O Coruja

O Coruja Aluísio Azevedo




Resenhas - O Coruja


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Patricia689 13/07/2023

Egoísmo e relacionamento tóxico
Incrível como este romance escrito há mais de 130 anos seja tão atual. Trata-se de uma amizade interesseira em que um egoísta, aquele em melhor condição, sempre se usufrui em detrimento do outro.
Vários temas para reflexão, tais como relacionamento tóxico em que o maior prejudicado não percebe que está neste relacionamento. Revitimização e culpabilização em diversas situações.
Descrição e caracterização que servem ainda hoje para demonstrar como são vários políticos: mesquinhez, falsidade, corrupção, apadrinhamento, uso da eloquência para cativar o público.
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Vivi Martins 29/06/2022

Uma obra valiosa!
Depois de ter lido as obras "O Mulato", O Cortiço" e "Casa de Pensão", agora chegou a vez de "O Coruja". Aluísio Azevedo tem sido para mim o melhor escritor da literatura brasileira, e vem me encantando a cada livro que leio, e todos foram de leitura agradabilíssima. Sua sensibilidade e sua crítica ao expressar as personalidades me faz refletir e até rir sobre a realidade apresentada.

Nesta obra, "O Coruja", são apresentados dois personagens bem singulares, André e Teobaldo. Um é totalmente o oposto do outro. Amizade construída nos tempos do colégio, se tornam inseparáveis por toda a vida.

André, o dito, o Coruja; órfão de pai e mãe desde criança, é a expressão da bondade e da pureza. Calado, tímido, observador, trabalhador, constante e perseverante em tudo o que faz. Teobaldo, seu oposto, é a vaidade em pessoa. Nascido em família rica, desenvolto, ganancioso, possuidor de muito estilo e bom gosto, se faz impressionar por todos ao seu redor e nunca foi capaz de amar ninguém além de si mesmo.

Teobaldo sempre se metendo em encrencas, e André, sempre sacrificando seus projetos e sua felicidade para socorrer Teobaldo. São muitas as peripécias desses dois. Admirei e torci bastante pelo Coruja, este sim, merecedor de todas as glórias destinadas à Teobaldo. Penso que Aluísio pecou ao explorar mais o personagem Teobaldo. Considero o Coruja um personagem mais interessante.

Super indico esta leitura pouco evidenciada na literatura nacional. É pena, pois esta é uma obra riquíssima. E assim como "O Cortiço", deveria ser considerada uma das obras primas do autor.
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BetoOliveira_autor 27/11/2021

O Coruja supera O Idiota
O CORUJA SUPERA O IDIOTA

Concluída a leitura do romance O CORUJA, posso afirmar tranquilamente que o que Dostoiévski pretendeu com o princípe Míchkin, do romance O IDIOTA, o brasileiro Aluísio Azevedo alcançou com o personagem André, apelidado Coruja.

Nesse sentido, O Coruja está alguns degraus acima do romance russo O Idiota.

Pessoal, vale a pena conferir esse curioso romance do Aluísio Azevedo, um tesouro esquecido, pouco valorizado.

Registro que, para mim, a literatura brasileira do final do século XIX tem muitos pontos em comum com a Literatura Russa do mesmo período, guardadas as particularidades de cada povo.
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Luizoms 11/08/2021

Uma leitura boa
Nesta obra fica claro a tentativa do autor em por a dualidade exposta em suas mais diversas vertentes. André é um rapaz bom, que possuiu uma infância ao longe das mais felizes, quieto e bisonho tal qual um 'Coruja'.
Minha dica, caro leitor de críticas, é que não coloque suas expectativas no alto, deixe que este livro te abrace, ou melhor dizendo(já que estamos falando de Aluísio de Azevedo), deixe que este livro agarre suas entranhas naturalistas.
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Lilian Calazans 22/07/2021

Impactante
Um dos primeiros livros que li na adolescência e que me impactou pela história de tristeza, desprezo, bullying.
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Pedro 29/05/2021

