As Máscaras do Destino

As Máscaras do Destino Florbela Espanca
Florbela Espanca
Florbela Espanca
Florbela Espanca




Resenhas - As Máscaras do Destino


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Bruna Jéssika 17/04/2024

As máscaras do destino é uma coletânea de contos que Florbela escreveu em homenagem ao seu irmão, Apeles Espanca, que faleceu em um trágico acidente de avião. A prosa de Florbela é tão visceral quanto a sua poesia.
Na dedicatória a escritora coloca que "Os mortos são na vida os nossos vivos, andam pelos nossos passos, trazemo-los ao colo pela vida fora e só morrem conosco. Mas eu não queria, não queria que meu morto morresse comigo. Não queria! E escrevi essas páginas..."
Quando alguém que amamos morre, essa pessoa não acaba. Ela vive em nós. O amor tem essa característica de sobreviver a morte do ser amado.
Mas Florbela queria que seu amado irmão sobrevivesse ao tempo também. Por isso lhe escreveu.
Se o amor sobrevive a morte do ser amado, a arte, a literatura, sobrevive ao tempo.
Florbela termina a dedicatória assim: este livro é de um morto, este livro é do meu morto. Que os vivos passem a diante.

Quase 100 anos depois a morte de Apeles e de Florbela, cá estou eu passando esse livro a diante.
O amor sobrevive a morte. A arte sobrevive ao tempo.
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Leila 25/09/2022

Contos de Florbela Espanca
Sou fã da poesia de Florbela Espanca, tanto que tenho suas iniciais tatuadas em meu corpo, junto da palavra "POESIA".
Tinha esse livro há anos em minha biblioteca e decidi ler, para conhecer a sua prosa...
Adorei cada conto lido, sempre trabalhando o amor impossível, a morte, o sobrenatural...

Adorei seus textos...
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Lipe 09/06/2022

Obra da famosa poetisa de Portugal, Florbela Espanca (1894-1930), autora que escreve prosa e poesia com muita dor e tristeza, trazendo à tona temas como solidão, a feminilidade, o sofrimento, a busca pela felicidade e a morte.
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Evy 21/04/2020

Florbela em prosa!
Comprei este livro acreditando ser mais um dos belos livros de poemas da autora que tanto admiro. Para minha surpresa, é um livro de contos e uma obra feita em homenagem ao irm?o Apeles Espanca que morreu em um acidente aéreo. A obra, publicada postumamente, se comp?e de 8 contos, todos eles com a mesma temática: a morte.

"Este livro é o livro de um Morto, este livro é o livro do meu Morto".

Sua aventura pelo mundo dos contos nos presenteia com uma prosa cheia de poesia e belas palavras traduzindo os mais íntimos sentimentos como é composta as obras de Florbela. Palavras envoltas da dor da perda, mas belamente usadas. Alguns de seus contos, como é o caso de "Os Mortos n?o Voltam" e "A Morta" trazem uma aura fantástica e assustadora, típicas dos contos de Edgard Allan Poe. Mas essas características n?o prevalecem em todos os contos.

O conto que mais me marcou foi "O resto é perfume...", onde a autora parece buscar uma forma de sobreviver ao trauma da perda através das personagens: Uma amiga e um louco que passeiam por uma regi?o lindíssima em Portugal que traz o contraponto entre liberdade e solid?o, em busca de respostas para os grandes dilemas da vida e da morte. 

"A vida é este cacho de lilás... Mais nada. O resto é perfume...".

Confesso que mantenho minha preferência por seus versos, mas Florbela também demonstra enorme talento nos contos!! 
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Tattoo 07/06/2012

Muito bom. São narrativas a cerca da morte, e foram feitas em homenagm ao irmão morto da autora, além de ser cheio de ´´verdades subjetivas´´ que muita gente não gosta de ouvir.
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Lelê 09/04/2012

Resenha: As Máscaras do Destino
Eu conhecia Florbela Espanca e alguns de seus poemas soltos pela internet. Li um sem querer e gostei. Comecei a ler mais sobre essa incrível autora e me apaixonei.
Florbela era uma mulher muito a frente do seu tempo. Nascida em 1894, viveu amores e decepções. E para nós o melhor é que ela passou tanto suas paixões quanto suas dores para o papel.
Em 1927 seu querido irmão morreu e Florbela, que já estava doente, começou a escrever "As Máscaras do Destino", que só foi publicado em 1931, um ano depois de sua morte.
"As Máscaras do Destino" é um livro diferente dos outros lançados pela autora, pois são contos. Aliás, são contos um homenagem ao seu irmão.

"Este livro é o livro de um Morto,
este livro é o livro do meu Morto..."
Pag. 22


Essa é a dedicatória dessa obra.
Depois todas as histórias envolvem muito amor e uma dor irreparável.


"A Morta caminhava num passo de morta,
um ciciar de brisa na folhagem; os sapatinhos
de cetim branco mal pousavam nas pedras
de aminho; as pupilas sem luz não tinham
olhar e viam. A Morta sabia onde ia."
Pag. 34


"Todos nós, que aqui estamos, conhecemos
mulheres que em épocas dolorosas de sua vida
procuraram um consolo, um analgésico,
como ela dizia, na religião,... no amor, no
sacrifício... "
Pag. 54


"As nossas conversas eram sempre
um longo monólogo: ele falava, eu ouvia."
Pag. 56


Em alguns contos ainda dá para perceber o sofrimento que ela carregava por seus casamentos fracassados.
Um conto que eu adorei foi: "A Paixão de Manuel Garcia". Muito bonito. A melhor obra florbeliana pra mim.
No final do livro ainda tem uma biografia, riquíssima em detalhes e com fotos da autora desde criança.
Na última página da biografia ainda encontrei uma frase que define bem a mulher Florbela:


"Não sei fazer mais nada a não ser
versos: pensar em versos e sentir
em versos. Predestinações... "


Se você gosta de poesias ou contos, vai gostar desse livro!
Se não conhece as obras de Florbela Espanca, vale a pena conhecer. Não é cansativa, prende a atenção de um jeito surpreendente. É com certeza diferenciado de tudo que eu já tinha lido!!!
Preciso dizer o quanto amei? Acho que não!!!



Eclipsenamadrugada 22/11/2017minha estante
Assa mulher consegue fazer magia unindo palavras.




@abismodecores 23/03/2011

Florbela Em Prosa
Se você acha que só de poesia vivem os simbolistas, engana-se. Afinal, em As máscaras do Destino, a portuguesa decadentista Florbela Espanca aventura-se a narrar histórias sobre o que nos é inevitável: a morte.

Florbela escreve tal livro após o falecimento do irmão Apeles. O irmão, que até então era um de seus alicerces, padece tragicamente em um acidente de avião por ele mesmo pilotado. Florbela, a partir de então, nunca mais foi a mesma…
Sua doença se agravou e em sua profunda tristeza escreveu em homenagem ao seu morto, Apeles, as Máscaras do Destino.

Começando com o Aviador ela nos transporta a sinestésica visão mítica da morte do irmão. Cheias de imagens, uma discreta sensualidade e até mesmo obviedade de idéias em alguns contos, traz ao livro uma beleza decadente. Uma linguagem tradicional em um ritmo spleen evidente… Confusos são alguns trechos, mas nada que uma releitura nos faça entender para que o significado da morte – e conseqüentemente da vida - fique mais evidente. Afinal, a vida é tudo e o resto é perfume…

http://www.eucoracaolivros.com/2011/03/resenha-as-mascaras-do-destino.html
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