Maíra

Maíra Darcy Ribeiro
Darcy Ribeiro




Resenhas - Maíra


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iellen Bruna 05/11/2023

Melancólico
Diferente do "Utopia Selvagem", esse romance é bem melancólico.
Darcy nessa obra também explora a temática da formação do Brasil, principalmente com a temática: Natureza x Divino x Humano.
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Luciana.Lourenco 02/01/2023

Maíra é desafogado, mas cheio de estranha solenidade. Para penetrar bem nesse universo caudaloso o leitor precisa, portanto, ir devagar. "Coisa bonita se faz sem pressa, devagar".
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Bielzin 10/09/2022

Maíra-Coraci e Maíra-Monan
Darcy...
Foi surpreendente, toda a ambientação, a linguagem, sem rodeios ou floreios, direto, puro, simples, humano, brasileiro.
Eu não era eu, ali eu me sentia um mairum, ali eu fazia parte deles, era como eles, senti pela morte de Anacã e estranhei quando Isaías-Avá não voltou como tuxauareté, toda a problemática...

Foi uma experiência indescritível por de dizer...como esse livro é atual, como assim?! Darcy era um monstro, inteligentíssimo, brilhante...

Sem pudor, natural como deve tudo ser.

MAÍRA! MAÍRA! MAÍRA!
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Maíra 16/05/2022

400 páginas de pouca história
Muitas histórias sem contexto, apenas para ilustrar e/ou registrar fatos que podem ter ocorrido na história. Alguns trechos do livro são muito maçantes e foi uma leitura muito difícil de ser concluída.
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Livros e Pão 07/04/2021

Uma experiência
No início, o livro apresenta muitas informações paralelas e eu tive que me arrastar um pouco para continuar lendo. Mas de repente, antes que eu pudesse perceber, tudo começou a fazer sentido e me vi envolvida e entretida pela história. A polifonia presente na narrativa é sensacional. Não é uma leitura fácil, mas recomendo se você gostou de "Macunaíma" e gosta de histórias um pouco mais enevoadas.
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Laura Regina - @IndicaLaura 31/12/2020

Povos nativos brasileiros
O retorno de Isaías à sua aldeia mudará a vida de toda a tribo Mairum, principalmente por levar a caraíba Alma e por suas novas ideias de como viver.

Várias gratas experiências para mim envolvem este livro: ajudar Seu Odilon no projeto de reconstrução do sebo (veja o ig dele e ajude tb 😉), conhecer um novo escritor brasileiro que já tinha ouvido falar mas não tinha lido, entrar numa história cheia de brasilidade com a vivência dos povos nativos e sua tentativa de manter a cultura viva, e ter esta indicação como um estímulo para mim (e pra vc, quem sabe! 😉) de conhecer mais sobre estes temas e sobre o Brasil dos rincões.

Além disso, a descrição do ambiente é maravilhosa, conseguindo nos transportar para aquela mata fechada às margens do Iparanã, com suas tribos, suas vilas, suas histórias, suas vivências, seu passado e seu futuro. Tudo isto ainda envolvendo o retorno de um quase padre que decide abandonar tudo para ser o chefe de sua família, com visões conflitantes sobre os brancos caraíbas e seus irmãos mairuns.


O texto foi escrito por Darcy quando ele estava exilado durante a Ditadura Militar. É bastante palpável o quando suas décadas de estudos antropológicos estão transmutadas em ficção, mas com muitas pitadas do que ele vivenciou. É perceptível também o quanto a sociedade capitalista europeia massacrou os povos originários, escravizando seus corpos e destruindo suas culturas por serem “inferiores” - e o sarcasmo de várias situações esdrúxulas e das falas dos personagens e do narrador são impagáveis.

A escrita de Darcy me surpreendeu muito, porque mistura de forma harmoniosa o português com os termos e expressões da tribo Mairum. Além disso, mostra diferentes narradores com diversos visões do que eles estão pensando e vivenciando, como desmatamento, demarcação de terra indígena, a catequização forçadamente dos nativos, expansão de gado na mata virgem, a morte da tribo e de sua cultura,etc. - esse livro é de 1977, mas poderia ser 2020, né não?!! 😞

