Corações Sujos

Corações Sujos Fernando Morais




Resenhas - Corações Sujos


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rsouza 05/08/2009

Daria um bom filme
É uma narrativa dos fatos apurados, nao é um romance. Mas creio que daria uma excelente adaptação para nosso Cinema Brasileiro.

Conta a historia da Shindo Renmei, uma sociedade de imigrantes japoneses no Brasil que acreditavam que a notícia de que o Japão saiu perdedor da 2ª Guerra Mundial era uma mentira contada pelos Aliados com o intuito de desmoralizar a colônia japonesa fora do Japão. Essa sociedade se envolveu em assassinatos de outros imigrantes japoneses que aceitavam a rendição do imperador do Japão, tratando-os como traidores e indignos.
Um relato interessante nao somente dos fanáticos nacionalistas, mas da sociedade nipônica no Brasil.
Karen Pereira 23/07/2012minha estante
Vai estrear agora em agosto nos cinemas.




Bia Souza 26/09/2012

Lave sua garganta e leia Corações Sujos
Nunca ouvi falar da Shindo Renmei (Liga do Caminho dos Súditos), uma organização de japoneses patriotas, residentes em São Paulo, que não acreditava que o Japão perdeu a guerra. No livro, Fernando Morais conta que a Shindo matou pelo menos 23 mortos e cerca de 147 feridos. As ações provocaram linchamentos públicos nas ruas do interior paulista, bate boca na votação da constituinte e acirrou os problemas com a xenofobia no Brasil. Aí eu me pergunto: Por que não estudamos isso na escola?

Confira a resenha na integra em : http://cronicasdabia.com.br/2012/09/lave-sua-garganta-e-leia-coracoes-sujos/
Amadeu.Paes 29/08/2013minha estante
Terminei de ler o livro e pensei a mesma coisa: Por que não se ensina isso nas escolas????
Vlw.




Debora411 31/03/2024

Corações sujos conta a história da Shindo Renmei, uma organização formada por imigrantes japoneses no Brasil que acreditava na vitória do Japão na segunda guerra e se dedicava a perseguir e punir os derrotistas. Gostei bastante do livro, a escrita é envolvente e fluida. Fiquei me perguntando porque isso nunca foi mencionado pelos meus professores de história da escola.

Queria saber em que momento os integrantes da Shindo Renmei entendem e aceitam a derrota do Japão, mas não é falado no livro. Imagino que eles apenas negaram a derrota até a morte.

Recomendo a leitura pra quem se interessa sobre as histórias acerca da segunda guerra e para entender melhor o posicionamento do Brasil na época.
Tiago José 02/04/2024minha estante
Essas histórias que são negligenciadas no contar da História, aquelas que nunca conhecemos e que seriam importante para nossa maior compreensão do mundo.

Ainda bem que tem livros como esse e compartilhamentos como este seu para tantas importâncias ??




spoiler visualizar
Eric Luiz 27/11/2021minha estante
Esse livro é fo...!!!




mauriciocz 08/01/2009

Triste relato do espírito japonês de submissão à figura do "Imperador Deus", chama a atenção a imcompetência da "organização terrorista", com seus atentatos mal elaborados e mal sucedidos.
Um excelente livro para conhecer melhor a vida e a história dos imigrantes japoneses no Brasil.
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Soslaio 14/01/2009

Corações extremistas
Mostra a face extermista e insensata do que deveria ser apenas lealdade ao país e honra pessoal. Não nos cabe aqui julgar a submissão de pessoas à figura de seus líderes, já que cultura não se discute.
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Marina 02/03/2009

É importante dizer que além de mostrar o radicalismo da Shindô Remmei, o livro também narra a dificuldade que os imigrantes japoneses enfrentaram com o preconceito dos brasileiros e com a adptação dos costumes e alimentação. Tudo isso com uma leitura fácil e agradável, como geralmente são os textos de Fernando Morais.
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Fhanton 23/08/2009

Outro bom livro do Fernando Morais. Uma história verdadeira, acontecida no Brasil e muito pouco conhecida pelos brasileiros em geral. Através dela aprendemos um pouco mais sobre a cultura japonesa e o terrível impacto que ela sofreu com a derrota do japão na segunda guerra.
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Eduardo 29/06/2012