Egoísmo como porta de entrada para o martírio
Estou impressionado em como na transição de como é mostrado a amizade do Coruja e de Teobaldo. No colégio eram bastante amigos e gastavam seus tempos juntos, a se divertir e distrair em traços de uma amizade um pouco inocente, mas que já apresentavam indícios do que estava por vir. Ao passo que durante o envelhecimento, houvesse complicação de ego por parte de Teobaldo, que só de si se preenchia e importava. O que acabou de levar al martírio a vida de seu amigo Coruja, que o amava e de tudo fazia por ele. Ah, o pecado do coruja foi ser bom demais para a sociedade, que nada lhe trouxe além de interesse e desgosto. Poderia ter uma vida promissora, publico sua história do Brasil, mantido seu colégio e ganhado influência, apesar da aparência robusta. Mas este, por amar e ser bom demais, sucumbiu aos delírios da sociedade, e infelizmente fez-se parte de uma história que não teve outra, senão o amargor da vida, impulsionado pelos julgamentos e egocentrismo das pessoas.
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Rodrigo.Junta 29/10/2019

Olha, triste. Que história triste. O Coruja foi alguém que viveu todas as sortes de desgraças. Guiado pelo sofrimento, se refugia e se protege na solidão. Solidão é um lugar confortável onde não há julgamento de uma sociedade mesquinha, preconceituosa e valha-me Deus, perturbada! Órfão já quando criança, recebe a tutela de um vigário que assim como todas as pessoas que o circundam, tratam mal o pobre diabo do menino. Coruja é um apelido dado por ser feio. Na verdade muito feio e esquisito. Bem feio mesmo, pobre criatura. Por acaso conhece e constrói uma amizade verdadeira com Teobaldo, um pródigo garoto totalmente ao contrário do outro. Tinha tudo, família, riqueza, beleza e, o coruja, nothing. A amizade perdura sobre todos os anos deles, o feioso que carrega o bom coração, só se fode para que o amigo Teobaldo não se curve aos infortúnios da vida. Coruja tem o melhor coração do mundo e região, acredita até que carrega o vício de ser um homem bom. Sabe aquele lance daquele livro famoso, que se baterem na sua face, você oferece a outra? Então, esse é o coruja. Só se ferrou por seus adjetivos que os quais dentro da sociedade o destoava. Você vê que mesmo com qualidades opostas, o amor que os boys sentiam, selado pela amizade, foi maior e suportou todas as contrariedades do destino. Então, seja bom mas com parcimônia. Beijos para a Dra. Rosângela, minha psiquiatra.
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EXPLOD 01/08/2019

Orgulho e Abnegação ou O Rico e o Lázaro
Neste romance, vemos Aluísio Azevedo mais brando em sua narrativa. Como escritor mais conhecido pela escola naturalista, é impossível deixar de perceber que em O Coruja há muito mais sutileza nas metáforas e nas comparações do que em O Cortiço e ainda em O Mulato.

As críticas apresentadas são muito diferenciadas daqueles dois livros muito mais conhecidos. Além disso, outro ponto a se destacar na comparação dessas três obras é o final, já que em O Coruja o desfecho não é chocante nem surpreendente (ainda que não seja nada ruim).

E seguindo com os contrapontos existentes entre este e aqueles romances, percebo, desta vez, uma semelhança crucial, tanto para o estilo criativo de Aluísio Azevedo quanto para o movimento naturalista: que é o determinismo. Os personagens principais, Teobaldo e André (aos quais acrescento alguns outros secundários), são frutos de seus meios sociais e de suas educações, e nisto não se desenvolvem ao longo da história (o que eu, particularmente, não detesto, mas também não estimo).

Estes personagens são sempre os mesmos, em que pese a pungente luta de cada um em tornar-se diferente do que é em essência. Para mim, esta é a maior característica e mérito da escrita de Aluísio Azevedo. André quer agir de forma egoísta e até maldosa (debalde) e Teobaldo tem bons sentimentos, mas não consegue praticar atos de bondade para com seu amigo e sua esposa.

Quanto ao título, penso que seria muito melhor substitui-lo por outro que evocasse a ideia de contraste presente em toda a narrativa, figurativamente vinculada aos personagens Teobaldo e André. Tanto que, por vezes, Teobaldo é o personagem que, mesmo nas entrelinhas, predomina muito mais do que o Coruja; e este até pauta as suas ações em favor daquele na maior parte do tempo.

Sou da opinião de que O Coruja é mais completo do que O Cortiço e O Mulato. O Mulato tem praticamente apenas uma temática (o preconceito racial), e n’O Cortiço são explorados tantos assuntos que acabam por parecer mais retratos rápidos e pontuais do que reflexões profundas. Sob este aspecto, O Coruja apresenta um ponto de equilíbrio entre mais de um tema e uma quantidade razoável de personagens.

