Resenhas - Apegados

Rainy Girl 01/12/2013

Apegados
Não sei se Apegados pode ser classificado no gênero autoajuda. Ele é basicamente um livro de relacionamentos. O livro gira em um embasamento científico do início ao fim. Com teorias interessantes, às vezes complexas, mas na maioria do tempo foi uma leitura interessante e agradável. Não é muito o meu estilo de leitura, mas gostei.

Em seu livro, o Dr. Amir Levine e Rachel Heller utilizam os resultados do campo da teoria do apego para ajudar a decodificar como as pessoas interagem com aqueles que estão mais próximos. Eles apontam que a pesquisa mostra que é a qualidade de nossos apegos que está na raiz da nossa felicidade e sucesso do relacionamento.

Segundo a teoria do apego a dependência é um fato, não uma escolha ou mesmo uma preferência. Assim, temos sido programados para tornar certas pessoas preciosas para nós. Essa teoria está ligada a do pesquisador John Bowlby.

O livro é primeiramente um guia passo-a-passo de como construir uma relação harmoniosa e tem certo potencial para uma mudança de vida. A teoria do apego acaba por ajudar na vida de uma pessoa e não somente no lado amoroso. Apegados ajudará você a entender e abranger suas próprias necessidades e também ao identificar os estilos de apego das pessoas, permitindo com que você possa tomar decisões mais benéficas sobre os seus relacionamentos.

site: http://the-sook.blogspot.com.br/

Gil 09/10/2013

Apegados nos mostra os tipos de apegos, como podemos identificar em nós e nos outros, como fugir do tipo de apego evitante que normalmente não trás bons relacionamentos. Como fazer para ter bons relacionamentos usando os conselhos e métodos do seu tipo de apego. Os autores descrevem detalhadamente cada um deles, como aprender ou de como evitar algumas situações que atrapalhem o relacionamento. Como identificar quando o relacionamento está seguindo como deveria ser de acordo com tipo de apego da pessoa, um verdadeiro manual.


Acho a capa bonita e o título tem tudo a ver com a história. Formatação é agradável aos olhos (fonte em boa numeração e páginas amarelas). Achei interessante algumas ideias, assim como os exemplos de situações de alguns casais. Achei legal alguns testes propostos. Porém depois de um certo tempo fui achando um pouco cansativo. Acredito que pessoas que estudem o comportamento humano e também o das relações teriam uma ótima leitura, pois atribuiria mais conhecimentos ao seus interesses, porém para pessoas que gostem do gênero o livro também traria um bom entretenimento.

Brilho 07/10/2013

Qual seu apego?
De antemão já gostaria de afirmar que a Novo Conceito foi bem audaciosa. Muito mesmo. Uma editora que é consagrada pelos seus grandes dramas e romance lançar um livro completamente fora desse contexto. Pois se trata de um livro meramente científico, especificamente com foco na psicologia comportamental. Foi uma surpresa e tanto. Pois quando soube que leria esse livro, achei que fosse apenas relacionado à isso, porém explicado na forma de história fictícia contada e não era nada disso.

O livro é puramente científico, mas é bem dinâmico e divertido tendo grandes chances de envolver até mesmo pessoas que não curtem ler esse assunto. Explica de forma muito clara e simples uma teoria um tanto quanto complexa. Aliás, qualquer vertente da psicologia é complexo, não dá pra negar.

Os autores são mestres no assunto e ao longo dos anos vem pesquisando e dedicando esforços para obter informações e novidades de uma teoria chamada Teoria do Apego, que é relativamente recente. Essa teoria tem uma certa similaridade com a psicanálise de Freud. Freud defendia com unhas e dentes que os conflitos e traumas sofridos e reprimidos na fase infantil de uma pessoa influencia diretamente na personalidade que ela constituirá para si ao longo dos anos. Já a Teoria do Apego basicamente diz que a forma com que uma pessoa se porta em um relacionamento amoroso reflete perfeitamente a forma com que foi tratada por seus pais na infância em relação a apego e contato físico/emocional.

No decorrer da leitura é apresentado três padrões comportamentais de apego que uma pessoa pode ter, estes são: ansioso, seguro e evitante.

O seguro é aquela pessoa que não tem medo de intimidade , nem de se envolver emocionalmente com alguém ou de expressar seus sentimentos e necessidades em relação a contato físico/emocional. Não enxerga seu parceiro como um fardo que atrapalha sua independência, mas sim como uma base de apoio. E, além disso, não mede esforços para corresponder as necessidades de seu parceiro também.

