O amor de uma boa mulher

O amor de uma boa mulher Alice Munro




Resenhas - O Amor de Uma Boa Mulher


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Eduarda Sampaio 04/08/2014

Questionador e belíssimo: abalou minhas estruturas.
A complexidade dos personagens que Alice Munro cria não permite prejulgamentos e visões parciais. Essa é uma leitura que só pode ser verdadeiramente apreciada quando o leitor se despe de qualquer preconceito, especialmente do machismo. Essas são protagonistas que precisam ser degustadas e Munro nos dá acesso direto a sua alma, a seus sonhos, a seus pensamentos mais secretos.

Resenha completa no link.

site: http://maquiadanalivraria.blogspot.com.br/2014/08/o-amor-de-uma-boa-mulher-alice-munro.html
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Melissa Padilha 20/02/2014

Alice Munro é uma escritora canadense, hoje com 82 anos, mais conhecida como a última vencedora (2013) do prêmio Nobel de Literatura. Alice é uma escritora de contos, e essa foi a grande surpresa no prêmio Nobel de 2013, que uma escritora estritamente de contos tenha vencido o prêmio. Obviamente ninguém tira o mérito de seu trabalho, há quase meio século se dedicando a literatura, seu primeiro livro foi editado em 1968, Dancing of the happy shades, uma compilação de contos , o último lançado foi em 2012, Dear Life (Vida Querida, Companhia das Letras, 2013).

Os contos escritos por Alice Munro, são contos mais longos, em comparação a outros autores cujos contos, correspondem a 10 menos páginas, os contos de Alice normalmente tem por volta de 50 páginas.

O livro O amor de uma boa mulher (The Love of a Good Woman), lançado pela Companhia das Letras (2013), tem em sua composição 8 contos, sendo o primeiro deles aquele que dá nome ao livro, os outros são Jacarta; A Ilha de Cortes; Salve o ceifador; As crianças ficam; Podre de rica, Antes da mudança; O sonho de mamãe. O livro foi escrito originalmente em 1998. Todos os contos estão centrados em contar histórias de mulheres e suas famílias, passados todos no Canadá, esse é o mote comum das obras de Alice.

É da vida comum que flui toda a história de seus contos, do nascimento de um filho, do casamento ou da falta dele, da traição, sexo, a relação com os pais, todo o contexto da vida feminina é abordada em suas histórias. Histórias essas, que não tratam de enredos fantásticos ou histórias complexas, tratam da vida comum, do dia a dia, quase daquele cotidiano que todos temos, mas aí está a grande qualidade da autora que através do cotidiano retira ótimas histórias. Quase todos os contos se passam entre as décadas de 40 e 50, com uma exceção, cuja história começa em 1974.

Não sou autora, mas acredito que retirar crônicas bem escritas de acontecimentos corriqueiros não seja uma tarefa muito simples. Alice conta suas histórias, de uma forma em que tempo e espaço modificam-se a todo momento. No meio dos contos, a autora altera completamente o foco de suas histórias, transportando seu leitor ao passado ou futuro da personagem, e segue fazendo isso, até que em determinado momento, todos os pontos são interligados, como que a cada novo fato apresentando, a cada nova informação que a autora apresenta, seja capaz de mudar o curso da vida e da história contada.

Munro cria personagens um tanto marginalizados para a época, que vivem revoluções em questões diárias, um casamento que termina porque a esposa escolhe ir embora com o diretor da peça de teatro, a mãe que não tem empatia pela filha, sexo, aborto, traição, ou um assassinato escondido por questões menores, enfim são grandes acontecimentos na vida de uma pessoa porém, contextualizado-os em eventos cotidianos, parecem menores. Tudo isso construído sob a construção e desconstrução da história, através da mudanças repentinas de espaço e tempo, característica forte da escritora.

