Orgias

Orgias Luis Fernando Verissimo




Resenhas - Orgias


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Lodir 16/01/2010

Me decepcionei um pouco com este livro, principalmente em uma crônica em que o Veríssimo diz ter vendido a alma ao diabo em troca de sucesso. Bom, o leitor pode ficar perdido tentando entender se se trata de um conto, ou seja ficção de humor, ou algo realmente autobiográfico do autor. Na última crônica, no entanto, ele dá mais a entender que é apenas humor. Mas, enfim, não gostei disso. Acho que mesmo sendo usada como humor, este tipo de humor não vale, por tratar o tema como banalidade. O resto do livro trás algumas crônicas interessantes, como as que falam sobre as festas de aniversário de crianças (que são divertidas), mas não sei se vale apena pegar 28 reais (isso que era promoção) por um livro com 130 páginas! Enfim, se pegar emprestado, leia. Se for comprar, e estiver custando mais que vinte reais, pense bem! Não é um dos melhores do Veríssimo.
Julia 23/10/2010minha estante
Que viagem mano




Tripode 15/01/2009

Fraco!
O livro é divertido, mas achei ele fraco, apesar de ser um confesso admirador dos textos do Veríssimo.
É um livroi de fácil leitura e rápido também, mas apesar disso não nos envolve e nem nos cativa. Os contos são curtos, o que é bom, mas o humor deles não é tão inteligente como o Veríssimo costuma ser.
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Camille Ramos 11/08/2009

Divertimento garantido
Muito gostoso de ler, Luís Fernando Veríssimo é ótimo em seu humor.

Um pouco de comédia para a vida da gente faz bem.

Gosto em especial de Belzebu.com (acho que é esse o nome). Fantástico!

Recomendadíssimo!
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Mih Del Debbio 28/05/2010

"Ser brasileiro ou é uma fatalidade ou é uma ciência"
Eu não sei porque sempre me decepciono com os livros do Verissimo.
Adoro as cronicas, mas os livros nunca estão a altura.

Neste livro ele faz críticas ao cotidiano do Brasileiro. As melhores cronicas são as de Festas Infantis, as restantes são bem chatinhas e previsíveis.

Mas continuo adorando o autor.
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ALucy 20/09/2009

curto e divertido.
com crônicas bem relacionadas com situações que com certeza quem lê já passou.
não é uma das melhores obras de vVríssimo, mas tem todo o seu toque irônico e cômico que torna a leitura agradável.
não leva 5 estrelas porque não faz refletir mto, mas pra divertir e ler rapidamente é uma leitura gostosa.
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Vanessa Henriques 02/10/2009

Razoável. Os pequenos contos não são muito envolventes. Dei até alguns risinhos, mas o livro não conseguiu captar meu interesse, por isso tornou-se chato.

Lerei mais do autor.
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Rodrigo 20/12/2009

Crítica com humor
Veríssimo consegue tratar a nossa sociedade com muito humor.
Ele apresenta diversas situações que mostram como o verdadeiro brasileiro lido em diversas situações.
Uma verdadeira crítica da sociedade brasileira com humor!
Acredito que por ser diversos contos não chega a empolgar a leitura, mas indicaria a leitura.
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Amanda 29/10/2010

Genial
Verissimo retrata as orgias, OPS! as rotinas do dia-a-dia de uma maneira fácil, divertida e sem rodeios.
Ele transforma as situações desconfortáveis e chatas de todo dia para momentos de descontração.
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Paula 12/01/2010

O Livro tem várias situações do dia-a-dia contada em pequenos contos, com um toque de humor que sempre tem nas histórias do Veríssimo.
Um conto ou outro acaba sendo meio sem graça, mas nada que comprometa o livro.
Muito bom pra passar o tempo.
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JOJo 28/12/2010

Era um presente
Esse livro foi um presente ,que eu comprei pra dar ,mais aprendi que só deve se dar um livro que já se leu ...então li inteiro,isso mesmo dei um livro USADO. Mais não tinha como não ler
Nada melhor do que a vida dos casais e li nesse livro uma das crônicas que são mais vivas na minha memória ,aprendi que a verdade nem sempre é a melhor opção na vida de um casal.
Muito bom
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Carol Galvão 13/09/2011

Mais um livro do Verissimo que mostra como nosso cotidiano esta chei de situações engraçadas. Uma leitura leve.
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Gabriela 14/06/2012

Eu gosto muito das crônicas de Veríssimo, alguns dos livros dele trazem mais aquelas que são bem divertidas e outros são daquelas que fazem você refletir um pouco. Orgias é do primeiro tipo, é um livro bem divertido que dá para ler rapidinho.

