Cartas entre Freud & Pfister [1909-1939]

Cartas entre Freud & Pfister [1909-1939] Sigmund Freud




Resenhas - Cartas entre Freud e Pfister (1909-1939)


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Lari 07/05/2022

Eu não curto muito esse formato de livro, mas é interessante ver a amizade de um teólogo com o criador da psicanálise. Pfister foi o único que continuou amigo de Freud mesmo descordando de tantas coisas, principalmente no sentido religioso.

É legal ver, também, os psicanalistas q romperam com Freud, ele faz alguns relatos em relação a isso.
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Luhbeka 23/04/2018

Para interessados em psicanálise, pedanálise ou em amizades entre pessoas tão diferentes
Como o nome indica, o livro é o conjunto das principais cartas entre Freud e Pfister, excluindo-se aquelas que traziam dados mais pessoais sobre pacientes ou sobre a vida dos autores, que os organizadores julgaram mais adequado suprimir. As cartas se estendem desde o início do trabalho e da amizade de ambos até a morte de Freud.
Para quem é interessado em psicanálise, a leitura vale à pena por poder acompanhar como tudo começou, como algumas palavras e expressões foram cunhados e desenvolvidos e como a psicanálise conseguiu se crescer ao longo ainda da vida de Freud e de Pfister, mas também de Jung (sendo até mesmo o rompimento da amizade dele com Freud apresentado do ponto de vista deste em uma das cartas) e de diversos outros atores importantes para o desenvolvimento dessa.
Para os interessados na pedanálise, teoria desenvolvida por Pfister que alia psicanálise à pedagogia, é emocionante ler seu surgimento e sua aceitação progressiva por parte da comunidade científica da época até chegar ao status atual. Definitivamente Pfister precisaria ser mais divulgado e conhecido por aqueles que trabalham na áreas da pedagogia após ser demonstrado, ao longo de todo o livro, sua importância histórica.
Para os cristãos de modo geral, a leitura desse livro é um emocionante exemplo de como uma amizade tão profunda e verdadeira entre um judeu ateu e um pastor protestante suíço pode sobreviver às suas diferenças doutrinárias e reverberar ao longo da vida de ambos. Freud constantemente lembra os leitores de todo o seu carinho por Pfister e da importância da amizade deles para que a psicanálise chegasse onde chegou. Até a emocionante carta final à viúva Freud escrita por Pfister, temos várias demonstrações de um homem com uma vida verdadeiramente ligada aos valores do Reino, retendo o que era bom dos discursos de Freud, mas também refutando elegantemente, em verdadeira apologética, os ideias contrários ao Reino apresentados por ele, de modo que seus argumentos poderiam ser aproveitados por muitos de nós até hoje.
Chama a atenção também a postura de Pfister de absoluta valorização de toda a família de Freud, fato quase sempre negligenciado por todos os demais seguidores dele e até por ele mesmo frequentemente, vindo Pfister, suas histórias e seu carinho, a se tornar uma das presenças mais celebradas por toda a família Freud. Pfister demonstra ainda o mesmo nível de importância à sua própria família em suas diversas cartas mencionando alegrias pessoas de filhos. Sem dúvida, um testemunho e uma exortação a todos nós por cumprirmos mais nosso chamado a amar ao próximo com a nós mesmos onde Deus nos colocar!
O livro não é de leitura fácil, haja vista o nível intelectual de ambos os atores envolvidos nos diálogos e a complexidade de alguns termos apresentados, mas ainda assim é muito benéfico até mesmo para leigos em psicanálise, como o caso da leitora que escreve essa resenha.

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