Foi muito interessante lê-lo porque o autor transportou para o plano da representação masculina um tópico muito popular nas produções literárias e televisivas: a da mocinha boa, mas feia, e da mocinha linda, porém insensível e cruel.
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Paulo 03/03/2019

Mais um ótimo livro da literatura brasileira
Segundo livro de Aluísio que leio, sendo o mais popular O Cortiço o primeiro.

Creio que esse livro mereça nota melhor nas avaliações dos leitores, mas como não posso opinar por todos vou opinar por mim mesmo. Eu gostei demais desse livro e o coloco como um dos melhores livros da literatura brasileira que eu já li.

Me explico. A história já desde o seu principio se aprofunda no que cada personagem pensa e sente, fazendo disso uma base para as ações que eles tomam. Dá última vez que li tantos detalhes de sentimentos foi na obra prima de Victor Hugo, Os Miseráveis. Inclusive, vi certos traços de Jean Valjean no pobre Coruja; cada um a seu modo, evidentemente. Além disso, creio que achei nesse livro as coisas que mais me interessam em uma leitura, sendo uma delas o detalhamento de sentimentos que eu já mencionei, mas também o antagonismo de personalidades entre personagens e as coisas repentinas que vez ou outra te surpreendem na história (ainda mais na morte de uma personagem específica.

Particularmente a mim, percebi nesse livro como eu posso conduzir uma história que eu estou pensando em escrever ha um tempo. Vi que estou preso a certos vicios e círculos viciosos e esse livro me deu um pouco de luz nisso.

Sobre a história em si, eu gostei. Cheguei a pensar que se o nome do livro fosse "Teobaldo" a história seria mais condizente, mas depois percebi que "O Coruja" tem o mérito de todo o protagonismo. Ele é a chave que fez a história funcionar.

Eu teria mais coisas a dizer do livro, mas guardo pra mim.
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Desirre2 20/01/2019

Anda avante, caminheiro;
Já meia-noite bateu.
Não sepulto sem dinheiro,
Que dos mortos vive eu!
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Jandira 21/12/2018

As aparências
título: As aparências
Aluísio Azevedo, AZEVEDO: do romance o coruja(1885).
Resenhado por: Jandira Bezerra da Silva.