Já o ansioso, como o nome já diz, é aquela pessoa que passa o tempo todo preocupado com a relação, deseja proximidade e intimidade com a pessoa mesmo que ela não queira. São as pessoas que mais são frustradas, pois acabam por ficando cegas e se entregam completamente na missão de agradar e cumprir com o que é proposto pela outra pessoa e acabam esquecendo ou se privando de suas próprias necessidades.

E por fim temos o evitante, que é o padrão que ninguém deve ter, ou se tem tem que lamentar e procurar se adaptar o melhor possível. O evitante considera a intimidade com o próximo uma ameaça direta a sua tão linda e intocável independência. Obviamente os evitantes também necessitam se conectar emocionalmente com os outros de alguma forma, e assim o desejam, porém geralmente não demonstram e buscam alcançar isso a sua própria maneira. Mesmo que seja necessário atropelar ou desconsiderar as necessidades do parceiro.

Esses padrões comportamentais são apresentados com mais detalhes e é exposto vários e vários relatos de casais que passaram por conflitos e outros que vivem perfeita sintonia. Amir e Rachel, com toda sua experiência, transmite recomendações para que saibamos quais os padrões que mais combinam entre si e quais os que menos são compatíveis, por exemplo: evitante e ansioso. Além disso nos deixa vários testes e técnicas para que consigamos identifica nossos próprios padrões e o de outras pessoas, para que tenhamos um relacionamento bem-sucedido.

O mais incrível é que é possível identificar esses padrões ainda quando bebês. Mostram experiências com bebês e suas mães onde elas entram com eles em salas cheias de brinquedos e os deixa. Os ansiosos passam a berrar violentamente e não quietam a não ser que suas mães voltem e os pegue e ainda assim continuam chorando depois; os seguros choram e demonstram alteração emocional, porém não fazem tanto escândalo e logo que a mãe aparece eles ficam em paz e voltam a brincar; já os evitantes não estão nem aí quando elas saem... Exteriormente. Ao medir os batimentos cardíacos e outros fatores internos, notaram que os evitantes demonstravam tanta ansiedade quanto os outros.

Um fato interessante é que os evitantes na era pré-histórica eram os coitados, sabem por que? Como havia muitos perigos pra se enfrentar sozinho como feras selvagens por exemplo, era bem melhor andar em grupo como típico de ansioso e seguros. Logo os evitantes eram os que sempre morriam com mais frequência.

Algumas lições que o livro deixa como essenciais para se obter um relacionamento decente ou evitar até mesmo entrar em relacionamentos que não serão bons são: Expressar-se. Ninguém é obrigado a ler sua mente meu filho. Se você não falar o que quer, só vai ficar fazendo joguinhos baratos com a pessoa e isso pode gerar intrigas e frustrações quando não correspondido. Além do que quando você se expressa quando está conhecendo alguém que é passível de namoro ou algo assim, já vai descobrir como a pessoa reage quando você necessita se conectar emocionalmente. E a outra lição essencial é conecte-se sem ter medo. Não é vergonha pra ninguém estar carente de atenção ou de ligação emocional com a pessoa. Pelo menos não deveria ser vergonha. Tenha em mente que se fosse há alguns milênios (milênios porque ao meu ver a terra não tem milhões de anos de idade) atrás, nego já tinha sido devorado por um tigre dentes-de-sabre pra largar de ser besta!

Descobri que sou seguro, mas com um índice de ansioso um pouquinho elevado. Assim como minha parceira. Agora descobri porque damos tão certo. u.u Brincadeiras a parte, o livro é bem interessante e expõe de maneira única uma teoria científica. Se todos os livros científicos fossem assim seria uma maravilha, pois muito mais pessoas se interessariam em conhecer essas correntes de pensamento e não considerariam um tédio total.

Aliás, o livro começa como uma exposição de mestrado e termina como livro de auto-ajuda. O que me desgastou um pouco é que o livro é compridinho e não perde em qualidade, mas chega uma hora que parece que tá repetindo o que já foi dito anteriormente, mas com outras palavras e cansa. Por mim poderia cortar livro pela metade em dois e entitularia "Apegados Parte 1 - Teoria" e "Apegados Parte 2 - Exemplos e Cases". Pronto, problema resolvido. Não sei se ficou claro, mas é isso, parece que chega uma hora que repete demais o que a gente já foi informado. Enfim, no entanto isso não tira o crédito da obra, vale muito a pena e ao meu ver todos deveriam ler antes de meter a cara em um relacionamento amoroso. Parabéns aos dois autores, parabéns à Novo Conceito.

