Gaby Branda 14/01/2013
Já li duas vezes
Ok, é um romance (não no sentido de amor, no sentido de "novel"). E como todo romance, tem a superficial função de fazer o seu tempo passar mais rápido e te distrair. Mas se é para ler um romance, por favor, que pelo menos faça eu me envolver com uma história legal.
O autor Pat Conroy é o cara que nasceu num lugar com uma cultura cruel, a Carolina do Sul, e com um pai ignorantemente violento e opressor. E sem disfarçar, na cara dura mesmo, o Pat (ó a intimidade) simplesmente não consegue falar de outra coisa nos seus livros. A vantagem é que por escrever sobre o que ele viveu, ele escreve como alguém que sabe do que está falando, se é que você me entende.
Os personagens são absurdamente bem explicados. Ninguém faz nada sem você entender o motivo. E a história, SENHOR, é MUUUUUUITO complexa. Tem desdobramentos absurdos! E o Pat escreve sem perder o ritmo, como quem tem todos aqueles personagens nas mãos.
Tem lá seus clichês, já aviso. Mas a coisa é descrita tão além da superfície, que você nem se importa.
Em Canção do Mar, destaque para o personagem Jordan Elliot, de longe o meu preferido.
A parte ruim do livro é que tem uns momentinhos bem forçados, tipo um casal dançando numa casa de praia enquanto o mar está invadindo tudo e eles super nem aí, apaixonados, dançando lindamente enquanto está tudo caindo (tipo ALOOOUU VIDA REAL, OBRIGADA), mas total dá para ignorar os defeitinhos e viciar nesse livro.