Dream Story

Dream Story Arthur Schnitzler




Resenhas - Breve Romance de Sonho


68 encontrados | exibindo 61 a 68
1 | 2 | 3 | 4 | 5


ErranteLiterári 07/01/2013

Amar ou odiar...
Breve Romance de Sonho - ou, no original, Traumnovelle - é uma pequena novela escrita pelo austríaco Arthur Schnitzler (1862 - 1931).

A história gira em torno de um médico de 35 anos, bem casado, que fica desnorteado por causa de algumas revelações secretas de sua pacata esposa.

Possivelmente, Fridolin - o protagonista - não estava preparado para saber que sua mulher já havia se interessado por outro homem. Com esta revelação, ele acaba se envolvendo com coisas que sequer imaginava.

Muito bem, sempre dizem que os bons livros, ou as boas histórias, são aquelas que mexem com seus sentimentos, sejam eles de simpatia ou de antipatia. Assim, posso dizer que esta curtíssima história conseguiu seu intento.

A história é tão curtinha e fluída, que tenho certeza que dá para ler em uma viagem de ônibus, e se o caminho for muito curto, numa ida-e-volta do trabalho.

BLOG: oerranteliterario.blogspot.com.br

http://oerranteliterario.blogspot.com.br/2012/08/breve-romance-de-sonho-arthur-schnitzler.html
comentários(0)comente



Silvana (@delivroemlivro) 24/11/2012

Quer ler um trecho desse livro (selecionado pelos leitores aqui do SKOOB) antes de decidir levá-lo ou não para casa?
Então acesse o Blog do Grupo Coleção de Frases & Trechos Inesquecíveis: Seleção dos Leitores: http://colecaofrasestrechoselecaodosleitores.blogspot.com.br/2012/11/breve-romance-de-sonho-arthur-schnitzler.html

Gostou? Então também siga e curta:
*Twitter: @4blogsdelivros
*Facebook: http://www.facebook.com/ColecaodeFrasesTrechosSelecaodosLeitores

Tks!
comentários(0)comente



Ricardo Rocha 07/07/2011

não muito mais que um longo conto, Breve romance de sonho (Traumnovelle), por meio de uma escrita sofisticada que representa as situações segundo uma ótica singular, se está próximo de um conto de terror, também não está muito longe de uma história de amor. situada entre festas (quase cerimônias) de máscaras, entre a vigília de duas noites de um médico e sonhos, sonhados ou reais – a fronteira é tênue –, talvez introduza a literatura em alguma coisa que quase por definição já lhe deveria ser própria: a realidade ela mesma existe até que ponto? até que ponto o sonho ou nossos simples pensamentos e desejos são essa mesma realidade? ou talvez seja um estudo sutil sobre as várias gradações da realidade e a força maior daquelas que se desenvolvem apenas dentro de nós. Uma pequenina pérola. não, não deveria dizer aqui que De olhos bem fechados, o ultime filme de Kubrick, foi uma adaptação desse texto. o livro tem vida própria e visualmente não funciona da mesma forma. mas isso é uma outra, velha discussão que aqui não cabe.

comentários(0)comente



Keka 17/04/2011

Dinâmico
Gostei do livro, e dinâmico, as coisa acontecem rápido.
Aliás, acontecer é o x da questão. Será que o que quase acontece, aconteceu. Será que quase trair é trair, onde está o limite.
O personagem sente profundo ciúme de um sonho da mulher, de seus pensamentos, o que me fez questionar o que devemos cobrar do companheiro como fidelidade.
Talvez devêssemos simplesmente, sermos capazes de aceitar a sinceridade, e reconhecer no outro um ser humano, tal como nós próprios.
comentários(0)comente



JeH 17/12/2010

Resenha de Breve Romance de Sonho, de Arthur Schnitzler
As várias aventuras inacabadas de Fridolin tem motivo no ciúme, orgulho e pretensão de vingança por sua esposa ter-lhe contado pequenas galanteios que recebeu em uma festa a fantasia em que foram, e outras sem aparente importância.