Por incrível que pareça, o amor não é tudo. Aliás, depende do que você entende por amor. Mas ainda assim ao meu ver após ler isso é necessário três coisas para um relacionamento bem sucedido: Deus, amor, compatibilidade.

site: www.brihodasestrelas.com.br

laysadyoliveira 01/10/2013

onfesso que não sou tão fã deste estilo de livro, os auto-ajuda (se é que posso chamar ele assim), realmente gostei deste lançamento da editora novo conceito, ele é bem simples de ler, e até para quem não gosta do estilo, eu indico.
No primeiro capítulo do livro, confesso, tive um pouco de vontade de parar de ler, porém não desisti, ainda bem! Ele enrola um pouco para começar de verdade, mas com o passar das folhas, tudo melhora, e você poderá entender bem o que os autores querem passar.
De uma forma bem resumida o livro fala que existem três tipos de apego (que as pessoas são divididas em três tipos de personalidades ao se relacionar): o seguro, o ansioso e o evitante. Tem vários testes no decorrer do livro, para você identificar qual seu estilo e o do seu parceiro (a). E claro, como melhorar cada vez mais a harmonia entre pessoas que tem o mesmo ou diferente estilo.
Deu para entender como que é o livro, e porque eu achei ele bem interessante?
Eu fiz claro todos os testes, e bateu tudo certinho como realmente sou e descobri que sou 'ansiosa'. Mas o melhor foi saber que o estilo do meu namorado é o 'confiante', que é o que dá certo com os outros dois estilos. Teve muitas dicas de como melhorar o relacionamento, anotei tudo, e espero conseguir realizar, afinal, sempre queremos o melhor nas nossas relações.
Provavelmente o que mais me chamou a atenção, ja aconteceu logo no início do livro. Depois de um estudo realizado, foi comprovado que as pessoas se saem melhor na vida quando tem o apoio de alguém. Isso é bem interessante, já que muitos afirmam que para ser feliz numa relação, é preciso ser completo sozinho, e depois sim conseguir um companheiro (a). Bem interessante esta ideia ter sido dita e explicada por lá. Mas eles também prezam que isso não é uma regra, que muitos conseguem a felicidade sozinho, porém é mais difícil e demora mais tempo.
Se eu recomendo o livro? Sim! Mesmo para quem não é tão fã deste estilo de livro, dá para tirar algo bom sempre. Mas tem aquela também, ele não pode te ajudar, se você não estiver aberta para isso, tem que acreditar que isso pode acontecer com você.

RUDY 24/09/2013

ANÁLISE:
Sei que muitos não gostam desse tipo de leitura, mas como psicóloga não pude me abster da mesma. Gosto muito de aprender um pouco mais sobre técnicas e comportamentos humanos. E foi uma leitura muito proveitosa.
Os autores usaram suas pesquisas de forma bem específica e o livro ficou bem escrito e elucidativo. Alguns diriam que é um livro de auto ajuda, entretanto, no meu ponto de vista, é mais um livro esclarecedor, onde podemos observar e reavaliar nossa postura e a do parceiro dentro do relacionamento. Podemos também detectar que tipo de apego temos em relação a outra pessoa. Algo bem interessante e evolutivo.
O livro é muito interessante, agora deixo o alerta que é para um público bem específico, que gosta da área e gosta de evolução pessoal.


site: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2013/09/resenha-34-apegados-amir-levine-e.html

Marina 13/09/2013

Apego ou não me apego?
"Um guia prático e agradável para estabelecer relacionamentos românticos recompensadores". Esse é o subtítulo do livro.

Para os autores existem três tipos de pessoas, ou melhor, três tipos de apego: o seguro, o ansioso e o evitante.

Seguros, o próprio nome já diz, são seguros, por isso, aceitam bem a intimidade e são amorosos. O ansioso, não precisaria nem explicar, mas é a pessoa extremamente preocupada com o relacionamento e chega a questionar se seu companheiro realmente o ama. Já o evitante, é aquele que prefere ser independente e não gosta de se apegar. Acredite ou não, a maioria das pessoas possuem estilo de apego seguro.

O livro traz testes para você descobrir o seu estilo de apego e também do seu parceiro.

