Caçando carneiros

Caçando carneiros Haruki Murakami




Resenhas - Caçando Carneiros


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Ana T 18/08/2022

Um livro para quem gosta de pensar
Assim que acabei esse livro, percebi que para mim, da página 1 até a 160 parecia um livro e daí por diante, outro. A primeira parte mencionada é repleta de memórias que nos fazem entender um pouco sobre o narrador personagem. O mundo dele é muito cinza, indiferente, até um pouco niilista, mas há cor nas pequenas coisas da vida. A segunda parte é onde a ação começa e metáforas são apresentadas, essas são inclusive fantásticas. Acho que para entender um grande ponto da história, a pessoa tem que saber um pouco sobre a diferença entre o Japão Moderno e o Japão antes das grandes guerras. Amei o livro, ele tem partes muito poéticas e o final me deixou simplesmente refletindo o dia todo.
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Luiz.Goulart 01/08/2022

Caçando Carneiros não me laçou
Este foi o sexto livro que li do badaladíssimo escritor japonês Haruki Murakami e já havia escrito aqui sobre o único livro dele do qual não gostei: “Kafka à Beira-Mar”. Agora, junto a essa seleta lista “Caçando Carneiros”, que se não chega a ser tão ruim, está anos luz distante da qualidade dos outros que li: "Norwegian Wood, Minha Querida Sputnik, Sono e O Incolor Tsukuru Tazaki e Seus Anos de Peregrinação".

Reconheço, porém, o potencial de Caçando Carneiros para se igualar Kafka à Beira-Mar em ruindade porque Kafka tem insuperáveis 576 páginas da mais pura chatice, enquanto Caçando Carneiros conseguiu parar em 336 páginas. Ficaria melhor com um corte de 25%.

Aqui temos um personagem jovem e sem nome (e sem qualquer carisma), publicitário dos mais banais, que recebe uma incumbência estranha de encontrar um misterioso carneiro desaparecido no interior do Japão. E mais não digo, pois não há qualquer necessidade já que é tudo uma enrolação.

Apesar de ainda faltar uma imensidão de livros do autor para ler, percebo nele os mesmos maneirismos, como o uso recorrente de diálogos desnecessários e criação de expectativas na narrativa que não se concretizam em desfechos satisfatórios, chegando a gastar dúzias de páginas e capítulos inteiros em descrições detalhistas sem sentido para a trama ou narrações de atividades banais como o que os personagens comem ou bebem. São verdadeiros inventários de mastigação e deglutição que desrespeitam por completo o conceito da “Arma de Thekhov”, princípio dramático mais do que clássico que define que todos os elementos presentes em uma história devem ser necessários sendo que os irrelevantes devem ser removidos para não produzir falsas promessas.

Este livro, que foi responsável pela grande divulgação do autor pelo mundo e o transformou num fenômeno literário, foi escrito em 1982, quando Murakami ainda não tinha 30 anos, e fica claro sua atmosfera juvenil, que difere dos seus trabalhos seguintes mais amadurecidos, já que, felizmente, ele é um escritor muito prolífico.

A presença desse elemento niilista blasé soa bastante datado no estilo que se convencionou chamar de ficção pós-moderna, conceito ele próprio também datado e que consiste basicamente em atirar meio aleatoriamente nas páginas da obra imagens e falas sem muito sentido, confiando que o leitor por si só dará alguma coesão a tudo. Seria ótimo se a narrativa não passasse de uma sucessão de banalidades.

Na internet circula uma imagem conhecida como “Bingo de Murakami” (recomendo dar uma olhada) em que bem humoradamente (ou não) vemos aquelas ideias que são obsessões do autor e aparecem frequentemente em suas obras como gatos, telefonemas misteriosos, longas viagens de trem, um milionário enigmático, sexo estranho, cabana isolada, comida, solidão, música pop, jazz e suicídio.