Um livro muito interessante e inquietante. Não conseguia imaginar na existência de uma seita terrorista na colônia japonesa que não aceitava a rendição e a derrota do Japão na 2ªGuerra Mundial, e atacava os próprios patrícios que discordavam desta ideia surreal. Um livro que merece a sua leitura: muito bem escrito e instigante para quem quer conhecer mais sobre esta passagem da história da colônia japonesa no Brasil.
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Mi 15/08/2010

Uma inacreditável história real!
Em 1º de janeiro de 1946, quando foi declarado o fim da 2ª Guerra Mundial e a derrota dos países do eixo (Itália, Alemanha e Japão), havia, aproximadamente, 130 mil imigrantes japoneses vivendo no Brasil, a grande maioria, no interior de São Paulo.A principal característica deste povo é o seu ufanismo doentio, lastreado na divindade de seu imperador e na invencibilidade de seu país. Com a derrota do Japão o imperador Hiroíto foi obrigado a declarar no rádio, para o mundo todo, que era apenas um mortal e que seu povo devia conformar-se com a nova situação do país. Pronto, estava instaurado o caos no interior do Brasil. Os Japoneses mais esclarecidos, que acrediataram na derrocada de seu país, passaram a ser considerados "corações sujos", traidores da pátria que deveriam ser punidos com a morte. Nasce a Shindo Renmei, uma organização que não acreditava na derrota do invencível Japão e que assume a missão de matar todos os "corações Sujos". Para se ter uma idéia do fanatismo deste povo basta conferir a seguinte notícia por eles veiculada: "Todas as forças aliadas ficarão sob controle do Japão durante 10 anos, o ministro da Aeronáutica do Brasil, Salgado Filho, seguiu para Tóquio para assinar, em nome do governo brasileiro, a rendição incondicional. Estão sendo espperados em Tóquio representantes de 46 nações para fazer o mesmo."
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e-zamprogno 09/01/2012

Publicado no boletim BunkyoNews de outubro/dezembro de 2011:

"Desde o dia 28 de outubro [de 2011], no espaço sobre período da Segunda Guerra do Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil está exposta a bandeira do Japão que, no início deste ano [2011], foi doada por Tokuichi Hidaka em nome de Taro Mushino. Esses dois personagens integraram o grupo dos kachigumi (que acreditavam na vitória do Japão na Segunda Guerra) e que, juntos com outros companheiros, praticou atentados que culminaram com a morte do ex-coronel Jinsaku Wakiyama e Chuzaburo Nomura.
Taro Mushino usou-a enrolada ao corpo, no dia 1.o de abril de 1946, ao praticar o atentado contra um dos importantes líderes da comunidade nipo-brasileira: Chuzaburo Nomura, redator-chefe do antigo Nippak Shimbun e ex-secretário-geral da Sociedade de Ensino aos Japoneses no Brasil. Após essa ação, ela foi guardada num altar xintoísta. Com a morte de Mushino, em 2010, Hidaka conseguiu a autorização da família para doá-la ao Museu de Imigração Japonesa, em janeiro deste ano [2011]."

Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil
Rua São Joaquim, 381 - Liberdade
01508-900 - São Paulo - SP
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meandros 13/11/2011

Eis algo diferente de qualquer outro livro ou qualquer outra história sobre imigração no Brasil. É algo quase inacreditável o que se passou na colônia japonesa nos entornos da Segunda Guerra Mundial, dificilmente alguém hoje conseguiria imaginar um quadro de tamanha violência partindo de pacíficos agricultores (e das agressões contra eles). Preconceito, fanatismo, intolerância, ufanismo e ignorância são palavras pequenas para explicar a presença e influência da Shindo Renmei, mas Fernando Morais consegue descrever realizar bem este objetivos com as tantas nuances presentes nestes episódios.
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Daniely2 04/04/2024

O início da descoberta da minha identidade cultural
Esse retrato jornalístico tem uma importância muito pessoal e profunda pra mim.

