Tudo de bom vai acontecer

Tudo de bom vai acontecer Sefi Atta




Resenhas - Tudo de bom vai acontecer


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Natália 05/07/2020

Sinto como se tivesse viajado para a Nigéria...
Que experiência única que tive com esse livro! Ele retrata o cotidiano de uma menina e, depois, de uma mulher nigeriana que vai crescendo e formando sua família em meio à instabilidade política de seu país e todas as consequências que isso poderia acarretar. E tudo é contado de uma maneira tão simples, que até o chocante vira algo corriqueiro. Muito bom mesmo. Recomendo a leitura.
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@tigloko 09/05/2022

"Se não tentássemos, nunca saberiamos, continuo dizendo."
O livro conta a história de Enitan, desde sua infância na Nigéria pós-independência até a vida adulta como advogada. Ao mesmo tempo que foca na sua história principal, na sua amizade com Sheri e as dificuldades que enfrenta na sua jornada, temos como pano de fundo as tensões políticas que mergulharam o país em golpes militares entre os anos 70-90.

"Dizem que as grandes mentes pensam da mesma forma, mas nesse país só os idiotas têm consenso."

Temas como amizade, família e maternidade são presentes em todo o livro. Contudo, o tema principal para mim foi o papel da mulher na Nigéria. Apesar de respeitar as tradições, Enitan está pronta para mudar como ela é vista nesta sociedade. Ela é determinada, inteligente e mesmo que ela não ache isso de si, forte.

Gostei que a autora resolveu acabar através do seu livro com estereótipos em relação ao continente africano. É claro que existem as partes de extrema pobreza na Nigéria. Mas também as ricas. Nem tudo se resume a selva, animais exóticos e pobreza. A própria protagonista é da classe média, mostrando um lado desconhecido para mim.

Achei o livro bem imersivo, principalmente quando explora a cultura e religião do país.Por outro lado, as primeiras partes do livro são bem apressadas, não dando o devido tempo para acostumar com os personagens. A partir daí, quando estão estabelecidos, são a melhor coisa do livro. Falando neles, meu preferido foi Sheri, a amiga de infância da Enitan. Ela é diferente de Enitan em alguns aspectos, o que da um contraste legal e divertido durante a leitura.

Recomendo muito!
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Edra 02/11/2020

Um livro sobre ser mulher, esperança, e se encontrar.
Em “Tudo de bom vai acontecer”, um romance de formação, acompanhamos o desabrochar de Enitan para a vida adulta ao lado de Sheri, sua amiga e vizinha, vinda de uma família de costumes completamente diferentes. Enitan nasceu em Lagos no ano da dissolução da Nigéria como colônia Britânica, cuja infância teve como pano de fundo a Guerra Civil Nigeriana, conhecida como Guerra da Biafra. O livro nos traz um panorama histórico que envolve conflitos familiares relacionados às consequências da guerra e dos constantes golpes militares e civis que se seguiram.
Apesar de achar o livro desnecessariamente longo, devo acrescentar que a narrativa é fluida. Gostei de Sheri, que se mostra forte, decidida e independente. Enitan, apesar de consciente em alguns discursos, se vê soterrada pelos costumes familiares e pela opressão da mulher africana (algumas vezes confesso que a enxerguei como mimada rs). Enitan e Sheri se complementam, e uma das coisas mais legais na história foi acompanhar a amizade delas.
Importante observar o desenvolvimento do pensamento político de Enitan ao longo da narrativa. Enitan passa a acreditar em si e cresce como indivíduo quando seu comportamento político passa do conformismo individual ao pensamento coletivo, quando dá passos no sentido de desenvolvimento de uma consciência de classe ao reconhecer seu privilégio frente às diferenças sociais. Uma lição para nós.
É um livro sobre religião, política, conformismo, o papel da mulher e do casamento. Sobre guerra, ditadura, conflitos familiares e, pairando acima de tudo isso, esperança. É um livro sobre se encontrar. Enitan sempre teve sua essência dentro de si, mas que se perdeu no meio de uma instituição social machista e misógina.
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Filipe 17/09/2020