Murakami todo ano entra na lista dos candidatos ao Nobel de Literatura e arrasta uma multidão de fãs pelo mundo inteiro, sendo o autor japonês mais celebrado pelo planeta. Curiosamente, no próprio Japão seus conterrâneos não entendem esse sucesso comentando que há no país muitos autores tão bons quanto e que não têm tanta repercussão. Mas não há o que se fazer. O jeito é ler os outros livros do autor para tentar encontrar o mesmo prazer de ter lido O Incolor Tsukuru Tazaki e Seus Anos de Peregrinação e Minha Querida Sputnik. Por sorte, há muitos ainda nas prateleiras.

site: https://www.blogger.com/blog/post/edit/32639542/3081340555672296629
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Rodolfo Baldassi 14/07/2022

Murakami !
Murakami sempre sendo murakami.... Não e uma leitura de entretenimento ou para passar o tempo, sinto que exige bastante do leitor em entrega de tempo e concentração para poder imergir
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maria laura 07/07/2022

só não dou 5 estrelas completas porque desde o início do livro vi alguns furos na história que não faziam sentido (não de um jeito nonsense, mas de um jeito que parece um erro e que incomoda). mas isso é realmente só um detalhe, murakami não falhou em me botar um bocado de sorrisos no rosto e me deixar boquiaberta, como tem sido desde a primeira vez que li algo dele. é lindo demais o que esse homem cria com simples palavrinhas, parece que ele tá vendo através da minha pele de tanto que ressoa internamente.
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ana 01/07/2022

esse é meu segundo do murakami e ele não decepciona, fiquei encantada e imersa na atmosfera onírica criada no livro. tmj veio
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Caroline 01/07/2022

Poxa, acho que esse livro deve ter um significado muito poético pra quem entendeu, o que não é o meu caso.
Tem umas passagens muito bonitas, deve fazer sentido quando compreendido e pretendo dar uma pesquisada sobre.
Achei bem doido e meio enfadonho quando ele começa a de fato procurar o carneiro. O final é bem bonito e solitário, bem Murakami. Talvez a moral seja a busca por ele mesmo, agora que se aproxima dos 30 anos, talvez seja um livro sobre solidão, sobre mudanças. Não sei. ????
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Willian 25/06/2022

Interessante e Fantástico
No meu caso foi uma leitura marcante, desde a forma como a história é apresentada até a sua conclusão você se sente parte da história. Tenho um carinho especial pelas obras do Murakami e principalmente como ele desenvolve seus personagens.
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dieipi 11/06/2022

coisa linda
Ali estava eu refletido fielmente da cabeça aos pés. Parado diante dele, contemplei-me por alguns instantes. Nada especial, digno de nota. Eu era eu mesmo, e ali estava com a mesma expressão ambígua de sempre no rosto. Apenas a imagem refletida era nítida demais. Nela faltava o caráter unidimensional das imagens espelhadas. Ao invés de ser eu contemplando minha imagem no espelho, eu era a minha própria imagem unidimensional contemplando o eu real. Ergui minha mão direita e limpei a boca com as costas da mão. O ?eu? refletido no espelho fez o mesmíssimo gesto. Mas talvez fosse eu que tivesse repetido o gesto do meu reflexo. Agora, não sabia mais com certeza se eu realmente limpara a boca com as costas da mão por minha livre e espontânea vontade.
Guardei a expressão ?por livre e espontânea vontade? na cabeça e, com o polegar e o indicador da mão esquerda, prendi minha orelha. Meu reflexo no espelho repetiu o gesto. Pareceu-me agora que ele também guardara na cabeça a expressão ?por livre e espontânea vontade?.
Desisti e me afastei do espelho. Ele também se afastou.
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Amanda.Moreira 18/05/2022

