Frankenstein

Frankenstein Mary Shelley




Resenhas - Frankenstein


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França7 18/02/2023

Perfeito apenas, amei o livro, tem uma escrita simples e poética ao mesmo tempo, com uma narrativa que prende muito facilmente o leitor.
A descrição dos sentimentos de ambos os personagens principais é perfeita, o remorso, a ira, a tristeza e a angústia de viver, o anseio pela morte como um lugar de paz, tudo muito bem representado, e com uma sensibilidade incrível.
thaissmonteiro_ 18/02/2023minha estante
é um livro muito bom mesmo, só fiquei frustada com o final


França7 19/02/2023minha estante
fiquei meio assim tb, senti dó do victor e acho q podia ter acabado cm um ato final do frankestein, tipo os ultimos momentos dele, mas com o mesmo discurso dele no final


Sartur 19/02/2023minha estante
Depois dessa resenha terei que ler esse livro


França7 19/02/2023minha estante
vc vai curtir amg??


D'Ant 20/02/2023minha estante
Ela é uma obra bem expressiva mesmo. Não é simplesmente uma história. Mary Shelley faz uma analogia política. Filha de Mary Wollstonecraft, uma das iconoclastas do próto-feminismo, Mary descreve no monstro Frankestein a personificação do que acredita. Formado por várias partes, de pessoas diferentes, ela aspira uma nova sociedade mestiça, sem gênero, de linguagem diferente, aparência diferente, que se comporte diferente, e com uma revolta inestimável por seu criador, a velha sociedade. O Start do Movimento Feminista.


França7 20/02/2023minha estante
É uma ótima análise, a contradição existente entre o criador que não pode viver sem dar vida ao monstro que levaria á sua decadência é uma ótima analogia pra essa "transição" entre sociedades completamente diferentes, e que ao mesmo tempo não existem uma sem a outra.




Júlia 01/05/2021

Esse livro não foi pra mim. A forma como a história foi contada parece um monte de "testemunhos" empilhados, sem falar que ninguém passa tanto tempo contando algo. Se cada personagem tivesse seu próprio capítulo ao invés de um ficar falando da sua vida pro outro durante um inteiro, tudo teria fluído e feito sentido. Eu entendo porque é um clássico, e o quão inovador possa ter sido na época em que foi publicado, mas o estilo da narrativa foi simplesmente algo desgastante para mim. Recorri a audiolivro para não abandonar.
Lulueseuslivrinhos 01/05/2021minha estante
Cada vez que vejo alguém criticando o Frankenstein fico aliviada por não ter sido a unica!! Penso o mesmo, a história é até boa, mas a narrativa do livro é muito desgastante


Júlia 01/05/2021minha estante
@Luiza.Correia sim! A história em si é muito boa, o problema foi como ela foi contada :/




Ana Letícia 25/07/2023

Como diria a lady gaga: talented, brilliant, incredible, amazing, show stopping, spectacular, never the same, totally unique, completely not ever been done before, unafraid to reference or not reference, put it in a blender, shit on it, vomit on it, eat it, give birth to it.
brubsss 02/08/2023minha estante
amg, vc leu em inglês? É de boa ou tem uma linguagem mais complexa?


Ana Letícia 02/08/2023minha estante
sim, li em inglês! ele não é o livro mais difícil de ler, mas as vezes o vocabulário é um pouco mais complicado (mas eu já estava familiarizada com a história porque li em português há uns anos)




fefashelf 23/08/2021

a melhor parte foi a do meio, todo o relato da criatura? de cortar o coração mas também sorrir por ser tão belo e TRISTE. victor é um idiota nossa terminei o livro na base da raiva porque não conseguia mais ler os pensamentos dele sem sentir raiva do mesmo
Luzia103 23/08/2021minha estante
Eu parei essa leitura na página 10 por aí, não consigo explicar o porquê. Preciso voltar


fefashelf 23/08/2021minha estante
o início é meio parado e chatinho mas juro que depois fica muito bom!




