jhonatas_nilson 30/11/2013Antes de começar essa resenha, preciso abrir meu coração: NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESSE PAÍS UM PERSONAGEM ME IRRITOU TANTO COMO ESSE TAL CANE KIRK.
O.k, agora que abri meu coração, vamos voltar a programação normal.
Cane Kirk é um sobrevivente da guerra e lá perdeu um braço, por conta disso ele acha que pode ser mal educado, mal humorado, mal criado e antipático o tempo todo. Vive bebendo e quebrando qualquer bar por aí (Para mim ele só faz isso porquê não teve um pai para lhe dar uma boa surra e hoje depois de crescido quer chamar a atenção.) Tudo bem que ele perdeu o braço, mas não é motivo para sair agindo como um adolescente irresponsável o tempo todo.
Olha, talvez um dos motivadores para essas atitudes ridículas dele é que sempre que ele faz alguma besteira, a nossa mocinha Bodie Mays, como se já não tivesse problemas o suficiente, vai a sua procura para salva-lo. Fora que os irmãos não fazem nada para mudar isso, né? Jogou uma bomba num bar? Tudo bem, a gente paga! Detonou uma dinamite na cidade e matou todo mundo? Tudo bem, a gente paga o velório de todo mundo, inclusive o nosso. Se eu fosse qualquer um desses parentes dele já o teria colocado num centro de reabilitação ou, quem sabe, no APAE.
Agora preciso falar da Bodie. Pessoaaal como essa coitada sofre, é pior que a Maria do bairro, Marimar e Maria Mercedes juntas! Seu avô é doente, tem que pagar um aluguel altíssimo para o ex-padrasto cafajeste e ainda tem que se virar para dar conta da faculdade (Fora que sempre que o Cane dá seu piti ela tem que estar pronta para salva-lo, né?). Em um momento de desespero, Bodie decide pedir ajuda ao caríssimo Cane Kirk e o que ele faz? A trata como uma prostituta sem valores e a destrata. Humilhada e sem esperanças, ela toma a atitude mais sem noção de todos os tempos! Aceita o convite do seu ex-padrasto para posar (Detalhe: O cara tem a fama de maníaco-louco-psicopata-sexual-viciado-em-pornografia). Aí o problema já está formado né? Outra coisa: Ela é boazinha demais, perdoa Cane o tempo todo mesmo que ele a faça chorar quase que por todas as paginas do livro.
Pode me chamar de maligno, mas em um momento eu torci para que aquele demonho chamado Cane morresse, sério mesmo. Eu sei que a Diana Palmer tem esse seu estilo de colocar cowboy grosso + virgem sofrida em seus enredos, mas dessa vez me tirou dos eixos!
Chega de falar os pontos negativos, não é mesmo? A história é bem suave, dá gosto de ler (apesar dos aborrecimentos com um certo personagem.) Pelo inicio da minha resenha dá a entender que não gostei, mas foi o contrário! Sabia o que esperar e o livro não me decepcionou. Sou fã da Diana, gosto da forma como ela passa mensagens de castidade durante o desenvolvimento de seus livros e sempre há uma emoção que lhe faz querer ler até o final. Recomendo esse livro para os fãs que gostam de seu estilo e que já o conhece, mas não para aqueles que querem iniciar no vicio que é ler seus romances.
O enredo nos mostra a capacidade do ser humano em reconstruir sua vida após grandes tragédias (Mesmo que alguns sejam mais dramáticos e demorem mais que outros para se reestruturar.), nos evidencia os laços familiares dos irmãos Kirk que estão juntos em todos os momentos e conseguiu me entreter. Só não dou cinco estrelas por causa do protagonista mesmo, mas a Diana conseguiu atingir seu objetivo: entretenimento.
Para quem não sabe, esse livro é o segundo de uma trilogia intitulada Wyoming Men.
1.Corações Laçados
2.Corações em fúria
3.Ainda não lançado no Brasil.
Já li o primeiro, depois posto a resenha e devo confessar que estou ansioso pelo terceiro. Minha nota é 4/5.
É isso...
Fui!
site:
LEIA MAIS RESENHAS EM: http://www.alquimiadosromances.com.br/