Ele procura mostrar a si mesmo que pode ser também adúltero em pensamentos e ações. Mas não tem coragem de agir de modo a trair a mulher e quanto o tenta, mesmo que insistentemente, é a hora, o momento e a mulher errada. Uma mulher cujo rosto nunca viu. Mesmo que sua esposa soubesse dessas aventuras - e a intenção de Fridolin era contar-lhe todas, em detalhes - ela parecia não se importar, não viver isso.

Assim como aconteceu em sonho dela um adultério, talvez ela tenha o mesmo das histórias do marido. Foram breves romances, de sonho apenas. No final um buscara o outro em outros corpos.

Ele se aventura numa seita secreta e insiste em descobrir sobre ela, quem sabe para lhe parecer com mais classe e mistério a sua traição, mas é em vão, no final de tudo. Sempre buscando convencer a si próprio de que não só pode como deve trair para recuperar seu orgulho e coragem.

Fridolin é o marido que ama a ponto de crer que é real a traição da mulher que sonha isso, até mesmo mais real que os galanteios que ela recebeu na festa a fantasia. E busca vingar-se para recuperar a dignidade. Quando há ocasião para isso, ele age como se nunca tivesse essa intenção.

Já sua esposa não se importa com isso, talvez também não se importe em trair o cônjuge, porque é sempre tranquila, tem consciência de que o marido não teria essa coragem, sabe que ele voltará sempre, mesmo que ela o fizesse traído. Ela não se preocupa com essa relação, já que Fridolin se ocupa com isso.

A tentativa falha de Fridolin trair - única em que se empenhou, porque outras mais, cheias de oportunidade para seu objetivo, ele não quis - é a mais misteriosa de todas. Não tem um desfecho claro, mas é toda interessante.

Ele não pensa em recuperar o orgulho próprio apenas na traição, mas até em uma briga qualquer na rua, que tem um fio de início, mas ele, mais uma vez, age covardemente. Talvez ele queira mudar seu eu, mas não consegue, pela sua essência.

O que se passa no salão de festas é chocante, interessante demais para uma não descoberta de seus motivos. E é nesta única dedicação de Fridolin a descobrir os mistérios que ele falha, muito pelas ameaças que lhe foram dadas por espionagem. E o principal motivo de sua desistência é a suposta morte da mulher que amou tanto, apenas com os olhos e por algumas horas, naquele evento. Razão secundária é amar a esposa por toda uma vida.

Aventuras do casal, reais ou não, não passam de distrações apenas. O que um gostaria de viver com o outro, talvez. Por isso essa necessidade de contar sempre o que se passa, não apenas por fidelidade. Se o fosse, eles não tentariam burlar o casamento. Breve Romance de Sonho é a história de um amor não fiel, mas imenso.




_______________________________________________________________________Jéssica Lopes
comentários(0)comente



Eduardo 31/07/2010

esses dias eu tava pensando, "nossa, já tô cheio de livros favoritos" Agora boto mais. porque gostei mesmo. porque vou querer reler. sabe, a princípio eu achei a passagem que retrata o encontro do Fridolin com a mulher misteriosa (lá no ritual soturno) muito breve, de modo que a história rapidamente se encaminha pro final, ficando a impressão de incompletude do enredo do livro. mas acho agora que isso é besteira, o próprio título ja diz tudo. primeiro livro do schnitzler, adorei adorei. o final foi demais. como eu disse no histórico, esse livro é uma tragédia do amor burguês. Fridolin experimenta algo incomum num estado entre sonho e realidade, para ao fim, voltar para o remanso do colo de sua esposa. gostei da expressão de Mario Cesar Carvalho, na contracapa do livro, ao dizer que podemos ver o autor como um "kafka que tivesse olhos para o sexo". gostei muito do livro e foda-se essa ideia de favoritos. gostou, gostou. acabou-se. meu senso crítico foi pra cucuia faz tempo, e à cada dez livros que leio, 3 ou 5 viram favoritos. fazer o quê!
PS: salvei uns trechos/observações no histórico, pensando em futura resenha.
comentários(0)comente



rosangela 15/07/2010

BREVE ROMANCE DE SONHO

De Arthur Schnitzler; tradução Sérgio Tellaroli. Rio de Janeiro: O Globo, São Paulo: Cia das Letras, 2003


Já nas primeiras páginas de Breve romance de sonho senti alguma analogia com alguma situação vivida, quando resolvi ler as “orelhas” do livro verifiquei a identificação: foi baseado nessa obra-prima que Stanley Kubrick em 1999 criou o filme De olhos bem fechados, com Tom Cruise e Nicole Kidman como protagonistas. A fidelidade dessa criação é primorosa, identifiquei logo a verossimilhança.