Este livro é um romance do renomado autor Aluísio Tancredo Goncalves de Azevedo, este retrata a amizade composto por dois seres altamente distintos, tanto no gênio, personalidade, quanto na condição social e foi nesse comportamento opostos que surgiu uma verdadeira amizade; cuja amizade nasceu ainda na infância e se perpetuou ate fim da vida. Essa história por finalidade retrata a sociedade do século XIX no Brasil colonial. Esta obra é rica no aspecto de contexto histórico político, social da época é um enredo direcionado totalmente a trajetória de vida desde a infância à vida adulta, velhice e morte dos protagonistas dessa história que são: André Miranda o coruja e Teobaldo Henrique de Albuquerque. O autor da obra retrata detalhadamente a personalidade e condições sociais e aparência física de ambos os protagonistas desse romance e amizade verdadeira e sólida de André e Teobaldo. inicia a primeira parte inicia-se com André indo para o colégio interno do Dr. mosquito (assim era chamado o dono do internato André era um menino órfão criado pelo padre os quais não se relacionavam muito bem pois André sentia falta de amor fraterno o padre em questão houve apenas como um estorvo mas para não ficar mal diante dos fiéis da Igreja acabar vou aceitar cuidar de André e fingir que fazer a caridade.
Esse enredo é dividido em três partes, a primeira parte do livro é a ida do André para o Colégio interno, André constava a idade nos seus dez anos, assim que chegou, ganhou dos colegas o apelido de “coruja” por conta da sua aparência física, no entanto um jeito esquisito de andar e por possuir uma cabeça grande e olhos fundos igual a de uma coruja; embora o apelido fosse para gozar da cara do André; acabou sendo por ele aceito com tranquilidade. o coruja com sua resignação não criticava, não protestava; muito pelo contrário toda essa situação essa rejeição do mundo contra Ele o fazia ainda mais bondoso, piedoso, benevolente para com os outros para com os outros seres. O coruja era apaixonado pela as plantas, agricultura, os animais e o protegia com sua própria vida e protegia também os outros colegas mais novos que eram perseguidos no colégio interno.
No ano seguinte entrava para o internato Dr. mosquito um aluno novato chamado de Teobaldo Henrique de Albuquerque, filho único do Barão do Palmar, trazia consigo aspectos elegante no modo de ser, de vestir e falar, uma inteligência articulada, criticava professores, tinha gostos refinados, falava melhor o francês e o inglês que o próprio idioma por viver mais tempo na Europa do que aqui no Brasil. De aparência formidável tanto as roupas quanto a próprio aparência física. Teobaldo com seu jeito arrogantes egocêntrico, gostava de se gabar com suas historias e viagens fabulosas pelo o mundo, despertando assim a inveja nos colegas de colégio, as quais o perseguia, com chacotas. Teobaldo com seu jeito articulado com as palavras e seu jeito intolerante não admitia insultos e pois a brigar com os colegas, o coruja vendo a cena e o burburinho de longe pois a defender aquele menino novato e acabaram ambos indo para o castigo do colégio, passaram à noite em uma sala recebendo as penas duras. Mais, surgiu uma cumplicidade entre ambos uma amizade para a vida inteira o que unia um ao outro era a exclusão dos outros colegas uma aparência um era ignorado por aparência ásperas, e sem privilégios já o outro pela indulgência, por ser rico e de aparência física formidável.
O Telbado era o tipo de criança que fazia um verdadeiro contraste com a do coruja era débil espingarda de uma palidez, olhos negros bastonadas, boca Fidalga e desdenhosa, todo ele estava a respirar uma educação dispendiosa sentir-se ele o dinheiro na excelência das roupas na delicada escolha de perfumes que a família lhe dava para o cabelo e para o lenço como um tudo de que se compõe o seu rico enxoval de criança, como já falava de coisas que o outro nem sonhava ainda tinha já predileções esquisitices de gosto, discutia Prazeres, criticava mulheres, zombavam dos professores sem que estes aliás se dessem por achados em razão dos obséquios pecuniários que o colégio devia ao pai Teobaldo o senhor Barão do Palmar.
Nesse ponto o autor ressalta a solidão de ambos os protagonistas de modo o que os tornaram amigos, pois Telbado também não agradou muito seus colegas por ser dotado de gosto refinado e critico, e as regalias que sofria por ser filho de um barão e seu gênio arrogante e egocêntrico. Desde então os dois meninos fizeram se amigos foi justamente a grande distância o contraste que os separava que os uniu um ao outro as extremidades, Teobaldo era de detestado pelos Colegas por ser muito desenfreado e petulante já o coruja que também era detestado, por ser muito calmo e concentrado o esquisitão e Travesso, tinha pois esse ponto de contato e isolamento achava-se no mesmo ponto de abandono. viram-se companheiro de solidão e é natural que se compreendesse e que se tornasse Afinal amigos inseparáveis.
Na segunda parte os protagonistas estão na fase da vida adulta chegando à capital do Rio de Janeiro e indo para o curso superior, Teobaldo com personalidade Bohemia não se identificava com nenhuma área profissional não conseguia decidir uma carreira a seguir então passou ele aproveitar as noites e madrugadas na capital do Rio de Janeiro vivia com muitas amantes, voltado para a luxúria uma vida Boêmia fútil e sempre com seu egocentrismo desacerbado fazendo sempre tudo e todos se curvar diante dele. O coruja como era o oposto do amigo, se identifica com a docência, Assim que chegou o dia capital do Rio de Janeiro foi imediatamente procurar uma vaga no curso superior porém como a vida sempre com ele era irônica e falta-lhe a sorte, batia em todas as portas mas nenhuma se abrirá para ele; portanto assim decidiu lecionar em escolas e se dividiu em aulas particulares, o dinheiro que ganhava não era muito mais podia sobreviver, uma das Jovens à qual ele dava aula de reforço a mãe dela decidiu tanto pela filha como por o coruja, decidiu os arranjare-los os dois para casar e nenhum deles pois contra a união, e o coruja trabalhava e juntava dinheiro para se casar com essa jovem que conheceu, ela era de família simples moravam em um cortiço ara apenas ela e a mãe, a mãe lavava, passava roupa para fora. O coruja como ganhava pouco e passaram-se muitos anos e o casamento nada de acontecer. Acabaram que não se casaram, pois a mãe dela a arranjou para casara com outro. Telbado se interessa por a vida política e por conveniência casa-se com uma jovem pertencente a elite carioca.
Por fim a terceira parte do romance, o autor traz para a obra o retrato minuciosamente da personalidades dos protagonistas, em relação ao contexto social e a crítica o quanto ele crítica a sociedade e o quanto a sociedade cruel é com se seus preconceitos e julgamentos apenas pelas aparências julgar até os dias atuais a aparência tanto física quanto financeira, por ser rico sempre foi bem tratado, paparicado pelas pessoas ao seu redor. Já o coruja sempre ignorado, tratado com estupidez e mesmo sendo uma pessoa interiormente bondosa, tolerante para com os outros, sempre sofreu preconceito por ser pobre, órfão e de aparência um tanto esquisita (fora dos padrões).
AZEVEDO, trabalha a questão psicológica dos personagens e faz inúmeros críticas sociais. O coruja é praticamente a bondade personificada, nunca recusava um favor a ninguém, estava sempre dispostos a ajudar independente de quem fosse.
Telbado é oposto de hábitos nobres, bonito, ambicioso, vivia para alimentar sua vaidade e é dado aos Prazeres e orgias no Rio de Janeiro do século XIX. E como coisa habitual nos livros escritos pelo o autor que é de costume tanto em outras de Azevedo a crítica ao clero sendo sintetizado na figura do padre que acolheu o André no início de sua orfandade.
Por finalidade, destaca-se na temática , do livro aqui resenhado é desmedido, além das inquietações que dele emergem. Necessito enfatizar a precária sociedade no sentido de preconceito e julgamento cruel das aparências. autor ainda pinça a evolução de alguns personagens femininos dramaticamente suas ilusões de quando jovens e bonitas e a decadência do Corpo e Alma. Ainda nesta obra é contido grandes críticas sociais e costumes da época e preconceitos o autor faz referência a questão da forma que a sociedade julga a aparência humana sem se importar com quem realmente somos anteriormente.