Gabriela Alves 18/04/2021

Frankenstein
Nunca tinha lido nada a respeito da história de Frankenstein, e ela é bem mais complexa do que eu imaginava, tem vários fatos importantes por trás da criação dele. A escrita do livro é bem fácil de entender, mesmo sendo uma adaptação de um livro antigo. O livro respeita uma linha cronológica fácil, só no início que é um pouco confuso, pois o livro começa em forma de cartas, e o R. Walton que é quem escreve as cartas some quando começa a história e só volta a falar dele no  final do livro, mas tudo se encaixa depois.
O livro traz muitas características do romantismo que estudamos, o sentimentalismo e a supervalorização das emoções está presente no livro inteiro, tudo é muito intenso, o amor é muito intenso, a tristeza muito intensa e o ódio também. O egocentrismo e o egoísmo também são muito presentes, principalmente por parte do Victor (cientista que criou o monstro Frankenstein), quanto do próprio monstro.
Não sou muito fã de livros assim, com os sentimentos a flor da pele e com muita melosidade, mas a história me encantou demais, e mexeu muito comigo também, a mensagem que esse livro deixa é muito bonita. Victor dedicou maior parte de sua vida na criação de um “humano’’, e se isolou de tudo por anos, e quando finalmente ficou pronto, o sentimento de frustração tomou conta dele, ele achou Frankenstein horrível desde que ele ficara pronto, e sempre se referiu a ele como a criatura do demônio, ou a coisa mais feia que ele já tinha visto, e isso causou em Frankenstein um sentimento de rejeição muito triste, que ele carregou até o final da história, ele e Victor, que sofreu de depressão grande parte da história, cada vez mais ele perdia a magia que tinha em viver.
Me senti dividida enquanto lia o livro, uma hora eu estava do lado de Victor, achava que ele tinha razão em tomar certas decisões e achava Frankenstein um monstro horrível, mas depois já mudava de opinião em ouvir o lado da história de Frankenstein e achava que ele era vítima da refeição de Victor. Acho que no fim das contas o maior erro foi eles terem se tratado como ameaça, e se tornarem inimigos, se eles tentassem se entender iria ter evitado muitas perdas, e com certeza viveriam mais felizes, pois um culpava o outro pela sua infelicidade.
O livro também fala muito sobre a vida de Victor, desde quando ele era novo, e mostra o romance dele com Elizabeth, sua meia irmã. A história de amor deles é muito bonita, eles realmente se amavam muito e foram sempre muito amigos e unidos.
Eu amei o livro, indico muito, só se eu pudesse iria mudar o final, acho que ambos mereciam ser feliz depois de ter passado por muitas situações difíceis, principalmente Victor.
meumundinhodoslivr 18/04/2021minha estante
quero lerr!! só vi a história em once upon a time KKKKKKKK


Gabriela Alves 18/04/2021minha estante
kkkkk, lê que vale a pena




Paula 16/03/2021

Genial!!!!!!!!
Muitas e muitas reflexões sobre a natureza humana de desprezar o diferente, sobre o que a infelicidade e o abandono pode fazer com uma pessoa e mil outras coisas.

?Eram eternamente impetuosos e potentes; ainda desejava amor e companhia, que me eram recusados com desprezo. Não havia injustiça nisso? Devo ser considerado o único criminoso, quando toda a humanidade pecou contra mim??
Isa 17/03/2021minha estante
???????




Sarah 12/04/2021

mais drama do que terror
Victor Frankenstein, um jovem suíço decide criar a vida, e o que deveria ter sido algo perfeito, não chega nem perto. É um livro pesado emocionalmente, mas não assustador. É cheio de dramas, questionamentos e muito sentimento - influenciado pela vida sofrida de Mary Shelley. Foi surpreendente, não é nada do que eu esperava ou que tenha visto por filmes, nada mesmo, é muito melhor do que apenas um monstro grande que não fala e é mau - quem leu sabe que não tem nada disso no livro... talvez um pouco rs
Enfim, é bom pra nós nos questionarmos e termos noção do quanto a gente influencia na vida do outro, o impacto que nossas atitudes tem no outro.
Demorei mais para ler devido ao ingles arcaico e seu uso de várias palavras que já foram esquecidas.
Larissa3508 13/04/2021minha estante
arrasou!!! tá saindo mesmo da zona de conforto nesse ano




spoiler visualizar
ntyfreire 10/03/2021minha estante
Também achei o final bem trágico




Lidi 05/07/2020

Quebra de expectativas
Apesar de ser conhecido como um clássico do terror, eu não o compreendo dessa forma. É um livro muito interessante por si só, mas não vejo o suspense ou terror de outros clássicos, como Drácula e O Médico e O Monstro. Acho que a obra foi deturpada nas suas adaptações cinematográficas para que fosse muito mais assustador do que realmente é. O interessante da obra, no entanto, está em outros pontos da narrativa.

