Marcel.Trocado 03/04/2024
TALISMÃ DAS AMAZONAS
Uma loja de antiguidades é vandalizada e saqueada, porém, mesmo possuindo diversos objetos de elevado valor financeiro e histórico, o único objeto levado na ação criminosa é o talismã chamado Muiraquitã.
Durante a história aprofundam-se duas linhas na narrativa: a primeira o por quê foi roubado somente uma peça sem grande valor, a segunda qual a real origem do talismã. É revelado que o artefato talhado em pedra-verde, com a forma de um sapo, pertencia a uma tribo de mulheres guerreiras do Amazonas, um matriarcado. A continuidade da tribo era assegurada pelos jovens guerreiros que iam visitá-las uma vez por ano, em maio, durante a lua cheia. Assim conta a lenda. Iam somente para o ato de amor, para que elas pudessem ter filhos.
Elas recebiam os reprodutores que as deixavam, quase sempre, grávidas. Depois os guerreiros partiam, talvez pensando em voltar no outro ano. Aqueles que levavam a pedra-verde, oferecida pela sua companheira de algumas noites de lua cheia, eram os sorteados. Podiam retornar. Quase sempre a companheira das noites de amor tinha a certeza de sua gravidez e convidava o pai da criança para vir visitá-la outra vez. Se o filho fosse homem, partiria com o pai, se fosse mulher, ficaria com a mãe, e assim garantiam a continuidade da raça.
Entretanto, o talismã é retirado dessa dinâmica entre tribos por um explorador branco, indo parar na loja de antiguidades, trazendo uma maldição ao próprio explorador e, por sua vez, entristecendo os seus familiares por muitos anos.
Ao fim, a magnífica autora Odette de Barros Mott nos proporciona um entendimento de onde deve permanecer o talismã. Destaca-se no título uma das capas mais bonitas da Coleção Jovens do Mundo Todo.