"Alma, vendo" foi uma das melhores crônicas do livro, ela relata a dificuldade de encontrar o diabo para vender sua alma. "Crise" e "Da importância de ser Fabião" também são muito boas. E quem não teve uma festinha de aniversário como a de "Festa de criança"? Até hoje eu tenho pena de mainha, pois ela sempre fazia nossas festas de aniversário em casa e sem ajuda nenhuma.

É claro que há umas crônicas não tão divertidas, mas no geral o livro é muito bom.

http://bibliomaniacas.blogspot.com.br
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Natalia.Eiras 03/06/2012

Muito fraco
Esse não é o melhor livro de Verríssimo na minha opinião. Apesar do título bem sugestivo, o livro trata de como nos portamos nas festas que participamos ao longo de nossas vidas e dos micos que acabamos pagando nelas. Seja pelo excesso de bebida; gafes sociais ou tesão na mulher que nunca mais você vai encontrar depois que a festa acabar. Sempre é possível pagar um mico.
Eu prefiro As mentiras que os homens contam; talvez pelo fato de ter me identificado mais com as histórias apresentadas no outro livro.
Achei esse mais fraco. Não é ruim, mas não me fez rir como o outro.
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Ana Carolina 25/07/2013

Resenha originalmente publicada no blog Palavra Sonhada
Orgias é uma seleção de crônicas de Verissimo que retratam os acontecimentos festivos, reuniões de amigos, festas infantis, etc. Com muito humor, situações que muitas vezes passam despercebidas são satirizadas pelo autor e proporcionam momentos de descontração.
Apesar de não ser uma das melhores seleções de crônicas de Verissimo, os leitores não se arrependerão de dedicar um tempo ao livro.

site: http://palavrasonhada.blogspot.com.br/2013/07/orgias-luis-fernando-verissimo.html
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Carina 13/09/2013

Orgias bem-comportadas
Por ser uma coletânea de textos já publicados de Luis Fernando Verissimo, algumas das crônicas são bastante batidas (foram inclusas em vários dos outros livros do autor e passam longe do ineditismo). No entanto, apesar da vasta produção do escritor, a impressão que fica é que faltaram textos sobre sexo e incluíram qualquer crônica vagamente relacionada com orgias para preencher espaço.

Há vários textos sobre festas infantis de aniversário (que, mesmo marcadas pelo improviso, desespero e algazarra, não têm - habitualmente, espero - o cunho sexual que caracteriza um bom bacanal). Outras crônicas versam sobre o ano novo e o Carnaval, e raros textos vão direto ao ponto G - as orgias propriamente ditas.

Grande parte da seleção se compõe de peças bem escritas, mas invariavelmente mal finalizadas - já que, com a produção intensa, nem sempre Verissimo consegue manter a qualidade. Contudo, ainda que não seja tão picante quanto o esperado, é uma leitura agradável.

TRECHOS:

Cada ano novo é como uma folha de papel em branco à sua frente. Você pode fazer o que quiser com ela. Pode traçar novas coordenadas para sua vida com o lápis (nr. 2) da sabedoria, a régua da experiência e o esquadro da razão — e, se for preciso, a borracha do arrependimento —, ou pode apenas rabiscar frases inconseqüentes ("Tem homem que bota a mulher num pedestal para poder olhar por baixo do seu vestido"), desenhar bonecos pelados ou simplesmente dobrar o papel, fazer um aviãozinho e jogar pela janela. Depende somente de você. A vida é sua. Aproveite esta oportunidade que o ano novo nos dá para reexaminarmos o mapa da nossa existência e corrigirmos o nosso curso a fim de não encalharmos, irreversivelmente, nos rochedos da desilusão. A minha primeira resolução para 2006, por exemplo, é nunca mais escrever nada que contenha a frase "rochedos da desilusão".
***
Estive fazendo um levantamento íntimo para saber quantas das minhas resoluções para 2005, feitas no fim de 2004, consegui cumprir. (...) Eram resoluções modestas e sensatas. Por exemplo: Fazer regime. Consegui. Fiz vários durante o ano. Comecei dietas para emagrecer todas as segundas-feiras e se a dieta nunca passou do almoço da terça-feira a culpa não foi minha.
***
Você reconhece quem teve uma festa de criança em casa no dia anterior. Alguma coisa no rosto. A expressão de quem chegou à terrível conclusão de que Herodes talvez tivesse razão.
— Que respiração ofegante o senhor tem!
— Foi de tanto encher balão.
— Que dificuldade o senhor tem para caminhar!
— Foi de tanto levar canelada tentando apartar briga.
— Como as suas mãos estão trêmulas!
— Foi de tanto me controlar para não esgoelar ninguém! Respeito e consideração para quem teve uma festa de criança em casa no dia anterior.
O pai e a mãe estão atirados num sofá, um para cada lado. Se-miconscientes. Já é noite, mas a festa ainda não acabou. Sobram três crianças que não param de correr pela casa.
— Tenho uma idéia — diz o pai.
— Qual é?
— Vamos mandar eles brincarem no meio da rua. Esta hora tem bastante movimento.
— Não seja malvado. Daqui a pouco eles vão embora.
— Quando? Essas três foram as primeiras a chegar. Acho que os pais deixaram elas aqui e fugiram para o exterior.
***
No começo era eu. Só eu. Eu eu eu eu eu eu. Não existia nem a segunda pessoa do singular, porque eu não podia chamar Deus de "tu". Tinha que chamá-lo de "Senhor". Não existia "ele". Não existia "nós". Nem "vós". Nem "eles". Só existia eu. Eu, eu, eu, eu. Não é que eu fosse um egocêntrico. E que não havia alternativa!
Eu não podia pensar nos outros porque não havia outros. O mundo era uma gramática em branco. Só havia eu e todos os verbos eram na primeira pessoa. Eu abri os olhos. Eu olhei em volta. Eu vi que estava num Paraíso (do grego paradeisos, um jardim de prazeres, ou do persa paridaiza, o parque de um nobre, mas isso só se soube depois). Eu perguntei "O que devo fazer, Senhor?", e Deus respondeu "Nada, apenas exista". E eu fui tomado pelo tédio. A primeira sensação humana.
E Deus viu que eu me entediava, pois do que vale ser um nobre no seu parque se não existem os outros para nos invejar? E então Deus, que já tinha criado o tempo, criou o passatempo, e me encarregou de dar nome às coisas. Eu vi a uva, e a chamei de parmatursa. Eu vi a pedra e a chamei de cremílsica, e ao pavão chamei de gongromardélio, e ao rio chamei de... Mas Deus me mandou parar e disse que cuidaria daquilo, e me instruiu a procurar o que fazer enquanto terminava de criar o Universo, pois os anéis de Saturno ainda estavam lhe dando trabalho. E eu me rebelei e perguntei "Fazer o quê?", e viu Deus que, além do Homem, tinha criado um problema.
E perguntou Deus o que eu queria, e eu respondi: "Sabe que eu não sei?" E Deus disse que tinha me dado uma vida sem fim, e um jardim de prazeres digno de um nobre persa para viver minha vida sem fim, e frutas e peixes e pássaros de graça e dentes para comê-los, e mel de sobremesa, e que eu esperasse para ver que espetáculo, que show, seria o Universo quando ficasse pronto. Tudo para mim. Só para mim. E não bastava? Não bastava. "Eu pedi para nascer, pedi?", disse eu. E Deus suspirou, criando o vento. E pensou: "Filho único é fogo".
(...)
E Deus fez a minha vontade, e me pôs a dormir, e quando acordei tinha um irmão ao meu lado, tirado do meu lado. Igual a mim em todos os aspectos. Espera aí, em todos não. Deus, com a cabeça em Saturno, não prestara atenção no que fazia e errara a cópia. Colocara coisas que eu não tinha e esquecera coisas que eu tinha, como o pênis, que se dependesse de mim se chamaria Obozodão. Deus se ofereceu para recolher a cópia defeituosa e fazer uma certa, mas eu disse "Na-na-não, pode deixar". Pois tinha visto que era bom. Ou boa. E fui tomado de amor pelo outro. A segunda sensação humana.
Ela era o meu tu, eu era o tu dela. Juntos, inauguramos vários verbos que estão em uso até hoje. E eu a chamei de Altimanara, mas Deus vetou e lhe deu outro nome. E quando ela perguntou como era o meu nome, respondi "Mastortônio", mas Deus limpou a garganta, inventando o trovão, e disse que não era não. Ficou Adão e Eva (eu Adão, ela Eva) aos olhos do Senhor e na História oficial mas em segredo, isto pouca gente sabe, nos chamávamos de Titinha e Totonho. E foi ela que disse "Totonho, quero que tu me conheças mais a fundo". E eu: "No sentido bíblico?" E ela: "Existe outro?" E inauguramos outro verbo.
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