Os autores apontam situações de conflito que ocorrem em razão dos estilos de apegos diferentes do casal, mas que isso não é o fim, você pode aprender como lidar. Durante o livro são abordados os comportamentos de cada estilo de apego e como usá-lo de forma saudável no relacionamento. Mostra a tendência natural de cada comportamento, consequentemente a explicação porque um casal não combina, não consegue ficar junto, briga muito ou porque um sofre tanto no relacionamento e o outro parece indiferente.

O livro traz dicas legais para o casal buscar a felicidade, não se trata de um livro daqueles "Como agarrar o homem dos seus sonhos", são pesquisas científicas.

A diagramação da capa é linda, reluzente no coração, mas dentro, perdeu-se muito espaço com respostas dos testes. Óbvio que sempre têm frases que me chamam a atenção:

"Quando as pessoas se apaixonam, estão colocando sua alma nas mãos de seu parceiros para proteção mútua, e que vocês dois têm responsabilidade em mantê-las seguras e fazê-las prosperar" (p. 247).

"Quando nosso parceiros é totalmente confiável e nos faz sentir seguro, e especialmente se ele sabe como nos confortar nos momentos difíceis, podemos voltar nossa atenção para todos os outros aspectos da vida que fazem a nossa existência ter sentido" (p. 41).

Rose 12/09/2013

Me respondam uma pergunta, ou melhor, duas:
- Vocês sabem me dizer qual é o seu tipo de apego?
- Vocês saberiam quantificar este apego?
Pois é, "Apegados", foi escrito por um psicólogo e uma psiquiatra e neurocientista que através de vários testes, gráficos e questionamentos visa nos ajudar a reconhecermos nossos estilos de apego. Complicado? Não para esta dupla.
Eles separam o tipo de apego em 4: apego evitante, apego seguro, apego ansioso e ansioso-evitante (que representa uma minoria).
Tudo é muito subjetivo e científico, o que deixou a leitura um pouco desinteressante e até cansativa para mim. Eles até colocam tabelas e exercícios para que o leitor entenda melhor a ideia, e porquê não, fique menos chata, mas confesso que no meu caso, não adiantou.
Talvez para aqueles que tenham problemas de "apego" em seus relacionamentos, o livro seja um ajuda, para tentar entender o que acontece e como acontece. Ou então para pessoas acostumadas a livros científicos ou de autoajuda.

Isabella 25/08/2013

"Apegados" foi escrito pela Rachel S. F. Heller, mestre em psicologia sócio-organizacional da Universidade de Columbia e pelo Dr. Amir Levine, psiquiatra e neurocientista. Foi lançado no Brasil pela editora Novo Conceito (obrigada por ter me enviado o livro de cortesia ♥) e conta com 296 páginas.

O apego adulto se difere em três categorias: apego-ansioso, apego-seguro e apego-evitante. Cada grupo reage de formas diferentes à intimidade dos relacionamentos. A visão que as pessoas possuem do conceito de intimidade, a maneira que lidam com o conflito, a atitude em relação ao sexo, a capacidade de comunicarem seus desejos e suas expectativas em relação ao parceiro e ao relacionamento são alguns dos itens que categorizam esses estilos.

Confesso que não sou fã de livros de desenvolvimento pessoal, não sou fã do Augusto Cury e, na verdade, tenho até um pequeno preconceito sobre. Esse livro, contra tudo o que eu pensava, me deixou bem curiosa para ler e a leitura me fixou bastante. Existem aqueles livros que repetem a mensagem o tempo todo, acho isso super cansativo! Sinto que estou na página 100 lendo a mesma coisa que estava escrito na 10. Esse, no entanto, tem o desenvolvimento retilíneo e de fácil entendimento.

"Apegados" conta com vários testes, gráficos e questionamentos interessantes que te ajudam reconhecer seu estilo de apego facilmente. O meu estilo é, sem dúvidas, o ansioso. Depois de descoberto, ele nos mostra vários exemplos de relacionamentos e maneiras de "controlar" os problemas que nossa forma de apego pode gerar.



"Lembre-se: um sistema de apego ativado não é amor. Da próxima vez em que você sair com alguém e sentir-se ansioso, inseguro e obsessivo - só para ficar extasiado de vez em quando -, diga a si meso que isso é, muito provavelmente, um sistema de apego ativado, e não amor! O amor verdadeiro, no sentido evolucionário, significa paz mental."

