A Guerra das Salamandras

A Guerra das Salamandras Karel Čapek




Resenhas - A Guerra das Salamandras


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Jonas Migotto 20/12/2023

Impressionante que isso tenha sido escrito ainda em 1936. O autor fez uma leitura muito sofisticada do seu próprio tempo.
Além do mais, propõe as reflexões de uma forma muito inventiva, em uma narrativa que brinca com as formas e possibilidades de contar uma história. Incrível!
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Cibele.Veras 27/08/2023

Esse livro ficou rolando pela estante quase um ano e meio, pq é extremamente difícil sair das primeiras páginas, tanto na forma que a história se desenvolve, como no nome dos personagem, nas explicações sobre lugar, depois fica melhor e a história no geral é boa.
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Franco 06/08/2023

Ou sobre o fim do mundo por nós mesmos
Enredo:

Uma nova espécie de salamandra é descoberta. Sua principal característica, a capacidade de aprendizado, seja para se comunicar, seja para trabalhar. Quais efeitos essa descoberta terá numa sociedade capitalista com tendências ao fascismo?

(possíveis) pontos positivos:

- um caso de ficção científica cujo mote é a biologia/sociologia em vez de tecnologias futuristas;
- humor ácido, muitas vezes satírico;
- constante interlocução com questões políticas, especialmente as coloniais;
- uma construção narrativa versátil, variando nos gêneros e no estilos.

(possíveis) pontos negativos:

- a narrativa é macro, com poucos personagens e muita contextualização;
- dificuldade em estabelecer empatia com personagens, já que não são o foco narrativo;
- alterações no estilo narrativo quebrando o ritmo de leitura;
- um capítulo inteiro e longo com longas notas de rodapé, fazendo-o bem cansativo.

o que mais impressionou:

a construção de uma ficção científica que passa ao largo dos clichês do gênero (futuro, tecnologia, vida extraterrestre), enquanto constrói quase uma tese sociológica sobre os efeitos de uma nova vida inteligente na Terra. E é uma construção fascinante não só pelo absurdo imaginativo, mas também pelo constante diálogo com os problemas reais; as últimas páginas são simplesmente incríveis pela sua capacidade de ecoar, nos dias de hoje, em tantas dinâmicas da nossa sociedade, especialmente a ambiental.
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Valério 05/07/2023

Imaginação fértil
O livro parece uma grande brincadeira de imaginae o impacto mundial da descoberta de uma nova espécie, quase tão inteligente quanto os humanos.
A partir daí, se vê uma caricatura de grandes eventos humanos, com trechos que colocam as salamandras no papel que outrora foi dos escravos e depois dos negros, que durante muito tempo foram tratados como sub-humanos.
Posteriormente, parodia tanto o Comunismo/socialismo como também o nazismo.
Parecendo um tratado sobre as salamandras, acaba sendo um tratado sobre o ser humano, esse sim exposto e dissecado nesta curiosa obra.
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Iracilba 13/03/2023

Simplesmente genial!
Ja tinha uma grande expectativa nessa leitura mas foi de fato superada. O autor conseguiu retratar as mazelas da sociedade humana ao explorar e dominar as salamandras, porém com um toque muito divertido. Ri demais com as situações colocadas. Também nao se furtou a provocar serias reflexoes
sobre a humanidade. Super recomendo.
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Raul.Grenchi 14/02/2023

Bom
A Guerra das Salamandras traz uma história aonde é descoberta uma nova espécie de salamandra que são muito inteligentes, e aprendem e evoluem muito rapidamente.

A obra nos mostra o quanto a humanidade pode ser gananciosa e exploradora, espremendo ao máximo para tirar tudo que é possível de uma classe que considera inferior.

A obra escrita no período entre guerras anteviu as experiências assombrosas que o ser humano pode fazer, e acabou fazendo poucos anos depois durante a segunda guerra mundial.

Uma das reflexões mais interessantes do livro é o quanto as diferenciações que a humanidade criou nos prejudica a termos uma hegemonia como espécie, criamos muitas barreiras e separações entres ricos e pobres, castas e classes sociais, cores de pele e religiões.

A obra também nos provoca a pensar no tema entre opressor e oprimido e como quem é oprimido acaba querendo se tornar o opressor.

É um bom livro, apesar da leitura meio lenta cansativa, recomendo demais a obra do tcheco Karel Capek pelo quanto ela nos faz refletir.
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Tecio Ricardo 31/12/2022

Infelizmente a edição que comprei para o Kindle está com um péssima tradução, tem hora que está no português de Portugal, em outro momento, muda para o português do Brasil, e com isso a concordância fica horrível, impedindo o entendimento correto e adequado que essa obra merece.

Não entendo como um livro de um autor tão importante que criou o termo robô, foi tão desrespeitado dessa maneira.

Infelizmente todo livro que eu achar da editora Lebooks, por mais que a história me agrade, não compro e nem aceito de graça.