Em "Frankenstein", conhecemos a história de Victor Frankenstein, um filho de mercador suíço que decide estudar na Alemanha. Sempre foi fascinado pelas teorias de vida e morte, o que culminou, anos depois, já na faculdade, a que literalmente fabricasse um ser vivo - aqui chamado de vários nomes ou até nenhum, mas nunca de Frankenstein (nome tão atribuído à coisa, mas, na verdade, é apenas o sobrenome do criador).

A genialidade da obra reside nas discussões acerca de criação, origem do bem e do mal, homem como fruto do meio e o desenvolvimento de um ser vivo e da sua inteligência, ciência versus religião, preconceitos. A referência ao mito de Prometheus é interessante, a partir do qual o fogo é o primeiro passo para o desenvolvimento da coisa (lembrando que o livro também é conhecido como "o Prometheus moderno").
O monstro é a parte mais interessante do livro e gostaria de ter visto mais dele. O seu desenvolvimento enquanto ser é fascinante. Além disso, há toda uma ambientação gótica, tão típica desse período, que é fascinante ao leitor.

Apesar de todos os pontos positivos, é, ainda, uma leitura lenta e cansativa. Não me arrependo de ter lido e considero uma leitura obrigatória pra quem curte esse gênero literário (que eu caracterizaria mais como ficção científica do que terror em si, mas foi consagrado como uma obra do terror, então terror que seja).
Uma ótima leitura!
TGTG 23/05/2022minha estante
Eu concordo, gostaria de ter visto mais do monstro, tem um lapso de tempo que parece que ele evoluiu tanto, mas não temos acesso a isso.




gio 30/05/2022

quase um mês pra ler meu deus
li devagar nos intervalos q tinha entre os estudosKKKK nao ta facil ler nada agora no ensino médio.
no início eu achei q ia ser uma leitura arrastada, por ser clássico e eu ja ter um historico mais demorado com a leitura desse tipo de livro. mas na verdade eu me vi cada vez mais empolgada com o desenvolvimento do enredo, mary era uma genia, o jeito que ela coloca durante a narrativa as reflexões sobre a superficialidade humana, sobre os valores sociais, sobre a visão de justiça e de moral....nossa perfeito perfeito!!!!!!!! li a edição da darkside e recomendo demais, tive acesso a uma leitura mt mais completa e aprofundada
arthur 06/06/2022minha estante
eu me identifico muito com o viktor frankstein




Yas 14/09/2021

Diferente do que pensava
Tentando voltar a ter hábito de leitura e usei Frankenstein para começar. História completamente diferente do que vemos nos cinemas, história bem envolvente e emocionante.

Li em inglês, é uma linguagem mais formal, mas interessante e não tão difícil.
Morais 14/09/2021minha estante
Também me surpreendi com o formato da história. Fico feliz que está voltando com o hábito da leitura! Toda a sorte e melhores leituras do mundo ??




Lauraa Machado 30/10/2018

Victor Frankenstein é um idiota
Acho que essa foi a maior lição que aprendi com esse livro. Victor Frankenstein é um idiota e tudo de ruim que aconteceu nessa história teria sido evitado se ele fosse minimamente mais compreensivo e inteligente, o que é ainda mais irônico, considerando que ele é teoricamente brilhante o suficiente para ter dado vida ao monstro. Aliás, a melhor parte do livro é aquela em que o monstro conta sua história.

E ele merecia mais, o monstro merecia mais. É clara a análise do preconceito humano contra o diferente, ainda que o diferente seja tão humano em emoções e racionalidade quanto nós. Essa é a melhor qualidade do livro, a verdadeiramente assustadora. E Victor Frankenstein precisa desaparecer e deixar o monstro ser o protagonista que ele merece ser.
Beca 03/11/2018minha estante
Caraca! Melhor resenha! Frankenstein é um baita de um idiota na minha opinião também!




Alyne 05/06/2015

Moderno Prometeu
É incrível ler você mesmo uma estória clássica e tirar suas próprias conclusões. Essa obra relaciona o universo científico da época com as concepções vigentes ali, englobando conflitos internos, metalinguagem e debate filosófico. Nunca que vai ser a estorinha de terror que você escutou por aí. Tenho a impressão de que todos falam dela como se a conhecessem pelo mito do monstrengo construído por um cientista maluco envolvido em muitas aventuras alucinantes -- corta, sessão da tarde -- enfim, tenho essa impressão reforçada depois dos comentários que ouvi das pessoas que me viam lendo esse livro. Esqueça de todas essas adaptações. Será que agora você não poderia sair da concepção simplória e condensada que faz os clássicos serem adaptados para livros infantis (o que é completamente válido, sem dúvidas) e buscar compreender sua enigmática original para conhecê-la de verdade?

