Maryy.Maria 28/04/2024
O oprimido vira opressor
Um livro com menos de 200 páginas conseguiu abordar de maneira simples, a exploração do trabalho, as fraquezas humanas, o abuso de poder, a manipulação e a opressão. Fico chocada que todos esses temas tenham sido abordados de uma maneira que até uma criança consegue entender.
Além de que ele serve como uma alegoria para a Revolução Russa e, de forma mais ampla, para a formação da sociedade em geral. O autor demonstra que a sociedade tem uma tendência natural a se organizar em classes e uma necessidade intrínseca de um líder. A verdadeira ?funcionalidade? começa quando esse líder aponta o que deve ser feito. O livro alerta os leitores de que regimes totalitários podem ser instaurados a qualquer momento se as pessoas não pensarem por si mesmas e forem manipuladas.
Escolher um personagem favorito é uma tarefa difícil, mas Benjamin foi um dos que mais me chamou a atenção. Ele é um dos poucos animais que sabia ler. Quando perguntavam a ele o que achava da revolução e suas consequências, ele respondia: ?Os burros vivem muito?. Isso demonstra seu ceticismo em relação aos resultados da revolução. Antes, quando a fazenda era administrada por humanos e depois que os porcos assumiram o controle, para ele não fazia diferença; sempre continuaria do mesmo jeito, ou seja, mal.
O pensamento de Benjamin serve como um alerta sobre os perigos da apatia e da falta de engajamento político. Sua postura cética e desiludida destaca a importância de questionar, resistir e lutar por mudanças, mesmo quando tudo parece sombrio.
Com toda certeza, favoritado e não foi entediante em nenhum momento. Fiquei ansiosa o tempo todo para descobrir o que iria acontecer.