Não recomendo o livro dessa editora. ??
Raul.Grenchi 28/01/2023minha estante
Estou tendo o mesmo problema. Ainda tem vários erros de digitação. E o pior que não encontrei o livro físico de jeito nenhum a única opção disponível é essa


Tecio Ricardo 29/01/2023minha estante
Sem querer querendo, acabei encontrando outro livro dessa mesma editora, e o comentário da pessoa que comprou, foi justamente a péssima tradução, ou seja, isso é típico deles. Infelizmente esse livro só acha dessa editora, uma pena.




Valéria Cristina 07/11/2022

Genial
Salamandras extremamente inteligentes são encontradas e treinadas para a exploração de pérolas. Esse é o início desse romance original e inteligente.

A ação ocorre um diversas partes do planeta, desde a Tchecoslováquia até o Reino Unido.
Capek, em uma narrativa divertida e repleta de ironias, trata de temas como a exploração capitalista, a ganância dos mercados, os direitos trabalhistas, a luta de classes, a escravização de indivíduos, a falta de objetivos comuns ao gênero humano e a competência que o ser humano tem de destruir a si mesmo como nenhuma outra espécie é capaz.

Discute também o equilíbrio ecológico e climático, bem como a inexistência do sentimento de coletividade humana. Mostra o individualismo e os males que pode acarretar para o futuro da humanidade.

Publicada em 1936, a história continua atual, considerando que os temas expostos fazem parte, ainda, do debate internacional.

Karel Capek (nasceu em Malé Svato, Tchecoslováquia, em 9 de Janeiro de 1890 e faleceu Praga, 25 de Dezembro de 1938) foi um escritor tcheco. Doutorou-se em Filosofia em 1915 e logo iniciou uma longa carreira como escritor e jornalista.

Foi o divulgador da palavra robot criada, segundo ele próprio, por seu irmão Josef.

Em 22 de agosto de 1969, o astrônomo tcheco Luboš Kohoutek descobriu um asteroide e, em homenagem ao escritor, batizou-o 1931 Capek.


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BArbara 07/04/2022

Uma leitura obrigatória!
Uma distopia como poucas, começa como uma aventura, vira um libro de biologia, logo um jornal e acaba em una profecia. O autor mostra todas as preocupações da humanidade na década de 1930, em que recém acabou a Primeira Grande Guerra e começam os indicadores de que outro conflito mundial está prestes a iniciar. Há muitos preconceitos próprios dessa época, mas também desenvolve toda a questão das salamandras de um jeito incrível, aprofunda em aspectos que ninguém considera importantes e que acabam sendo a base da destruição da humanidade.
Gostei muito do livro e gostaria de ter mais um tomo para seguir lendo sobre o mundo de Andrias Scheuchzeri, ou simplesmente, Andy.
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Rodrigo 08/03/2022

Leitura obrigatória
A Humanidade descobre uma civilização avançada de salamandras. O homem, como de praxe, resolve explorar e escravizar esta civilização. Livro escrito em 1936 que antecipa todas as atrocidades que ocorreram na 2ª guerra com um governo autoritário que considera seu direito explorar outros povos, principalmente aqueles que considera diferentes de si. A leitura é fluída e intensa. É um livro excepcional que vale cada minuto investido nele. Aliás o escritor é famoso por ter inventado a palavra "robô" em uma peça escrita por ele RUR - Robôs Universais de Rossum.
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Carol 09/01/2022

Superestimado?
Essas comparações com 1984 e Admirável Mundo Novo criaram uma expectativa em que não foi atingida, o que é em parte culpa minha.
O livro em si não é ruim, a crítica social é relevante e ousada para a época, mas se perde em discrições prolixas e acaba parecendo um livro didático escolar. Além disso, faltou um protagonista forte, como das outras obras citadas, para conduzir a narrativa e se afeiçoar.
Talvez tudo isso seja intencional, mas, de qualquer forma, não gostei muito.
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Jean Bernard 07/01/2022

Inexplicável e perfeito
Não vou dizer muito, apenas que é um dos melhores livros que já li na vida. Ao mesmo tempo irônico e divertido, consegue ser sério é assustador. Podemos chamar de fantasia, mas o correto talvez seria: realidade com pitadas de fantasia. Que livro. Que livro. Que livro.
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Aline Teodosio @leituras.da.aline 20/08/2021

Em terras longínquas, o Capitão Van Toch, numa expedição para pescar pérolas, se depara com uma espécie de lagarto. Os nativos que com ele estavam, acham que se trata de diabos marinhos e ficam amedrontados. Os lagartos, no entanto, se aproximam do Capitão trazendo-lhe várias ostras e ele começa a enxergar um potencial lucrativo nesses seres estranhos.

O capitão começa então a capturar alguns desses lagartos para espalhar por diversas outras costas a fim de que se inicie outras colônias mundo afora. Ele lhes dá armas para se protegerem dos temíveis tubarões e os lagartos lhes dão pérolas. Os lagartos, então, começam a ganhar notoriedade das autoridades do mundo inteiro.