Não esperava muito do livo mas, no final, achei totalmente interessante. O que nele tem escrito é absolutamente real. Não é daqueles que apenas dizem para sermos indisponíveis, sabe? É dos que te mostra o que está errado e te ajuda a melhorar. Dou quatro estrelas!


site: http://www.entreparagrafos.com/2013/08/apegados-amir-levine-e-rachel-sf-heller.html

Leandro | @obibliofilo_ 08/08/2013

Resenha Postada Oficialmente no blog "Palavras ao Vento".
Seria incoerente da minha parte dizer que não leio livros do gênero autoajuda? Talvez sim, até porque "Apegados" faz parte do gênero, eu li e sinceramente... O livro cumpre com o seu objetivo. Se você não possui sorte nos seus relacionamentos, não sabe muito sobre si quando está em um relacionamento e se sente confuso quando se trata dos tipos de apegos de cada pessoa com quem se envolveu, acredito que este livro seja uma boa escolha para você começar a entender um pouco sobre tudo isso e até entender melhor a si mesmo.

[SINOPSE] Cada vez mais fazemos uso da pesquisa científica para conquistar melhor qualidade de vida. Sabemos o que devemos ou não comer, conhecemos o tipo de exercício que devemos praticar e por quanto tempo devemos fazê-lo, aprendemos alternativas viáveis para conquistar o sono revigorante... No entanto, nossos relacionamentos amorosos, parte importante de nossa vida, não parecem tão avaliados e estudados. Geralmente temos a sensação de que essa coisa de amor é um assunto da sorte.Mas será possível que a ciência explique por que algumas relações são produtivas e enriquecedoras, enquanto outras nos deixam perturbados e alienados? Pode a ciência explicar como muitos criam vínculos amáveis sem esforço algum, enquanto outros têm que lutar tanto pelo amor? Para o psiquiatra Amir Levine e a psicóloga Rachel Heller, a resposta é um evidente “sim”.Em "Apegados" — livro baseado nas pesquisas da Teoria do Apego, de John Bowlby —, os autores revelam como compreender os mecanismos de afeição que se criam entre os adultos, o que certamente nos ajudará a encontrar e a manter o amor. Seja você do tipo “ansioso”, “seguro” ou “evitante”, Levine e Heller se encarregam de oferecer instrumentos suficientes para que você possa construir relações mais fortes e reparadoras com as pessoas que ama.

Expressar minha opinião sobre um livro que não me agradou totalmente, apesar de ter cumprido com o esperado, é complicado. Aqui, os assuntos abordados são tratados de uma forma diferenciada. Tudo é levado mais para um âmbito científico. Os autores, de uma forma cuidadosa, expõem seus conceitos sobre cada apego, exemplificando e ainda auxiliando o leitor a desenvolver um entendimento mais amplo sobre cada um. Portanto, um dos objetivos é que inicialmente o leitor compreenda e diferencie os tipos de apego principais que são três: apego evitante, apego seguro e apego ansioso. E há também o apego ansioso-evitante ― que representa uma minoria.

O que realmente prejudicou totalmente a minha leitura e o meu envolvimento com a mesma foi a maneira como os autores abordaram e esclareceram a maioria dos assuntos referente a relacionamentos. Tudo ficou muito subjetivo e científico demais, tornando a leitura totalmente desinteressante. Claro que há tabelas e exercícios para colaborar com a compreensão do leitor e ― eu acredito ― tornar a leitura mais dinâmica. Porém, nada disso adiantou muito e nem tornou minha leitura mais interessante.

Aprender a diferenciar os tipos de apegos não é algo simples e há vários casos diferentes, exemplificando-os. Então, "decifrar" os seus relacionamentos anteriores, compreendê-los melhor e acima de tudo, saber lidar com os próximos de uma maneira melhor, para que sejam mais saudáveis e menos nocivos à saúde emocional é algo complicado ― até porque todo relacionamento é muito complicado.

Concluindo, eu apenas indico a leitura de "Apegados" para os leitores que já estão familiarizados com o gênero no qual o livro se enquadra e para os que buscam algum livro que aborde variados tipos de relacionamentos. Não pretendo ler outros livros autoajuda. De forma geral, não foi totalmente uma leitura dispensável ou uma total perca de tempo; consegui compreender melhor determinadas situações e espero conseguir aplicá-las em minha vida, algum dia. Apenas não espero que o grande problema dos meus futuros relacionamentos não seja eu, com minha ideias e conceitos "diferentes".

FICA A DICA!

site: http://www.leandro-de-lira.com/