O título do livro "Frankenstein ou Prometeu Moderno" foi dado pela pretensão de recontar o mito grego de Prometeu, um titã defensor da humanidade, que rouba o fogo sagrado pertencente aos deuses do Olimpo para permitir a supremacia dos homens sobre os seres vivos. Zeus puniu Prometeu, decretando que ele fosse preso em correntes junto ao alto do monte Cáucaso por 30 mil anos, durante os quais ele seria diariamente bicado por uma águia que lhe destruiria o fígado. Como Prometeu era imortal, seu órgão se regenerava constantemente e o ciclo destrutivo se reiniciava a cada dia. Uma obra artística bacana que ilustra isso é "Prometheus chained by Vulcan", de Dirck van Baburen.

O mais legal é como esse clássico surgiu: em um dado verão os Shelley estavam com os amigos Lord Byron e John Polidori numa tarde chuvosa e, como quem está entediado, Lord Byron sugeriu um desafio: quem seria capaz de escrever a melhor estória de terror. Foi nesse dia que Mary começou a desenvolver o conceito de Frankenstein. O mote do romance é a soberba e imprudência ambição de Victor Frankenstein pelo conhecimento.

Desde as primeiras páginas acompanhamos, através de cartas, a maneira como Victor era fascinado pelo mundo ao seu redor, pela ciência experimental e a grande satisfação que ele sentia quando conseguia adquirir todo o conhecimento e colocá-lo em prática. Nessa primeira fase, o conhecimento desempenha seu papel primário, que é o de libertar e de mostrar a verdade. Mas isso não dura muito tempo, como todos já sabem. Frankenstein recolhe restos animais da região e mortais do cemitério, uma das partes que se encaixa no gênero "terror", além das obviedades como o castelo, os raios e o suspense. Outros elementos não tão óbvios na escrita descritiva da natureza e dos ambientes sombrios dada pelo estilo gótico também colaboram para a força trágica da trama. Viktor, sozinho, dá vida à sua criação com um forte sentimento de imponência -- ele se sente Deus. A criatura nunca é nomeada, Victor o chama de ser maldito, demônio e simplesmente monstro.

Um dos pontos mais altos e que mais comunicam a ideia central da autora como um todo é quando Frankenstein dá vida ao monstro e fica completamente atônito e em verdadeiro estado de choque não só com a percepção da "coisa" que acabara de criar, mas com seus próprios demônios pessoais, graças a essa eterna insatisfação ambiciosa que nós, humanos, temos. Victor foge e isso desencadeia um dos acontecimentos mais épicos e um dos melhores diálogos do livro: o primeiro encontro do criador e da criatura.

Algumas das muitas questões levantadas pelo livro têm relação com a nossa identidade (quem nós somos? o que nos faz humanos, parecidos com Deus ou com um monstro? com quem nos aliamos e de quem buscamos aceitação, de todos os tipos de criadores como nossos pais, de Deus ou de nós mesmos?). Muito também é dito através das próprias descobertas do monstro como uma criatura que se encontra num estado perpétuo de solidão e de isolamento, aprendendo sobre a humanidade, lendo seus livros, observando seus hábitos mas nunca sendo permitido a se relacionar e a expor a ternura que sentia, o que se dá pela sua natureza grotesca, repudiada pelos seres humanos (belos, perfeitos e complexos). Será que a linguagem e a comunicação são dons restritos a nós? Na estória, a criatura aprende a falar nossa língua e ela não é humana. Será que podemos nos sentir "superiores" por conseguirmos formular algumas frases? Será que temos mais direito sobre a Terra do que qualquer outro ser? Nós somos nascidos dentro do pecado? É a nossa sina? Estamos aqui para sofrer? É melhor expressar nossa dor com palavras ou sofrer em silêncio? Deus nos abandonou? Tentamos ser como nosso criador mas buscamos refúgio em nós mesmos? Ou em outras criaturas? E se não existissem outras criaturas como você? E se até seu criador te rejeitasse?

Ainda, será que devemos nos proteger do que queremos?

Enquanto lia, me deparei com tantas indagações que não conseguia parar de carregar o livro pra um lado e pro outro. O fato de os dois personagens -- Frankenstein e o monstro -- terem em si aspectos de Prometeus não é surpresa alguma se pararmos pra pensar que até o próprio Prometeus é ambíguo. Não se trata de um titã que ajuda a humanidade?

