançar da história, vai se tornando o foco principal. Vemos realidades impactantes no cenário natural (naufrágios, mortes por ataque de jacaré, queda de árvores, doenças ou no trato com gado, em ambientes viscerais) e realidades sociológicas violentas no trato entre os homens (exploração e arbitrariedades de fazendeiros, sistema de aviamento que escravizava os seringueiros, injustiça social), além de costumes do homem integrado nesse meio.

Importante registrar que a riqueza de informações deve-se a experiência do autor em travessia parecida, a serviço político na fronteira entre Colômbia e Venezuela (1922), testemunhando vivências como as que relatou no livro.

A história em si, no sentido romântico, não empolga (pelo menos na minha leitura, realizada por curiosidade), porém, como retrato sócio-ambiental é uma das mais relevantes obras da literatura colombiana.

Leitura em Macapá, contexto da vacinação contra a covid...
Nessa semana atingimos a faixa de 35 anos... A exemplo de outros locais, o povo se perde numa antítese besta, de associar o avanço da vacinação com descuido nas medidas em recomendação no momento...
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