The Eternity Cure

The Eternity Cure Julie Kagawa




Resenhas - The Eternity Cure


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Psychobooks 07/04/2013

Resenha Dupla

- Toda série precisa reapresentar a premissa. E aí, Julie?

Alba: Esse é um caminho que pode muito bem acabar com todo o encanto de um livro. Por se tratar de uma série e muito ter sido dito no primeiro livro, há a necessidade de reapresentar alguns fatos e revisitar a premissa da história. Não são todos os autores que conseguem fazer isso sem que nos sintamos "lendo" suas explicações, e não as digerindo juntamente com a apresentação do novo enredo. Pois bem, Julie não tropeça em nenhum momento. Voltamos a nos encontrar com Allie e ela ao mesmo tempo que caminha rumo ao seu novo desafio, nos conta o que aconteceu nos meses que passaram desde o término do primeiro livro e relembra alguns fatos da primeira obra. Tudo com muita naturalidade. Em nenhum momento me senti entediada por essa reapresentação; pelo contrário! Após um ano do fim da leitura do primeiro livro, essa retomada foi muito bem-vinda.

Mari: Na maioria da vezes, os livros de uma série são lançados com o intervalo de um ano entre um e outro, para quem acompanha a série de acordo com os lançamentos, alguns fatos do livro anterior podem ficar esquecidos ou vagos após um ano de leitura e é aí, que o autor tem que reapresentar os principais fatos e ajudar o leitor a relembrar tudo o que passou. Se o autor não tomar cuidado na hora da retomada, corre o risco de ficar repetitivo e chato, principalmente para aqueles que irão ler a série de uma vez, depois de todos os livros terem sido lançados. E nesse quesito, a Julie foi fantástica, como a Alba já citou.

- "A maldição do segundo livro" e/ou "Reconstruindo um mesmo enredo"

Alba: Aí chegamos à premissa da história e um medo vem à nossa mente: E se a autora resolver apenas refazer sua fórmula e contar exatamente a mesma coisa que nos contou no primeiro livro?
Esse fenômeno que gosto de chamar de "narrativa ciclo vicioso e/ou looping eterno", é aquela em que o primeiro livro é um sucesso de vendas, todo mundo ama, aplaude, grita "uhuuuuuuul!", aí o autora vai lá e REPETE a história, mudando um acontecimento ou outro. As ações se repetem, os romances não saem da mesmice e a fluência da escrita desacelera de forma desconcertante. Nos sentimos superenrolados e a série perde completamente o encanto. Esse é o terror de todo leitor de série de sucesso. Essa maldição nos assombra a todos.

Mari: A famosa maldição do segundo livro é gerada, principalmente, pela alta expectativa do leitor gerada frente a um primeiro livro estrondoso, fantástico e inovador. Aí vem o segundo livro e... a autora resolve dar uma desacelerada na história, recontar alguns fatos que não precisariam de uma nova ótica e acaba 'enchendo linguiça' e o leitor perde a paciência e se sente enganado.

Alba: Julie não se deixa levar. Munida de muitos patuás pra afastar a mandinga, ela permite que Allie dite a sua cadência e enfrente os fatos apresentados à sua frente de forma natural e usando toda o conhecimento que adquiriu durante o primeiro livro.
Aliás, mais um ponto da obra. Allie continua crescendo e amadurecendo. Todos os acontecimentos de sua vida contam para marcá-la de alguma forma e a fazer repensar atos e tomadas de decisões. Em sua mente, ela debate constantemente situações novas, tendo em mente acontecimentos passados. Essa características imprime uma verossimilhança absurda à personagem.

Mari: Tenho que concordar com a Alba, a Julie é incrível e fez com que a Allie amadurecesse ainda mais, ela realmente aprendeu com seus erros do passado e está se transformando em uma mulher incrível! No segundo livro da série The Blood of Eden, nada de personagem feminina mimimi depressiva. Mais um ponto para a Julie \o/

Alba: Há novos objetivos no enredo. Julie se desliga dos sucessos do enredo anterior e apresenta novas reviravoltas na narrativa, com novos e antigos personagens aparecendo e ajudando a construir a história. Há uma amadurecimento dos acontecimentos, bem como dos personagens. O livro não se trata apenas de uma ponte para um possível desfecho, ele acrescenta - e muito - à série.

Mari: O primeiro livro, The Immortal Rules, teve sua jornada com começo, meio e fim. The Eternity Cure nos apresenta uma nova aventura, um objetivo diferente, novos personagens e os antigos aparecem de uma forma 'melhorada', com o passado de alguns vindo à tona para responder algumas perguntas que tinha sido introduzidas no livro anterior e brinda o leitor com um final de tirar o fôlego e uma introdução para a próxima jornada.

- Plano de fundo + Premissa Verossímil + Mistura de Gêneros

Alba: Para os leitores escaldados, essa fórmula aí de cima pode ser um convite ao desastre completo.
Julie escolheu misturar muitos gêneros para construir sua história. O livro é sobrenatural, jovem-adulto, distópico, tem seres que lembram zumbis e ALÉM DE TUDO, é uma série. UFA.
E tudo na medida certa. A narrativa corre de forma coerente e não perde o pique em nenhum momento de suas 446 páginas.

Mari: O que mais me surpreendeu nessa nova série da autora, é que ela saiu da sua zona de conforto, seus livros anteriores tiveram como tema um mundo de fadas, com ação e bastante foco no romance. E agora ela nos apresenta uma série completamente diferente, onde a distopia, vampirismo e outros seres nos são apresentado sob uma nova ótica e o romance existe e é conflitante. Julie, sua delicinha, parabéns por inovar, arriscar e acertar em cheio!

