spoiler visualizarVitAria540 05/11/2022
Infelizmente não há, nessa plataforma, a edição em que li, em que continha as obras cinematográficas e teatrais advindas do livro, além de uma edição muito caprichosa. Enfim, primordialmente pensei que seria uma leitura demorada, uma vez que há muitas cartas e descrições, mas os terrores que habitam a mente tanto do mostro como de Frankestein, me prenderam do começo ao fim. Me encanta a forma como para nos causar espanto, a criatura nem precisou atacar, pois seu criador, no primeiro encontro, obteve dificuldade para dizer a magnitude de sua deformidade, e mesmo quando comete seus atos de vingança e egoísmo, o medo primordial é a mente, os sentimentos que ambos sentem e mesmo negando-se a isso, por momentos vivem com angústias semelhantes. Os personagens não precisam de muitas linhas para ganharem nossa empatia e compaixão, e sofremos junto com o cientista, a confusão de sentimentos nunca é confusa para nossa compreensão, o que nos faz realmente sentir o que ele sente e compartilhar de suas crenças, assim como acontece com o monstro, sentimos empatia por ele, e isso que torna a experiência tão única, pois a criatura criada por Frankestein clama por amor e empatia, dando uma nova visão e opinião para o "terror", como hoje é conhecido. Acredito que esse romance vai além de medo e pavor, adentramos no âmago da figura rejeitada e apedrejada, ao mesmo tempo que conhecemos o interior de quem almeja sua morte até o último suspiro. Frankestein está vivo! Mary Shelley você escreve como um anjo, parece que estou lendo em linhas suaves e canetas de pena kkkkkkkkk.