Resenhas - O homem da cabeça de papelão

Rhay 04/05/2024

Li por causa da faculdade
Um conto pequeno mas muito reflexivo.
Não dava nada para o livro, acreditava que seria bastante tedioso.
Antenor com sua cabeça desarranjada nos faz refletir o quanto a sociedade é corrompida e nos molda para sermos iguais aquilo que nós é tido como correto.
Ele escolhe abrir mão da sua cabeça desarranjada para seguir com uma cabeça papelão, tal como a sociedade idealiza como a correta e verdadeira.
Antenor que antes era correto, justo, sincero e respeitável passa a ser exatamente o contrário quando troca a sua cabeça.

emileysz 04/04/2024

Fiz essa leitura no clube do livro da faculdade e não conhecia nem o autor nem o livro antes da leitura e achei uma experiência incrível, ainda mais por ter lido com outras pessoas. o livro em si me parece ser atemporal por ter sido escrito há um século atrás e ainda se mostrar atual, estou convencendo até minha mãe a ler do tanto que gostei

ane 04/04/2024

Bem curtinho, eu o li no clube do livro da faculdade. O Antenor sempre fora desprezado e taxado de maluco, só por ter sua própria maneira de viver e enxergar o mundo. No final ele não quer sua cabeça de volta, e decide viver nos padrões que a sociedade impôs. O que na minha visão emocional é bem triste, mas na visão racional, ele foi bem esperto.

Davi.Cecotti 19/10/2023

Leitura rápida, análise e crítica social longa
No Livro é contado a história de Antenor, um homem que a princípio era ético, justo, verdadeiro e autônomo de seus próprios pensamentos. Morava na capital do país do sol, onde a população era desordeira, exploradora e sem princípios.

O autor esbouça através desta obra uma crítica irônica sobre a realidade crescente dos dias atuais: desonestidade, competitividade acirrada e o capital acima da própria humanidade. Nela existia uma meta social padrão auto imposta da qual Antenor não estava seguindo, gerando nele um desconforto e auto rejeição. Isso fica evidenciado quando ele, após ter um fracasso social e profissional resolve "tomar jeito" e pede a um relojoeiro que conserte sua cabeça desajustada. Como solução o relojoeiro dá a ele uma cabeça comum, feita de papelão enquanto a dele era inspecionada para conserto. Após colocar a nova cabeça Antenor, um jovem feliz e honesto começou a pensar com a cabeça de papelão e começou a trapacear, a mentir, e só assim começa a ter sucesso e ser aceito na comunidade em que vivia.

Joao do Rio parece abre um questionamento sobre como a identidade humana consegue ser tão fluída, ou seja, o homem sempre passa por escolhas que acabam por mudar sua realidade, ela não é centrada e fixa, mas instável e mutável. O homem aqui então não pode ser visto como centrado e possuidor de autonomia própria pois ele se altera à medida que ele vai vivenciando experiencias.

Ter sucesso naquela sociedade moralmente decaída significava ser um fracasso como individuo, e mesmo assim Antenor optou por seguir a vida com sua cabeça de papelão, pois sem ela nada adiantava ser bom. Assim ele encerra o conto, mostrando o quanto a prevalência do mal sobre o bem é comum quando a realidade do individuo não é favorável.

Wandrovski 09/07/2023

DESBUROCRATIZAR AS RELAÇÕES
Muita reflexão sobre tradições e o como só porquê algo foi feito sempre de uma forma isso quer dizer que seja bom, às vezes, precisamos mudar de perspectiva

Laila 02/02/2022

O livro foi bem interessante com diversas críticas atuais, apesar de ser um livro escrito há mais de 100 anos atrás. Além disso, ele nos faz analisar se a busca para se encaixar realmente vale a pena, uma vez que você tem que mudar suas opiniões, suas vontades, suas verdades para agradar os outros

ljulliel 29/05/2021

Uma ótima reflexão
Eu comecei a ler sem nenhuma espectativa, mas fiquei impressionada como esse livro me fez refletir.
Muitas vezes parte da sociedade nos faz pensar que precisamos sempre ter os mesmos pensamentos para sermos respeitados, e infelizmente isso não é totalmente mentira.
O mais impressionante da história é que uma pessoa boa com pensamentos sensatos foi transformada de uma hora para outra pois pensava e agia diferente dos outros, e eu fiquei tipo ???? , Que realidade!!

Radmila.Ribeiro 21/04/2020

Um crítica social. Será que temos que pensar como todos os outros?

Biblioteca Álvaro Guerra 15/01/2020

O conto de João do Rio, cronista e contista carioca, é revisitado pelo ilustrador Caeto. Neste conto, publicado originalmente no início da década de 1920, João do Rio apresenta um homem muito honesto e ético e, por isso mesmo, sem sorte na vida. Até que consegue uma cabeça de papelão.

Empreste esse livro na biblioteca pública.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788577152681

Edu Freiberger 26/08/2016

Critica social ácida
Critica ácida sobre o pensamento comum do cotidiano. Ainda muito atual, muito embora ter mais de 100 anos de escrito.

Jacqueline 27/07/2015

Dos problemas de se dizer a verdade
Ácida e ferina! Escrita há mais de 100 anos, a crônica de João do Rio continua extremamente atual. As ilustrações do Caeto ajudam na sua atualização e captam bem o espírito do Antenor e das pessoas com quem interage.