- Construção dos personagens

Alba: Adoro a forma com a Julie cria as características de seus personagens. Já falamos de Allie, e ir além dela é contar spoilers gigantescos da obra. Já de início a protagonista deixa claro apenas um desejo: encontrar seu sire, Kanin. Qualquer outra dica ou comentário sobre outros personagens durante a narrativa seria entregar todas as surpresas e reviravoltas que a autora preparou durante a história. Allie é surpreendida pelos seus encontros e nós também somos.
O que posso falar de pronto é que todos os personagens têm suas verdades e não fogem de suas características em nenhum momento. Não houve um segundo sequer que duvidei de alguma ação ou decisão de algum deles.

- Vale a pena, suas lindas?

MUITO!

Alba: Classificado facilmente como 5 estrelas, PQP! É um YA que está amadurecendo e partindo para o gênero New Adult. As possibilidades com realidade criada por Julie também são infinitas. Os direitos da série já forma comprados por uma produtora e em breve ele virará filme. Não há previsão de lançamento da série no Brasil... Uma pena. O nível de inglês, para quem se interessar pela leitura, é médio/ difícil, devido às descrições.

Mari: Só consegui escrever essa resenha alguns dias depois de ter terminado a leitura pois meu coração foi quebrado em milhões de pedacinhos e foi preciso um tempo para deixar ele inteiro novamente. Os últimos eventos, foram tão bem desenvolvidos e descritos que eu senti cada pontada de dor sofrida pelo personagem. Já criei milhões de teorias para o próximo livro junto com a Alba, mas o fato é que a Julie é imprevisível e tenho certeza que ela irá nos surpreender.

"Dammit, when had this all become so complicated?"

"You can't save anyone now. The requiem has started, and when the last melody plays, the only applause will be sweet, eternal silence."
comentários(0)comente



Leonardo Drozino 11/03/2013

Julie Kagawa é uma das minhas escritoras preferidas pela facilidade em que ela tem em trabalhar com vários estilos e se manter na “zona da criatividade”. Depois de ler Os Encantados de Ferro e seu spin off, sem nem piscar li o primeiro livro da saga Blood of Eden, Immortal Rules.


Blood of Eden é uma distopia. Na época em que o livro foi anunciado, o tratei com descaso. Afinal, o que uma autora de uma série de fadas poderia fazer em uma distopia? TUDO. Inclusive tirar os vampiros lá do final da minha lista de temática sobrenatural preferida.


Adorei a forma como a Julie Kagawa inovou, e estava com as expectativas lá em cima para ler Eternity Cure. Só que elas não foram plenamente atendidas, embora eu não me sinta exatamente decepcionado com o que li.


O que mais me chamou atenção no primeiro livro, além da parte distópica – que é excepcional – foi a protagonista, Allison Sekemoto. Ela é uma personagem divertida, verdadeira e irônica. Ela me lembrou muito a Rose, de Academia de Vampiros, por todo o seu estilo e jeito de ser. Em resumo, ela é uma das melhores heroínas que conheço. Só que ela decaiu em Eternity Cure, como se ela tivesse perdido algo da própria personalidade no espaço de um mês entre o primeiro e segundo livro.


Para não dar spoilers do primeiro livro, me contenho em dizer que ela tinha uma boa consciência do que ela era e o que não era/não devia ser, mas por ter se envolvido em um romance, as suas emoções ficaram confusas em Eternity Cure e ela meio que se perde e age de maneira totalmente contraditória. Não é só ela quem fica confusa, é o leitor também.


Não gostei do Zeke nesse livro, tanto quanto gostei dele no primeiro. De alguma forma, ele me lembra alguns aspectos do Puck: Só causa confusão para onde vai.


Zeke é um grande exemplo de contradição nessa série. Não vou dizer o que ele faz, mas digamos que ele adquire um pouco da atitude irracional e nojenta que certos personagens desprezíveis como Christian Grey possui, e todas as mulheres parecem adorar.


Eternity Cure teria sido um livro muito melhor do que foi se a autora não tivesse desperdiçado tanto tempo com esse drama.


O que mais me chateou foi a ausência de uma interação melhor entre os personagens. No primeiro, alguns personagens secundários foram bem trabalhados e isso criava uma sensação de ‘amizade’ entre o leitor e o escritor, pois a autora oferecia uma boa variedade de personalidades para a gente gostar ou odiar. Eternity Cure se foca em um pequeno grupo de personagens por quase todas as páginas do livro. Isso deu um ar pesado na história, e até meio repetitivo.


Mas tirando esses detalhes, algumas coisas muito interessantes vão acontecer no enredo e elas me deixaram muito empolgado. A autora trabalhou bem as cenas de ação e em algumas novidades de deixar os olhos arregalados. Essas novidades são referidas ao título do livro.


Nas últimas páginas, comecei a ficar assustado por que estava prevendo que ia acontecer alguma merda. E sim, aconteceu. Não diria que a maldição do segundo livro tenha recaído sobre Blood of Eden, mas o final é muito ruim! Deu um gancho bom para o terceiro livro, mas ao menos que ela seja MUITO CRIATIVA e MUITO ESPETACULAR nele, tenho certeza que odiarei.


Apesar de tudo, eu adorei e acredito que Eternity Cure seja um livro digno de 4 estrelas, por enquanto. Dependendo da continuação, essa nota poderá aumentar ou diminuir drasticamente.

Larissa 17/06/2013minha estante
Temos algo em comum: também não gosto do Zeke. Sua resenha só me deu mais vontade ainda de ler esse livro!




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