Frankenstein se sente como Deus e como Satã, um na criação, outro como criatura:

"All my speculations and hopes are as nothing, and like the archangel who aspired to omnipotence, I am chained in an eternal hell. My imagination was vivid, yet my powers of analysis and application were intense; by the union of these qualities I conceived the idea and executed the creation of a man."

O monstro também se identifica com tal dualidade de se sentir como Deus e como Satã ao mesmo tempo, um pela sua força onipotente, outro como criatura:

"Remember that I am thy creature; I ought to be thy Adam, but I am rather the fallen angel, whom thou drivest from joy for no misdeed. Everywhere I see bliss, from which I alone am irrevocably excluded. I was benevolent and good; misery made me a fiend."

Essa é uma interpretação radical de um dos livros que o monstro leu durante sua existência (Paraíso Perdido de John Milton), que reconta de forma poética a queda do homem. A criatura parece querer dizer que Adão caiu por vontade própria ao cometer um pecado fatal, enquanto Satã já estava pra cair do céu como parte intrínseca do plano de Deus e suas criações. Assim, ele diz que deveria ser Adão pois é o que faria sentido e é a atitude esperada de seu criador, mas que nunca foi e nunca será Adão e sim um ser obscuro que já tinha sua natureza amaldiçoada planejada. Egoísmo? Satisfação própria? Apesar de notar a alegria em todos os lugares, não lhe é permitido senti-la e então não lhe é concedido um motivo para viver ou para ser uma criatura benéfica, por mais que ele queira.

Esse livro, sem sombra de dúvidas, é um dos livros mais importantes da minha vida. Se eu falasse que chorei lendo esse livro ninguém acreditaria, não faria sentido. Mas é verdade. Espero que todos, um dia, tenham a oportunidade de ler Frankenstein e pensar sobre tudo que esse livro debate com uma escrita maravilhosa e que me deixou com muita saudade depois de terminar a leitura. Fiquei umas 2 semanas sem ler nada por não querer sair desse mundo e enrolei demais nas últimas páginas pra que não acabasse logo.
Anderson Menezes 29/01/2016minha estante
Alyne, senti tudo neste livro, e chorei desde o abandono declarado pela criatura, ate o desespero da criatura a ser aceito numa sociedade "humana" e ter alguem que o pudesse compreendê-lo de uma forma que fosse igual a ele. Fiz uma comparação a nossa realidade sobre tanta exclusão. E querendo ou não eu pude sentir até o medo nas reações de Victor... bem, nao sei como descrever, mas foi um livro maravilhoso e vou relê-lo.




Meu Paginômetro 24/03/2013

Resenha: Frankenstein de Mary Shelley
Esqueça aquele monstro verde com parafusos na cabeça. Esqueça aquele cientista maluco. Na história original de Frankenstein não tem nada disso. Na verdade, Frankenstein nem é o nome do monstro, é o nome do seu criador. Criador que, como qualquer jovem, tinha ambições de estudar e ser alguém na vida. O jovem Frankenstein adorava estudar. Quando achou que podia crescer mais em uma universidade, mudou-se de cidade. E em outra cidade, cursando uma universidade de ciências biológicas, sua paixão por biologia ganhou vida, literalmente.

Continua em http://meupaginometro.blogspot.com.br/2013/03/resenha-frankenstein-de-mary-shelley.html
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melissa 16/02/2015

Um clássico
http://livrosdefantasia.com.br/2014/09/01/frankenstein-de-mary-wollstonecraft-shelley/

Como todo mudo, passei a infância assistindo desenhos que faziam menção a Frankenstein. O doutor num laboratório sinistro animando uma espécie de monstro inerte não era novidade para mim. Li o livro pela primeira vez na adolescência, acho que tinha uns 14 ou 15 anos. Era uma edição traduzida para o português que meus pais tinham. Eu peguei o livro sem querer e resolvi ler. A princípio, estranhei. Afinal, não tinha muito a ver com a ideia que eu tinha na cabeça sobre a história (terror e horror). Foi aí que descobri que Frankenstein era o sobrenome do cientista, Victor, e não de sua criatura.

A leitura não fluía como os livros que costumava ler – a narrativa era mais lenta, um pouco truncada – mas minha curiosidade falava mais alto: eu queria saber qual seria o destino de Frankenstein e sua criatura (às vezes chamada de monstro). No entanto, logo me acostumei. Algumas pessoas reclamam que livros do século 19 são difíceis, que o vocabulário é impossível, mas eu sempre digo duas coisas sobre isso: 1) a gente se acostuma e 2) não tem como ampliar seu vocabulário se você não lê livros que pedem que você amplie seu vocabulário. Tenho uma memória muito vívida dessa primeira leitura: estava esperando meus pais saírem de uma reunião e eu lia o livro, econstada numa parede fria, estava exatamente na parte em que Victor conta como foi se apaixonar por Elizabeth.


