Lary Reeden 13/07/2013Previsível, porém não é ruim.Na noite anterior a de seu casamento com o Lord Benedict Tarley, Jessica vê um casal fazendo sexo em um gazebo, mas o que a perturba não é o ato em si, mas o fato de que Alistair Caufield a viu e olhou em seus olhos enquanto se exibia, dando a entender que ele gostaria que fosse ela ali. Com toda a sinceridade ela conta o acontecido ao noivo, e eles acabam “adiantando a lua de mel”, após isso eles tem um casamento feliz, mas sem filhos que durou sete anos até que Tarley faleceu precocemente.
No entanto, aquela noite anos atrás nunca saiu da mente de Jessica e Aistair, e a pedido do falecido marido ela toma uma navio rumo à Jamaica para comandar a fazenda de cana de açúcar da família. O que ela não sabe é que o navio pertence a Alistair Caufield, que descobre que ela está indo viajar e resolve ir junto para poder enfim conquistá-la. Ela só descobre isso mais tarde, juntamente com o fato de que ele também nunca esqueceu aquela tarde. Juntos eles se abrem e expulsam os demônios que guardam dentro do peito.
Em paralelo há a história da irmã mais nova de Jessica, Hester, que casou-se com o abusivo Lorde Regmont, um homem que ela aprendeu a amar no começo, mas odiar por seu comportamento. Enquanto Jessica não encontra forças para exigir que os homens a tratassem com respeito, Hester acaba por repetir os comportamentos que aprendeu quando criança. Sete anos depois Michael, o mais novo dos Tarley, perdidamente apaixonado por ela há anos, percebe o abuso e resolve agir, mesmo estando de mãos atadas.
Por anos a fio, havia desejado aquela mulher, só não percebera que, desde o início, a queria para sempre.
A história é mais um desses romances históricos típicos de banca. Para aqueles que já estão familiarizados com o estilo, talvez seja mais do mesmo. Para quem não está habituado é um ótimo começo. Sylvia Day é capaz de criar personagens independentes, mesmo dentro das circunstâncias mais estereotipadas da aristocracia britânica do século XVII.
É claro que há muita fofoca, passados conturbados, dramas familiares e romance, muito romance e erotismo. Aliás as cenas são bem detalhadas, dá para imaginar perfeitamente onde eles estão ou o que estão fazendo como as cenas de um filme, é sexy e descritivo sem ser vulgar, apesar de ser cheio daqueles termos que eu bem acho ridículos como “sua seiva” e “seu botão rosado”.
No fim das contas, eu gostei bastante, é um livro pequeno, para se ler em casa em um final de semana que você queira apenas relaxar. O final é meio corrido, acho que poderia ter sido melhor trabalhado, fica muito em aberto o que acontece com a Hester e o Michael que para mim deveriam ter ganhado um livro só deles, pois roubam a cena nos últimos capítulos (mesmo que a Sylvia Day já tenha dito em seu site que muitos leitores do livro pediram a mesma coisa e que ela vai escrever um conto somente deles).
Ah e já aviso que se você estiver em busca de mais um pouco de Crossfire pode tirar o cavalinho da chuva, o livro é erótico, mas absurdamente diferente, mesmo a autora alegando que se inspirou nele para escrever Toda Sua, não achei nenhuma semelhança.
Irresistível mostra que nunca é tarde para amar verdadeiramente e ser amado de volta, mesmo através das circunstâncias mais adversas.
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