Como toda distopia, o livro traz diversos assuntos que nos levam a refletir, como por exemplo, a exploração de quem vive na ignorância e não têm força para lutar por dignidade. As Salamandras, assim como outrora os escravos, inicialmente só serviam para trabalho braçal, humanos julgavam que nem alma tinham.

Outro ponto é a educação. Para o exercício da plena cidadania, foi proposto ensino de matérias como literatura, retórica, matemática e história da cultura. Mas, como conhecimento é poder, acharam que não esse tipo de instrução não era importante. Devia-se focar em matérias mais práticas e técnicas e, claro, instrução militar para disciplinar. (Esse discurso te soa familiar?)

Outra questão forte é a religião. A cristandade imposta como forma de controlar e enaltecer a "moral e os bons costumes" de seus cordeirinhos.

A partir desses elementos começam a surgir os discursos reacionários e populistas, atacando quem ousa pensar diferente. As salamandras (lê-se: todos os grupos oprimidos) corrompem a humanidade, e como tal, devem ser exterminadas.

O livro foi escrito antes da Segunda Guerra Mundial e traz alusões à corrida armamentista e chama a atenção para a raça dita "superior". Ademais, tem uma escrita toda diferentona, com a inserção de artigos científicos sobre as Salamandras, recortes de jornais e revistas, panfletos. Tudo pra deixar o leitor informado e situado de todas as ações.

A humanidade diz que quer ter paz. Mas quem faz guerra são os próprios humanos, com suas ideias torpes em busca de poder e dominação. "Humanidade frágil".
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Henrique Fendrich 27/04/2021

Capek é um escritor extremamente criativo, bastante interessado naquelas questões essenciais e de difícil resposta para a humanidade, como a nossa origem e o nosso destino. Nesse livro, o que a sua imaginação, aliada à sua análise crítica da sociedade, oferece é uma história em que surge uma nova espécie na Terra, um estranho tipo de salamandra marítima que se destaca por uma série de habilidades espantosas e que, como seria de se imaginar, passa a ser explorado pelo ser humano, até que as coisas se voltam contra ele.

Acho muito reducionista a visão que enxerga na obra meramente uma alegoria profética sobre a ascensão do nazismo, porque a história não está restrita a um episódio circunstancial da trajetória humana, por mais lamentável que ele tenha sido, mas trata da própria natureza do ser humano. Assim é que, no tratamento dispensado pelos humanos às salamandras, eu pude vislumbrar a história dos povos indígenas na América e depois a dos negros escravizados.

Ao mesmo tempo, a obra de Capek permite pensar em certas situações que possivelmente serão vivenciadas no futuro pela humanidade, como a possível descoberta de vida inteligente em outros pontos do Universo ou mesmo a incorporação de robôs ao nosso cotidiano (tema que Capek explorou abertamente no ótimo "R.U.R", aqui traduzido como "A fábrica dos robôs"). Nem mesmo se pode descartar o próprio surgimento de uma nova espécie dominante na Terra (os dinossauros a dominaram por 250 milhões de anos e mesmo assim sumiram).

Um dos aspectos interessantes da trama elaborada pelo autor é o modo como a humanidade se aferra a interesses econômicos, comerciais, territoriais e nacionais, por meio dos quais cria um verdadeiro arcabouço de normas legais que pretende sustentar mesmo se disso resultar o próprio o fim do mundo. No livro de Capek, chega-se a um cenário apocalíptico não por meio de forças externas, como a de um meteoro, mas como consequência da nossa cobiça, dos nossos devaneios sobre "honra" e "pátria" e da crença de que o ser humano é algo superior.

À parte das importantes reflexões que o livro promove, confesso que considero que ele não teve a estrutura formal mais adequada. A primeira parte me agradou bastante, com pequenos capítulos que não tinham um protagonista, mas se centravam em várias cenas e personagens que, cada um a seu modo, refletiam a chegada das salamandras à realidade humana.

Mas na segunda parte essa estratégia foi abandonada e criou-se uma espécie de relatório sobre como era o mundo depois do advento das salamandras, com muitas notas de rodapé representando artigos de jornais e documentos similares, praticamente capítulos à parte, que em determinado momento chegaram a tornar a leitura um tanto cansativa. Pessoalmente, preferia que o livro tivesse continuado com a estratégia da primeira parte, possivelmente com algumas dessas notas de rodapé constituindo pequenos capítulos próprios.

De todo modo, é uma leitura bastante instigante e proveitosa.
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Patrick 17/04/2021

Salamandras...
É uma distopia interessante. Publicada pouco antes da Segunda Guerra Mundial. Nela o autor não poupa a humanidade de sua responsabilidade frente a iminente tragédia. Indicando, como governos e grandes corporações inebriadas por seus interesses políticos e econômicos, colaboraram para que a humanidade estivesse perto do fim.
É um retrato do período entre as duas grandes guerras do século XX, emoldurado através da alegoria das Salamandras.
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