Rascunho de Frankenstein.
Foi uma obra que me marcou muito na época. Lembro de ter terminado o livro e ficar uns dias pensando sobre as consequências das coisas que fazemos. Frankenstein criou um monstro para satisfazer a própria vaidade e nunca se preocupou que aquela criatura pudesse ter uma vida sua, sonhos e anseios. Sempre achei que as cenas mostrando a vida do monstro uma das coisas mais tristes da literatura em língua inglesa. O modo como ele olhava a vida por uma fresta, sabendo que nunca seria aceito… e quando finalmente tem sua chance, ele é perseguido. O monstro é o eu marginalizado às últimas consequências.

A segunda e a terceira vez (sim, teve uma terceira) foi na faculdade. Li em inglês, como parte do currículo das matérias de literatura que fiz (eu me formei em Letras/Inglês). Essas duas leituras me fizeram ler o livro além do óbvio. Como por exemplo prestar mais atenção na estrutura narrativa. Afinal, o livro começa com a narrativa do Capitão Waldon, que é feita em formas de cartas que ele escreve para sua irmã sobre sua viagem no Ártico, vai para a narrativa em primeira pessoa do Victor Frankenstein e termina de novo com as cartas do Capitão. Outra questão foi também dar mais atenção ao subtítulo do livro: O Prometeu Moderno. Assim como o Prometeu da mitologia, que roubou o fogo dos deuses e foi condenado, também Frankenstein teria que viver com as consequências de suas ações.

Frankenstein foi publicado em 1818 em Londres de forma anônima. Apenas cinco anos depois, numa publicação na França, o nome de Mary Wollstonecraft Shelley apareceria. A obra é considerada um das primeiras publicações de ficção científica por muitos teóricos. Além disso, o livro tem vários elementos do gótico: laboratórios escuros, lugares ermos, escuro, etc.


Retrato de Mary Shelley por Richard Rothwell (1840).
Mary Wollstonecraft Godwin Shelley era filha do filósofo William Godwin e da feminista Mary Wollstonecraft. Ela teve uma educação informal, mas bastante sólida, encorajada por seu pai. Durante alguns anos, foi amante do poeta Percy Shelley, com quem se casou mais tarde. Segundo algumas declarações da autora, a ideia para Frankenstein surgiu durante uma viagem à Suíça, quando Mary Shelley, seu marido e outros convidados (incluindo aí o também poeta Lord Byron) resolveram fazer uma espécie de concurso para saber quem seria capaz de escrever a história de horror mais assustadora. Mary diz ter pensado muito sobre o assunto, mas que a ideia lhe veio num sonho: um homem dando vida a uma criatura horrenda. A partir daí, escreveu sua história. Ela foi a única a fazê-lo.

Existem várias controvérsias em relação à publicação de Frankenstein. Muitos dizem que seu marido, Percy Shelley, modificou o texto e fez um imenso lobby mais tarde para que fosse publicado. Controvérsias à parte, Percy Shelley morreu em 1822 e Mary fez sucesso como escritora profissional durante as décadas seguintes. Ela escreveu outros romances, dentro os mais famosos, o pós-apocalíptico O Último Homem (The Last Man, 1926). Mary Shelley é tida como pertencente a um pensamento político radical e seus biógrafos endossam a ideia de que ela defendia que a sociedade civil poderia ser mudada através de simpatia e cooperação entre as pessoas (uma visão totalmente oposta ao individualismo de seu marido e de seu pai).

Mary Wollstonecraft Shelley morreu em 1851, aos 53 anos de idade, provavelmente vítima de um tumor cerebral. Não é preciso falar de seu legado. Frankenstein é considerado um marco da literatura de língua inglesa e é lido nos círculos acadêmicos e populares. Existem inúmeras adaptações fílmicas, teatrais e artísticas para essa história.

E aí, vai animar de ler? Frankenstein é uma obra de domínio público para quem quiser ler em inglês (você pode baixar de graça no Kindle aqui) e é fácil encontrar inúmeras traduções em português.

site: http://livrosdefantasia.com.br/2014/09/01/frankenstein-de-mary-wollstonecraft-shelley/
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