Em um monólogo íntimo Fridolin – médico da policlínica e um consultório em casa – esposo de Albertina e com uma filhinha, vivencia, em dois dias, drásticos momentos em que seu subconsciente o atormenta a partir de uma confissão da esposa. Fridolin e Albertina pessoas lindas, inteligentes, educadas e fiéis, no entanto a narrativa se embrenha pelos caminhos nada explicáveis do subconsciente e sonhos ao mesmo tempo circunstanciados em total sexualidade e neutralizado pelo desprezo ao obital.

A trama iniciada com a confissão de infidelidade da esposa vaza pelos momentos vividos por Fridolin a partir dali, mais precisamente quando encontra um velho amigo – músico Nachtigall - que por insistência de Fridolin lhe passa uma senha para um baile de máscaras em uma sociedade secreta de gente da corte, aristocratas, arquiduques, com hábitos de monge, máscaras e mulheres lindíssimas e nuas, em rituais de orgias e penumbra.

A narrativa são sonhos, fantasias do inconsciente que destruía aos poucos a relação de Albertina e Fridolin em crises de ciúmes e possessividade tão somente porque não conseguiam ser transparentes em seus pensamentos mais íntimos, no entanto quando tentavam ser, criavam sentimento de vingança.

Incrível como sexualidade e sonhos íntimos são secretos, são velados, são às vezes inconfessáveis e nessa narrativa, Arthur Schnitzler consegue de forma nada convencional mostrar as crises psicológicas de Fridolin que se diz “médico trabalhador, confiável e promissor, bom marido, bom pai de família e ao mesmo tempo consegue ser em pensamentos íntimos devasso, sedutor, cínico, com homens e mulheres a seu bel-prazer.” Tudo, entretanto se tornava irreal em sua vida, porque nada concretizava desse seu lado libidinoso. São tantos encontros em dois dias, tantos desejos sexuais, seja com Marianne ao lado do corpo de seu pai que Fridolin não conseguiu salvar; seja com a Baronesa Dubieski – a mulher encantadora da sociedade secreta que o enfeitiçou, com a prostituta com quem apenas conseguiu oferecer guloseimas que Fridolin enriquece de forma plena toda a narrativa. O final é dedutivo e cada leitor terá seu final particular.

Para quem gosta de literatura e psicologia é uma deleitosa e primorosa leitura que questiona nossa dupla vida e nossa frustrada e limitada vivência sempre com preconceitos, obrigações e medos. Sempre com relacionamentos nada transparentes. Para quem assistiu e gostou do filme De olhos bem fechados gostará bem mais da leitura. É realmente uma obra-prima.

Quanto à explícita ligação da narrativa com sonhos e sexualidade Freudiana deixo aqui um trecho da carta que Freud enviou a Arthur:

Sempre que me deixo absorver profundamente por suas belas criações, parece-me encontrar, sob a superfície poética, as mesmas suposições antecipadas, os interesses e conclusões que reconheço como meus próprios. Ficou-me a impressão de que o senhor sabe por intuição – realmente, a partir de uma fina auto-observação – tudo que tenho descoberto em outras pessoas por meio de laborioso trabalho. (Freud, 1922)
comentários(0)comente



Mila 11/03/2010

Após trocarem confidências sobre paixões extra-conjugais, o marido, Fridolin, se sente ofendido e sai de casa para atender um paciente moribundo.
Sem querer voltar pra Albertine, sua esposa, Fridolin prefere vagar pelas ruas de Viena. Numa realidade surreal o jovem médico se se vê tentado por situações diversas.
Enquanto isso, em casa, Albertine tinha um longo e estranho sonho.
Nessa mistura de realidade e sonho o casal põe em teste o amor e confiança mútua.
comentários(0)comente



68 encontrados | exibindo 61 a 68
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR