Lucas Muzel 07/12/2023Ciclo sem fimA história tem o seu charme. Ela foi escrita em um contexto de ser as últimas edições de Detective Comics e Batman com numeração alta. A intenção era zerar tudo para os Novos 52. Eu sempre a associo com Batman: Descanse em Paz, mas foi outro tipo de falecimento. Na prática, a cronologia do Batman não mudou tanto, mesmo com revista zerada. E Detective Comics teve a sua numeração antiga retomada.
O tal mito eterno do Batman sempre muda, mas sempre retorna para um estado de equilíbrio. Pois as HQs norte-americanas são tradicionalmente assim. E essa história mostra isso de uma maneira fantasiosa, mas cuidadosa, ao homenagear décadas de grandes roteiristas e artistas do passado.
A história do Batman Preto & Branco está longe de ser a melhor da antologia clássica. Brinca com a teatralidade e com a ausência de glamour de ser um artista de história em quadrinhos.
Já a origem secreta da Hera Venenosa é uma das favoritas da Panini. Ela a publica em tudo o que tiver nome do Neil Gaiman, praticamente. Os desenhos são bons, e o roteiro é o esperado desse tipo de história. O foco está em relembrar fatos estabelecidos de origem, e ter uma trama leve conduzindo tudo isso.
A moldura narrativa do documentário mostrando os insanos é eficiente para contar diversas origens em um especial. Nesse encadernado foi tudo resumido, e não se perdeu muito por conta disso. Novamente é o processo de um entrevistador perguntando sobre o passado. Assim a tal origem secreta pode ser contada.