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Jessica.Agustuni 25/10/2018

Coruja
O livro é maravilhoso , mas no fim, a gente sempre fica com pena do Coruja. Ele é tão esforçado , dedicado e bondoso. As pessoas só enxergam o lado negativo dele. Enquanto, Teobaldo é o contrário de Coruja.

Mas , o bom é que ele se arrepende de ser do jeito ruim. Tem uma morte bem triste.

Enfim, eu senti que Aluísio de Azevedo trabalha bastante a questão psicológica dos personagens e faz inúmeras críticas sociais.

Virou meu livro favorito ?
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Emerson Barbosa 05/12/2015

Esperança
Esperança!
Acho que é a palavra perfeita para descrever exatamente o que um leitor desse livro sente, pois do começo ao fim do livro fui tendo uma esperança de que alguma coisa ia acontecer de surpreendente que ia mudar a história do protagonista do livro que tem como cognome "Coruja"
Ele é um garoto que perde seus pais ainda criança e é adotado por um padre que imaginou que estava fazendo um ato de caridade, mas ao deparar com a personalidade que o garoto adquiriu se sentiu arrependido, deixando-o abandonado na cólegio integral.
Lá ele encontra um amigo que totalmente seu oposto.
E passa a morar com ele e com os pais do garoto.
Coruja e Teobaldo se tornam grandes amigos, mas sempre Teobaldo se mantinha em encrenca, em dívidas, em paixões indesejadas e sempre quem o ajudava era Teobaldo, que preferia se dá mal, em deixar de ajudar seu amigo.
O Coruja é praticamente a bondade personificada, nunca recusava um favor a ninguém, estava sempre disposto a ajudar, independente de quem fosse.
Mas no fim...
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Exusiaco 26/05/2014