A liberdade que não pretende ser doce
Sefi Atta descreve uma Nigéria difícil para um ser humano, e especialmente para as mulheres. O país não é acolhedor, as pessoas não são honestas e o medo paira sobre todos. Ou você tem um problema, ou você tem um problema, não há escapatória na Lagos apresentada por Enitan. Com isso, me senti enganado pelo título: tudo de bom vai acontecer? O livro é tão cru e frio que eu não conseguia conceber essa ideia, me perguntava donde Enitan tirava seu otimismo e vontade o tempo todo. Mas ela está certa: ser livre não é fácil e a liberdade não é doce. Esse é um livro sobre buscar realizações mais do que sobre a beleza da vida e, de fato, a liberdade não é doce, mas está ali e é preciso acreditar que tudo de bom vai acontecer, mesmo quando te dizem o contrário. A autora nos leva a crer que, mais do que estar certo sobre o futuro, é preciso estar certo sobre tentar construir ele da melhor forma possível. E tudo de bom vai acontecer com você.
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Aline T.K.M. | @aline_tkm 10/01/2021

Duas amigas, duas vivências femininas bem diferentes
Uma narrativa negra que me transportou lá para a cidade nigeriana de Lagos. Tudo de Bom Vai Acontecer, de Sefi Atta, foi uma surpresa - tocou fundo, doeu um tantinho e ensinou outro tanto.

De 1971 até meados dos anos 90 vemos o amadurecimento de Enitan, uma protagonista que aos poucos encontra seu lugar e sua luta na sociedade machista da Nigéria. Como pano de fundo, as consequências da Guerra de Biafra.

A trajetória de Enitan rumo à emancipação é marcada pela percepção dos próprios privilégios por pertencer a uma família de classe média e pela descoberta de um grito feminista dentro de si, bem como pelo entendimento da própria dinâmica familiar (pai controlador, mãe incompreendida). Além disso, a maternidade também é uma questão importante aqui, tocando a vida das personagens femininas de maneiras bem diversas e muito significativas.

Ponto crucial do livro, a amizade entre Enitan e Sheri - de classe e estrutura familiar diferentes - permeia toda a história. Elas vivenciam de forma distinta o ser mulher nessa sociedade e, ainda que contrastantes, suas vozes se complementam. Desabafo: queria ter visto mais dessa amizade e da Sheri, uma personagem interessantíssima.

Desigualdades de gênero, violência, cultura do estupro, a dominação masculina, o papel social da mulher (e a recusa de Enitan a cumpri-lo), as instabilidades políticas, a perspectiva outra de uma sociedade africana que não aquele retrato reduzido à miséria e à fome. Isso tudo é recheio da trama de Tudo de Bom Vai Acontecer, e, preciso dizer, que recheio!

Até mesmo a relação de altos e baixos que experimentei com TODOS os personagens me ensinou um bocado sobre narrativas heterogêneas, combates pessoais e uma cultura em parte desconhecida para mim.

Se tenho por objetivo sair das minhas leituras diferente de como entrei, então aqui posso dar um "check" de missão cumprida!

site: http://www.youtube.com/alinetkm
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@eleeoslivros 18/09/2020

é um bom livro que aborda assuntos muito necessários, porém, acho que poderia ter umas 100 pgs a menos.
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FlorCavalcanti 25/04/2021

Cinco estrelas ?????
Livro incrível que acaba de entrar na minha lista de favoritos.

Gira em torno de uma cultura que insiste na submissão feminina nas relações familiares, políticas, religiosas...
E traz uma história incrível sobre amor, amizade, preconceito, sobrevivência, política e lealdade.

E hoje ao encerrar mais esse livro afirmo com certeza: nada de bom vai acontecer enquanto eu e vc não nos unirmos em uma rede de apoio uma pela as outras.

"A LIBERDADE NUNCA PRETENDEU SER DOCE." (p.361)
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Bruno Marcolino 16/09/2020

Tudo de Bom Vai Acontecer
Creio que foi a leitura mais distinta que fiz este ano, até agora...

