Thaíse Gurgel 06/10/2013
Desejei conhecer Isabel...
Este livro foi um ótimo início para conhecer os escritos de Isabel,a quem tanto um amigo meu falava... A obra reuni trechos de tantos outros livros escritos pela autora, incluindo o mais famoso: A casa dos espíritos. Mostra o tipo de escrita que chega à ser um pecado parar de ler e não concluir os capítulos divididos e selecionados tão bem.
Vi na escrita de Allende um romantismo por vezes erótico e nenhum pouco vulgar, porém sua escrita às vezes me fazia imaginar um homem falando, como neste trecho do capítulo Maturidade: "Estava na idade em que se necessita de ajuda e ternura para fazer amor. Tinha ficado velho, porra!". Vejo um homem por ser tão incomum uma mulher falar tão abertamente sobre sexualidade, sem tanto eufemismo e com algumas doses homeopáticas de palavões, linguagem rasgada assim, é tipicamente masculina, por esse motivo o livro, e a escritora na verdade, me surpreendeu.
Mas de Isabel não podemos esperar só isso, como disse inicialmente, há um romantismo, prova disto está no mesmo capítulo( Maturidade) em que ela diz: "...De tanto andar de mãos dadas e de dormir abraçados, podiam combinar para se encontrar no mesmo sonho."
A experiência foi maravilhosa e talvez me encontre mergulhando em outros escritos de Isabel, na esperança de, como na última vez, me encontrar em outros mundos, onde não há pudor que castre a sensualidade feminina(expressa até mesmo na capa).