Mais indicações no Instagram @indicalaura

site: https://www.instagram.com/indicalaura/?hl=pt-br
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Alexandre 11/04/2020

o declínio da tribo mairum
Maíra, a personagem que dá o título ao romance, é um deus, é uma espécie de força vital que anima os homens, chegando a coabitar com seus corpos, corações e mentes. E os índios mairuns são o povo de Maira.
Os personagens do livro são: o índio Avá (batizado como Isaias), que adotado por um padre, foi convencido a seguir o caminho do sacerdócio, tornando-se um seminarista, mas impossibilitado de ser além disso. E Alma, uma garota loira, que, após uma vida desregrada, sente-se arrependida e quer seguir o sacerdócio missionário entre os indígenas. Paralelamente, conta-se o declínio da tribo mairum, à qual pertence Isaías, que antes era destinado a ser um chefe guerreiro, mas, sem conseguir se adaptar ao mundo dos “caraíbas”, está retornando.
Seus caminhos se cruzam por acaso, quando Isaias abandona o sacerdócio para voltar a sua tribo. Um não-branco não conseguiria jamais progredir e conseguir altos cargos no sacerdócio, mas Isaias já se considera embranquecido e enfraquecido demais pra voltar a ser forte como os membros de sua família, pois considera que sua alma foi roubada.
Já Alma, recusada pela igreja, identifica-se ao viver entre os indígenas. Ao contrário de Ava/Isaías, que se mostra cada vez mais imerso em suas crises existenciais.
O leitor vai sabendo tudo, aos poucos, com vagar, pois o livro inicia-se contando a misteriosa morte de Alma durante um parto. Nos capítulos seguintes, o leitor se depara com capítulos não-cronológicos que fazem passado, presente e futuro convergirem para um mesmo ponto.
A obra se trata de uma metáfora e apresenta alternância de narrativas e variação na linha cronológica de alguns capítulos. O autor nos apresenta também reflexões profundas sobre a realidade da vida nos “rincões” do Brasil, amenizando com poemas e cânticos memoráveis. Apresenta os costumes da tribo com riqueza narrativa, desde cortejos fúnebres ate aventuras de caçadas de alguns dos personagens. Aborda sexo com naturalidade e realidade, sem ater-se a pudores ou vulgaridade. No entanto, percebe-se, além de tudo, que a maior preocupação do autor foi nos apresentar a fragilidade de tribo mairum, um retrato da realidade de todas as civilizações ameaçadas pelo desejo desenfreado de dominar, colonizar e explorar...
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><'',º> 19/12/2018

"Maíra, o primeiro romance escrito por Darcy Ribeiro, traz uma abordagem que sinaliza a fragmentação do sujeito indígena representado pela personagem Avá/Isáias. Distante das idealizações românticas do índio, promovidas, por exemplo, pelos romances Iracema e O Guarani, de José de Alencar, a obra de Darcy Ribeiro prioriza a concepção contemporânea do mundo da cultura indígena.

No romance, encontramos a trajetória conflituosa e angustiante de Avá/Isaías, um índio mairum que estava destinado a ser tuxauarã, chefe de guerra. Porém, ainda menino, é retirado da aldeia e levado para as missões aos cuidados do padre Vecchio, em razão de uma doença. Avá/Isaías é educado (catequizado) pelos moldes da cultura branca e europeia. Contudo, o índio não se encontra no mundo dos caraíbas, não admite sua identidade de sujeito civilizado e desta forma ele nunca se sente parte do mundo branco e cristão."

Trecho do artigo "(RE) SIGNIFICANDO MAÍRA: APONTAMENTOS SOBRE A MULTIPLICIDADE HISTÓRICA E IDENTITÁRIA", de Vanessa Aparecida de
Almeida Gonçalves Oliveira.

site: www.abralic.org.br/downloads/e-books/e-book19.pdf
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Cinti 02/11/2018