Em diversos momentos o livro me deixou mal, reflexivo, triste e desesperançoso pelas mazelas que ele mostra. Apesar de ele estar nos mostrando a Nigéria, Lagos, é completamente projetável pra o mundo em diversos momentos. Embora essa extrapolação não deixe que o livro nos mostre coisas únicas, que surpreendem a visão que temos dos países africanos e suas sociedades. Além de tocante o livro é uma aula também. O conteúdo do livro é muito misto em termos de discussões sociais, econômicas, humanitárias.

Foi uma ótima leitura. Recomendo fortemente.
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Suely.Fernandes 26/09/2022

Mulheres fortes, da Nigéria!
Uma história de superações onde também retrata fatos históricos, política, cultura, violência, machismo e outros assuntos e questões familiares e pessoais. Aborda muito sobre as mulheres africanas, seus desejos, anseios e dores e te imerge profundamente na vida das personagens.
Achei bem impactante, sofrido e ao mesmo tempo cheio de esperanças. Acompanhar a trajetória de vida e mudanças da personagem ao longo do tempo, também foi um ponto positivo.
O texto às vezes trás muita informação e requer um tempo pra absorver tudo o que é passado, mas não a ponto de ser chato, pois a escrita da autora é envolvente.
O final me fez sorrir junto com a Enitan!
"Nada podia tirar minha alegria. O sol me enviava sua benção. Meu suor me batizava."
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Patricia 22/09/2020

No livro conhecemos a história de Enitan, uma jovem nascida na Nigéria nos anos 60e que cresce em uma cultura que ainda insiste na submissão feminina, tendo como pano de fundo a guerra civil nigeriana e uma sucessão de golpes militares. O livro trata de temas como relações familiares, amizade, amor, política, tradições e a luta por mudanças. Enitan é uma personagem muito forte e eu gostei muito dela.
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Bea Romanello 12/06/2021

Personagens complexas que não dá pra decidir se gostamos delas, se a suportamos ou se acolhemos por seus sofrimentos
Esse livro escancara como a situação política afeta as vidas pessoais da população, para além de problemas sociais como pobreza, fome, falta de acesso à saúde e educação. A vida de Enitan é constantemente revirada em consequência da situação do seu país, desde o seu nascimento, sua vida profissional e suas relações.

Uma história que não hesita em mostrar diversas cenas angustiantes, revoltantes e que dá vontade de fechar e nunca mais abrir — o estupro de Sheri, a prisão de Enitan e Grace Ameh, a relação com a mãe, o casamento com Niyi.

Não é um livro fácil de digerir e isso também se dá pela forma como o texto se constrói. Por diversas vezes me vi arrastando pelas páginas, esperando que algo aconteça, esperando por uma mudança de ritmo. E no final, quando tenho a sensação que algo vai acontecer, ele acaba.

Sefi Atta traz diversas pautas para suas páginas, personagens complexas que não dá pra decidir se gostamos delas, se a suportamos ou se acolhemos por seus sofrimentos.
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Joseapferres 23/03/2021

Livro interessante. Não morri de amores achei os personagens superficiais. Principalmente à protagonista.
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Léo 13/10/2020

"O que é crescer mulher na Nigéria"
Livro indicado para compreender os diversos dilemas de hoje e de ontem da Nigéria, como o patriarcado, a corrupção e o autoritarismo, e como eles se enredam, afetando as pessoas de maneiras diferentes. O enredo apresenta personagens com profundidade, mas a mim, em diversos momentos, pareceu solto, sem foco, o que tornou o livro extenso desnecessariamente.
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Martha.Lima 04/02/2021

Eu tenho uma grande admiração por essas escritoras nigerianas. Sefi Atta eu não conhecia, mas o primeiro contato foi maravilhoso.
O livro contém várias fases da vida de uma personagem muito questionadora.
Os dilemas são constantes, descrições dos ambientes despertam bastante a sensação de estar em Lagos.
Um aprendizado vasto sobre história.
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