O livro trata de uma estranha simbiose entre os dois protagonistas antípodas entre si. André e Teobaldo, amigos desde a infância, são dois polos extremos e singulares de personalidade e de forma, mas que permanecem unidos na linearidade da narrativa.
André, vulgo coruja, é um ser disforme, espécie de quasímodo que não interage socialmente e que só pratica a bondade a qualquer um que atravesse seu caminho. É um monstro de bondade, avesso aos prazeres mundanos, metódico e trabalhador, satisfeito com o trabalho pelo trabalho, dedica-se laboriosamente ao projeto de escrever a história do Brasil, vive entre pesquisas austeras e ao trabalho de professor, seu ganha pão. É vilipendiado por todos no decorrer da obra.
Teobaldo é o oposto, de hábitos nobres, bonito, ambicioso, vive para alimentar sua vaidade e é dado aos prazeres e orgias no Rio de Janeiro do século XIX. Atrai as mulheres que trombam seu caminho, mas não retribui a ninguém o amor que lhe é dirigido. Vive para agradar a todos com seus pseudos conhecimentos científicos e literários, suficientes para dar-lhe cartaz social, e fomentar pretensões políticas, no que chega a galgar algumas cadeiras. Dizendo-se interessado pelo povo e pela pátria, conquista a confiança do povo, mas seu interesse verdadeiro é alimentar seu ego.
Escrito em 1890, um anos após a proclamação da república,os personagens personificam e refletem a monarquia (Teobaldo) e a república (André). Pendendo para esta última, Aluisio de Azevedo se mira no naturalismo se respaldando, de certa forma, no positivismo e no determinismo. O clero não é poupado de fortes críticas sendo sintetizado na figura do padre que acolheu André no inicio de sua orfandade.
Aluisio de azevedo ainda pinça a evolução de alguns personagens femininos dramaticamente, suas ilusões primaveris de quando jovens e bonitas, a decadência e o inverno de corpo e alma de cada qual, tendo teobaldo como epicentro.
Os protagonistas, com sua personalidades díspares, cada qual com seu jeito singular, desembocam na solidão absoluta. André com sua solidão misantrópica propriamente dita, não convivia socialmente com ninguém, era repugnante aos olhos de todos pela sua feiúra e, curiosamente, pela sua bondade. Teobaldo de grande malícia para o jogo social, desfilava com jactância pelas esferas sociais com seu complexo de superioridade. Tinha grande popularidade, mas, dada a superficialidade e a mentira que erigia para si e para todos, era no fundo um genuíno solitário com irônicas nuances de sociabilidade.
Os dois percorrem suas histórias por diferentes caminhos de caráter e personalidade, mas com a mesma pavimentação solitária de suas trágicas existências.
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Prosasuzana 24/05/2013

Gosto muito de literatura brasileira, principalmente a antiga. E livros assim sempre acabam "me intrigando". Esse foi um dos livros que ganhei na escola, sim. E na primeira vez que tentei ler ele, acabei abandonando, por não entender nada. Uns dois anos depois voltei a lê-lo e, ainda que eu tenha compreendido do que se trata a obra, confesso que poucas foram as vezes que me senti satisfeita por estar lendo o livro. Tanto que acabei lendo outros livros enquanto lia ele e acabei terminando essa leitura só em três meses!

O livro conta a história de Teobaldo e seu amigo André, apelidado como Coruja. André é um garoto muito tímido e inseguro, o que o fazia isolado na infância. Por outro lado, Teobaldo era orgulhoso e extravagante, e isso também o deixava solitário. Eles se identificam e a partir dessa solidão surge a amizade dos dois extremos que é levada para o resto da vida.

Li muitas resenhas (positivas) depois que terminei o livro, mas não consegui gostar dele. Fiquei com muita raiva da bondade do Coruja e da "sem-vergonhice" de Teobaldo! Além disso, também achei algumas cenas forçadas. O que me parecia um romance, se tornou uma novela da vida dos dois, pois o livro começa no nascimento do Coruja e vai até a morte, com um final nem um pouco convincente. Tão superficial e trágica era a vida dos dois, que deixou a minha leitura cansativa e me tirou todo o interesse.

Claro que houveram momentos que me interessei, mas foram pouquíssimas vezes, identifiquei que Teobaldo era maravilhoso por fora e nada tinha por dentro, enquanto André também era o contrário disto, mas esse exagero não trazia virtudes para vida de nenhum deles, pois acredito que é necessário ter um equilíbrio, moderação. O livro tem fragmentos do século XIX e muitas críticas à respeito de costumes da época.

Li o livro até o fim por curiosidade. E o fim realmente me deixou perplexa. Dito já no começo do livro que a obra foi a de menor qualidade escrita por Aluísio, me pergunto como a escola pode presentear os alunos com uma literatura tão tediosa. Não quero desmerecer os clássicos e muito menos as leituras exigidas, grande maioria me trazem informações e conhecimento. Porém O coruja não é um desses, e fico triste só de pensar que algum aluno (sem interesse por literatura) resolvesse tentar começar a ler com um livro desses, seria, na minha opinião, um desinteresse fatal.
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