Achei esse livro na casa do meu avô japonês quando eu tinha uns 13 anos. Meu pai me explicou na medida do possível sobre o que se tratava e eu fiquei admirada que isso pudesse acontecer e ninguém que eu conhecesse na escola tinha nenhum conhecimento sobre isso, porém não li, talvez fosse profundo demais pra mim na época (fora as fotos de jornais que mostram os assasinatos). Mas ali foi o início da minha consciência histórica de que nem todo fato histórico é de conhecimento amplo, que na verdade ninguém é obrigado a saber de todos os fatos históricos, que alguns fatos são mais importantes para alguns e totalmente irrelevantes para outros, e que a história mais mainstream é feita por um olhar escolhido a dedo (o clássico "aos vencedores, as batatas")

Aos 18 anos quando estava num grupo de dança da associação nipobrasileira, uma recrutadora de talentos veio buscar pessoas descendentes para participar do filme desse livro, como ator, figurante ou no backstage. Meu ex namorado na época foi escolhido como figurante. Anos mais tarde quando estava na faculdade de biblioteconomia aos vinte e poucos finalmente peguei pra ler e ver as críticas tanto sobre a leitura quanto ao filme.

Nesse tempo todo fui aglomerado gradualmente mais conhecimentos sobre isso. Como por exemplo meus tios comentarem que um dos meus bisavôs era o melhor amigo de um cara que fazia parte do grupo de assassinos da Shindo Renmei no interior de São Paulo, e compartilhar o link de uma entrevista que ele deu.

Saber que o pai do seu avô materno era best de um cara que matou homens por diferenças políticas te dá uma perspetiva muito diferente sobre as relações humanas. Vai saber quantos homens ele matou, será que meu bisavô foi cúmplice de algum desses assassinatos? Será que ele também low key fazia parte? Será que meu bisavô tbm matou alguém? E o pai da minha vó materna? O que será que ele fez? De que lado ele estava? Nunca saberei de verdade.

Digo matar homens pq o livro é muito bom em explicar e relatar como era a vida dos imigrantes japoneses e como funcionavam as crenças deles naquela época, o período antes de durante a Segunda guerra mundial. E quando surgiu a Shindo Renmei (no pós guerra) eles ainda eram muito conservadores, fiéis e leais aos ideais nacionalistas, além de muito machistas. Só assasinavam os homens japoneses porque acreditavam a opinião dos homens valia muito mais do que as mulheres e destruir uma família resumia-se a eliminar os homens.

Pelo menos naquela época meus avós maternos eram crianças e não tinham muita consciencia do que estava acontecendo. E ambos meus avós paternos foram criados como filhos adotivos (tambem outra história sobre a imigracao japonesa que é pouco falado).

Também identifiquei um aspeto que talvez nunca fosse pensar se não tivesse lido esse livro. Enquanto a Shindo Renmei fazia atentados contra a vida de seus conterrâneos por diferenças políticas, sem interesse em atacar brasileiros, em algumas cidades os brasileiros ficaram aterrorizados e acabavam por atacar japoneses primeiro. Eles tinham medo assim como alguns tem medo de muçulmanos, por conta de alguns terroristas. O que me fez ver como, apesar de ser asiático no Brasil ser relativamente confortável, essa posição está na verdade sempre em risco de ameaça por gente de outro continente que se parece comigo. Se por exemplo algum país do leste asiático fizer alguma cagada excepcional, política ou econômica, eu vou sofrer as consequências disso mesmo estando no outro lado do planeta.

Enfim. Tudo isso para dizer o quanto eu acho esse livro importante, principalmente para pessoas como eu. Sinto que através dele eu consegui me conectar muito profundamente com a história do meu povo, com meus ancestrais, e ter uma consciência maior do que significa ser descendente de japoneses no Brasil.
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AIL 27/08/2012

Resenha no AIL
http://www.apenasimpressoesliterarias.com.br/2012/06/resenha-coracoes-sujos-de-fernando.html
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Leonardo Rosa 06/11/2012

História desconhecida
Livro fácil de ler e indispensável por se tratar de uma parte da história não contada. Nunca tinha ouvido falar da Shindo Renmei porém é algo bem vivo no passado dos descendentes japoneses. Mostra muito do fanatismo e do preconceito de ambas as partes deixando claro como é desnecessário e destrutivo o exagero de sentimentos, especialmente o étnico-cultural. Recomendo.
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