O último voo do flamingo

O último voo do flamingo Mia Couto




Resenhas - O Último Voo do Flamingo


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Paulo Victor 09/07/2020

O Último Voo do Flamingo de Mia Couto é um livro bastante interessante. Além de narrar uma ótima história, o livro apresenta as variações linguísticas da língua portuguesa moçambicana. Foi muito legal poder ler este livro e fazer comparações das literaturas de língua portuguesa.
O livro ganhou um filme no ano de 2010, o que vale a pena conferir também.
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Adonai 21/05/2020

Esperando o flamingo retornar
Esse por enquanto é um dos melhores livros que li em 2020. Mesmo não gostando muito de realismos fantásticos, o escritor soube dosar tão bem e fazer uma obra super crítica, certeira, cômica na medida e com leveza.

Soldados da ONU começam a explodir em uma cidade de Moçambique e o que resta é apenas o órgão sexual. Os moradores da região possuem suas crenças dos fatos observados, porém um italiano é convocado para descobrir uma "verdade".

É um livro muito surpreendente, com várias mulheres fortes, sábias e empoderadas, são inclusive um dos pontos altos do livro. Uma personagem específica, a prostituta Ana, tornou-se minha favorita assim que apareceu e sempre rouba as páginas quando ressurge.

Mia Couto soube colocar História e resquícios de uma guerra civil e a falta de cuidado de outros países, os quais fecham os olhos e só os abrem novamente quando algo de interesse é visto. É realmente um livro maravilhoso!
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Sara Sousa 12/04/2020

O pássaro da esperança...
O livro retrata a vida em uma vila moçambicana, Tinzagara. Está acontecendo uma guerra e pôde-se perceber a dificuldade dos personagens em aceitá-la. Cada um tem uma dificuldade diferente em relação a suas crenças.
Representante da ONU, Massimo Risi, vai para a vila investigar acontecimentos recorrentes com soldados estrangeiros.
Porém, ele não entende os significados do povo moçambicano. Logo, ele precisa de um tradutor, que o trata como amigo.
O desenrolar do livro foca em cada personagem e suas histórias, todas convergindo para um bem comum da vila. A esperança é retratada por histórias de flamingos, contadas pela família do tradutor.
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Fabio Shiva 08/03/2020

mais que excelente
“O último voo do flamingo fala de uma perversa fabricação de ausência – a falta de uma terra toda inteira, um imenso rapto de esperança praticado pela ganância dos poderosos. O avanço desses comedores de nações obriga-nos a nós, escritores, a um crescente empenho moral. Contra a indecência dos que enriquecem à custa de tudo e de todos, contra os que têm as mãos manchadas de sangue, contra a mentira, o crime e o medo, contra tudo isso se deve erguer a palavra dos escritores.”
(Palavras de Mia Couto ao receber o Prêmio Mário Antonio, da Fundação Calouste Gulbenkian, em 12 de junho de 2001)

Cada encontro com Mia Couto é uma nova surpresa. Da primeira vez que ouvir falar em seu nome, julguei que se tratasse de uma mulher, mas logo descobri que era um gajo. Então, ao sabê-lo moçambicano, imaginei-o negro e (não sei bem porque) muito alto e magro. Ao ver uma foto sua, contudo, descobri que ele está mais para o Professor Sergio de “A Casa de Papel”. E por fim, depois de ter lido várias citações de seus textos, peguei um livro seu para ler, com a expectativa de encontrar excelente Literatura. E descobri muito mais!

“O Último Voo do Flamingo” superou todas as minhas expectativas. Uma prosa feita de provérbios entrelaçados como as contas de um rosário, uma narrativa que é capaz de nos enternecer e fazer sorrir mesmo ao denunciar horríveis desumanidades, um uso tão peculiar da língua portuguesa que nos faz crer que o autor habita em seu próprio país, onde se fala um idioma que ansiamos aprender.