Já tinha começado a ler esse livro antes e abandonei, nao me arrependo de ter terminado a ler até porque é meu primeiro livro do autor, mas nao senti empolgação lendo, na verdade eu não lembrava durante o dia q estava no meio dessa história. Murakami escreve a história de um personagem que tá tudo certo pra ele sempre, o que pode ser ruim sendo q a vida o leva e ele não faz nada a respeito e tb bom, talvez o autor queria demonstrar ai uma nova filosofia de vida.. No final tem pontas soltas, situações que não entendi, mas não pretendo ler de novo para tentar compreender. Acredito que esse não seja meu estilo de leitura..
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sara320 05/05/2022

descarneirada após o fim de caçando carneiros
acredito que esse foi o livro do murakami que mais me fez sentir próxima dele. em cada capítulo a sua mente genial, fascinante e multifacetada me intrigava e me instigava a continuar o lendo. caçando carneiros é um livro único, chocante e que me deixou nervosa em vários momentos. além disso, muitas reflexões acerca do significado que damos às nossas vidas, da necessidade de termos uma identidade e da importância de nos comunicarmos com nós mesmos por espelhos invisíveis se fizeram presentes em minha mente durante a leitura. a experiência foi surreal. o livro é, indubitavelmente, muito marcante.
André Vedder 05/05/2022minha estante
Também gostei muito de Caçando Carneiros. Até então, um dos melhores que li do autor. E recomendo Dance Dance Dance, em que Murakami segue com o mesmo protagonista.


sara320 05/05/2022minha estante
realmente
só li o comecinho de dance dance dance, e achei bem interessante? acho até que tenho ele no celular - vou tentar ler ele o mais rápido possível, obrigada pela indicação :)


André Vedder 06/05/2022minha estante
:-)




Thaisa 10/03/2022

Uma história absurdamente fantástica!
O segundo livro da Trilogia do Rato (e do projeto #Murakamando) foi simplesmente sensacional!
Enquanto não gostei tanto das primeiras novelas de Murakami ("Ouça a Canção do Vento" e "Pinball 1973"), exatamente por serem muito realistas, "Caçando Carneiros" foi uma grata surpresa, principalmente por ainda acompanhar o mesmo narrador, ter o Rato como personagem secundário e, dessa vez, trazer toda uma carga melancólica e fantástica através do puro realismo mágico!
Quando o protagonista publica uma proganda com uma foto de carneiros, enviada pelo seu antigo amigo, sua vida vira do avesso! Um homem o procura e conta-lhe uma história bizarra: seu chefe, um grande líder de uma organização imensa que atua por baixo dos panos e controla o Japão, está morrendo. Mas a surpresa é ele ter vivido tanto tempo com um grande cisto na cabeça... Nos momentos de terríveis enxaquecas, o medicamento o levava a ter alucinações com um estranho carneiro que possuía uma estrela nas costas. Mas essa espécie de carneiro não existe... Porém, o carneiro com a estrela está ali, na foto do Rato. E é assim que o narrador e sua namorada de orelhas mágicas (isso mesmo!) saem em busca do misterioso animal.
Que trama, que narrativa, que personagens, que livro poderoso!
Murakami, tentando achar seu próprio estilo, o encontra ao elevar a história para algo kafkaesco, se utilizando do absurdo para falar sobre as coisas mais reais possíveis.
O autor escreve de maneira simples e fluida, sendo um livro fácil de devorar. E mesmo com um enredo louco contado de forma simplória, temos uma obra extremamente simbólica, lotada de metáforas e analogias, capaz de impactar o leitor ao falar verdades sobre amor, amizade, caos, vontade, mediocridade, autoconhecimento e, principalmente, a busca que todos nós empreendemos por um propósito na vida - o mesmo que esses personagens procuram enquanto tentam achar esse suposto carneiro.
De forma linda e triste, Murakami nos presenteia com uma jornada sem sentido... Que faz com que nós repensemos o sentido da nossa própria jornada.

Mais resenhas no instagram literário @livre_em_livros e no canal do Youtube "Livre em Livros"!
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André Azevedo Ferreira 06/01/2022

Murakami é show
Ele acerta e acerta, linkando personagens que já conhecemos a uma fantasia para lá de surreal e bem poética.

Adorei!
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Gilzão 03/11/2021

Surreal e instigante
Sou suspeito para comentar o Murakami, pois gosto do estilo dele de maneira excessiva. Uma excelente obra, que inclusive chegou a deixar-me tenso em um determinado momento, devido ao desenrolar dos acontecimentos...
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