É um livro intenso, denso e ao mesmo tempo muito simples.

site: http://decoisasporai.blogspot.com.br/2014/01/o-amor-de-uma-boa-mulher-de-alice-munro.html
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Laura 28/03/2017

Alice Munro escreve espetacularmente, é incrível. Os contos se complementam no volume, e em cada conto há a construção de uma cumplicidade do feminino muito grande. O feminismo ainda é muito necessário e a autora é super contundente ao comunicar a realidade das mulheres, tirando todos os véus (seja da hipocrisia ou do marketing ou de whatever) -- é impossível não se identificar, se não com o todo, com parte.
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Para aquelas mulheres que são conscientes o texto da Alice Munro é acolhedor. Para aquelas ou aqueles que ainda vivem na superfície pode ser um conteúdo até chocante -- quando de fato é extremamente cotidiano. Independente da data em que o texto foi escrito, ou que as histórias são ambientadas, são eventos atemporais.
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A vida é o que é, sem drama e sem floreios, parece ser esse o tom da Alice Munro. Ela pode nos contar um evento mas a sua continuidade, o julgamento de valor dos atos, o depois, o "felizes pra sempre", qual quer que seja a continuidade do conjunto de experiências dessa personagem, isso não é importante. Não é UM evento -- por maior importância que parece ter no momento que ocorre -- que define e dita o restante da vida. A vida é muito complexa -- e ao mesmo tempo muito simples.
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Leia tudo que puder da Alice Munro, seus textos são sublimes, nos deixam ao mesmo tempo sem palavras e com muito o que conversar.
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IvaldoRocha 18/10/2016

Um livro magistral e um dos melhores que já li.
Este é o primeiro livro de Alice Munro que li e há muito tempo não me surpreendia tanto com uma nova escritora. Nova para mim é claro, escritora canadense, Alice Munro recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 2013, já com 82 anos e 45 anos de carreira.
O livro contém oito contos sobre “Boas Mulheres”, com certeza não tão boas para os padrões da época. É difícil falar de um conto em si, o conjunto dos contos é completo e perfeito.
Alguns escritores são mestres ao descrever a alma feminina como Machado de Assis e Balzac, mas nunca li nada como as mulheres de Alice Munro. Suas personagens são mulheres comuns de pequenas cidades e passam por momentos de transição ou transformação na sua maneira de viver e sempre acabam surpreendendo. É a vida simples de todos nós, naquele momento fora do usual, quando algo simplesmente brota e você deixa acontecer é a bolha que explode e a vida segue.
Me chamou a atenção a maneira brilhante como ela inclui no meio de um conto, um simples parágrafo, que nada tem a ver com a história, mas que choca, surpreende de uma maneira impressionante, é como um tempero forte em um prato sofisticado, e depois a história simplesmente segue seu rumo. Um bom exemplo disso é o conto “Antes da Mudança”.
Um livro sobre mulheres, indispensável para homens e mulheres.
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eneida 13/06/2017

Oito contos com personagens principais sempre mulheres, fortes, mas que não têm noção de suas forças, de seus talentos, de seus sentimentos
. Um denominador presente quase em todos são casamentos errados, onde um não conhece verdadeiramente o outro, mulheres sozinhas, carentes, que se casam muito jovens e depois tomam decisões drásticas.
A profissão da mulher é também um tema sempre presente, numa época em que as mulheres eram sustentadas pelos maridos mas que já eram necessárias no mercado de trabalho e começavam a prestar atenção em seus próprios talentos.
Personagens muito bem elaborados, leitura intensa mas sem ser pesada e sempre um fim que me deixou pensando.
meriam lazaro 13/06/2017minha estante
Também gosto dela




Heloisa.Nass 09/10/2016

Maravilhoso
Contos muito bem escritos, prendem a atenção até a última página. Leitura leve, agradável e muito ágil. Escritora talentosa, vale muito a pena.
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Jessica.Silva 03/06/2016

Mulheres pré e pós revolução sexual. Histórias de solidão, paixões, desilusões e força. Objetos tem muito a dizer sobre as pessoas.
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Janaína Calmet 14/03/2014

Decepção define
Há poucos dias li, em algum lugar, que "tu te tornas eternamente decepcionado pelas expectativas que cultivas". Sinto-me assim com esse livro. Ok, é um bom livro, claro, já que estamos falando de uma ganhadora do Prêmio Nobel. Mas... sinceramente, não me acrescentou praticamente nada.
:(
Thaís 16/07/2017minha estante
Tô quase abandonando.Me sinto exatamente assim.


Janaína Calmet 18/07/2017minha estante
:(




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