Trailer do filme “O Último Voo do Flamingo”:
https://youtu.be/mRQFKSf36PA

E isso tudo é só o começo. Qualquer leitor dessa obra magnífica encontrará os encantos que resumi acima. Eu, contudo, tive a ventura de vivenciar uma experiência mística na leitura, tamanho foi o impacto que senti ao longo dessas páginas. Foi uma experiência que falou diretamente ao escritor em mim, mais que ao leitor, em uma jornada que se iniciou, talvez, com a extasiada leitura de “Cem Anos de Solidão” de García Márquez, que pela primeira vez descortinou as possibilidades do realismo mágico. E que prosseguiu com o feliz encontro com a Literatura Fantástica de Julio Cortázar, culminando finalmente com esse arrebatamento que foi ler Mia Couto. Existem livros para todos os gostos, é certo. Mas hoje estou convencido de que os livros que querem sair de mim desejam falar de um mundo que só se faz possível através da Literatura e ter, sempre, a missão de ajudar a mim mesmo (e a toda a humanidade, por extensão) a me tornar maior e melhor. Gratidão!

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2020/03/o-ultimo-voo-do-flamingo-mia-couto.html


site: https://www.facebook.com/sincronicidio
Fabiana 23/08/2020minha estante
Oi! Lendo seu comentário...lembrei de um vídeo bem legal que Mia fala sobre essa impressão: ser negro e ser mulher! Vale procurar, bem interessante... YouTube eu acho. Fronteiras do Pensamento talvez. Abraços e boas leituras!




Lilian 17/02/2020

não me pegou
o enredo é interessante e o contexto histórico é ótimo, mas o livro não me pegou
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Rick 02/02/2020

Livro para se ler e refletir
Sério, não consegui entender muita coisa do livro quando eu li. A forma da escrita, as entrelinhas que ocorrem no texto, precisam ser decantadas para fazer sentido. É o tipo de livro que pede calma e releitura. Mas que faz uma crítica social voraz e uma narrativa fora do padrão. Uma obra-prima, que precisa ser apreciada aos poucos
Fabiana 23/08/2020minha estante
Bem isso...Mia Couto... preciso ler novamente....sempre sinto isso!




Bia Onofre 27/01/2020

Voando alto
Impossível não se deliciar com a linguagem de Mia Couto. As palavras e frases inventadas, combinações inusitadas, poesia. Mas O último voo do Flamingo é extremamente surreal e não me prendeu tanto quanto os outros livros do autor que já li. É tão fantasioso que, por diversas vezes, me peguei voando longe. De qualquer maneira, Mia Couto é Mia Couto e seus livros sempre têm algo de bom.
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Lara Moreira 06/01/2020

“Há-de vir um outro flamingo”
Nessa releitura tive o prazer de reviver a intensidade dessas metáforas que Mia Couto pinta em seus livros, com um pouco de realismo mágico e crítica social. Li pela primeira vez para um vestibular em 2009 e confesso que não tinha entendido bem o objetivo do livro, mas a leitura já me marcara pela simbologia da natureza e do misticismo. O livro tem um grito forte contra a corrupção, contra a perda de uma identidade fragilizada pela guerra e pela exploração natural - o quanto o país africano sofreu e sofre em decorrência dessas ocupações que visam apenas extrair da terra e de seu povo. Nessa narrativa de uma terra fictícia chamada Tizangara, há explosões de corpos (soldados da ONU), dos quais restam apenas capacetes azuis e o órgão genital como fragmentos, o que gera uma série de investigações para compreender a origem de tal violência, encarada como uma vingança da terra devido à exploração sofrida. Há uma sequência de relatos dos personagens, nos quais cada um têm a sua própria versão da história. Alguns personagens muito interessantes como a Ana Deusqueira, Temporina e o sr. Sulplicio, resgatam a cultura moçambicana e mostram a importância e o respeito as tradições locais. Esse último é responsável pelas melhores reflexões do livro, que são de arrancar lágrimas com a beleza das metáforas. Há uma série de críticas no livro, seja pela colonização às avessas, seja pela exploração apoiada por pessoas da terra, numa ambição econômica absurda que levará esse país a um grande abismo. As passagens filosóficas sobre os flamingos nos faz voar nessa narrativa fantástica sobre esperança e resgate de uma cultura vencida pela guerra.
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"Assim, visto em voo, dir-se-ia que o céu se vertebrara e a nuvem, adiante, não era senão alma de passarinho. Dir-se-ia mais: que era a própria luz que voava. E o pássaro ia desfolhando, asa em asa, as transparentes páginas do céu. Mais um bater de plumas e, de repente, a todos pareceu que o horizonte se avermelhava. Transitava de azul para tons escuros, roxos e liláceos. Tudo se passando como se um incêndio. Nascia assim, o primeiro poente. Quando o flamingo se extinguiu, a noite se estreou naquela terra."
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“já acontecera em outras terras da áfrica. Entregara-se o destino dessas nações a ambiciosos que governaram como hienas, pensando apenas em engordar rápido. "
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” -A guerra ja chegou outra vez, mãe?
-A guerra nunca partiu, filho. As guerras são como as estações do ano: ficam suspensas, a amadurecer no ódio da gente miúda.”