O selvagem e a civilização
Livro interessante. Abre uma janelinha para um mundo muito diferente e desconhecido da maioria dos brasileiros que é a vida dos indígenas, seus mitos e dúvidas. O autor é bastante prolixo nas descrições, principalmente das paisagens, dando uma ideia quase nítida da cena, mas pode ser um pouco enfadonho para leitores que gostam de mais ação.
Os personagens principais são um indígena que foi retirado de sua aldeia muito jovem e mandado para Roma para se tornar padre, mas que depois de adulto resolve largar a batina e voltar para seu povo. Porém depois da experiência caraíba já não se sente nem índio, nem padre e cheios de dúvida fica perdido na vida.
A outra personagem é Alma, uma carioca cansada da sociedade e da civilização que vai em busca de paz de espírito encontrada na vida silvestre entre os indígenas. Contudo acaba não pertencendo a nenhum dos mundos, flutua ao sabor do destino, levando a vida como dá.
Há outros personagens que ajudam a dar um panorama da vida numa aldeia indígena, nas pequenas cidades ao redor, da política que envolve as grandes florestas e suas riquezas, da decadência proporcionada aos nativos pela "civilização" do caraíba, seja ele brasileiro ou estrangeiro, enfim uma novela das intrigas e dúvida Humanas.
Tem muitas palavras indígenas que não são explicadas e que você tem que pegar o significado no sentido da frase ou do diálogo. Há também muitos palavrões, fica o aviso para os mais conservadores e pudicos. Achei um tantinho entediante em algumas partes, mas porque sou uma leitora um tanto sem paciência (!?) mas tenho certeza que vai agradar muitos leitores pensantes. Não tem muita ação no livro, mais diálogos e viagens de barco descrevendo a exuberância da natureza.
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><'',º> 13/03/2018

A visão panorâmica que se tem de Maíra, romance de Darcy Ribeiro publicado em 1976, e traduzido em oito línguas, é a de um mosaico assentado sobre a extensa floresta amazônica. Seu colorido emerge dos pigmentos indígenas Mairuns, representados em suas tradições e mitos ou, na ausência deles, materializada na construção de personagens não-índias assim como Alma, a carioca que abandona sua vida na metrópole e encontra o mundo desconhecido e fascinante das aldeias. Ou, ainda, pontuado no discurso dos que se dizem pastores (norte-americanos ou não) imbuídos de interesses escusos, invasores do ethos autóctone e de sua cultura, tornando-a objeto de conflito.

Luzia A. Oliva dos Santos

Artigo na íntegra em


site: https://periodicos.unemat.br/index.php/ecos/article/view/1051
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><'',º> 06/03/2018

Neste romance, Darcy Ribeiro mostra a etnologia indígena e o leitor conhecerá, através da personagem central, como vivem e se organizam os índios.

Descrição no livro
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Ana 03/03/2018

Muito bom
Foi uma experiência totalmente nova para mim, ler esse livro.
Eu não o conhecia, foi um tio que me deu depois do Natal de 2007.
Achei bastante interessante o autor misturar trechos de lendas sobre o surgimento de uma aldeia de índios com situações que são comuns em uma aldeia, no mundo contemporâneo.
Pude perceber basicamente um protagonista nesse livro, ou pelo menos para mim, o que mais se destacou:
O índio Avá, que saiu de sua aldeia ainda menino, foi catequizado e virou cristão; que depois de adulto ao voltar para a sua aldeia, não se sente mais como um dos seus, acha que faz e não faz ao mesmo tempo, mais parte daquele mundo ''selvagem''.
Conflitos de identidades, exploração da natureza, violência contra o indígena, lendas e mitos, tudo isso torna este livro delicioso, e até um pouco combativo de se ler. Interessante.



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><'',º> 01/03/2018

'Maíra' é um romance escrito pelo antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro e publicado a primeira vez em 1976 pela Editora Brasiliense. O livro trata de uma tribo fictícia, os mairuns, criada, segundo depoimento do próprio autor, a partir de características de vários grupos indígenas brasileiros.
O crítico literário Antonio Candido disse que "Maíra é desafogado mas cheio de estranha solenidade."
Na opinião de Alfredo Bosi, o tento raro e lúcido de Darcy Ribeiro foi conseguir "emigrar e imigrar da antropologia para o romance, da ciência para a ficção, sem perder o pé em nenhuma das duas pátrias".

Fonte: wikipedia.org

site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ma%C3%ADra_(livro)
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Valnikson 16/04/2017

1001 Livros Brasileiros Para Ler Antes de Morrer: Maíra
O incrível Darcy Ribeiro teve uma carreira múltipla: escritor, antropólogo, etnológico, educador, além de político principalmente voltado às causas sociais e ambientais. Estudioso do modo de vida dos povos indígenas, ele sempre os defendeu arduamente, evidenciando sua real importância para o arranjo demográfico nacional. Fugindo à comum estereotipização e à romântica idealização do “sujeito selvagem”, o mineiro explorou, através do romance Maíra, sua envolvente estreia na narrativa ficcional, as várias reflexões que envolvem a identidade do índio no Brasil, assim como a complicada relação deste com as próprias raízes culturais e o com a gente dita “civilizada”. (Leia mais no link)
Wenceslau_Teixeira 14/10/2018minha estante
Não achei o link




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