Dream Story

Dream Story Arthur Schnitzler




Resenhas - Breve Romance de Sonho


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jile 03/07/2021

o raio que o parta minha filha isso aí é tesão fia
gostei da escrita mt bela mas n eh mt meu tipo de livro nn, se a história fosse hj em dia abria o relacionamento e ja tava tudo certo
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Victor.Hugo 10/05/2021

A narrativa desse livro é sensacional, agilíssima: a sucessão com naturalidade de eventos insólitos garantem a atmosfera de sonho da novela, cuja história se desenrola principalmente a noite; a alternância entre a voz do narrador e a voz de Fridolin, o protagonista, sem maiores indicações que o tom das passagens; o desenvolvimento de vários pontos de clímax...
Fora isso, é sempre interessante observar até que ponto o ser humano é múltiplo em suas facetas, e tem necessidade de todas elas. Como Fridolin, que ansiava (sem o saber, talvez, e por apenas duas noites, talvez) por uma existência paralela àquela sua, burguesa, na qual, sem qualquer escrúpulo, manipularia todos à sua volta visando unicamente satisfazer seus prazeres e paixões; ou como Albertine, cuja volúpia da crueldade extravasa em sonho ? expressão máxima da libido, tanto mais porque nele experimentasse tudo com maior intensidade: a raiva, o ódio, a liberdade, o desejo. Albertine e Fridolin guardam latente em si a morte, em seu aspecto mais excitante: a vaidade da morte, poder dispor de uma vida qual uma Olimpiana; ou a morte arrebatada, o entregar-se à morte como à paixão, um morrer pelo amor à vida ? ao menos para Fridolin, cujos medos da morte e da covardia o perseguem, impedindo-o, por exemplo, de se deitar com uma prostituta (desejo), e não de cumprir suas obrigações médicas que também tinham seus riscos (dever).
Enfim, uma breve novela em que se afiguram desejos mitológicos em  meio a uma existência comum e pacata em sociedade. Desejos mitológicos porquanto, como Medeia ou  madame de Merteuil, transcendessem a humanidade numa aventura delirante e solitária por um ego sobrepujante.
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Jô Santos 20/02/2021

Freud explica
O autor é um contemporâneo de Freud e trocou figurinhas com ele. Nesse livro podemos ver como ele foi influenciado pela psicanálise, temas como sonhos e desejos são o foco principal dessa obra. Todos nós temos desejos ocultos, muitas vezes esses desejos extravasam nos sonhos (quase nunca de forma óbvia), algumas vezes em nossa vida temos a chance de realizar tais desejos, mas será que teremos a coragem de sair de nossa zona de conforto, de perder nossos privilégios? É essa questão que permeia a aventura de nosso protagonista.
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Ester Azevedo 25/01/2021

Gostei muito. Divertido e inusitado.
"Para sempre, ele quis acrescentar, mas antes ainda que houvesse pronunciado as palavras, ela colocou-lhe um dedo nos lábios e, como se o fizesse para si mesma, sussurrou: "Melhor não perguntar ao futuro"."
Breve romance de sonho, Arthur Schnitzer

O que dizer? Divertido e inusitado, o livro trás uma análise interessante sobre um homem em casamento estremecido por segredos.
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Miguel.Martins 11/01/2021

Como o nome indica, é um livro bem breve, li em 2 dias.

Apesar disso, está longe de ser uma obra rasa. Schnitzler, além de poeta e escritor, era também médico por formação e profundamente interessado em psicologia/psicanálise. Assim, "Breve romance de um sonho" é mais um tratado sobre psicanálise do que um romance literário.

Estudamos esse livro na aula de Literatura Alemã, o que me permitiu ter contato com uma análise aprofundada da obra que abordou os conceitos psicanalíticos presentes no enredo. Se eu tivesse lido por conta própria, provavelmente não teria gostado muito. E não só por essa complexidade temática, mas principalmente porque o protagonista (o médico Fridolin) é um personagem muito fraco – não em termos de desenvolvimento literário, mas de caráter mesmo. É um homem orgulhoso, arrogante e medroso. Mas compreendê-lo à luz da psicanálise de Schnitzler e de Freud dá uma dimensão totalmente diferente à personagem.

Acho que o ponto negativo da obra (ou ao menos da edição da Companhia de Bolso) é que ela não vem acompanhada de uma apresentação ou uma nota do editor/tradutor sobre essas nuances psicanalíticas. Acho que isso melhoraria em muito a experiência do leitor desavisado.
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Lucas.Henrique 09/12/2020

Psicologicamente perturbador
Existem obras que tornam-se maiores ou menores a dependerem das vivências particulares de cada leitor, e posso garantir que Breve romance de sonho se trata de uma delas. Foi baseando-se nesse romance que Stanley Kubrick roteirizou De olhos bem fechados. É um daqueles livros que fazem estudo de personagem de maneira brilhante e te coloca na pele dos personagens, e você entende suas falhas e motivações. Existe um terror psicológico latente na busca que o protagonista empenha em uma noite que, após uma confissão de sua esposa sobre um sonho que tivera, sai em busca de uma vingança no mundo real. É genial e perturbador e fica claro o motivo de Kubrick, um apaixonado em contar histórias sobre a natureza humana, em escolher essa obra como sua involuntária última adaptação.
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Ale 19/08/2020

No mundo insconsciente dos desejos
Leitura super interessante! Uma novela de leitura rápida e de narrativa bem elaborada que aborda de forma literária muitos dos temas que Freud desenvolvia concomitantemente na psicanálise. Após a leitura, diversas são as reflexões realizadas sobre desejo, a força do inconsciente nas visões sobre a realidade, o duplo que há em nós onde exteriorizamos uma identidade e guardamos internamente alguns desejos, medos, etc. Enfim, gostei muito da leitura e tenho curiosidade em buscar outras obras do autor.
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Luis.Gengibre 06/08/2020

D.?
O livro é bem curtinho, o que me deu um tremendo espanto por demorar 3 dias para ler. Os personagens são rasos, exceto pelo protagonista, os acontecimentos seguem um condão temático, e os temas abordados permanecem tão atuais quanto no inicio do século XX. A ambientação e momentos da história são impecáveis, porém ao se parecer muito com um sonho de outra pessoa, o primeiro instinto dos olhos é olhar para qualquer outra coisa mais interessante.
Infelizmente somente entrei em contato com a obra por ser um grande fã do filme americano que adaptou a história. Na ótica genial de Kubrick tudo isso foi traduzido com paixão e talentos únicos, o que em comparação ao livro tem muitos outros méritos pelo formato.
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Joselene.Monteiro 28/07/2020

Publicada em 1926, “Breve romance de sonho” é a obra mais célebre do poeta, dramaturgo e romancista austríaco Arthur Schnitzler (1862-1931), conhecida sobretudo por ter inspirado o roteiro do filme “De olhos bem fechados” (1999), de Kubrick.

O enredo se desenrola em Viena. Um casal, depois de um baile de carnaval, dialoga sobre a experiência de flertar com outras pessoas. “Perguntas inocentes, mas perscrutadoras, respostas astuciosas e ambíguas eram trocadas; a nenhum dos dois escapava que o outro não fazia uso de toda a honestidade, de modo que ambos se sentiam dispostos a pequenas vinganças”. Nessa conversa acabam por revelar desejos ocultos, que, mesmo parecendo pouco influenciar em seu cotidiano feliz, mapeiam territórios secretos aos quais suas ações (reais ou sonhadas) podem arrastá-los. Diante de uma fantasia revelada por Albertine, a esposa, o marido, Fridolin, fica mordido de ciúmes. Ele, que é médico, sai para atender o chamado de um paciente moribundo e dali segue errante pela noite em busca de uma aventura que satisfaça seu desejo de vingança. Acompanhamos, então, Fridolin em sua perambulação por cenários oníricos em uma busca por prazer, que o conduz a um tormento insuportável do desejo, uma trama que mescla morte e erotismo.

A narrativa nos prende não somente pelo mistério, mas também pelos questionamentos que humano (ou felino) algum pode responder sem embaraço. “A vida somente pode ser posta em jogo por dever [...], nunca por capricho, paixão ou apenas para medir-se com o destino?” A realidade de uma noite — ou mesmo de toda uma vida — necessariamente significa a verdade mais íntima de alguém? Algum sonho pode ser totalmente sonho?

site: https://www.instagram.com/genieozepelinho/
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Gladis 08/07/2020

?Agradecer ao destino, penso eu, por termos escapado incólumes de todas as aventuras ? as reais e as sonhadas?.
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Zé - #lerateondepuder 06/07/2020

Breve romance de sonho
Quando a vida estruturada pode mudar de uma hora para outra, com grandes consequências em um relacionamento e tudo por causa de alguns sonhos. Essa é a história contada no livro ora resenhado, a de um médico bem de vida, com uma boa família, uma linda mulher e uma filha adorável na convencional Viena dos anos 1920, que passará por situações muito inusitadas, não sabendo se tudo será ou não um sonho.
Uma leitura agradável e rápida, a final se trata de uma novela, que usa termos rebuscados e parágrafos um tanto quanto extensos. Começa descrevendo os personagens principais, os colocando direto no mote da trama, um determinado baile de máscaras, no qual o casal compareceu à noite anterior, tendo flertado um com outro, sem que percebessem suas identidades. A conversa segue em casa, com o tema sobre os desejos mais íntimos e perigosos, até que a esposa conta sobre uma certa oportunidade, um poucos antes de se casarem, que teve uma rápida paixão por outro homem e que, se este não a tivesse deixado, poderia ter largado tudo para ficar com ele.
Esta confissão da conhecida como Albertine, irá desencadear em Fridolin, o respeitado médico, uma inquietação na alma, principalmente, no tocante à fidelidade de sua esposa para com seu casamento. A partir desse ponto, o enredo apresenta uma sequência de cenas em que esse médico se moverá com o ímpeto de trair, como forma de reparação à mágoa sofrida.
Os acontecimentos que se apresentam na vida do médico são um tanto quanto nada convencionais, mas ligado ao desejo de reparação, primeiro com uma filha de um de seus pacientes que falece, tendo no momento de atestar sua morte, recebido a declaração daquela jovem de que por ele é apaixonada. Segue às ruas pela madrugada e se depara com uma prostituta, depois em um outro baile secreto de máscaras, onde há mulheres nuas e cenas das mais eróticas, em que o personagem principal quase é flagrado em sua identidade, sendo salvo por outra bela mulher, mas tendo que se retirar.
E assim vão aparecendo várias ocasiões singulares para aquele pacato médico, muitas em consequência daquele encontro secreto, tudo saindo da mais completa previsibilidade, na ânsia de se vingar da quase infidelidade. Em algumas vezes, Fridolin questiona se aquilo tudo não seria um sonho e se, diante do mundo inteiro, poderia ele levar uma espécie de vida dupla, ser ao mesmo tempo o médico trabalhador, confiável e promissor, o bom marido e pai de família ou um devasso, um sedutor, por outro lado.
A história vai se finalizando com outra conversa íntima na cama do casal, quando ao se deitar, Fridolin percebe a máscara usada secretamente no baile exótico, revelando que a esposa havia tomado conhecimento de seus atos de adultério. Albertine, por sua vez, acaba confessando outro sonho de traição ainda mais ousada e o médico aproveita para revelar em detalhes, tudo que aconteceu, a que sua mulher responde: “estou tão certa quanto suspeito que a realidade de uma noite ou mesmo de toda uma vida não representa sua verdade mais íntima.”
Como se espera pelo próprio título, o autor irá questionar os mitos e perspectivas psicológicas que acontecem inconsciente das pessoas, indicando as possíveis interpretações à luz da psicanálise. Há algumas passagens sobre a análise dos sonhos do casal protagonista, em que se questiona se toda a trama é apenas um devaneio e que, quando se acorda, será possível esquecer por completo, nada permanecendo além de um estranho estado de espírito, um misterioso atordoamento. Argumenta, também, se quando lembrada mais tarde aquela fantasia, não é possível saber se foi vivenciada de fato ou se foi apenas sonhada.
De título original é Traumnovelle, o livro foi escrito no ano de 1926, sendo que seu autor é Arthur Shnitzler, um médico de formação, dramaturgo, romancista e um dos maiores destaques da literatura austríaca do final do século XX, autor de outras obras clássicas como: O Retorno do Casanova e Contos de Amor e Morte. Shnitzler é, por vezes, comparado a Freud que privilegiava o inconsciente, sob o aspecto das perversões, enquanto este autor vienense explora o sexo com a morte e as infidelidades, principalmente, das famílias burguesas austríacas.
A edição lida foi uma de formato digital, disponível no site http://lelivros.love/, da Editora Companhia de Bolso de 2008, sendo possível verificar outras quatro edições diferentes. Uma boa publicação é a da Editora Globo/Folha de São Paulo, de 2003, traduzida por Sérgio Tellaroli, com apenas 95 páginas.

Veja a vídeo resenha, em: https://youtu.be/a2BBG0KwYR0. Acesso em: 05 jul. 2020.
Paz e Bem!


site: https://lerateondepuder.blogspot.com/2020/07/resenha-do-livro-breve-romance-de-sonho.html
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Maitê 22/06/2020

Vi o filme de Kubrick, há mais de dez anos, e me impressionei por ao ler a novela, lembrar de várias cenas, pois Kurick surpreendemente faz uma adaptação fiel ao livro.
Não gostei do filme quando o vi, algo me incomodou, mas o desejo de ler o livro me veem em um outro momento, no qual estou mais do que nunca imersa na psicanálise.
Arthur Schnitzler, chegou a ser nomeado pelo próprio Freud como seu duplo literário, e nesse romance fica mais do que presente essa nomeação, os temas retratados, a abordagem de Schnitzler, é pura psicanálise.
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Li novamente para um estudo direcionado, e apesar de ser curtinha e ter revisto o filme recentemente, ainda assim percebi várias sutilezas na narrativa. Em especial a relação com as mulheres, um erotismo sempre marcado pela impossibilidade.
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Carlos R. A. Amorim 23/03/2020

Uma história reflexiva
É uma história curta, para ser lida de uma só vez.
A linguagem é bem interessante e tem um aspecto onírico no desenrolar dos acontecimentos que combina bem com o título da obra.
A partir de um sonho de infidelidade há um desencadeamento de emoções e instintos que trazem sérias consequências para um casal.
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Guilherme 09/03/2020

Um mistério sem resposta. Ou será que tem? Cada leitor vai tirar suas próprias conclusões ao término desse livro curto, mas que aborda diversos temas. O narrador consegue passar uma agonia, principalmente na conclusão, que é praticamente impossível parar de ler. Muito fácil ler em um dia, e são um pouco mais de 24 horas que a história, um dia pode mudar uma pessoa totalmente, mas porque mudar se não existe evidência de que algo realmente aconteceu.
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