site: https://www.instagram.com/p/B6-00gLjO2l/
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Cris @cristinadaitx 11/07/2019

Leitura intrigante
Em uma remota cidade de Moçambique, um representante da ONU chega para investigara morte de soldados. A únicapista que tem são as genitáliasdos soldados que ficam perdidas pela cidade. Porém, o que ele encontra é muito mais que um simples crime. Ele se vê envolvido nos mistérios e na crença de um povo que muito já sofreu, e que continua sendo enganado por aqueles que deveriam protegê-los. É com a ajuda de seu tradutor, que éum morador da região, que ele vai desvendar os mistérios dessa gente, e também ser um dos únicos sobreviventes da cidade. Esta última, será engolida pela ganância, e entre fantasia e realidade, descobrirá que essa remota cidade não está imune da corrupção, e dos pecados do materialismo.
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Cris 04/05/2019

Demorei 5 anos para entender o sentido desse livro, e o achei genial!
Li O Último Voo do Flamingo em 2009, era uma das leituras obrigatórias para a prova da Ufba. Comecei e terminei sem entender bulhufas! Conclusão na época: Livro sem pé nem cabeça, odiei!
Só que, anos depois, pesquisando sobre Mia Couto, resolvi ler resenhas deste livro e finalmente pude entender todo o simbolismo por trás das "explosões" dos militares, além do estilo de escrita do próprio Mia.
Rick 02/02/2020minha estante
Wow! Obrigado por sua resenha. Terminei o livro justamente pensando nisso: não entendi nada RS. Vou guardar esse livro para ler novamente tentando analisar essas referências


Cris 03/02/2020minha estante
Boa! ?




Erica 21/04/2019

Um mistério sem solução.
Para quem não faz questão de desfechos bem amarrados, esse livro pode ser bem aproveitado. O que não é o meu caso. Nesse livro a ênfase é manter uma atmosfera fantástica e sem respostas, o que me cansou e frustrou um pouco.
Mas deixo aqui o elogio à bela e peculiar escrita do autor, que salva o enredo.
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Layla.Ribeiro 12/07/2018

O cenário do livro é uma pequena província moçambicana , pós guerra civil, na qual soldados estrangeiros, enviados pela ONU vão ao país em busca de retomar a paz no local. O nosso narrador personagem, é um moçambicano, utilizado pela comunidade como um tradutor de um italiano que tenta resolver o mistério por trás do desaparecimento dos seus soldados. Ele vai narrar inicialmente sobre um acontecimento que mexeu com a curiosidade de todos da província, o caso de um penis que aparece misteriosamente sem o dono no meio da cidade, após o barulho de uma explosão. Essa é a minha primeira leitura de uma obra do famoso Mia Couto, custei um pouco de terminar o livro, por ele em todo enredo, misturar metáforas com a realidade, porém quando comecei a me acostumar com a leitura, nos capítulos finais, comecei a admirar a riqueza dessa obra, da forma poética como o autor fala de Moçambique e da sua cultura e a crítica sutil que ele faz sobre como os estrangeiros (europeus), se intrometem nos assuntos africanos, impedindo que o continente caminhe com seus próprios pés.
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Eduardo.Silva 19/03/2018

O mítico e o poético
O estilo literário de Mia Couto é inconfundível. O binômio mito e poesia está presente em sua escrita e nos encanta, indo além da prosa poética na medida em que imiscui as tradições, cultura, ancestralidade africanas à sua escrita.
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Eduardo.Silva 19/03/2018

O mítico e o poético
O estilo literário de Mia Couto é inconfundível. O binômio mito e poesia está presente em sua escrita e nos encanta, indo além da prosa poética na medida em que imiscui as tradições, cultura, ancestralidade africanas à sua escrita.
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isa.dantas 26/09/2017

Mia nos faz voar nessa narrativa fantástica sobre esperança. Que linda história!
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