O Imperador

O Imperador Ryszard Kapuscinski




Resenhas - O Imperador


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Tiago 03/02/2021

O livro traz relatos dos funcionários da corte do imperador Haile Selassie durante os últimos dias do seu reinado. Há algumas histórias bastante peculiares. Vale pela curiosidade.
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ViagensdePapel 08/08/2017

O livro O Imperador, da coleção de Jornalismo Literário da Companhia das Letras, retrata o tempo de governo do imperador Hailé Selassié I, que passou 40 anos a frente da Etiópia.

A obra de Kapuscinski é uma junção de relatos daqueles que trabalharam no império e viram de perto a extravagância do imperador, enquanto milhares morriam de fome no país. Entre esses relatos, o jornalista inseriu alguns textos seus, contando o que acontecia no país, como forma de localizar o leitor. Dividido em três partes, o livro traz um panorama das três fases do governo.

Na primeira parte, foca principalmente na extravagância de Selassié, que mantinha funcionários até mesmo para colocar e tirar almofadas de seus pés. A segunda parte é voltada para o surgimento das primeiras revoltas no país, todas sem sucesso. Na terceira e última parte, o jornalista fala sobre a queda do imperador, que começou quando os problemas de dentro do país ganharam destaque na mídia internacional, chocando outros países. É aí que podemos ver com mais clareza o enorme contraste do império e da vida real.

O Imperador é um relato da Etiópia, mas que pode ser relacionado com muitos outros lugares e diversos tempos. Retrata a desigualdade que assola muitos países e o descaso dos governantes, que mais se preocupam com coisas supérfluas do que o que é realmente necessário. Outro ponto de destaque no livro é o medo, por parte do imperador, do raciocínio, do pensar. Para ele e tantos outros, é um perigo que as pessoas comecem a refletir sobre o que realmente está acontecendo. Uma ideologia é imposta e não é permitido pensar diferente. Quando as pessoas começam a refletir, é sinal de perigo, já que são identificados problemas e a necessidade de mudança.

O livro também fala sobre o importante poder da mídia. Apesar de muitas vezes ser manipuladora, ela tem um poder inegável de transformação. É depois do momento em que jornalistas de outros países passam a retratar a pobreza na Etiópia que o mundo pôde conhecer o estado de miséria e tomou atitudes, realizando cobranças para que aquilo acabasse. Mostra que é ainda mais importante que essa cobrança não seja passageira. Temos de ficar atentos ao que acontece ao nosso redor e não deixar passar as coisas facilmente. Se há algum problema, por que não correr atrás da solução?


Leia a continuação da resenha, acesse o link abaixo:

site: http://www.viagensdepapel.com/2014/01/22/resenha-o-imperador-de-ryszard-kapuscinski/
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Lude 11/10/2012

Quero ser um cortesão etíope.
Este livro me fascinou. É breve, seu foco é limitado. Só dá voz a um lado da história - e aí jaz seu encanto. Pouco após a violenta queda da monarquia etíope, o repórter polonês Ryszard Kapuscinski volta à conflagrada Adis-Abeba em busca de ex-cortesãos do deposto imperador Hailé Selassié que tenham sobrevivido às turbulências de seu tempo. Os depoimentos estão recolhidos aqui. Os depoentes não são candidatos à canonização: são corruptos, preconceituosos, elitistas, de mentalidade medieval. Mas é aí que jaz um grande charme do livro: a oportunidade de ver o mundo pelos olhos de pessoas radicalmente diferentes de nós - mesmo que seja uma visão que nos incomode (afinal são pessoas que não vêem nada demais em que milhares de camponeses morram de fome). Aproveite, pois, esta chance de conhecer um pouco mais deste curioso gênero humano.
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